quarta-feira, outubro 28, 2009

Brasileirão - Grêmio 3 X 1 Avaí


Um jogo que se previa tenso, onde a dificuldade não estava só no adversário, mas também na recuperação do mau resultado e, principalmente, do mau futebol apresentado no grenal.

No primeiro tempo, o Grêmio repetiu erros de partidas anteriores. Pouca movimentação e lentidão na troca de passes. O Avaí iniciou melhor, insistindo e ameaçando na mesma jogada: entrada em diagonal do ala esquerdo, nas costas de Mário Fernandes. Mas aos poucos o tricolor foi se soltando e emparelhando as ações. Aos 22, Mário Fernandes sofreu pênalti ao ser agarrado por Luís Ricardo, mas o confuso juiz não marcou. Um minuto depois, Tcheco carregou e tentou de canhota, da entrada da área. Aos 27, bela jogada de pé em pé entre Souza, Maxi e Perea, mas o chute do colombiano passou ao lado da trave. Finalmente, aos 29, Tcheco deu belo lançamento para Perea, que levou um temerário carrinho de Martini. Pênalti, convertido com paradinha pelo 10 gremista. 1x0 no placar e um pouco mais de tranquilidade no Olímpico. Mas não por muito tempo. Aos 32, Rochemback foi expulso, abrindo a possibilidade para uma reação avaiana no segundo tempo.

Silas mudou seu time para um 4-4-2 no intervalo. Autuori esperou pelo adversário, manteve uma linha de 4 fixa atrás, contando com o contra ataque. O treinador gremista foi mais feliz. Aos 15, Adilson deu um pique impressionante para servir Maxi Lopez e aos 17 foi a vez de Douglas costa dar uma bela arrancada e colocar Souza na cara do goleiro. 2 gols em 2 minutos, garantindo a vitória. Aos 31, o Avaí descontou em jogada ensaiada, contando com o erro de posicionamento gremista.

Incrivelmente o time jogou melhor com um a menos. Seria sacanagem dizer que a saída de Rochemback foi boa, mas o time ficou mais bem postado em campo.



O carrinho de Rochemback foi maldoso, mas o Leo Gago não estava apenas se protegendo quando deixou o pé por cima da bola. Bem salientou o novo capitão, que se fosse o juiz coerente, deveria ter expulsado Eduardo Martini também.

Por falar em novo capitão, Victor voltou ao normal. Ou melhor, voltou ao seu "normal".

E teve gente dizendo que Tcheco não era desfalque.

Antes do jogo, Silas disse que ia colocar o time no ataque e mais um monte de bobagem. No discurso é fácil, na prática a coisa não funciona bem assim.

Menor público do Olímpico neste campeonato brasileiro. Sintomático.

O que aconteceu com o gramado no Olímpico?

Fotos: Grêmio.net, ClicRBS e Terra

Grêmio 3 X 1 Avaí
Tcheco (pênalti) 30'
Maxi Lopez 60'
Souza 62'
Émerson 76'

GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes (Saimon, 13'/2ºT), Réver, Thiego e Lúcio; Adilson, Fábio Rochemback, Tcheco e Souza (Maylson, 47'/2ºT); Perea (Douglas Costa, 10'/2º) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.

AVAÍ: Eduardo Martini; Rogélio, Augusto (Fabinho Capixaba, intervalo) e Émerson; Luís Ricardo (Jandson, 22'/2ºT), Ferdinando, Léo Gago, Marquinhos, Caio e Eltinho; Leonardo (Cristian, intervalo).
Técnico: Silas.

32ª Rodada - Campeonato Brasileiro
Data: 28/10/2009, quarta-feira, 21h00min.
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS).
Público: 9.391 (8.271 pagantes)
Renda: R$ 118.733,00
Árbitro: Péricles Bassols P. Cortez (RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Marcelo Braz Mariano (RJ).
Cartões amarelos: Perea, Eduardo Martini; Augusto; Eltinho, Maxi López; Adilson; Souza .
Cartão vermelho: Fábio Rochemback (GRE, 32'/2ºT).
Gols: Tcheco (pênalti) 30'/1ºT ; Maxi López, 15'/2ºT; Souza, 17'/2ºT; Émerson, 31'/2ºT

terça-feira, outubro 27, 2009

Pensando em 2010? - Gauchão


Não sou contra planejamentos de médio/longo prazo, mas ainda assim me incomodo quando ouço que a diretoria tricolor já pensa em 2010.

Mas vamos dar um voto de confiança para a direção. Talvez seja a oportunidade de fazer um 2010 mais bem planejado do que 2009.

Em 2009 o clube adotou uma postura esquizofrênica em relação ao campeonato gaúcho. Ora a competição era relegada, ora dividia as atenções com a Libertadores. Inicialmente usou-se time reserva, idéia abandonada na véspera de um clássico. A prioridade declarada era a Libertadores, mas o treinador foi demitido pelo seu desempenho no gauchão, muito embora fizesse a melhor campanha do certame continental.

Independente do tratamento dado, do tamanho do campeonato, a direção não pode permitir que o Grêmio seja prejudicado.

Em 2009 ocorreram prejuízos inequívocos. Primeiro, o Grenal que seria disputado no Olímpico foi levado para Erechim (com a "renda" e torcida sendo divididas igualmente). Segundo, e mais importante, dos 15 jogos que todas equipes disputaram na primeira etapa, o Internacional jogou 9 em Porto Alegre, enquanto o Grêmio somente atuou na capital em 6 ocasiões. O que causou uma brutal diferença no campeonato, onde o desempenho da primeira fase determina quem será o mandante dos jogos decisivos.

O Grêmio reclamou. Talvez tardiamente, talvez com pouca veemência, mas reclamou. O representante gremista na aprovação da tabela (feita em Montevidéu) disse que seria voto vencido.

Mas e em 2010? Como será?

Autuori já se manifestou contra os estaduais. Esse é o discurso. Resta saber qual será a prática. Mas é sabido que o estadual terá efeitos (maiores ou menores) sobre o time.

Ontem a FGF sorteou os grupos do Gaúchão do próximo ano:




"Foram sorteados hoje os grupos que disputarão o Gauchão 2010, que começa no dia 17 de janeiro e vai até 2 de maio.

O regulamento será o mesmo da temporada anterior. No primeiro turno (Taça Fernando Carvalho), os jogos serão cruzados. No segundo (Taça Fábio Koff), as partidas serão dentro dos grupos. Os campeões dos turnos garantem vaga na final. Caso a mesma equipe vença as duas fases, ela será declarada Campeã Gaúcha de 2010.

Confira as chaves:

Chave 1: Grêmio, Juventude, Avenida, Porto Alegre, Ypiranga, Inter-SM, Novo Hamburgo e Esportivo.

Chave 2: Inter, Caxias, Santa Cruz, Pelotas, São José, São Luiz, Veranópolis e Universidade Sport Club.

O Clássico Gre-Nal, mais uma vez será em Erechim, no Estádio Colosso da Lagoa, mas com mando do Inter. Avenida e Santa Cruz jogam nos Eucaliptos. Caxias e Juventude se enfrentarão no Alfredo Jaconi.
" (Correio do Povo - 26/10/2009)



Uma questão preliminar é saber se efetivamente houve sorteio, ou se esse sorteio foi dirigido. Acho incrível a coincidência de que todos os clubes da mesma cidade tenham ficado em grupos distintos.

O Grêmio mandou representantes ao sorteio. O site oficial do clube não dá os nomes, mas eles são facilmente identificáveis na foto publicada no site da federação.

Quando das reclamações do Grêmio, a promessa da Federação é de que a situação seria invertida no próximo campeonato.

A primeira parte, a de menor importância, foi cumprida. O grenal do Beira-rio foi transferido para Erechim (As cotas serão as mesmas? a torcida será divida em meio a meio, o Grêmio jogará em Erechim três dias depois?)

Mas a segunda parte é que de maior importância. Ainda não se sabe quantas vezes Grêmio e Internacional jogarão em Porto Alegre. Haverá o mesmo desequilíbrio? Vale ressaltar que agora temos mais uma equipe da capital na disputa.

Conforme a notícia da Zero Hora, a tabela só será divulgada em 16 de novembro. Antes disso, coincidência ou não, Novelleto levará os presidentes dos clubes que disputarão o Campeonato Gaúcho 2010 numa viagem à Espanha e Itália.

Até lá, o Grêmio deve agir para fazer valer os seus interesses. Se é que efetivamente já planeja o ano de 2010.

domingo, outubro 25, 2009

Brasileirão - Internacional 1 x 0 Grêmio


Pelo desempenho recente das equipes, não se esperava um grande clássico, e efetivamente não foi. A semana gremista começou mal com as estranhas suspensões de Maxi e Tcheco. Piorou com a escalação de Seneme frente a passividade da direção gremista.

Se antes do apito inicial a coisa já tava ruim, ficou ainda pior logo aos 2 minutos, quando a zaga gremista permitiu que Alecsandro dominasse um lançamento no peito, a bola chegou em D'alessandro, Réver se virou no chute, mas ainda assim o arremate foi fraco, de fácil defesa. Frangaço de Victor. O quique na linha explica, talvez atenue, mas não justifica a falha do arqueiro gremista.

O lance acabou definindo o jogo, que no restante foi horroso, com cara e jeito de 0x0. Ainda no primeiro tempo Grêmio se reanimou, mas de forma pouca organizada, trocando passes lentamente e afunilando o jogo pelo meio. Nada de mais incisivo foi criado.

A entrada de mais um atacante no Grêmio era previsível, pois a proposta tática se esvaiu com a desvantagem no placar. Inexplicável foi a saída de Douglas Costa, que fez um primeiro tempo razoável. Já Rochemback, de atuação pífia, permanceu os 90 minutos em campo.

O Grêmio teve mais posse de bola no segundo tempo, jogou no campo do adversário, mas com pouquíssima efetividade. A troca de passes seguia lenta, inexistia movimentação (o over-laping, por exemplo), Adílson virou meia-esquerda. Ainda assim ocorreram duas situações para o empate gremista. Na primeira Souza cabeceou por cima, na segunda Herrera furou em bola. Pelo Inter, Alecsandro perdeu chance quando ficou cara a cara com Victor.

Nos 5 minutos finais o Grêmio morreu em campo, sendo incapaz até de ensaiar um "abafa", só então o Inter conseguiu valorizar a posse de bola e gastar o tempo.


Perder um clássico é algo ruim, mas aceitável, desde que o time apresente espírito de luta, raça e um mínimo de qualidade. Não foi o que aconteceu.

Qual jogador do Inter teve grande atuação? Qual foi destaque? Nenhum, na minha modesta opinião. O que só demonstra como o Grêmio exige pouco de seus adversários. Jamais vende caro a derrota. Bastou o Inter não errar para sair vitorioso do confronto.

No Grêmio, só Mário Fernandes se salvou.

Claríssimo o pênalti em Réver. Até o Paulo Brito viu. Seneme, como de costume, não marcou.

Assim como no Grenal de 2006, Herrera furou em bola e perdeu um gol feito para o Grêmio.

Só um torcedor muito mal agradecido seria capaz de fazer maiores críticas a Victor. Falhou, acusou o golpe, mas tem muito crédito com a torcida.

Me perdoem pela falta de originalidade, mas novamente não foi o co-irmão que mereceu a vitória, e sim o Grêmio que mereceu a derrota.


Fotos: Grêmio.net, ClicRBS e Internacional

Internacional 1 x 0 Grêmio
D'alessandro 2'

INTERNACIONAL: Lauro; Daniel, Índio, Bolívar e Kléber; Sandro, Guiñaz, Giuliano, D'Alessandro (Andrezinho, 13'/2ºT); Taison (Marquinhos, 13'/2ºT) e Alecsandro.
Técnico: Mário Sérgio.

GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes, Léo (Rafael Marques, 37'/1ºT), Réver e Lúcio; Túlio (Renato, 35'/2ºT), Adilson, Fábio Rochemback e Souza; Perea e Douglas Costa (Herrera, intervalo).
Técnico: Paulo Autuori.

31ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 25/10/2009, domingo, 16h00min
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Público: 40.027 (35.834 pagantes)
Renda: R$ 639.950,00
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Assistentes: Ednilson Corona (Fifa/SP) e Nilson Monção (SP
Cartão amarelo: Giuliano, Guiñazu, Souza, Túlio e Adílson
Expulsão: Rafael Marques 45 do 2º
Gol: D'Alessandro 2 do 1º tempo

sexta-feira, outubro 23, 2009

Fica Jardel


Fui pesquisar um pouco sobre o Fica Jardel. Lembrava das doações por telefone, dos comerciais, da flauta colorada (e da "contra-flauta" gremista sobre o Argel) e de que era uma campanha audaciosa, na melhor das hipóteses.

Mas não recordava desses bônus, muito menos de que a campanha teve duração de somente 10 dias.

“O torcedor do Grêmio em 10 dias para doar ao clube US$ 1,5 milhão para comprar o passe de Jardel. O apelo foi formalizado ontem à tarde pelo presidente gremista, Fábio Koff, com o lançamento do plano de contribuição “Fica Jardel”. A ajuda da torcida pode ser em forma de telefonemas para o número 0900-78-00-09, ao preço de R$ 3,00 a ligação, importância debitada em conta. Outra alternativa é a aquisição de bônus no valor de R$ 5,00 e R$ 10,00, que podem ser encontrados em casas lotéricas onde tradicionalmente se compram produtos do Grêmio. Se até o próximo dia 18 o clube não arrecadar a quantia exigida pelo Vasco da Gama, detentor do passe do centroavante, Jardel deverá trocar Porto Alegre pelo Verdy Kawasaki, do Japão.” (Zero Hora, 08 de agosto de 1995)

Lembro também que o insucesso do Fica Jardel é constantemente usado como exemplo contrário a sugestões de doações dos torcedores para seus clubes.


terça-feira, outubro 20, 2009

Brasileirão - 30ª Rodada

Encontros com a Direção - Categorias de base

Neste último sábado, compareci no “Encontros com a Direção” com o assessor do futebol das categorias de base, Paulo Deitos, o coordenador administrativo da base, Mauro Rocha, e o coordenador técnico da base, Edson Aguiar.

O site oficial do Grêmio descreve a palestra como "esclarecedora" e "elogiada por todos os presentes". E de fato foi.

É difícil descrever tudo o que foi apresentado lá. A palestra foi longa, detalhada, elucidativa, mas de forma alguma foi cansativa. Aliás, faltou tempo para maiores questionamentos.

Os três palestrantes elogiaram bastante o conhecimento e o trabalho de Paulo Autuori. Da mesma forma, a "herança" deixada e o trabalho desenvolvido na categoria de base pela gestão anterior foi devidamente reconhecido e valorizado.

Fiquei positivamente surpreso com a tecnologia empregada na base gremista e com a descrição das rotinas executadas pelos responsáveis pela prata de casa.

Foi ressaltado que o trabalho é ainda incipiente, tendo sido implementado a cerca de três meses.

Baseado na observação dos métodos de trabalho do Milan, Ajax e Barcelona decidiu-se pela redução do número de atletas. Anteriormente se trabalhava com mais de 40 atletas por categoria. Agora esse número foi reduzido para cerca de 25 jogadores.

Ademais, foi revelado que em todos os times são treinados no mesmo sistema de jogo, onde é desenvolvida a marcação, pressão na saída de bola, posicionamento defensivo, transição, saída pro jogo, posicionamento ofensivo e etc...

Foi dito ainda que, para desenvolver tal sistema, o esquema utilizado em todas as equipes é o 4-4-2.


domingo, outubro 18, 2009

Brasileirão - Grêmio 2x0 Coritiba



Um jogo aberto, onde o Grêmio criou muito mas acabou cedendo muito espaço, sendo constantemente ameaçado. Não fosse mais uma sensacional jornada de Victor, o time teria sofrido mais um revés em casa.

Tcheco e Souza pouco criavam. Em compensação, os laterais apareciam mais e a dupla de ataque brigava bastante na frente. Tanto Grêmio como Coritiba criaram um bom número de chances na primeira etapa, mas foi só aos 46 que o placar foi aberto. Perea fez boa jogada pela ponta esquerda e chutou forte, apesar de ter pouco ângulo, surpreendendo Edson Bastos.

Importante dizer que ainda no primeiro tempo o árbitro enervou o time e a torcida do Grêmio. No mesmo lance tirou Maxi e Tcheco do Grenal. (Qual a razão dele saber previamente a lista de pendurados das equipes?). Depois disso mostou um cartão "no grito" para o goleiro do coxa e exagerou na expulsão de Renatinho.

Na segunda etapa o Coritiba bem que buscou o empate por diversas vezes, mas invariavelmente parava em Victor. Após os 30 minutos, finalmente o Coxa cansou e sentiu os efeitos de jogar com um a menos. Só então o Grêmio conseguiu criar jogadas no ataque, e aos 38, Souza aproveitou o cruzamento mascado de Maxi e anotou o 2x0 definitivo.


Fico satisfeito com o fato de Autuori reconhecer que o time foi mal, pouco valorizou a posse de bola, e quando trocou passes, foi muito lento.

Muito embora tenha demonstrado dificuldade em sair pro jogo, gostei do posicionamento e da atuação de Túlio. Marcando, desarmando, interceptando, fazendo faltas. Um cabeça de área.

Resultado para ser repetido; atuação para ser esquecida.

Começou bem a semana grenal na imprensa. Dois jogadores pendurados gremistas são injustamente advertidos e os jornalistas aplaudem. No Rio, teve radialista tentando transferir cartão de um colorado pra outro.

Fotos: Grêmio.net e FinalSports

Grêmio 2 x 0 Coritiba
Perea 45+1'
Souza 83'
GRÊMIO: Victor, Mário Fernandes, Leo, Réver e Lúcio; Túlio, Fábio Rochemback, Tcheco (Renato Cajá 13'/2ºT) e Souza; Perea (Roberson, 36'/2°T) e Maxi López.Técnico: Paulo Autuori.
CORITIBA: Edson Bastos, Angelo, Jeci, Pereira e Luciano Amaral; Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba (Rômulo, 20'/2°T), Renatinho e Marcelinho Paraíba; Thiago Gentil e Marcos Aurélio (Makelele, 16'/2ºT).Técnico: Ney Franco.

30ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 18/10/2009, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (PR)
Público Total: 15.631 (13.341 pagantes)
Renda: R$ 253.373,00
Árbitro: Célio Amorim (SC-Fifa)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (RJ-Fifa) e Marco Antonio Martins (SC)
Cartões amarelos: Túlio, Maxi Lopez, Tcheco (Grê). Pereira, Edson Bastos, Ângelo e Thiago Gentil (Cor).
Cartão vermelho: Renatinho (Coritiba)
Gols: Perea, aos 46 minutos do primeiro tempo e Souza, aos 38 minutos do segundo tempo


sexta-feira, outubro 16, 2009

Diagnósticos e Soluções

Com essa incompreensível campanha do Grêmio fora de casa, surgiram os mais variados diagnósticos e as mais variadas soluções.

Falta de qualidade, falta de sorte, ausência da torcida, fator psicológico e etc...

Algumas análises são um tanto absurdas, outras mais acertadas, mas nenhuma me parece definitiva.

Na minha modesta opinião, o grupo do Grêmio tem seus defeitos e suas carências, mas ainda assim penso que poderia estar fazendo uma campanha melhor, brigando efetivamente pelo G-4.

Acho justo que a direção e o treinador sejam cobrados, uma pena que a grande mídia começou a fazer tais questionamentos tardiamente.

Nesta semana, duas respostas, uma dada por Autuori e outra dada por Meira me chamaram a atenção:

"As críticas maiores devem-se ao seu desempenho em jogos fora do Olímpico. Sob o comando de Autuori, o time foi derrotado 10 vezes no Brasileirão. Apesar de o aproveitamento longe de casa ser de somente 15,5 %, o técnico disse que em nenhuma das partidas seu time foi “encurralado” pelo adversário. As derrotas, entende ele, foram conseqüência de erros defensivos individuais e de chances desperdiçadas" (Zero Hora, 14 de outubro de 2009)


"Meira disse que não são só apenas os resultados que pesam. "O torcedor gremista não viu, em nenhum momento, o Grêmio passar vergonha fora de casa." (Correio do Povo, 13 de outubro de 2009)


Inicialmente, se questiona: e daí? Perdido de 1 ou perdido de mil dá na mesma, o "importante são os três pontos".

Mas depois, com mais calma, se concorda que, realmente, não é certo olhar somente para os resultados. A produção, o futebol apresentado também devem ser analisados.

Ainda assim, as respostas dos responsáveis pelo futebol gremista não são satisfatórias e não me tranqüilizaram, muito antes pelo contrário.

Somente contra o Sport o Grêmio foi derrotado por uma diferença superior a um gol (ainda assim tomando o terceiro aos 43 do 2º).

E isso é o que mais me intriga. Se por vezes fosse goleado, ficaria evidente a falta de qualidade do time. Da mesma forma, deveria se impor contra equipes menos qualificadas, mas não é o caso.

O Grêmio normalmente joga de igual pra igual com o mandante do jogo (por vezes mediocremente igual, mais ainda assim igual), mas acaba fatalmente sendo derrotado por uma diferença mínima.

Isso deveria ser um motivo de questionamento, e não de conforto, como prega o departamento de futebol gremista.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Jogo do ano? - Uruguai x Argentina



É o jogo do ano?

Já torço habitualmente pela Celeste, apesar de Paco Casal e alguma convocações esdrúxulas (Castillo no gol?)

Não tenho nada contra argentinos, muito menos algum ranço com o Maradona. Mas seria muito legal ver o circo pegar fogo.

Por outro lado, realmente uma Copa do Mundo sem a Argentina não é a mesma coisa, por mais que isso soe piegas

Interessante essa entrevista do De León na Zero Hora, mas ao contrário do repórter Filipe Gamba, não achei que ele foi "político" nas declarações, muito antes pelo contrário.


(Reportagem - Zero Hora - 14/10/2009)

domingo, outubro 11, 2009

Brasileirão - Corinthians 2 x 1 Grêmio


No Corinthians, Mano Menezes provocou seus jogadores. No Grêmio, sem Souza e Mário Fernandes, Autuori optou por uma escalação mais precavida, com três volantes. Supostamente o time deveria se defender melhor, marcando mais e aproveitando os contra-ataques.

Atacar não foi exatamente o problema do Grêmio. Na primeira meia hora foram criadas ao menos 3 grandes chances. Felipe fez duas grande defesas: Na cabeçada e no voleio de Jonas. O espalhafatoso arqueiro corinthiano ainda evitou o gol em um arremate de Maxi Lopez. Contudo o Corinthians também atacava, e o tricolor tinha imensas dificuldades em defender. Num primeiro momento o Grêmio se escapou, quando Jucilei desperdiçou. Mas aos 11, Ronaldo recebeu com espaço e chutou de esquerda, a bola não saiu com força, mas desviou na zaga e complicou Marcelo, que ainda assim poderia ter defendido. Aos 32, o Grêmio vai buscar o empate na bola parada, mas perde o rebote (defeito recorrente do time), Ronaldo puxa o contra-ataque em câmera lenta, ultrapassa o meio do campo, três jogadores do Grêmio o cercam, mas ninguém o acossa. A bola chega em Jorge Henrique, Túlio fecha a ponta e deixa o meio aberto, a bola volta para um Ronaldo desmarcado e a jogada só termina no carrinho de Elias. 2x0 no placar e pra completar, o nosso artilheiro deixa o campo lesionado. Jogo praticamente definido.

Corinthians voltou para o segundo tempo tratando de administrar o resultado. Grêmio com Renato Cajá e com um posicionamento mais adiantando acabou melhorando na partida, mas praticamente só ameaçava nas bolas paradas, como no caso do gol (cruzamento de Tcheco no segundo pau, cabeçada de Réver). De resto, com a bola rolando o time se limitava uma lenta e despretensiosa troca de passes. Qualquer jogada mais incisiva pegava os atacantes em impedimento. Com exceção do lance aos 33 minutos, onde Herrera recebeu em condição legal e marcou, mas o bandeirinha inexplicavelmente assinalou o impedimento.


Mais um jogo onde não é propriamente o adversário que mereceu o resultado positivo, e sim o Grêmio que mereceu o resultado negativo.

E mais um bom exemplo da campanha gremista como visitante: Chances desperdiçadas, falta de sorte, erro de arbitragem, pouca marcação, reação insuficiente e derrota pela diferença mínima.

Sou um torcedor otimista, espero que até o final do campeonato o Túlio consiga desarmar um adversário. Corneta e exageros à parte, nossa cabeça de área é bom exemplo da ausência de combatividade na marcação.

Gosto muito de volantes criativos, que saem para o jogo, mas me parece que Rochemback está exagerando, inventando jogadas por demais pretensiosas.

É complicado falar baseado somente no "olhometro", mas me parece que Renato Cajá e Fábio Rochemback estão longe da forma física ideal.

A denúncia de Túlio chama a atenção pelo inusitado, mas não a considero grave. Pior foi o juiz ter permitido que Chicão e Willian "apitassem" o jogo todo. E mais um erro de arbitragem contra o Grêmio que ganha uma repercussão mínima.


Fotos: Terra e Uol

Corinthians 2 x 1 Grêmio
Ronaldo 11'
Elias 32'
Réver 68'

CORINTHIANS: Felipe; Alessandro, Chicão, William e Marcelo Oliveira (Balbuena, 29'/2ºT); Marcelo Mattos, Jucilei e Elias (Moradei, 46'/2ºT); Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho (Defederico, 29'/2ºT).
Técnico: Mano Menezes

GRÊMIO: Marcelo Grohe, Leo, Thiego (Renato, intervalo), Réver e Lúcio; Túlio, Adilson (Perea, 40'/2ºT), Rochemback e Tcheco; Jonas (Herrera, 41'/1ºT) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori

29ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 10/10/2009, sábado, 16h10min
Local: Estádio Pacaembu, São Paulo (SP)
Público: 19.410 pagantes
Renda: R$ 655.243,00
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Jossemmar Jose Moutinho (PE)
Cartões amarelos: Ronaldo, Alessandro (COR); Túlio, Herrera, Adilson (GRE)
Gols: Ronaldo, aos 11min e Elias aos 32min do 1º tempo; Réver, aos 23min do 2º tempo

sexta-feira, outubro 09, 2009

Autuori e a (ausência de) crítica

"Nunca disse que os treinadores não são importantes. Seria burrice. Quem distorce minha opinião faz por má intenção ou porque não leu. Escrevi, um milhão de vezes, que os técnicos são supervalorizados, nas vitórias e nas derrotas. É bem diferente de não ser importantes.

São os técnicos que organizam os esquemas táticos, escalam, substituem, treinam, formam o grupo e muitas outras coisas. Tudo isso é difícil. Muito mais fácil é ser comentarista.

Isso é uma coisa. Outra é achar que os técnicos são mais importantes que os jogadores, que ganham e perdem partidas por causa de uma substituição, de uma mudança de um jogador dois metros para a direita ou dois metros para a esquerda. Já vi técnico ganhar ou perder jogo, mas isso é raro.

Ao constatar que muitos sonhos noturnos eram consequência de desejos conscientes e inconscientes, Freud quis explicar o mecanismo de todos os sonhos. Nem todos são assim. Do mesmo jeito, comentaristas, por várias razões, constroem, depois do jogo, com bons e maus argumentos, uma história irreal. É a obsessão pelo reducionismo. Assim como a vida, o futebol é muito mais complexo. Nós é que tentamos simplificá-lo.

Acontecem muitos detalhes táticos em uma partida que independem da vontade do técnico. Existe ainda um grande número de outros fatores envolvidos no resultado de um jogo, na conquista de um título. Por isso, um treinador pior pode ser campeão mais vezes que um melhor. Geninho já foi campeão brasileiro, e Celso Roth nunca foi.
" (Tostão - 28 de Junnho 2009)


Essa coluna do Tostão serve perfeitamente como introdução para este post. Concordo que se dá uma importância exagerada para os treinadores, pelo bem ou pelo mal.

Também não me agrada muito essa questão de observar somente os títulos conquistados para se avaliar a capacitação de algum treinador.

Ressalvadas as piadas, a flauta e o folclore, sempre critiquei os exageros que eram cometidos contra Celso Roth.

Da mesma forma, sempre chamei a atenção para a incoerência de parte da torcida e da imensa maioria da imprensa. Atos que quando praticados por Roth eram motivo de severas críticas, não são repreendidos da mesma forma quando praticados por Autuori.

Não se trata de defender "a" ou "b", mas demonstrar que, por muitas vezes, a crítica se volta para pessoa, e não para o seu trabalho.

Autuori chegou com grandes credenciais, conhecidas por todos. Mas me marcou o fato de ainda assim, ele ter ido a todos os programas esportivos de Porto Alegre na semana da sua chegada. A partir daí as impressões e os comentários da imprensa beiravam o surreal.

Muito embora os resultados não fossem os esperados, a crítica ao treinador era sempre adiada, quando finalmente surgiu, foi bastante condescendente. O próprio Autuori reconhece isto:

"Autuori admite que seu histórico de títulos tem amenizado a força das críticas [...] Respaldado por um currículo repleto de títulos, ele admite que não fosse seu histórico e as críticas seriam mais duras no momento. 'Acho que sim. É injusto, mas essa é a realidade', concorda Autuori."(Correio do Povo - 09 de setembro de 2009)




E só agora, quando parece bem claro que o Grêmio não irá disputar a Libertadores em 2010, é que se vê algo parecido com um questionamento na grande mídia:

'Em 30 jogos, o aproveitamento é 47,77%" (Zero Hora - 09 de outubro de 2009)

Destrinchando esses números:

- São 11 vitórias, 10 empates e 9 derrotas.

- 26 jogos pelo Brasileiro (51,3% de aproveitamento)

- 4 pela Libertadores (acho inadequado falar em aproveitamento percentual em mata-mata)

- 54 gols marcados e 37 gols sofridos


Enfim, não se pretende aqui pedir a cabeça do treinador, tampouco achar que ele é o único, ou principal responsável por insucessos do Grêmio. O propósito do post é questionar essa ausência de crítica em relação a Autuori. O fato dele ser simpático com a imprensa, ter um currículo vencedor, não explica isso inteiramente.


quarta-feira, outubro 07, 2009

Brasileirão - Atlético-PR 0 x 0 Grêmio


Já temos um fortíssimo candidato a pior jogo do ano.

Apesar de atuar como visitante, Grêmio teve a iniciativa e teve um pouco mais de posse de bola, o que acabou sendo completamente inócuo. O time rodava devagar, com pouca criatividade, errando muitos passes. Não raro a bola voltava até os pés do último defensor gremista, que era Réver. Já o Atlético não se cansou de recuar o jogo até Gallato, isso poderia ser um bom resumo do jogo.

Das poucas chances criadas, o Grêmio teve as mais claras. Aos 5 e aos 6 do segundo tempo (com Tcheco e Réver) foram desperdiçadas situações que um time com alguma pretensão no campeonato não pode se dar ao luxo de perder. Após isso, houve uma aparente resignação com o empate. Tcheco virou volante, Souza e Jonas desapareceram do jogo e o treinador fez apenas uma protocolar modificação.

Foi decepcionante? Foi.
Foi irritante? Foi.
Só não foi surpreendente, infelizmente.

Fotos: Correio do Povo e GloboEsporte

Atlético Paranaense 0 x 0 Grêmio

ATLÉTICO-PR: Galatto; Fransérgio, Ronaldo (Héverton, 38'/2ºT) e Chico; Wesley, Rafael Miranda, Valencia, Paulo Baier, Márcio Azevedo (Alex Sandro, 23'/2ºT); Wallace e Marcinho (Alex Mineiro, intervalo)
Técnico: Antônio Lopes

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Mário Fernandes, Leo, Réver e Lúcio; Tulio, Fábio Rochemback, Tcheco e Souza; Jonas (Perea, 28'/2ºT) e Maxi López
Técnico: Paulo Autuori

28ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 7/10/2009, quarta-feira, 21h00min
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
Público: 19.375 pagantes
Renda: R$ 394.050,00
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (SP) e Vicente Romano Neto (SP).
Cartões amarelos: Ronaldo (APR); Tcheco, Lúcio, Mário Fernandes, Fábio Rochemback, Souza (GRE)

terça-feira, outubro 06, 2009

Campeão Gaúcho 1921 - Luiz Assumpção


Reportagem de Cláudio Dienstmann, publicada em 1983 na Zero Hora, sobre o primeiro título gaúcho do Grêmio, tendo como personagem o "half" gremista Luiz Assumpção:

"Nosso time era Lara; Py e Neco; Gerfum, Dorival e Assumpção; Meneghini, Lagarto, Bruno, Ramão e Loureiro."

"Pela primeira vez, estavam nas finais os vencedores de todas as quatro regiões futebolísticas do Rio Grande do Sul da época: Grêmio, da zona Centro. Brasil, do Sul, Uruguaina, da Fronteira, e Riograndense de Santa Maria, da Serra.

Empatamos em 1 a 1 com o Brasil, e ganhamos por 1 a 0 do Uruguaiana e do Riograndense de Santa Maria, que acabou em segundo lugar.

[...]

Os jogadores do Grêmio e do Inter se encontravam num cabaré chamado "Caçadores", com mulheres francesas e argentinas e roleta, naturalmente. O dono chegava à gente e dizia "não joguem, meninos, não joguem", mas isso não adiantava, e no fim da noite ele passava e avisava "está bem, mas agora vocês podem ao menos passar no buffet e comer um bife com ovos, cada"

Assumpção foi um dos responsáveis pela contratação de Eurico Lara, e lembrou afetuosamente do mitológico goleiro gremista na reportagem:

"Coitado, o Lara está tão só e tão abandonado, enterrado com a filha. Sempre que eu vou visitar a minha mulher, também levo umas flores para ele."

domingo, outubro 04, 2009

Brasileirão - Grêmio 3 x 3 Sport


Melhor mandante jogando em casa contra o pior visitante. Vitória fácil? Não foi o que aconteceu.

Nos minutos iniciais o Grêmio deu indicativos que repetiria as atuações que resultaram em várias goleadas no Olímpico. Indo para cima do adversário, criando chances, com volume de jogo, animando a torcida. Aos 8 Maxi cruzou da esquerda, o zagueiro não alcançou e Jonas, de voleio, abriu o marcador. Mas aos 10 o jogo começou a complicar. Escanteio bem batido por Dutra, Marcelo saiu mal e Vandinho empatou de cabeça. O primeiro empate sofrido não foi tão sentido, o time continuou buscando o gol, ainda que aos trancos e barrancos. Aos 28, Collaço lançou, Maxi ganhou de Durval, girou, partiu e chutou para o gol, a bola desviou em Igor e encobriu Magrão. Apesar da vantagem o Grêmio não jogava bem, abusando do dos erros de passes.



O intervalo foi melhor aproveitado por Chamusca do que por Autuori. O Sport se ajeitou, o Grêmio não se ajudou. Logo aos 4 minutos, novo empate do Sport. Evidentemente que a maior falha foi de Marcelo, dando rebote para frente, mas a defesa também permitiu que o Sport fizesse linha de passe dentro da área tricolor. Aos 10 minutos foi necessário que o Sport cometesse dois pênaltis para que Seneme marcasse um para o Grêmio. Tcheco foi para cobrança, tranquilidade de sempre, mas o chute saiu um pouco do chão e Magrão defendeu. O capitão visivelmente ficou abatido, mas logo se recuperou. O time seguia pressionando, ainda de que de maneira desorganizada. Aos 14, escanteio batido, Maxi raspou no primeiro pau, a bola bateu em Andrade e entrou. 3x2.

Aí faltou maturidade e organização para o time garantir o resultado. O Grêmio estava acuado e não conseguia tomar a bola do Sport, que trocava passes perto da meta de Marcelo. Autuori demorou a mexer. Aos 28, falta para o Sport na intermediária. Time gremista posicionado. Andrade erra o chute e a bola sai rasteira, mas ainda assim atravessa a defesa tricolor e acaba nos pés de Fininho. Havia tempo para buscar a vitória, mas faltava organizaçao e cabeça para o Grêmio. Foi sintomático fato de o jogo ter sido encerrado quando o Grêmio trocava passes na intermediária, sem sequer conseguir levantar a bola na área.

Não houve injustiça no placar. Um time que por três vezes concede o empate não merecia melhor sorte.


Adílson esteve irreconhecível. Mal posicionado e parecia sem vigor, perdendo a maioria das disputas, o que nunca foi um defeito dele.

Léo não voltou bem da reserva.

Marcelo Grohe tem o grave defeito de não ser Victor.

Autuori foi vaiado. Não concordo com este tipo de atitude no estádio, mas hoje boa parte do estádio foi um pouco mais coerente e condizente com o que já fez com outros treinadores no passado.

Não gostei da entrada de Thiego. Foi compreensível, Mario Fernandes pediu pra sair, treinador não tinha muitas opções, mas ainda assim penso que a mexida poderia ser um pouco mais ousada. Agora o que não adianta nada é vaiar o jogador que entrou.

Fininho não estaria impedido no terceiro gol?

Faltou perna para o Grêmio? Faltou bola? Os dois?

fotos: Terra, ClicRBS e Gremio.net

Grêmio 3 x 3 Sport

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Mário Fernandes (Thiego 32'/2ºT), Léo, Réver e Bruno Collaço (Lúcio, 33'/2ºT); Adílson (Túlio, 29'/2ºT), Fábio Rochemback, Tcheco e Souza; Jonas e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.

SPORT: Magrão; Moacir, Igor, Durval e Dutra; Hamilton, Andrade, Fininho (Adriano, 38'/2ºT) e Luciano Henrique; Paulinho (Eduardo, 17'/2ºT) e Vandinho (César, 30'/2ºT).
Técnico: Péricles Chamusca

27ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 4/10/2009, Domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico
Público Total: 21.784 (19.174 pagantes)
Renda: R$ 352.720,00
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Márcio Luiz Augusto (SP).
Cartões amarelos: Andrade ; Souza ; Igor ; Durval; Maxi López (GRE); Dutra (SPO).
Gols: Jonas (8min 1ºT), Vandinho (10min 1ºT), Maxi López (28min 1ºT e 14min 2ºT), Paulinho (4min 2ºT) e Fininho (28min 2ºT)

quinta-feira, outubro 01, 2009

Camisas - Azul Marinho 2003?


Em 2004, nenhuma dúvida: um uniforme azul marinho foi lançado, vendido e usado em jogo.

Mas e em 2003?

Lembro bem de ver tais camisas (como estas das imagens ) nas arquibancadas do Olímpico naquele ano ( mais no segundo semestre). Hoje ela é facilmente encontrada em invejáveis coleções.

Contudo não lembro dela ter sido oficialmente lançada ou comercializada. Da mesma forma, não encontrei nenhum imagem ou registro da equipe gremista usando ela em uma partida.

De tal modo, segue sendo um mistério para mim.


Ela é listada no livro "A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil", mas nenhum esclarecimento é feito.

A próposito, quando comentei aqui sobre o livro, disse que numa leitura preliminar eu não havia encontrado erros na parte do Grêmio. Bem, olhando com mais calma, acabei achando alguns, especialmente de cronologia. Entrei em contato com a editora e eles se mostraram bem abertos a eventuais correções.