segunda-feira, agosto 30, 2010

15 anos - Libertadores 1995

"O Grêmio comemora nesta segunda-feira os 15 anos da conquista de sua segunda Copa Libertadores da América. Foi no dia 30 de agosto de 1995." (Grêmio.net)



Mais detalhes em:



e neste outro link.

Brasileirão - Atlético-PR 1 x 1 Grêmio


Alguma força maior "arranjou" um compromisso no horário da partida, me poupando de ter que ver o Djalma Beltrami apitar um jogo do Grêmio de novo. Dizem que ele não marcou um pênalti pro Atlético. Custo a acreditar.

Também custo a entender o que se passou no gol sofrido pelo tricolor. Rochemback pisou na bola? Rafael Marques ficou com medo de fazer o pênalti?

Fosse em outro momento, talvez um empate na Arena fosse melhor recebido entre a torcida.

Fiquei curioso em relação as estréias de Gilson e Gabriel. Me surpreendi com a escalação do primeiro no meio campo.


Fotos: Denis Ferreira (Terra) e Heuler Andrey (UOL)

Atlético Paranaense 1 x 1 Grêmio
Maikon Leite 35´
Vilson 59´


ATLÉTICO-PR: Neto; Wagner Diniz, Manoel, Rhodolfo e Paulinho; Deivid, Olberdam (Guerrón), Paulo Baier e Branquinho; Bruno Mineiro (Nieto) e Maikon Leite (Vitor).
Técnico: Paulo César Carpeggiani

GRÊMIO: Victor; Gabriel, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Fábio Rochemback, Gilson (Adilson), Souza (Leandro) e Douglas (Neuton); Jonas e Borges.
Técnico: Renato Portaluppi

17ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2010
Data: domingo, 29 de agosto de 2010, 18h30min
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Público: 20.009 espectadores
Renda: R$ 305.380,00
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ)
Assistentes: Katiuscia Berger Mendonça (Fifa/ES) e Lilian Fernandes Bruno (RJ)
Cartões Amarelos: Rhodolfo, Paulinho e Manoel; Gilson, Gabriel e Fábio Santos
Gols: Maikon Leite, aos 35min/1°T e Vilson aos 14min do 2°T

sexta-feira, agosto 27, 2010

Sem estádio?

Nas discussões sobre o futuro do estádio gremista, um dos argumentos que pesou contra a ideia de se reformar o Olímpico foi a incerteza sobre o local onde o Grêmio mandaria seus jogos durante as obras.

Recordei desse assunto ao ler duas notícias divulgadas no corrente mês.

A primeira é uma reportagem da Folha de São Paulo (17/08/2010) sobre os prejuízos que Atlético e Cruzeiro estão tendo por ficarem privados de jogar em Belo Horizonte:

"Apelando a modestas arenas em Sete Lagoas e Ipatinga, o Atlético-MG tem uma média de só 6.500 pagantes nos jogos pós-fechamento do Mineirão, ou quase um quarto da sua média geral nos pontos corridos, marca que, isolada, seria a terceira pior da edição 2010 do Nacional.
O Cruzeiro, nos mesmos estádios, registra média de 7.800 pagantes, ou menos da metade da sua marca geral desde 2004. A diretoria do clube tem até uma estimativa do dinheiro que vai deixar de ganhar até o final deste ano com o Mineirão fechado -de hoje até dezembro, serão pelo menos R$ 6 milhões. Os arquirrivais concordam que a situação é difícil. "Todo mundo sabia que não teríamos o Mineirão por muito tempo. Mas nós, do Atlético, fomos incompetentes. Não nos preparamos para a situação", declarou Alexandre Kalil, o presidente do clube"

A segunda foi essa matéria do Globo Esporte, sobre a postura de torcedores do Panionios, que vandalizaram a sua cancha para impedir que ele fosse cedido ao rival AEK:



"Grécia: torcedores depredam próprio estádio para evitar que rival use local.
Fãs do Panionios se irritam com partida do AEK marcada para o Nea Smyrni e esburacam o gramado. Instalações também são destruídas" (GloboEsporte - 25/08/2010)

Isso tudo me faz lembrar de uma interessante passagem na história do Grêmio, que foi a participação da dupla Grenal no Robertão de 1967 e 1968, quando os dois times mandaram seus jogos no Estádio Olímpico.

Em 2007 o Rodrigo Cardia fez um excelente post sobre o este episódio, que acabou sendo esmiuçado em um capítulo de uma valiosa monografia.

Recomendo a leitura integral de ambos. Abaixo segue um pequeno trecho do material por ele produzido:

"Em 1967, pela primeira vez a dupla Gre-Nal participava do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que reunia os maiores clubes cariocas e paulistas desde 1950, e que em 1967 foi estendido a Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. O torneio, disputado até 1970, foi o “embrião” do Campeonato Brasileiro, que foi realizado pela primeira vez em 1971.

Como o critério para a participação no “Robertão” para os clubes de fora do eixo Rio-São Paulo era o convite – a princípio seriam convidados apenas os clubes mineiros, visto que as viagens a Belo Horizonte não eram dispendiosas para cariocas e paulistas – era preciso que as partidas em Porto Alegre fossem rentáveis, para que a dupla Gre-Nal continuasse a ser convidada para o “Robertão”. Os dois clubes jogavam no Olímpico, visto que o Inter ainda não tinha um estádio em condições de sediar jogos importantes – o Beira-Rio seria inaugurado somente em 1969.

Para obterem boas rendas, os clubes decidiram adotar o sistema de caixa único, e foi também conclamada uma união entre as duas torcidas para o “Robertão”, pela “afirmação do futebol gaúcho”. Surgia assim a “Torcida Gre-Nal”.

Parecia maluquice, mas a idéia vingou! Gremistas iam aos jogos do Inter e apoiavam o time vermelho, e colorados iam às partidas do Grêmio e apoiavam o Tricolor. E a união deu certo: os dois clubes se classificaram para o quadrangular final, junto com Corinthians e Palmeiras (que foi o campeão). O Inter foi vice-campeão, e o Grêmio acabou em quarto lugar."

5 de março de 1967: primeira rodada do “Robertão”.
Clássico Gre-Nal nº181: os dois times juntos na foto


quinta-feira, agosto 26, 2010

Brasileirão - Grêmio 1 x 2 Santos


Voltando ao 4-4-2 ortodoxo, o Grêmio fez um bom primeiro tempo. O time teve a iniciativa do jogo, disposição nos confrontos e forçou a marcação na saída de bola do Santos. Assim conseguiu abrir o placar cedo, aos 6 minutos, no peixinho de Borges após cruzamento de Fábio Santos. Mesmo com a vantagem, a equipe manteve um ritmo forte, mas sem apressar o jogo. Correu riscos é verdade, mas nos 45 minutos iniciais esteve muito mais perto de ampliar a vantagem (com Jonas e Douglas, aos 15 e 18 respectivamente) do que de levar um empate.

O problema foi a volta para o segundo tempo. O Santos passou a tocar a bola e o Grêmio não conseguiu mais dar combate. Foram poucas as conclusões gremistas (11 em todo o jogo, segundo o datafolha). O Santos igualou o marcador numa penalidade questionável aos 24 (Neymar bateu sem chances para Victor). Aos 25 Borges teve a melhor chance de desempatar, após girar em cima de Durval, mas demorou a concluir. Depois disso o Grêmio continuou no campo de ataque, mas pouco incomodou o goleiro Rafael. Aos 41, novo pênalti para o Santos, mas dessa vez Victor defendeu (se afirmando com pegador de pênaltis). E quando o empate começava a parecer um bom negócio, novo golpe no torcedor no último minuto de jogo. Victor defendeu a conclusão de Neymar, mas Rodriguinho fez no rebote.


O momento do Grêmio é muito estranho. Ernesto Guedes questiona a preparação física. E o pior de tudo é que ele tem certa dose de razão. Rochemback, combativo no primeiro tempo, sumiu no segundo (levou um drible constrangedor no lance do 2º pênalti).

Apesar do pênalti e de um erro no primeiro tempo, Vilson fez boa estréia. Empolgou a torcida.

Não gostei muito das substituições feitas. Talvez fosse jogo forçar a bola no André Lima.

Renato faz bem em vetar entrevistas no gramado. Mas a coletiva não é o momento adequado de decidir isso. E o treinador está certo em reclamar da sorte, mas não é só isso que está faltando. Os escanteios (sempre antes do primeiro pau) e as bolas paradas seguem sendo muito mal aproveitados.

Antes do jogo, ninguém do Grêmio reclamou da escala de arbitragem e chegou a ser dito na Gaúcha que Marcelo de L. Henrique não comprometeu na Copa do Brasil. Memória curta e/ou seletiva. Dessa vez o juiz não foi catastrófico, mas novamente protegeu os "meninos da vila". Ganso apitou o jogo (ganhou uma mão no grito), e Neymar levou só amarelo num lance que renderia vermelho caso fossem invertidos os protagonistas. O primeiro pênalti é bastante discutível. Até acho que existiu, mas acho estranho que um juiz que não pune rasgão de camiseta marque esse tipo de lance com tamanha convicção.

Fotos: Mauro Schaefer (Correio do Povo) e Lucas Uebel (Terra)

Grêmio 1 x 2 Santos
Borges 6´
Neymar 69´
Rodriguinho 90+4

GRÊMIO: Victor; Edílson, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Willian Magrão (Fernando, depois Maylson), Fábio Rochemback, Souza e Douglas (Leandro); Jonas e Borges.
Técnico: Renato Portaluppi

SANTOS: Rafael; Pará, Durval, Edu Dracena e Alex Sandro; Arouca, Rodriguinho, Marquinhos (Danilo) e Ganso (Zezinho); Neymar e Marcel (Zé Eduardo).
Técnico: Dorival Júnior

16ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2010
Data: 25 de agosto de 2010, quarta-feira, 22h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre -RS
Público total: 13.801 (12.379 pagantes)
Renda: R$ 206.231,50
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ) e Ricardo de Almeida (RJ)
Cartões amarelos: Fábio Rochemback, Edu Dracena, Marcel, Rodriguinho, Alex Sandro, Neymar e Rafael
Cartão vermelho: Alex Sandro
Gols: Borges (6min/1ºT), Neymar (24min/2ºT) e Rodriguinho (49min/2ºT)


terça-feira, agosto 24, 2010

O preço das camisas

Ao ler essa matéria sobre o espanto dos argentinos com alto custo das camisas de Boca e River fiquei com vontade de retomar o assunto do preço das camisetas de futebol.

Dando uma rápida pesquisada nos "meus" arquivos, foi possível fazer um breve apanhado histórico dos valores cobrados por uma camisa do Grêmio.


- Hoje a camisa é vendida no site do clube por R$ 169,90. O salário mínimo vigente é de R$ 510.

- Em agosto de 1989, a camisa tricolor era anunciada na Zero Hora por NCz$ 55,00. Tal valor, corrigido até julho de 2010, corresponderia a R$ 147,00. O salário mínimo da época era de NCz$192,88:


- Em dezembro de 1996, uma matéria da Folha de São Paulo mencionava a venda da camiseta gremista por R$ 50,00. Esse valor, corrigido até julho de 2010, corresponde a R$ 159,44. O salário mínimo da época era de R$ 112,00:

"A loja Grêmio-Mania, cuja matriz fica no estádio Olímpico de Porto Alegre, fatura R$ 400 mil líquidos por mês, devendo abrir filiais em outras cidades do interior.
Em domingo de jogo no Olímpico, a loja chega a faturar R$ 30 mil. Uma camiseta oficial do time é vendida por R$ 50,00.
No total, o marketing do clube tem uma receita de R$ 600 mil líquidos mensais. O time gaúcho fatura R$ 200 mil por mês em royalties, fora os produtos esportivos produzidos pela marca Pênalti."


- Em dezembro de 2005, o preço da camisa gremista foi transcrito em um trabalho de conclusão de curso de Administração da UFRGS: R$ 132,90. Esse valor, corrigido até julho de 2010, corresponde a R$ 169,86. O salário mínimo em 2005 era de R$ 300,00:

Deve-se considerar que o Grêmio, ao licenciar o direito de fabricação e fornecimento dos artigos esportivo para a Puma, abdica de ter o controle acerca do conjunto de questões relativas ao processo de formação de preço. Por ser um contrato entre organizações e restrito em relação à divulgação de informações, podem-se apenas supor algumas práticas sob esse elemento do mix de marketing

[...]

A atual camiseta oficial da equipe, por exemplo, é vendida nas lojas GrêmioMania por R$ 132,90 (manga curta) e R$ 142,40 (manga longa). Acostumados com uniformes na faixa de atéR$ 100, os torcedores gremistas sentiram o alto preço dos artigos gremistas, conforme relato do estudante de 18 anos, Marcelo Roehe: “A camisa do Grêmio feita pela Puma é bonita, porém pagar R$ 140,00 por ela é muito”. (FREDERICO MANDELLI GUARAGNA - A GESTÃO DO MARKETING ESPORTIVO NO FUTEBOL:CASO GRÊMIO FOOT-BALL PORTO-ALEGRENSE - UFRGS - 2005)

Interessante que o trabalho também questionou o então diretor de marketing do Grêmio, Flávio Paiva, sobre a possibilidade de fazer uma camisa mais barata (como veio a fazer o Manchester City em 2007)

"Fazer um uniforme mais barato é complicado por a Puma não se posicionar como uma marca de valor baixo, ser caracterizada como uma marca premium mesmo. O fabricante deve ser respeitado nesse sentido e a Puma cede ao clube o direto de produzir outros produtos com a sua marca, não havendo qualquer bloqueio nesse sentido"

Pessoalmente acho o que o valor cobrado por uma camisa de futebol é excessivamente salgado. Fiquei um pouco supreso em saber que o preço praticado não se alterou muito ao longo das últimas décadas.

domingo, agosto 22, 2010

Brasileirão 2010 - Ceará 2 x 1 Grêmio


O Grêmio levou gol no primeiro e no último minuto de jogo. Obviamente que não existe momento certo para um time ter sua meta vazada, mas um revés nesses períodos é sempre potencializado.

O jogo praticamente começou com 1x0, e com isso toda estratégia planejada ao longo da semana foi pro espaço. Não dá pra entender como o time do Grêmio permite que o adversário levante uma bola na sua área com 40 segundos de partida. Mais difícil ainda de entender é o que Willian Magrão pretendia com aquela cabeçada. Contudo, mesmo mal em campo, o Grêmio reagiu no primeira etapa. Jonas pegou um rebote presenteado pelo zagueiro de Ceará, mas chutou fraco. Douglas tentou bater falta direto, mas Diego colocou para escanteio. Na cobrança, a bola foi posta na área e Anderson marcou contra, aos 24 minutos de jogo. Aos 33, o árbitro não marco o toque de Ozeia dentro da área (interpretou como não intencional?). Pouco depois, ignorou a simulação de Washigton na área tricolor, mas aos 44 inventou uma penalidade de Rafael Marques (de quebra mostrou cartão para o zagueiro e Victor). Fabrício cobrou mal e Victor fez boa defesa. Com tudo o que aconteceu, é possível dizer que o placar do primeiro tempo não foi de todo ruim.

Para a segunda etapa, Renato fez uma mudança que era óbvia. Borges no lugar de um defensor (Ozeia, que corria sério risco de expulsão). Contudo, o time não melhorou. Jonas e Douglas desapareceram do jogo. O Grêmio recuou demais, marcando a partir da sua intermediaria defensiva (Souza virou volante), sem nenhuma perspectiva de contra-ataque. Victor salvou em algumas ocasiões, mas nada pode fazer quando Geraldo ficou livre dentro da área aos 45 minutos do segundo tempo.

Link
No 3-6-1, Jonas segue isolado e longe do gol. Não gosto de ver os meias e os atacantes recebendo a bola de costas e não entendi porque o time insistiu tanto em fazer um jogo curto (de toquinhos), no primeiro tempo.

Fábio Santos não tem se portado como ala. Fica sempre no meio do caminho e não fecha pelo meio, barrando eventuais subidas de Neuton.

Victor talvez tenha sido o único destaque positivo gremista.

Não entendi bem o que Renato pretendeu com a entrada de Fernando. Talvez fosse o caso de colocar André Lima ou Leandro no time (que carecia de presença ofensiva). Ou talvez seja muita ingenuidade minha ainda esperar alguma coisa do Leandro.

Ontem era mais uma boa ocasião para o Grêmio usar uma camisa azul celeste.

Fotos: Uol e Terra

Ceará 2 x 1 Grêmio
W.Magrão (contra) 1'
Anderson (contra) 25'
Geraldo 90´

CEARÁ: Diego; Fabrício, Anderson e Diego Sacoman; Michel, Careca (Heleno, intervalo), João Marcos, Ca milo e Júnior Cearense (Geraldo, intervalo);Wellington Amorim (Magnjo Alves, 21/2ºT) e Washington.
Técnico: Mário Sérgio.

GRÊMIO: Victor; Edilson, Ozéia (Borges, intervalo) e Rafael Marques; Ferdinando, Neuton, Jonas (Maylson 33/2ºT), Souza e Douglas (Fernando 22/2ºT); William Magrão e Fábio Santos.
Técnico: Renato Portaluppi

15ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2010
Data: 21 de agosto de 2010, sábado, 18h30min

Estádio: Castelão, em Fortaleza - CE
Público: 14.981 pagantes
Renda: R$ 204.615,00.
Árbitro: Cláudio Luciano Mercante Jr. - PE
Assistentes: Clériston Cley Barreto (SE) e Luiz Carlos Câmara (RN)
Cartões amarelos: Camilo, Michel e J. Marcos ; Victor, Borges, Ozéia e R. Marques
Gols: William Magrão, contra 45segs/1ºT); Anderson (contra, 25/1ºT) e Geraldo (44/2ºT).

sexta-feira, agosto 20, 2010

Menor público da história do Olímpico?


Qual o jogo de menor público da história do Estádio Olímpico?

Numa partida de futebol profissional, foi Juventude 2 x1 Portuguesa, em 03 de dezembro de 1997, em jogo válido pela 5ª rodada do quadrangular semifinal do Brasileirão daquele ano.

Estavam presentes 164 espectadores, sendo que somente 55 deles eram pagantes. Não por acaso é o menor publico da história do Campeonato Brasileiro. A renda foi de R$ 550,00. Abaixo a matéria do Correio do Povo sobre o jogo em questão:



Contudo, levando em conta somente os jogos do time do Grêmio, o jogo a ser considerado é Grêmio 2 x 0 Esportivo, válido pelo "interminável" Gauchão de 1994. Vale lembrar que naquele ano a competição foi disputada por 23 equipes, em pontos corridos, turno e returno ao longo de toda a temporada. O Grêmio, que também disputava a Copa do Brasil, Brasileirão, Supercopa e Copa Conmebol, perdeu o interesse na competição, usando a equipe reserva e mandando seus jogos em dias de semana à tarde.

O público daquela quarta-feira, 7 de setembro, foi de 592 espectadores, sendo que somente 271 eram pagantes. A renda foi de pouco mais de 700 reais.



Foto: Pioneiro

quarta-feira, agosto 18, 2010

Indenizações - Grêmio X Cruzeiro 2009

No início do mês, o site do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, divulgou que o Grêmio foi condenado a pagar R$ 1 mil por danos morais "por impedir torcedor de entrar no estádio Olímpico, no jogo entre Grêmio e Cruzeiro, pela Taça Libertadores da América, em 2009"

Discussões jurídicas à parte, a análise de alguns elementos desse processo é uma bela maneira de se esclarecer alguns fatos sobre aquela noite.

O depoimento da preposta do Grêmio em audiência confirma um fato há muito ventilado em discussões sobre a conduta da brigada naquele jogo:

"os portões estavam fechados porque no dia 01/07 houve a final entre o Internacional e o Corintians, e todo o efetivo da Brigada estava deslocado para aquele jogo. Que foi destacado outro comando da zona norte para atuar no jogo do Grêmio para o dia 02. que eles não tinham experiência para jogos desse porte, público de massa. Que quem estava dentro percebia os clarões (espaços), mas quem dá o comando para fechar é o comandante. É eles que controlam isso. São eles que abrem os portão e fazem a revista. Não foram vendidos ingressos a mais. Entende que foi uma ação de despreparo o fechamento dos portões"
Contudo, mesmo levando em conta os erros nas ações da Brigada, o 6º Juizado Especial Cível, condendou o Grêmio, por entender que:

"Não me parece crível que um Clube de futebol, particular, queira depositar toda a responsabilidade em cima do Poder Público.
De fato ocorreu o tumulto e este foi perpetrado pela Brigada Militar. No entanto, o demandado deveria ter adotado maiores cautelas diante do tamanho do evento que foi realizado, com expectativa de público excepcional, pois não se tratava de um mero jogo de futebol, mas sim de uma semifinal da Copa Libertadores da América, cuja vitória lhe daria lugar na final da competição."

A Primeira Turma Recursal Cível manteve a decisão, sob o seguinte fundamento:
"A responsabilidade pela segurança do torcedor durante a realização de evento esportivo é da entidade detentora do mando de jogo, conforme art. 17 do Estatuto do Torcedor."

Espero mesmo que o Grêmio tira a lição dessa condenação. Nunca me agradou essa postura de lavar as maos e deixar todas questões de segurança a cargo da Brigada. A questão dos materiais da geral é um belo exemplo dos desmandos da Brigada Militar no Estádio Olímpico. Não caberia ao clube decidir quais materiais podem ser usados na arquibancada, uma vez que é ele o responsável pela segurança do torcedor?

Também acho uma pena que o torcedor tenha sido obrigado a recorrer a justiça para buscar explicações. Mas este não é um caso isolado.

Eu dei uma rápida e superficial pesquisa nos processos envolvendo esse jogo. Algumas decisões (ainda de primeira instância) se destacam.

-No processo nº 001/1.09.0230401-5 o Grêmio foi absolvido, com base em dois argumentos:
1)"não houve erro através da venda de maior número de ingressos do que acomodações que haviam"
2) "
constata-se também ser de conhecimento de todos os frequentadores de estádios de futebol, como é o próprio caso do demandante, que tem vida efetiva como torcedor de seu clube, que nas partidas de maior afluxo, como era o caso de uma semi-final da Libertadores da América, ocorrem invariavelmente grandes filas e para os que estão posicionados em local mais longínquo e desfavorável nessas filas, o ingresso para dentro do estádio acaba muitas vezes ocorrendo quando já principiada a partida."


-Já no processo nº 3.09.0031357-7 o Grêmio foi condenado a pagar a indenização de R$ 3.000,00. Destaco o seguinte trecho da decisão:
"Não importa aqui se a segurança do evento foi ou não prestada exclusivamente pela Brigada Militar, tendo sido esta a causadora dos fatos, ao impedir sem justificativa plausível, a entrada de torcedores no estádio.

Isso porque, é o réu o responsável pela organização total do evento, incluindo o ingresso de torcedores no estádio. Logo, se os portões restaram fechados em virtude do ingresso conjunto e simultâneo de diversas pessoas, incumbia ao demandado, a fim de evitar a ocorrência do fato, ter organizado o evento de forma adequada, controlando a entrada de torcedores e estabelecendo normas para tanto'

-E o processo 001/1.09.0199504-9 traz, no meu modo de ver, a conclusão mais "sui generis":
"O aborrecimento de se deslocar de casa e de ter barrado o acesso ao estádio para assistir ao jogo de futebol é usual da vida em sociedade, e, embora desagradável, não enseja abalo íntimo que suporte e escore a demanda judicial indenizatória.

A própria autora referiu que é torcedora fanática pelo Requerido, e destoa desta afirmação a oposição de uma demanda judicial tendente a afetar a personalidade e as finanças do clube. O fanatismo, não se olvide, retira o discernimento."


Independente do grau de responsabilidade do clube, eu acho que o Grêmio lidou muito mal com toda essa questão do jogo, especialmente após o ocorrido. Deveria ter sido mais atencioso com quem ficou de fora.

Dessa forma, não consigo compactuar com uma decisão que duvida do gremismo de quem eventualmente sentiu a necessidade de buscar na justiça uma reparação. Ainda, acho que chegar no estádio em cima da hora não só é um dever, como muitas vezes é uma necessidade.

segunda-feira, agosto 16, 2010

Brasileirão - Classificação - 14ª Rodada


Time P J V E D GP GC SG
Fluminense
32 14 10 2 2 23 9 14
Corinthians 28 14 8 4 2 24 16 8
Avaí 22 14 6 4 4 25 22 3
Botafogo 21 14 5 6 3 25 17 8
Cruzeiro 21 14 5 6 3 16 13 3
Ceará 21 14 5 6 3 10 7 3
Internacional 20 13 6 2 5 19 18 1
Flamengo 20 14 5 5 4 13 11 2
Vasco 20 14 5 5 4 14 15 -1
10° Palmeiras 19 14 4 7 3 16 14 2
11° Santos 18 13 5 3 5 21 20 1
12° Guarani 18 14 4 6 4 17 20 -3
13° São Paulo 17 14 4 5 5 18 17 1
14° Vitória 17 14 4 5 5 18 19 -1
15° Grêmio 15 14 3 6 5 17 19 -2
16° G.Prudente 15 14 3 6 5 15 18 -3
17° Atlético-PR 14 14 4 2 8 17 26 -9
18° Atlético-MG 13 14 4 1 9 17 26 -9
19° Goiás 13 14 3 4 7 13 22 -9
20° Atlético-GO 9 14 2 3 9 11 20 -9


ARTILHEIROS
8 Gols
Bruno César (Corinthians)

6 Gols
Diego Tardelli (Atlético-MG), Wellington Paulista (Cruzeiro), Roger (Guarani), Alecsandro (Internacional) e Schwenck (Vitória), Roberto (Avaí), Herrera (Botafogo), Washington(Fluminense)

5 Gols
Jonas (Grêmio), Mazola (Guarani), Ewerthon (Palmeiras) e André (Santos)



domingo, agosto 15, 2010

Brasileirão - Grêmio 2 x 0 Goiás


Uma atuação bastante segura do Grêmio. Com o 3-6-1, ficou bastante clara a intenção do Renato de povoar o meio de campo e valorizar a posse de bola. O time começou a ganhar ao jogo pela defesa, uma vez que pouco foi ameaçado pelo Goiás. Novamente houve uma maior disposição (Com direito a Douglas dando carrinho), mas dessa vez com um pouco mais de organização. Faltou ainda encaminhar o jogo em direção ao gol. Aos 33, Douglas bateu falta na trave e WillianMagrão pegou o rebote de voleio .

O segundo tempo teve um dinâmica muito parecida com a da primeira etapa. O Goiás não se achou em campo, Victor praticamente não teve trabalho. O Grêmio fez o segundo novamente na Bola parada. De novo uma cobrança de Douglas e de novo W.Magrão, dessa vez de cabeça.


Antes do jogo, achei meio estranho Willian Magrão ser escalado com a 9. No jogo fez dois gols de centroavante. Importante, estava precisando se reafirmar.

Atuando de stopper, Neuton voltou a jogar bem. Quase marcou um golaço.

Sigo achando que Jonas está muito isolado, é preciso ajustar isso. Por vezes o Grêmio se ressente de um homem dentro da área.

Acho que os meias estão recebendo a bola de costas pro gol, o que sempre dificulta o trabalho.

Mais uma vez gostei muito da coletiva do Renato. Concordo com a questão do goleiro capitão. E achei interessante essa variação do esquema que ele testou no final do jogo, com um meia na ala e mais um atacante.

Fotos: Cristiano Estrela (Correio do Povo) e Roberto Vinicius (Terra)
Grêmio 2 x 0 Goiás
Willian Magrão 33´
Willian Magrão 63´

GRÊMIO: Victor; Ozeia, Rafael Marques e Neuton; Edílson (Borges), Ferdinando, Willian Magrão, Douglas (Fernando), Souza (Leandro) e Fábio Santos; Jonas
Técnico: Renato Portaluppi

GOIÁS: Harlei; Wendel Santos, Rafael Tolói, Valmir Lucas e Júnior; Amaral, Jonílson, Wellington Monteiro (Romerito)e Bernardo (Felipe); Everton Santos (Otacílio Neto) e Pedrão
Técnico: Emerson Leão

14ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2010
Data: 15/08/2010, domingo, 18h30min
Local: Estádio do Olímpico, em Porto Alegre - RS
Público: 11.469 (10.318 pagantes)
Renda : R$ 162.588 ,50
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP)
Assistentes: Kléber Lúcio Gil (SC) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Cartões amarelos: Bernardo , Amaral (GOI), Valmir Lucas (GOI), Rafael Tolói (GOI), Edílson (GRE), Leandro (GRE)
Gols: Willian Magrão, do Grêmio, aos 33 minutos do 1º tempo; Willian Magrão, do Grêmio, aos 18 minutos do 2º tempo;

quinta-feira, agosto 12, 2010

Sulamericana - Grêmio 0 x 2 Goiás


O primeiro tempo do Grêmio foi pavoroso. O Goiás abriu o placar cedo, com Amaral, num momento em que o tricolor não conseguiu tirar a bola da sua defesa. Os esmeraldinos passaram a tocar a bola com calma. O meio do campo gremista estava perdido entre os demais setores. Jonas ficou isolado na frente e longe do gol, e a nossa defesa literalmente batia cabeça, dando chances para o Goiás.

Renato não fez substituições no intervalo, mas a equipe mudou. Se postou mais no campo de ataque, com jogadores abertos nos dois do lados do campo. Maylson teve duas boas chances de marcar, mas depois disso o time insistiu em infrutíferos toques na frente da área. O empate chegou numa bola alçada na área, Jonas ganhou de Harlei e André Lima completou, mas Paulo César de Oliveira, sabe-se lá porque ("diarréia mental" talvez) anulou o gol. No apagar das luzes, Everton Santos ainda marcou o segundo tento do Goiás.


É muito cedo para qualquer avaliação sobre o trabalho do Renato, mas duas coisas me agradaram: 1) o time voltou melhor para o segundo tempo (até mesmo porque era impossível piorar). 2) A serenidade da sua entrevista coletiva. Prometeu trabalho e não soluções mágicas.

Acho o 4-5-1 um esquema interessante, mas não sei se Jonas tem a característica de jogar sozinho no ataque.

Neuton pareceu um pouco afoito na zaga. A bem da verdade o time todo demonstrou alto grau de um compreensível nervosismo.

Essa anulação do gol do André Lima foi muito estranha. Juiz e bandeira confirmam o gol, estádio inteiro comemora e aí decidem voltar atrás. Mais estranha ainda é a passividade do Grêmio com um erro grosseiro desses. No vestiário, somente o recém-chegado Renato falou, muito por cima, do lance. Duda Kroeff e Alberto Guerra não tocaram no assunto. Durante o jogo, somente Rafael Marques correu pra cima do bandeira, e no final poucos jogadores cercaram o árbitro. Não resolveria o problema, mas é preciso mostrar indignação. Desde a elaboração do calendário do brasileirão ficou bem claro que a cartolagem anda tirando o Grêmio pra trouxa.

Souza deu um declaração extremamente feliz: "Não dá para justificar qualquer coisa, mas quando a gente está tentando buscar as vitórias e acontece um erro como esse, que mexe diretamente com o resultado do jogo, fica difícil para o time. A coisa já está feia, e ainda não marcam um gol, quando conseguimos..."

É óbvio que os problemas do Grêmio não se limitam aos juízes. São muitos maiores do que isso. Mas os erros de arbitragem (tanto aqui como em Goiânia) transformaram uma classificação sofrida em uma eliminação precoce.

Fotos: Terra (Lucas Uebel), Correio do Povo (Fabiano do Amaral) e UOL (Neco Varella)

Grêmio 0 x 2 Goiás
Amaral 8´
Everton Santos 89´

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edílson, Rafael Marques, Neuton e Fábio Santos; Ferdinando, Willian Magrão, Maylson (Hugo), Souza (Roberson) e Douglas (André Lima); Jonas
Técnico: Renato Gaúcho

GOIÁS: Harlei; Wandel Santos, Rafael Tolói, Ernando e Júnior (Marcão); Jonílson, Amaral, Wellington Monteiro e Bernardo (Rithely); Everton Santos e Rafael Moura
Técnico: Emerson Leão

Copa Sulamericana 2010 - 1ª Fase - jogo de volta
Data: 12/8/2010, Quinta-feira, 19h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS)
Público: 14.260
Renda: R$ 208.142,00
Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
Assistentes: Ednílson Corona e Émerson Augusto de Carvalho (SP)
Cartões amarelos: Rafael Moura , Wendel Santos , Willian Magrão , Edílson e Neuton
Gols: Amaral, aos 8 minutos do primeiro tempo; Everton Santos, aos 44 minutos do segundo tempo;

Chegada do Renato em 1991


Acima, a foto da chegada de Renato Portaluppi em 1991.

Naquela oportunidade, a torcida lotou o antigo Aeroporto Salgado Filho, causando um certo tumulto (a porta de vidro do corredor de acesso a Polícia Federal foi quebrada por torcedores ansiosos em ver o ídolo).

E assim como agora, Renato chegava em um momento ruim (por outros motivos é verdade) e envolto num clima de messianismo.

Se o Grêmio se fixar somente nisso a vinda de Renato provavelmente não vai dar certo. Portaluppi pode no máximo ser um catalisador, uma faísca no processo de mudanças. A virada depende do esforço de todos os gremistas.





Fontes - Jornal do Brasil, Zero Hora e "Anjo ou Demônio: a Polêmica Trajetória de Renato Gaúcho"


terça-feira, agosto 10, 2010

Renato

Eu já adiantei minha posição sobre a vinda do Renato no Twitter. Ao contrário de muitos, acho ele um bom treinador. Não é uma sumidade, um Rinus Michels, mas acho que é um completo exagero afirmar que o ele não é técnico, ou mesmo que é uma piada. (Nunca é demais lembrar que Autori chegou aqui com um grande currículo e conhecimento teórico e não deu certo)

O bom trabalho de Renato no Fluminense em 2007 e 2008 ainda está bem presente na cabeça de todos. Eu destaco ainda a passagem dele pelo Vasco em 2006, quando levou um time com Fábio Braz, Valdiran e Valdir Papel a final da Copa do Brasil e quase colocou os cruzmaltinos na Libertadores via Brasileirão.

Paulo Paixão já falou muito bem do trabalho do Renato. Roger da mesma forma. E lembro muito bem de uma entrevista bastante sincera do Valdir Espinosa, que disse ser inicialmente receoso com o Renato de treinador, mas que aos poucos foi vendo ele cada vez mais maduro, interessado e conhecedor da profissão.

Eu estou entre aqueles que queriam sim ver Renato na casamata do Olímpico. Penso que para isso seria fundamental uma direção forte, atuante no vestiário. Até domingo não tínhamos isso. Novamente eu concordo com o mestre Espinosa. Tão importante quando o treinador é a escolha do diretor de futebol. Acho até que deveria ser escolhido antes do técnico. Tudo indica que Alberto Guerra permanecerá no comando do futebol. Tem as melhores recomendações, mas acho que ajudaria muito se Koff, Preis, Saul, Raul Régis (que foram diretores do Renato) "supervisionassem" o trabalho do futebol na Azenha nesse período.

Obviamente se trata de uma aposta, mas de certa forma toda contratação de treinador envolve risco (que o diga o Atlético com Luxemburgo). A vinda de Portaluppi já provoca risos nervosos nas duas torcidas do estado. É o nome capaz de agitar um pouco o status quo, e traz o bônus imediato do aumento da auto-estima, de mudar a relação da torcida com o clube, que anda bastante desgastada. Além disso, me parece bem claro que nenhum jogador vai conseguir ser mais malandro que ele.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Silas caiu junto com o Meira

A decisão tomada pelo Presidente Duda Kroeff foi acertada. O curto ciclo de Silas foi encerrado juntamente com o longo ciclo de Meira.

Sigo achando que Silas não é (ou não foi) o maior dos culpados. Teve erros e acertos na sua passagem pelo Olímpico. Também levou algum azar com lesões, arbitragens e até com a chuva. Acredito que ele possa se tornar um treinador bem sucedido. No Grêmio, lhe fez falta uma maior supervisão e um maior respaldo dos seus superiores no trabalho do vestiário.

Já a saída de Meira era forçosa. Ele se isolou e se desgastou no seu cargo de assessor de futebol. Não tinha mais nenhuma sintonia com a torcida.

A demissão do treinador sem a troca do comando do futebol não resolveria o problema. E a troca do diretor com a permanência do técnico seria algo bastante inusitado (pra não dizer confuso).

De tal modo, tão importante quanto a escolha do nome do novo treinador é a definição do novo departamento de futebol tricolor.

domingo, agosto 08, 2010

Brasileirão - Grêmio 1 x 2 Fluminense


Mesmo no mau momento e com muitos desfalques, o Grêmio não fez um mau começo de partida com o Fluminense líder do campeonato. O jogo era igual até aos 16 minutos, quando Mariano cobrou falta e a bola desviou em André Lima, matando Marcelo Grohe. O golpe foi forte, sentido não só pelo time mas também pelo estádio inteiro ("fase de merda" foi a frase gritada por um cara sentando perto de mim). Dois minutos mais tarde, o panorama ficou ainda pior quando Emerson ganhou de Rodrigo e driblou o goleiro antes de marcar o segundo. O Grêmio tentou reagir. De uma maneira geral não faltou vontade, faltou foi é organização. Não havia aproximação entre os jogadores, Ferdinando e Adílson eram responsáveis pela criação. No Fluminense, André Luís afastava todas de cabeça sem ser incomodado.

Souza entrou no lugar de Adílson no intervalo. O Grêmio custou a chegar perto do gol do Fluminense, mesmo tendo um homem a mais em campo. Marcelo Grohe trabalhou mais que Fernando Henrique. O Fluminense soube jogar com a vantagem, teve facilidade (Washington só foi tocar na bola depois dos 30 do segundo tempo), o juiz ajudou com a cera (que nem era tão necessária), e o Grêmio só descontou aos 43 do segundo tempo.



Talvez o torcedor estivesse equivocado. Bater apressadamente um escanteio não resolveria o problema do time. Mas Douglas não pode sorrir debochadamente para a torcida. É inadmissível.

Eu custei a acreditar no que essa notícia anunciava. Mas infelizmente o fato se confirmou: Victor ficou de fora do jogo, enquanto Jucilei só se apresentou a seleção após a rodada. Não culpo M.Grohe pelos gols, mas nenhum time do mundo pode abrir mão de um goleiro da seleção brasileira. Um prejuízo trazido pela falta de força política e pouca atenção aos detalhes.

Apesar do gol incrivelmente perdido, achei que André Lima foi uma das melhores figuras do Grêmio no jogo. Apareceu bem como pivô, mostrou garra (salvou um gol do FLU já nos acréscimos).

Roberson demonstra ter futuro. É preciso algum cuidado para não queimar ele no meio dessa má-fase.

Apesar dos resultado, eu sigo não gostando do trabalho do Muricy. É muito pouco refinamento.

A saída de Silas e Meira eram previsíveis . Não havia outra solução. Apenas é possível questionar por que essa mudança não ocorreu antes. É preciso dizer que os dois foram bastante corretos na coletiva derradeira.

Fotos:Fabio Berriel (UOL) e Mauro Schaefer (Correio do Povo)

Grêmio 1 x 2 Fluminense

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Willian Magrão, Rodrigo e Rafael Marques; Maylson, Adílson, (Souza) Ferdinando, Douglas e Fábio Santos; Roberson e André Lima.

Técnico: Silas



FLUMINENSE:Fernando Henrique; Leandro Euzébio, Gum e André Luis; Mariano, Diguinho, Fernando Silva, Conca (Willians) e Julio Cesar; Emerson (Rodriguinho) (Marquinho) e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho

13ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2010
Data: 8/8/2010, domingo, 16h00
min
Local: estádio Olímpico , em Porto Alegre (
RS)
Público: 12. 001 (10.221 pagantes)
Renda: R$184.480,00

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Carlos
Berkenbrock (SC) e Marrubson Melo Freitas (DF).
Cartões amarelos
: Fernando Silva (
FLU), André Luís (FLU), Gum (FLU), Fernando Henrique (FLU), Maylson (GRE), Rodrigo (GRE), Roberson (GRE)
Cartões vermelhos: Fernando Silva (
FLU)
Gols: André Lima (contra), para o Fluminense, aos 16 minutos do primeiro tempo;
Emerson, do Fluminense, aos 18 minutos do primeiro tempo; André Lima, do Grêmio, aos 43 minutos do segundo tempo;