quarta-feira, abril 27, 2011

Libertadores - Grêmio 1 x 2 Universidad Católica


Foi uma noite desastrosa a de ontem no Olímpico, onde muitas coisas saíram erradas para o Grêmio. Poderia fazer um longo inventário dos erros tricolores, mas é muito mais simples citar o que saiu certo: O golaço do Douglas e uma grande defesa de M.Grohe aos 48 minutos do segundo tempo.

O Grêmio ensaiou um abafa, tendo uma série de escanteios. A torcida se inflou e Douglas quase abriu o placar aos 10 minutos, mas seu chute parou na trave. Borges também ficou no quase, aos 24, quando fez o giro em cima da zaga e bateu pra fora. Mas aos 28 minutos o time do Universidad Católica teve um contra-ataque (puxado por Cañete e concluído por Pratto) que só foi parar dentro do gol gremista. Pra piorar a situação, Borges foi expulso seis minutos depois, ao acertar cotovelada no adversário. O cenário passou a ser amplamente favorável aos chilenos.

O Grêmio tentou minimizar o prejuízo no segundo tempo e sem muito brilho foi pra cima, tentando se aproveitar do contentamento do adversário com a situação. Los cruzados trocaram passes despretensiosos nos primeiro minutos da etapa final, mas aos 14 Douglas empatou o jogo num chutaço da intermediária. O empate animou o Grêmio, que cresceu na partida, mas acabou levando o segundo gol em novo contra-ataque concluído por Pratto (dessa vez de cabeça)


É preciso que o time "entenda" o espírito do jogo e do campeonato que está participando. Me parece que o Grêmio não conseguiu fazer esta leitura ontem.

Um exemplo: O Grêmio fez somente 10 faltas ontem, contra 17 do U.Católica. Levou apenas dois cartões amarelos (sendo que o do Adílson foi fora do lance), enquanto os chilenos foram advertidos em cinco ocasiões.

O time poderia e deveria ter feito mais faltas no jogo de ontem. Como já vem acontecendo, o ataque do time adversário raramente é interrompido pelo Grêmio.

O time poderia e deveria ter se aproveitado da ruindade do árbitro. Rochemback foi pisado na cara e a reclamação foi muito tímida.

Ficou difícil, mas não impossível. Não acho que o U.Católica tenha mais time do que o Grêmio. Ontem pareceu que os comandos de Pizzi foram superiores pelo maior conjunto/entrosamento e pela maior consciência/tranquilidade em campo. Apesar de alguns bons valores, tem claros furos no time. O Grêmio é que precisa jogar mais (e pode jogar mais) para explorar essas deficiências em Santiago (onde, não custa lembrar, os chilenos tomaram 3x1 do Caracas)


Fotos: Richard Ducker e Luciano Leon (FinalSports)

Grêmio 1 x 2 Universidad Católica
Pratto 28´
Douglas 59´
Pratto 74´

GRÊMIO: Marcelo Grohe, Gabriel, Rafael Marques, Neuton e Gilson (Escudero 45'/2ºT); Fábio Rochemback, Willian Magrão (Lins - Intervalo), Adilson e Douglas; Leandro (Carlos Alberto 32'/2ºT) e Borges
Técnico: Renato Portaluppi

UNIVERSIDAD CATÓLICA: Garcés, Valenzuela, Henríquez, Martínez e Eluchans; Ormeño, Silva (Felipe Gutiérrez 18'/2ºT), Costa (Sepúlveda 38'/2ºT), Meneses e Cañete (Villanueva 30'/2ºT); Pratto
Técnico: Juan Antonio Pizzi.

Oitavas de Final - Jogo de Ida - Libertadores 2011
Data: 26/4/2011, terça-feira, 19h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Público Total: 35.101 (31.559 pagantes)
Renda: R$ 766.807,50
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Auxiliares: Hernan Maidana (ARG) e Alejo Castan (ARG)
Cartões amarelos: Martínez, Costa, Silva, Eluchans e Valenzuela (UCA); Willian Magrão e Adilson (GRE)
Cartões vermelhos: Borges 34'/1ºT (GRE)
Gols: Pratto (U), aos 28min, no 1º tempo; Douglas (G), aos 14min, e Pratto, aos 29min, no 2º tempo.

domingo, abril 24, 2011

Adversário - Universidad Católica


O adversário do Grêmio nas oitavas será o Universidad Católica, de Santiago do Chile. Os "Cruzados" estão na sua 23ª participação na Taça Libertadores, tendo se classifcado para a presente edição com o título do campeonato Chileno de 2010. O time manda seus jogos no estádio San Carlos de Apoquindo.

Grêmio e Católica já se enfrentaram em 3 ocasiões. A primeira foi em um torneio em Valladolid, um empate em 2x2 que terminou com a vitória nos pênaltis dos chilenos. Os outro dois jogos valeram pela primeira fase da Copa Mercosul de 1998. Vitória gremista por 5x1 no Olímpico e empate em 1x1 no Chile.

Um dado curioso é que o técnico do Universidad Católica, Juan Carlos Pizzi, marcou 3 gols no Grêmio quando era jogador do River Plate, ma mesma Mercosul de 98 (2 gols no Olímpico e 1 gol no Monumental de Nuñez).


Campanha:
• 11 Pontos - Primeiro lugar no Grupo 4 ( sexto no geral)
• 3 Vitórias, 2 Empates, 1 Derrota
• 11 Gols Pró, 9 Gols Contra - 2 gols de saldo, Aproveitamento de 61,1%

1ª Rodada
- Unión Española 2x2 U. Católica - Gols: Pratto e Meneses
2ª Rodada - Vélez 3x4 U. Católica - Gols: Pratto (2), Costa e Pizarro
3ª Rodada - U. Católica 1x3 Caracas - Gols: Cabezas (2) e Barahona
4ª Rodada - Caracas 0x2 U. Católica - Gols: Villanueva e Pratto
5ª Rodada - U. Católica 0x0 Vélez Sarsfied -
6ª Rodada - U. Católica 2x1 Unión Española - Gols: Calandria e Cañete

Blog Tabuleiro - Eduardo Cecconi
"É tarefa de gincana estabelecer o diagrama para ilustrar o post sob
re la Universidad Católica, próxima adversária do Grêmio na Taça Libertadores. A equipe chilena, do técnico Juan Antonio Pizzi, já se utilizou de quatro sistemas táticos nesta temporada, e dentro de cada modificou a escalação em número ainda maior de oportunidades. Diversos jogadores foram escalados em mais de um setor/posição/função/posicionamento, dificultando a contextualização daquilo que pode acontecer nos confrontos de oitavas de final contra o tricolor gaúcho.

Em 2011, o 4-4-2 com dois volantes e dois meias foi o sistema predileto da Universidad Católica - confira no diagrama tático que ilustra o post. Pizzi forma uma convencional linha defensiva com quatro jogadores, posiciona na direita Ormeño como primeiro volante e Silva na segunda função, à esquerda – dois jogadores combativos e
participativos na marcação; na segunda linha do meio-campo atuam geralmente Meneses na direita e Cañete no lado oposto. No ataque, o argentino Pratto – referência ofensiva da equipe – boa parte das vezes acompanhado por Roberto Gutiérrez. Este desenho iniciou em duas partidas pela Libertadores, e em grande parte da campanha no campeonato nacional – liderado pelos ‘Cruzados’.

O 4-4-2 desdobrado em 4-2-2-2 pode facilmente transformar-se no 4-4-2 em losango (ou 4-3-1-2), uma das variações prediletas de Pizzi. Ormeño torna-se o primeiro volante, com Silva e Meneses na segunda linha marcando e apoiando, e um enganche centralizado abastecendo os dois atacantes. O losango – que espelharia com o sistema do Grêmio, portanto também é uma possibilidade forte para a partida de terça-feira no Estádio Olímpico – apareceu duas vezes na Libertadores.

A terceira possibilidade da Universidad Católica do camaleônico Pizzi é o 3-5-2 com linha no meio-campo e um enganche à frente (ou 3-4-1-2) – formação da estreia na competição continental. E o quarto sistema, utilizado apenas uma vez – contra o Vélez Sarsfield, talvez para também espelhar o sistema adversário – foi o 4-5-1 com três meias ofensivos (ou 4-2-3-1).

Além das variações táticas, Pizzi gosta de modificar a escalação – acredito que abdicar de um padrão tático e de um time-base inspire-se na adequação ao adversário. Não são poucos os jogadores polivalentes da equipe. Tiago Costa já foi lateral-direito, volante, meia-ofensivo e lateral-esquerdo; Martínez foi zagueiro e lateral-base na direita; Valenzuela disputa posição na lateral-direita e no meio-campo, assim como Tiago Costa, mas foi terceiro zagueiro no 3-4-1-2; Villanueva pode atuar no meio ou no ataque; acompanhando Meneses já surgiram Cañete, Tiago Costa, Villanueva, F.Gutiérrez e Calandria; na zaga, quando Martínez passa para a lateral, atua Parot…alternativas, variações e modificações não faltam."


Zero Hora

"Renato e o Grêmio que se cuidem, porque o Universidad Católica, adversário nas oitavas da Libertadores, é daqueles times que gostam de jogar para o ataque, pelo chão, sem retranca ou bola aérea. O estilo tem tudo a ver com o perfil do técnico, o argentino Juan Antonio Pizzi, ex-atacante do Barcelona.
Não foi à toa que o Católica venceu o Grupo 4, com 11 pontos e 11 gols, e lidera o Apertura chileno, com 29 pontos, faltando cinco rodadas. Conquistou também, o Clausura 2010. Teve em Gutiérrez o goleador, mas ele agora é reserva. Os gols cabem a Lucas Pratto, um argentino de envergadura, como afirma o jornalista Claudio Herrera, do diário chileno El Mercúrio.

-Não é um time brilhante, mas muito sólido, ordenado. Tem em bom nível Franciso Silva, um volante que distribui o jogo. E na ofensiva está Pratto - explicou

Apesar de alguns altos (virtou contra o Vélez, em Buenos Aires) e baixos (perdeu para o Caracas, em casa), o Católica contribui ainda com a atual seleção chilena: o meia Meneses, o próprio Francisco Silva e o goleiro Garcés estão nas convocações. Outro destaque está no meia e capitão Mirosevic, que se recupera de lesao e entrará em campo amanhã à noite, contra o Cobresal, pelo Apertura. Será o último confronto antes da partida contra o Grêmio, terça, no Olímpico - no qual Pizzi deverá contar com força quase máxima, descontado o zagueiro vergara, um reserva lesionado

De fato, o Católica vive bom momento. Fundado em 1937 e dono de 10 títulos nacionais, gasta R$ 400 mil mensais com o futebol. Para se ter uma idéia, os principais ídolos do Católica não ultrapassam R$ 550 mil de anuais de salário "
(Carlos Guilherme Ferreira, Zero Hora, 22/abril/2011)




Guia Trivela
"Terceiro clube em número de títulos chilenos - atrás apenas de Colo-Colo, com 29 conquistas, e Universidad de Chile, com 13 -, a Universidad Católica faturou, no ano passado, o décimo campeonato nacional de sua história, e assim assegurou vaga na Libertadores. O troféu acaba com um jejum de cinco anos e, de certa forma, interrompe a flagrante hegemonia colocolina dos últimos anos.

A equipe se prepara para a competição com o objetivo de fazer uma campanha melhor do que a de 2010, quando, foi eliminada na primeira fase. Mas, para que isso aconteça, terá de superar a perda de algumas de suas principais peças, que se transferiram no final do ano e certamente irão fazer muita falta. A principal delas é o atacante Milovan Mirosevic, artilheiro do Campeonato Chileno com 19 gols, que se transferiu para o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos.

Outro a sair foi o meia Dario Bottinelli, que acertou com o Flamengo e já começa a mostrar talento no futebol brasileiro. A aposta do clube para substituído é em Marcelo Cañete, que veio por empréstimo do Boca Juniors e poderá, além de ganhar experiência no futebol chileno, se firmar como seus compatriotas Conca e Montillo. A responsabilidade de fazer os gols fica por conta de Roberto Gutiérrez, atacante que balançou as redes adversárias em 14 oportunidades no Campeonato Chileno.

No meio-campo, os experientes Jorge Omeño e Rodrigo Valenzuela dão o respaldo necessário para que jovens como Francisco Pizarro e Felipe Gutiérrez possam se afirmar aos poucos. O volante Francisco Silva, muito eficiente na marcação, é o responsável por proteger os zagueiros. Na defesa, destaque para Adán Vergara, que teve rápida passagem pelo Vasco e não deixou saudades, assim como José Luis Villanueva, atacante recém-contratado."



Guia Globo Esporte
O atual campeão chileno mostrou seu poder de fogo na reta final da competição, no ano passado, quando ganhou 12 e empatou três dos 20 jogos finais na arrancada para o título. O técnico é o argentino-espanhol Juan Antonio Pizzi. Sim, ele mesmo, o Pizzi que foi ídolo no Barcelona e agora, do banco, sofreu com as perdas do meia argentino Darío Bottinelli para o Flamengo e do apoiador Mirosevic para o mundo árabe. Menos mal que o clube conseguiu uma grande contratação: o jovem meia argentino Marcelo Cañete. 20 anos, emprestado pelo Boca Juniors.As chegadas dos atacantes Calandria e Villanueva também são animadoras para um elenco já considerado de bom nível. Deve ir longe na Libertadores.

Olho neles: Gutierrez e Pratto formam boa dupla de ataque e têm tudo para arrebentar. Mas dependem do talento do jovem Cañete, que tem a missão de substituir Dario Bottinelli.

Curiosidade: vice-campeão da Libertadores em 1993, o clube tem a terceira maior torcida do Chile.

Time-base (4-3-1-2): Toselli, Valenzuela, Gonzalez, Henriquez e Eluchans; Meneses, Orme, Martinez; Cañete, Gutierrez, e Pratto.
Treinador: Juan Antonio Pizzi.

Opinião: "É o atual campeão do Chile. O time dos 'Cruzados', dirigido por Juan Antonio Pizzi, ex-Barcelona, atua de forma bem ofensiva. Na última temporada, mostrou na reta final do torneio um ataque bastante eficiente, especialmente em jogadas pelas laterais. Mas há sérios problemas no sistema defensivo, sobretudo nas jogadas aéreas e de bola parada. Provavelmente a equipe, bem posicionada do meio para o ataque, sentirá a saída de duas peças-chave no título de 2010: o meia argentino Dario Botinelli, agora no Flamengo, e o capitão da equipe, Milovan Mirosevic, que foi para o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Para preencher as vagas no meio-campo, o clube trouxe o argentino Marcelo Cañete, do Boca Juniors, e Tomás Costa de Cluj, na Romênia."
Alfredo Martinez Cortes, do jornal "Las Últimas Noticias"


Gauchão - Cruzeiro 2 x 3 Grêmio


Os minutos iniciais de um mata-mata em jogo único já são naturalmente de muito estudo. Em Cruzeiro e Grêmio tal fato foi acentuado pelo estranhento dos atletas com o gramado sintético encharcado. O estrelado tinha alguma dificuldade em sair jogando e o tricolor exercia algum domínio, mas sem ter conclusões efetivas. Passada a primeira meia hora de jogo os comandos de Leocir passaram a chegar mais no ataque, e aos 32 obrigaram Victor a sair corajosamente do gol, evitando a cabeçada de Mauro. Mas a ousadia do arqueiro gremista lhe rendeu uma preocupante lesão no ombro. Marcelo Grohe entrou em seu lugar, e aos 41 minutos, cobrou um tiro de meta, que foi desviado de cabeça por W.Magrão. Borges ganhou a "segunda bola" e serviu Leandro que ,cortando o zagueiro, concluiu de pé direito e marcou o primeiro gol do jogo. Antes do final da primeira etapa Adílson quase marcou o segundo em um chute de longa distância.

A reação do Cruzeiro no segundo tempo foi rápida. Falta na ponta esquerda, Márcio cobrou bem e Claudinho subiu mais do que a defesa tricolor, anotando de cabeça o empate. O Grêmio retrucou na mesma moeda, mas a cabeçada de Borges passou perto. Contudo o desempate saiu 3 minutos depois, quando W.Magrão tentou o chute de fora de área, a bola desviada na zaga tirou o goleiro Fábio do lance. O Grêmio poderia ter resolvido jogo na sequência, quando Borges fez jogada individual e sofre pênalti, mas o confuso Vinicius Costa não marcou. O Cruzeiro voltou a se postar no campo de ataque e em novo cruzamento de Márcio Leo Maringá surgiu entre a zaga gremista e empatou o jogo mais uma vez. Renato tentou ter maior criação no meio de campo ao colocar Carlos Alberto no lugar de Borges, mas o terceiro gol saiu em lance de bola parada. Rochemback levantou na área e Rafael Marques empurrou para as redes de carrinho.


Gostei desse sistema com 3 volantes. O time desarmou muito mais. Adílson (chutando de fora da área) e Willian Magrão (aparecendo no ataque), foram os destaques do jogo.

Com chuteira de futebol sete, Gabriel voltou a se destacar.

Não vi ninguém comentando, mas imagino que a decisão de colocar Lúcio na lateral também passe pela marcação do veloz Jô.

Rafael Marques não saltou nos dois gols do Cruzeirinho. Menos mal que anotou o gol da vitória. Mas assim não me serve, o balanço é negativo. E digo isso com tranquilidade, porque muito já defendi o futebol do camisa 4.

Carlos Alberto entrou um tanto "elétrico". A mijada que o Renato deu nele foi sensacional.

Quem tanto fez lobby pelo campo de grama sintética deve ter ficado muito feliz com a lesão de Lúcio.

Fotos: Richard Ducker (Ducker.com.br), Cristiano Estrela (Correio do Povo), Lucas Uebel (Grêmio.net), Neco Varella (UOL)

Cruzeiro 2 x 3 Grêmio
Leandro 41'
Claudinho 46'
Willian Magrão 51'
Leo Maringá 62'
Rafael Marqu
es 74'

CRUZEIRO: Fábio; Márcio, Claudinho, Sandro e Tinga; Alberto, Almir, Leo Maringá (Juninho Botelho 39'/2ºT) e Diego Torres(Faísca 33'/2ºT); Jô e Mauro (Rafael Cearense 30'/2ºT).
Técnico: Leocir Dall'astra.

GRÊMIO: Victor (Marcelo Grohe 39'/1ºT); Gabriel, Rafael Marques, Rodolfo e Lúcio; Fábio Rochemback, Adilson, Willian Magrão e Douglas; W.Leandro (Lins 38'/2ºT) e Borges (Carlos Alberto 24'/2ºT).
Técnico: Renato Portaluppi.

Semifinal - Segundo Turno - Campeonato Gaúcho 2011
Local: Estádio Passo D´Areia, em Porto Alegre (RS)
Data: 23 de abril de 2011, sábado, 18h30min
Árbitro: Vinícius Costa
Auxiliares: Júlio César dos Santos e Alexandre Kleiniche
Cartões amarelos: Alberto, Márcio (C)
Cartões vermelhos : Alberto (C)
Gols: Leandro, aos 41 minutos do primeiro tempo; Claudinho, aos 2, Willian Magrão, aos 6, Léo Maringá aos 17 e Rafael Marques, aos 29 minutos do segundo tempo


quinta-feira, abril 21, 2011

Na grama sintética, no deserto e no Olímpico

A polêmica sobre o local do confronto entre Grêmio e Cruzeiro rendeu bastante. Talvez mais do que deveria. Qualquer pessoa que já chutou uma bola na vida sabe que há uma diferença gritante entre um campo natural e artificial. Uma diferença que talvez não seja condizente com o futebol profissional.

A grama sintética só deveria ser permtida em um caso que inexiste outra opção. No inverno moscovita ela se justifica. Em Porto Alegre não. Tívessemos uma imprensa séria (e parece que não temos) o São José seria fortemente criticado (ou mesmo ridicularizado) pelo seu novo gramado. Uma decisão tomada por quem coloca o desejo de fazer negócios acima do interesse no bem do futebol.

Ninguém retira do Cruzeiro o direito de escolher o local em que enfrentará o Grêmio. Mas é possível questionar a escolha feita, que contraria o desejo do seu técnico, que estava feita antes do início das quartas de final, num acerto entre Novelletto e o presidente cruzeirista, e muito antes das declarações de Renato Portaluppi em Erechim.

E mais uma vez, o presidente da FGF se comportou de maneira bastante questionável, revelando (mais) um conflito de interesses incompatível com o cargo que exerce.

De qualquer modo, me parece que Renato encerrou bem a questão ao fazer a seguinte afirmação:

"Meu grupo está preparado para enfrentar qualquer adversário em qualquer lugar. Não houve bom senso, mas vamos jogar lá, sem problema algum. O Grêmio joga em qualquer lugar, se quiserem marcar a final no deserto, a gente vai."

Acho que esse é o espírito. Um pouco de auto-confiança nunca fez mal a ninguém, pelo contrário, é fundamental nessa reta decisiva. É hora do mata-mata, momento que pelo qual o torcedor gremista tanto espera e anseia.

O Grêmio tem a tradição de respeitar, mas não temer adversário algum. Seja na grama sintética, no deserto e, principalmente, no Estádio Olímpico.

Libertadores - Oitavas de Final

Fontes: ClicRBS, Correio do Povo e Globo Esporte

quarta-feira, abril 20, 2011

Libertadores - Fase de Grupos - Classificação Final



Fonte: Gazeta Esportiva

Grupo 1

P J V E D GP GC SG
Libertad (PAR) 14 6 4 2 0 13 5 8
Once Caldas (COL) 7 6 1 4 1 7 8 -1
Univ. San Martín (PER) 6 6 2 0 4 7 11 -4
San Luis (MEX) 5 6 1 2 3 6 9 -3

Grupo 2

P J V E D GP GC SG
Atlético Junior (COL) 13 6 4 1 1 9 7 2
Grêmio 10 6 3 1 2 9 6 3
Oriente Petrolero (BOL) 6 6 2 0 4 7 8 -1
León de Huánuco (PER) 5 6 1 2 3 4 8 -4

Grupo 3

P J V E D GP GC SG
América (MEX) 10 6 3 1 2 8 7 1
Fluminense 8 6 2 2 2 9 9 0
Nacional (URU) 8 6 2 2 2 3 3 0
Argentinos Juniors (ARG) 7 6 2 1 3 9 10 -1

Grupo 4

P J V E D GP GC SG
Universidad Católica (CHI) 11 6 3 2 1 11 9 2
Vélez Sarsfield (ARG) 10 6 3 1 2 12 7 5
Caracas (VEN) 9 6 3 0 3 7 10 -3
Unión Española (CHI) 4 6 1 1 4 7 11 -4

Grupo 5

P J V E D GP GC SG
Cerro Porteño 11 6 3 2 1 13 8 5
Santos 11 6 3 2 1 11 8 3
Colo Colo (CHI) 9 6 3 0 3 15 16 -1
Deportivo Táchira (VEN) 2 6 0 2 4 5 12 -7

Grupo 6

P J V E D GP GC SG
Internacional 13 6 4 1 1 14 3 11
Jaguares (MEX) 9 6 3 0 3 6 8 -2
Emelec (EQU) 8 6 2 2 2 4 5 -1
Jorge Wilstermann (BOL) 4 6 1 1 4 3 11 -8

Grupo 7

P J V E D GP GC SG
Cruzeiro 16 6 5 1 0 20 1 19
Estudiantes (ARG) 10 6 3 1 2 9 11 -2
Deportes Tolima (COL) 8 6 2 2 2 5 8 -3
Guarani (PAR) 0 6 0 0 6 2 16 -14

Grupo 8

P J V E D GP GC SG
LDU (EQU) 10 6 3 1 2 12 4 8
Peñarol (URU) 9 6 3 0 3 6 11 -5
Independiente (ARG) 8 6 2 2 2 7 8 -1
Godoy Cruz (ARG) 7 6 2 1 3 8 10 -2

domingo, abril 17, 2011

Gauchão - Ypiranga 1 x 1 Grêmio


O Grêmio passou pelo Ypiranga e segue na briga pela conquista do segundo turno do Campeonato Gaúcho, o que pode lher dar o título. Mas a vitória nos pênaltis nos dá mais motivos para lamentar do que para comemorar.

Apesar de alguns percalços, o primeiro tempo do Grêmio foi satisfatório. O time criou bastante, mesmo diante de uma forte marcação do Ypiranga. As principais jogadas saíram pela direita, nos pés de Weverson Leandro. O mandante assutou em contra-ataques, se aproveitando de passes errados do tricolor. Mas, aos 23 minutos, Douglas apanhou a bola e fez um golaço em chute de fora da área. O 1x0 refletia a superioridade gremista no primeiro tempo.

O jogo seguiu parecido na volta do segundo tempo, mas aos poucos o Grêmio foi se acomodando com a vantagem mínima, e após novo contra-ataque cedido, sofreu o empate no chute rasteiro de Geovanni. A partir daí o tricolor buscou o segundo gol com inisistência (Lins e Carlos Alberto entraram bem) mas a vitória só veio nas disputas de pênaltis.


Dificuldades devem ser esperadas sempre. Ganhar do Ypiranga nos pênaltis não é demérito. Mas o que preocupa é essa dificuldade que o Grêmio tem de converter sua superioridade em gols, de ter maior controle sobre a partida em que é superior, em amorcegar o jogo, em encaminhar para o final o jogo no qual tem vantagem no placar.

O que também incomoda é que o Grêmio mais uma vez desperdiçou uma vantagem que tinha. A do dia foi o mando de campo num eventual Grenal que decida o turno.

Eu não teria tirado o Leandro. Mas não condeno a opção feita pelo técnico.

Gostei muito da entrevista do Victor. É um jogador que poderia (e deveria) falar mais.

Deu pra ver que Carlos Alberto não é o problema do Grêmio. Pode vir a ser uma solução.

Outro que passa longe de ser um problema é Borges. Mas precisa de tranquilidade. Está claramente incomodado com os gols que vem perdendo.

Fotos: Edson Castro (Terra) e Pedro Revillion (Correio do Povo)
Ypiranga 1 x 1 Grêmio (4 x 2 Grêmio nos pênaltis)
Douglas 23´
Geovanni 62´


YPIRANGA: Luiz Carlos; Gasparino, Frede, Glauco e Branco; Saulo, João Paulo, Geovani e Bodini (Sylvestre, 5'/2ºT); Cleiton e Tiago Pereira.TÉCNICO: Agenor Piccinini.
GRÊMIO: Victor; Gabriel, Rafael Marques, Rodolfo e Neuton; Fábio Rochemback, Adilson (Fernando, 38'/1ºT), Lúcio e Douglas (Carlos Alberto, 18'/2ºT); Leandro (Lins, '/2ºT) e Borges.TÉCNICO: Renato Portauppi
Quartas de final - 2 turno - Campeonato Gaúcho 2011Data: 17/04/2011, domingo, 16h00minLocal: estádio Colosso da Lagoa, em Erechim - RSÁrbitro: Leandro VuadenAssistentes: Paulo Ricardo Conceição e João Lúcio de Souza (ambos gaúchos)Cartões amarelos: Gabriel (GRE), Fernando (GRE), Frede (YPI), João Paulo (YPI), Glauco (YPI)Gols: Douglas, a 23 minutos do primeiro tempo; Geovanni, a 17 minutos do segundo tempo;
Pênaltis: Borges, Lúcio (errou), Fábio Rochemback, Carlos Alberto e Gabriel pelo Grêmio. Cleiton, Saulo (errou), Frede, e Branco (errou) pelo o Ypiranga.

sexta-feira, abril 15, 2011

Libertadores - Oriente Petrolero 3 x 0 Grêmio


Disseram que era o Grêmio que entrou em campo na Bolívia ontem. Custei a acreditar. Disseram que era praticamente o mesmo time que venceu o Junior na semana passada. Ficou ainda mais difícil de entender. A impressão era de que os atletas tinham sido apresentados uns aos outros cinco minutos antes do início da partida (alguns pareciam ter sido apresentados a uma bola cinco minutos antes do jogo). A atuação apática já era irritante nos vinte primeiros minutos de jogo, quando absolutamente nada aconteceu. Piorou na segunda metade do primeiro tempo, quando o desinteressado Oriente Petrolero passou a exigir boas defesas de Victor em chutes de longa distância.

Mas o pior mesmo aconteceu na segunda etapa. Logo com cinco minutos, Arce aproveitou o espaço dado por Rodolfo e cruzou na área, Rafael Marques acompanhou a distância e Fernandez abriu o marcador de cabeça. O Grêmio tentou entrar na partida, mas tinha imensa dificuldade em articular jogadas. Os atletas pareciam não conseguir manter o controle da bola e raros eram os lances em que mais de três passes eram trocados com sucesso. Ainda assim, duas boas chances foram criadas a partir dos 25 minutos. Borges chegou a driblar o goleiro, mas mandou a bola na trave quando tinha o gol vazio a sua frente. Gabriel também desperdiçou boa oportunidade em chute cruzado. Esses dois lances, ocorridos num intervalo de 2 minutos, mostravam que o Grêmio poderia virar o jogo com um pouco de esforço e um mínimo de inspiração. Mas isso não aconteceu. As alterações feitas não ajudaram e, em contra-ataques, o Oriente Petrolero chegou ao segundo (com Saucedo) e ao terceiro gol (com Arce). O 3x0 foi ficou ainda mais inapelável a partir do momento em que os bolivianos passaram a alegrar a sua torcida com o famigerado “olé”.



E, como a muito tempo não acontecia, a sorte olhou para o Grêmio e sorriu. O Grêmio fez de conta que não era com ele. A sorte insistiu, deixando claras as suas intenções. Não satisfeito em somente desdenhá-la, o Grêmio resolveu cuspir na cara da sorte.

Fracasso, vergonha, vexame... Vai ser difícil considerar algum desses termos exagerados para o que o Grêmio apresentou ontem. O resultado e, especialmente, a atuação (contra um time já eliminado) foram inaceitáveis.

Bastante questionável a idéia de Renato para substituir Douglas. Gabriel tem muita qualidade, mas anda sem força para jogar na sua posição de origem. Improvisado no meio de campo rendeu ainda menos do que vinha rendendo na lateral.

Mas não seria justo depositar tudo na conta do técnico quando nenhum jogador teve uma atuação minimamente digna. Escudero foi um que se esforçou, tentou bastante, mas em duas vezes tropeçou na bola.

O time segue deixando que o adversário jogue muito facilmente. É preciso botar mais gana na recuperação da bola. O ataque do oponente raramente deixa de ir até a área do Grêmio.

Eu já disse, mais de uma vez, que o Grêmio vem tendo algumas duras lições nesta temporada. Ainda não se sabemos o efetivo tamanho do prejuízo trazido por esse resultado negativo (Além da desvantagem de decidir fora de casa). Mas uma coisa é certa: O Grêmio perdeu todos os jogos que “poderia” perder em 2011. A partir de agora todas as partidas são decisivas. A margem para erro é mínima.

Fotos:
Lance, El Deber, Aizar Raldes (UOL)


Oriente Petrolero 3 x 0 Grêmio

ORIENTE PETROLERO: Etulain, Hoyos, Schiapparelli, Caamaño e Gutierrez; Fernando Saucedo, Terrazas, Aguirre e Veizaga (Campos 20'/2T); Fernández (Peña 20'/2T) e Arce (Melén 35'/2T)
Técnico: Ariel Russo.

GRÊMIO: Victor, Mário Fernandes (Diego Clementino 11'/2T), Rafael Marques, Rodolfo e Bruno Collaço (Fernando 31'/1T); Fábio Rochemback, Adilson (Vinícius Pacheco 11'/2T), Lúcio e Gabriel; Escudero e Borges
Técnico: Renato Portaluppi

6ª Rodada - Fase de Grupos - Libertadores 20111
Data: 14/4/2011, quinta-feira, 22h45min
Local: Ramón Tahuichi Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra (BOL)
Público: Entre 6 e 10 mil espectadores
Arbitro: Omar Ponce (EQU)
Auxiliares: Juan Cedeño (EQU) e Christian Lescano (EQU)
Cartões amarelos: Fábio Rochemback (GRE)
Cartões vermelhos : Rodolfo 40'/2T (GRE)
Gols: Fernández, aos 5min, Saucedo, aos 30min, e Arce, aos 34min do segundo tempo

terça-feira, abril 12, 2011

Carlos Alberto X Luis Henrique Benfica

Muitas críticas podem ser feitas ao Carlos Alberto desde que ele chegou no Grêmio. Mas não há como o repreender pelo que disse ontem na entrevista coletiva realizado no Estádio Olímpico. A mensagem foi bastante clara:

"Tem coisas que me incomodam. Por exemplo, não vou voltar e não vou ressucitar nenhum assunto morto. Mas o rapaz que afirmou, e todo mundo que falar besteira pra mim vai ter que provar. E alguns terão que provar diante da Justiça. Afirmar que no final de uma partida eu vim aqui e briguei com A, B ou C, isso é uma mentira cabeluda. Todos aqui sabem que eu fui para o doping, e contra fatos reais não tem argumento, e quando você vai pro doping não pode nem voltar no vestiário." (Carlos Alberto - 11 de abril de 2011)

E qual seria a mentira? Na semana passada o repórter Luís Henrique Benfica afirmou que Carlos Alberto brigou com Borges no vestiário do Olímpico após o jogo contra o Veranópolis. Ocorre que não houve nenhuma briga em tal dia, conforme a direção reiteradamente afirmou.

Pois temos então que o jornalista divulgou uma informação falsa, o que deveria ensejar reflexões na imprensa. Mas o que se viu foi uma patética defesa corporativista.

Tivemos ainda uma tentativa de tergiversação, com referências ao dedo levantado, ao tom da coletiva, a vida pessoal do jogador, a fama de bad-boy, de chinelinho e etc... Nada disso autoriza um jornalista a mentir.

O desempenho em campo e comportamento do atleta são sim passíveis da mais variadas críticas, mas de forma alguma podem servir como justificativa para defender o ato de má fé do jornalista que publica uma matéria falsa.

E nunca é demais lembrar de algumas passagens da carreira do jornalista em questão que constantemente cria tenta criar intriga dentro do Estádio Olímpico:


Um deles é o famoso "Caso das Ovelinhas", acontecido em 2003, onde L.H.Benfica ouviu indevidamente uma conversa privativa entre o presidente do Grêmio e seus diretores de futebol, e, numa atitude eticamente questionável, resolveu publicá-la numa matéria na Zero Hora, tendo inclusive recebido destaque na capa do Jornal e uma esdrúxula comparação com o caso Watergate.


Em 2006, o mesmo jornalista decidiu publicar uma entrevista anônima, na qual o entrevistado daria conselhos para o departamento jurídico do Grêmio no caso do Grenal dos banheiros químicos. Tal fato mereceu uma forte resposta por parte do clube.

Forçoso ressaltar que o jornalista anunciava que a pena seria reduzida para 4 jogos, quando depois se viu que a pena ficou em 3 jogos de suspensão do estádio Olímpico.

Não consigo entender como um profissional desse nível ainda tem livre acesso na Azenha. Já passou da hora de restringir o acesso dele.