domingo, outubro 28, 2007

Imprensa

Já reclamei por mais de uma vez nesse blog sobre como este chamado "novo jeito de torcer" vem sendo noticiada. O problema é a ausência total de referência a geral do grêmio. Até agora quem vinha cometendo esse "crime" era imprensa do rio e sp, mais precisamente a Globo do rio. Contudo, diferente do que se poderia imaginar, a imprensa do RS também embarcou nessa. A Zero Hora de domingo traz uma matéria, assinada por Guilherme Fister, que é exatamente igual as já publicadas pela imprensa do centro do país. É muita subserviência:

"Quem diria, o futebol volta a pertencer à torcida. Mais do que a paixão pelo grande time, a torcida de Rio e São Paulo lota seus estádios e promove alegres espetáculos de convivência pacífica no Brasileirão. Com isso, a família retorna às arquibancadas. A nova onda é modelo para Grêmio e Inter."

Inverteu-se completamente os fatos. Confiram a matéria publicada na revista Placar no ano passado:

Especial - Apoio incondicional, a nova forma de torcer nos estádios - A cada rodada do futebol brasileiro, as torcidas organizadas tradicionais cada vez mais perdem espaço no cenário nacional por atitudes impensadas, como a banalização da violência, a supervalorização da entidade e o excesso de gritos de guerra com seus respectivos nomes nos estádios. Para quem realmente é aficionado, no entanto, e não deixa de ir aos estádios, mesmo com a violência que passou a atingir o futebol desde a década de 90, surge uma nova opção.

A precursora da 'nova' tendência no Brasil foi a "Geral do Grêmio", que foi criada em 2001 e, atualmente, já conta com uma média de mais de seis mil torcedores ativos no estádio Olímpico. Este movimento das organizadas já existe há anos na Argentina e no Uruguai. A região Sul do Brasil, devido à proximidade com os 'hermanos', parece ter sido o berço desta forma de torcer desses verdadeiros apaixonados. Após o surgimento da "Geral do Grêmio", os rivais colorados lançaram a "Popular do Inter". Daí para frente, a novidade cresce cada vez mais nos diversos estados brasileiros.



Ainda na zero hora de Domingo, Mário Marcos de Souza traz, excepcionalmente, uma informação interessante:

A percepção geral do público é pior do que a realidade"
Do relatório da FIFA, ao destacar, surpreendentemente, que a segurança no país não é tão grave assim, como muitos brasileiros pensam


Convenhamos, há muito de sensacionalismo e também uma boa dose de exagero vindos da mídia quando se fala da violência relacionada ao futebol. Muita gente que só assistem jogos na TV, ou na melhor das hipóteses no alto de uma cabine de imprensa, enche a boca para falar besteiras sobre a "violência" nos estádios. Um jogo de futebol não é mais nem menos perigoso do que qualquer evento público de grandes proporções no Brasil.

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