O ano era 1983, na América do Sul, um tal C.A. Peñarol, defendia o título de melhor da América e melhor do mundo. Seu adversário, uma equipe raçuda e guerreira, que aliava bravura e técnica. Era Brasil Vs Uruguai, um confronto que dispensa comentários. Essa equipe brasileira, possuía uma qualidade que diferenciava das demais brazucas, possuía além do toque de bola, raça e destemor, o que a fazia rivalizar com os tradicionais platinos e charrúas. O Brasil levou a melhor, com um gol que entrou para a história da Taça Libertadores da América, uma competição extinta, em que jogadores trocavam socos e pontapés, antes mesmo de começar a partida. O Brasil, representado pelo Grêmio F.B.P.A., venceu os adversários da camisa dourada e negra do Peñarol, e mais que isso, venceu (diferentemente de ganhar), com um gol, que caso fizessem um livro contando a história da extinta competição, esse gol emblemático estaria muito bem cotado para servir de foto de capa. Do outro lado do oceano, italianos e alemães, antes parceiros na Segunda Guerra Mundial, agora enfrentavam-se para ver quem era o dono da Europa. As apostas davam a Juventus italiana como favorita, mas mesmo quem apostava nos italianos, sabia que do outro lado, estava a escola alemã, que talvez junto com a escola inglesa, possua os jogadores mais obedientes e treinados taticamente em futebol. E foi o que aconteceu, a seleção de estrelas da Juventus sucumbiu ao posicionamento tático alemão, que assim como seu povo, é disciplinado desde o berço, e perdeu a decisão que conquistaria 2 anos mais tarde. Depois desse jogo, o austríaco Ernst Happel, técnico do alemão Hamburgo S.V., foi chamado de "o mestre da tática", só para ter uma idéia. O embate para ver quem mandava no mundo em 83, foi novamente decidido em Tóquio, um jogo único, matar ou morrer, sem segunda chance, agora ou nunca. No Domingo pela manhã no hotel, antes de ir para o Estádio, os japoneses queriam fazer uma foto no saguão entre Ernst Happel e Valdir Espinosa, técnico do Grêmio, mas Happel recusou dizendo: "...não conheço ninguém do Grêmio, quero ir logo para o Estádio, ganhar o título e ir embora pra casa....". Renato, o ponta do time brasileiro, pediu a um tradutor o que o austríaco tinha falado e ficou furioso, se inflamando ainda mais para a final, ele que disse no aeroporto Salgado Filho no embarque para Tóquio a frase profética: "...eu vou trazer esse título...". No palco da decisão, vê-se o Estádio dividido entre o azul do Grêmio e o vermelho do Hamburgo, ao som das saudosas cornetas estridentes que não paravam um só segundo, fazendo música para os ouvidos. Via-se a entrada dos pavilhões dos dois clubes levados por moças japonesas comportadamente vestidas, anunciando que era chegada a hora do confronto final. O árbitro francês Michel Vautrot dá início ao jogo e daí pra frente é história. Como esquecer de China, o guerreiro, que seguiu jogando até o fim com o tornozelo inchado e na prorrogação quase não podia andar em campo? E o que dizer dos toques "vesgos" de Mário Sérgio jogando a bola para um lado e os alemães para o outro, que causavam admiração e arrancavam suspiros de "Oohh" nos maravilhados japoneses e desconcertavam os alemães? As arrancadas de De León para o ataque, a velocidade do "flecha negra" Tarciso, que com mais de trinta anos, corria como um garoto, levava pancada e seguia correndo, e acredito que ainda hoje corra mais que muito moleque metido a bom, certamente. A segurança de Mazaroppi, a muralha Baidek, Caio o "artilheiros das decisões" que perdeu um gol que não costumava perder, ele que entrou no lugar do autor do passe para o primeiro golaço de Renato, P.C. Cajú e acabou cruzando a bola para o segundo golaço do ponteiro. E falando em ponteiro, é claro, não poderia faltar, ele, o artista maior, Renato, o homem que Telê Santana não permitiu que fosse para o México três anos mais tarde para dar o Tetra Campeonato Mundial para o nosso País apenas por ser gaúcho. Nem mesmo a comoção nacional que pedia Renato, incluindo até Jô Soares com um personagem seu que dizia "...bota ponta nesse time Telê..." convenceu o treinador. Mas deixa pra lá, Renato deu o troco um ano mais tarde dando praticamente sozinho um Campeonato Brasileiro para o Flamengo (ou no caso, o campeão foi o Sport) e ainda levantando a Bola de Ouro como craque da competição. Mas voltando ao ano de 1983, vale ressaltar a morte de Garrincha, o maior 7 que o mundo viu, em Janeiro, e em Dezembro veio a maior homenagem que Mané poderia receber. Pelos pés habilidosos dele, Renato, o mundo viu atônito e maravilhado, um lance que deixou boquiabertos os espectadores japoneses e alemães que lotavam o Estádio, e o mundo inteiro que naquele momento, dirigia seus olhos para a decisão de Tóquio, nós gremistas, também ficamos maravilhados, mas não surpresos, pois já estávamos acostumados com as maluquices daquele garoto cabeludo de meias abaixadas. Um lance que representa o que é ser ponteiro, um lance que Garrincha, com toda certeza, bateu palmas de pé lá no céu, obrigado Mané, por sua existência, por sua humildade e por fazer tantas pessoas felizes. Vale lembrar a valentia e a abnegação dos jogadores alemães, base da seleção daquele país, que um ano atrás havia perdido o título para a Itália, a mesma Itália que pôs fim ao sonho do time mágico do Brasil naquela mesma Copa. A técnica de Felix Magath, as peripécias do jovem Stein no gol alemão, a luta de Schröeder tendo que marcar Renato, Tarciso e Paulo Roberto que caíam pelo seu lado, autor do gol de empate no final do jogo, e predestinado à levar o drible mortal de Renato no segundo gol do Grêmio na prorrogação, o desespero de Hieronymus que fazia a cobertura de Schröeder, quando este se mandava para o ataque, e que foi o escolhido por Renato para fazer parte de seu gol de placa e entrando em definitivo para a galeria do Mundial de Clubes, como o homem que levou três dribles desconcertantes do maior ponta brasileiro na época. E é claro que não podemos esquecer do Leão chamado Jackobs, do grande zagueiro Jackobs, com 300 jogos pela liga alemã, e o destaque maior do time guerreiro alemão, ele marcou, driblou, bateu e apanhou, defendeu e ainda atacou, sendo dele o toque para o meio da área brasileira para Schröeder empatar, um jogador que exibiu para o mundo todo seu supercílio aberto flagrado pela TV japonesa em close, quando era costurado pelo médico alemão segundos antes de começar o segundo tempo da prorrogação. Enfim, um jogo de toques mágicos, jogadas improváveis, luta, muita luta, entrega, raça, disposição e bravura, para dois times esgotados correndo feito loucos em uma prorrogação. O Hamburgo foi escolhido o time do ano em 1983, e esse time curvou-se perante o agora conhecido Grêmio, aliás, após fazer o segundo gol, Renato foi em direção ao banco alemão e apontou para Happel dizendo: "....agora você conhece o Grêmio.....", o japonês próximo do banco, traduziu na hora. Foi um jogo emocionante, os dois estão de parabéns, mais uma vez, aqueles atletas alemães eram Vice-Campeões Mundiais, mais uma vez para uma camisa azul, só que dessa vez era o azul do Grêmio, o azul que pintou o mundo um ano após a Itália também o fazê-lo. Parabéns aos heróis do título, vocês estão tatuados na bandeira do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, parabéns a todos nós torcedores simpatizantes, agradecidos e apaixonados por este clube, que mesmo sendo massacrado por bandidos que se disfarçam em árbitros, consegue erguer todos os títulos que um clube pode erguer, e vejam só, até quando fomos Campeões do Mundo fomos roubados, pois o árbitro francês, não marcou um pênalti escandaloso de Hieronymus em Renato no segundo tempo, mas aquilo acho que foi pra dar emoção, afinal, não iríamos para a prorrogação, e não seria aquela emoção de ambos os lados como se pode presenciar, a propósito, porque será que todo mundo diz que Schröeder levou os três dribles de Renato no primeiro gol, se quem levou foi Hieronymus? Schröeder só levou o drible do segundo gol, ehheeheheh é estranho, mas tudo bem. Parabéns meu Grêmio querido, o mundo todo viu naquele dia como seu uniforme é belo, e como seus títulos são suados mas acima de tudo merecidos e com direito a gols de placa e/ou emblemáticos, foi assim com Baltazar na Estrela de Bronze, foi assim com o levantamento inteligentíssimo de Renato para o gol suicida de Cézar na Estrela de Prata, e assim também foi com os dribles espetaculares de Renato na Estrela de Ouro, e todas elas bordadas com sangue, suor e lágrimas de alegria no lindo fardamento gremista, Grêmio, três Estrelas, três cores de uma só paixão, parabéns Grêmio, Campeão Mundial de Futebol há 24 anos, mas eterno em nossos corações.
che. referenciamos teus site no gremiocopero.com ... belo trabalho. forca gremio
O ano era 1983, na
ResponderExcluirAmérica do Sul, um tal C.A. Peñarol, defendia o título de melhor da América e melhor do mundo. Seu
adversário, uma equipe raçuda e guerreira, que aliava bravura e técnica. Era Brasil Vs Uruguai, um
confronto que dispensa comentários. Essa equipe brasileira, possuía uma qualidade que
diferenciava das demais brazucas, possuía além do toque de bola, raça e destemor, o que a fazia
rivalizar com os tradicionais platinos e charrúas. O Brasil levou a melhor, com um gol que entrou para
a história da Taça Libertadores da América, uma competição extinta, em que jogadores trocavam
socos e pontapés, antes mesmo de começar a partida. O Brasil, representado pelo Grêmio F.B.P.A.,
venceu os adversários da camisa dourada e negra do Peñarol, e mais que isso, venceu
(diferentemente de ganhar), com um gol, que caso fizessem um livro contando a história da extinta
competição, esse gol emblemático estaria muito bem cotado para servir de foto de capa. Do outro
lado do oceano, italianos e alemães, antes parceiros na Segunda Guerra Mundial, agora enfrentavam
-se para ver quem era o dono da Europa. As apostas davam a Juventus italiana como favorita, mas
mesmo quem apostava nos italianos, sabia que do outro lado, estava a escola alemã, que talvez junto
com a escola inglesa, possua os jogadores mais obedientes e treinados taticamente em futebol. E foi
o que aconteceu, a seleção de estrelas da Juventus sucumbiu ao posicionamento tático alemão, que
assim como seu povo, é disciplinado desde o berço, e perdeu a decisão que conquistaria 2 anos
mais tarde. Depois desse jogo, o austríaco Ernst Happel, técnico do alemão Hamburgo S.V., foi
chamado de "o mestre da tática", só para ter uma idéia. O embate para ver quem mandava no mundo
em 83, foi novamente decidido em Tóquio, um jogo único, matar ou morrer, sem segunda chance,
agora ou nunca. No Domingo pela manhã no hotel, antes de ir para o Estádio, os japoneses queriam
fazer uma foto no saguão entre Ernst Happel e Valdir Espinosa, técnico do Grêmio, mas Happel
recusou dizendo: "...não conheço ninguém do Grêmio, quero ir logo para o Estádio, ganhar o título e
ir embora pra casa....". Renato, o ponta do time brasileiro, pediu a um tradutor o que o austríaco tinha
falado e ficou furioso, se inflamando ainda mais para a final, ele que disse no aeroporto Salgado Filho
no embarque para Tóquio a frase profética: "...eu vou trazer esse título...". No palco da decisão, vê-se
o Estádio dividido entre o azul do Grêmio e o vermelho do Hamburgo, ao som das saudosas
cornetas estridentes que não paravam um só segundo, fazendo música para os ouvidos. Via-se a
entrada dos pavilhões dos dois clubes levados por moças japonesas comportadamente vestidas,
anunciando que era chegada a hora do confronto final. O árbitro francês Michel Vautrot dá início ao
jogo e daí pra frente é história. Como esquecer de China, o guerreiro, que seguiu jogando até o fim
com o tornozelo inchado e na prorrogação quase não podia andar em campo? E o que dizer dos
toques "vesgos" de Mário Sérgio jogando a bola para um lado e os alemães para o outro, que
causavam admiração e arrancavam suspiros de "Oohh" nos maravilhados japoneses e
desconcertavam os alemães? As arrancadas de De León para o ataque, a velocidade do "flecha
negra" Tarciso, que com mais de trinta anos, corria como um garoto, levava pancada e seguia
correndo, e acredito que ainda hoje corra mais que muito moleque metido a bom, certamente. A
segurança de Mazaroppi, a muralha Baidek, Caio o "artilheiros das decisões" que perdeu um gol que
não costumava perder, ele que entrou no lugar do autor do passe para o primeiro golaço de Renato,
P.C. Cajú e acabou cruzando a bola para o segundo golaço do ponteiro. E falando em ponteiro, é
claro, não poderia faltar, ele, o artista maior, Renato, o homem que Telê Santana não permitiu que
fosse para o México três anos mais tarde para dar o Tetra Campeonato Mundial para o nosso País
apenas por ser gaúcho. Nem mesmo a comoção nacional que pedia Renato, incluindo até Jô Soares
com um personagem seu que dizia "...bota ponta nesse time Telê..." convenceu o treinador. Mas
deixa pra lá, Renato deu o troco um ano mais tarde dando praticamente sozinho um Campeonato
Brasileiro para o Flamengo (ou no caso, o campeão foi o Sport) e ainda levantando a Bola de Ouro
como craque da competição. Mas voltando ao ano de 1983, vale ressaltar a morte de Garrincha, o
maior 7 que o mundo viu, em Janeiro, e em Dezembro veio a maior homenagem que Mané poderia
receber. Pelos pés habilidosos dele, Renato, o mundo viu atônito e maravilhado, um lance que
deixou boquiabertos os espectadores japoneses e alemães que lotavam o Estádio, e o mundo inteiro
que naquele momento, dirigia seus olhos para a decisão de Tóquio, nós gremistas, também ficamos
maravilhados, mas não surpresos, pois já estávamos acostumados com as maluquices daquele
garoto cabeludo de meias abaixadas. Um lance que representa o que é ser ponteiro, um lance que
Garrincha, com toda certeza, bateu palmas de pé lá no céu, obrigado Mané, por sua existência, por
sua humildade e por fazer tantas pessoas felizes. Vale lembrar a valentia e a abnegação dos
jogadores alemães, base da seleção daquele país, que um ano atrás havia perdido o título para a
Itália, a mesma Itália que pôs fim ao sonho do time mágico do Brasil naquela mesma Copa. A técnica
de Felix Magath, as peripécias do jovem Stein no gol alemão, a luta de Schröeder tendo que marcar
Renato, Tarciso e Paulo Roberto que caíam pelo seu lado, autor do gol de empate no final do jogo, e
predestinado à levar o drible mortal de Renato no segundo gol do Grêmio na prorrogação, o
desespero de Hieronymus que fazia a cobertura de Schröeder, quando este se mandava para o
ataque, e que foi o escolhido por Renato para fazer parte de seu gol de placa e entrando em definitivo
para a galeria do Mundial de Clubes, como o homem que levou três dribles desconcertantes do maior
ponta brasileiro na época. E é claro que não podemos esquecer do Leão chamado Jackobs, do
grande zagueiro Jackobs, com 300 jogos pela liga alemã, e o destaque maior do time guerreiro
alemão, ele marcou, driblou, bateu e apanhou, defendeu e ainda atacou, sendo dele o toque para o
meio da área brasileira para Schröeder empatar, um jogador que exibiu para o mundo todo seu
supercílio aberto flagrado pela TV japonesa em close, quando era costurado pelo médico alemão
segundos antes de começar o segundo tempo da prorrogação. Enfim, um jogo de toques mágicos,
jogadas improváveis, luta, muita luta, entrega, raça, disposição e bravura, para dois times esgotados
correndo feito loucos em uma prorrogação. O Hamburgo foi escolhido o time do ano em 1983, e esse
time curvou-se perante o agora conhecido Grêmio, aliás, após fazer o segundo gol, Renato foi em
direção ao banco alemão e apontou para Happel dizendo: "....agora você conhece o Grêmio.....", o
japonês próximo do banco, traduziu na hora. Foi um jogo emocionante, os dois estão de parabéns,
mais uma vez, aqueles atletas alemães eram Vice-Campeões Mundiais, mais uma vez para uma
camisa azul, só que dessa vez era o azul do Grêmio, o azul que pintou o mundo um ano após a Itália
também o fazê-lo. Parabéns aos heróis do título, vocês estão tatuados na bandeira do Grêmio Foot-
Ball Porto Alegrense, parabéns a todos nós torcedores simpatizantes, agradecidos e apaixonados
por este clube, que mesmo sendo massacrado por bandidos que se disfarçam em árbitros, consegue
erguer todos os títulos que um clube pode erguer, e vejam só, até quando fomos Campeões do
Mundo fomos roubados, pois o árbitro francês, não marcou um pênalti escandaloso de Hieronymus
em Renato no segundo tempo, mas aquilo acho que foi pra dar emoção, afinal, não iríamos para a
prorrogação, e não seria aquela emoção de ambos os lados como se pode presenciar, a propósito,
porque será que todo mundo diz que Schröeder levou os três dribles de Renato no primeiro gol, se
quem levou foi Hieronymus? Schröeder só levou o drible do segundo gol, ehheeheheh é estranho,
mas tudo bem. Parabéns meu Grêmio querido, o mundo todo viu naquele dia como seu uniforme é
belo, e como seus títulos são suados mas acima de tudo merecidos e com direito a gols de placa
e/ou emblemáticos, foi assim com Baltazar na Estrela de Bronze, foi assim com o levantamento
inteligentíssimo de Renato para o gol suicida de Cézar na Estrela de Prata, e assim também foi com
os dribles espetaculares de Renato na Estrela de Ouro, e todas elas bordadas com sangue, suor e
lágrimas de alegria no lindo fardamento gremista, Grêmio, três Estrelas, três cores de uma só paixão,
parabéns Grêmio, Campeão Mundial de Futebol há 24 anos, mas eterno em nossos corações.
che. referenciamos teus site no gremiocopero.com ... belo trabalho. forca gremio
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