segunda-feira, janeiro 21, 2013

Gauchão - Esportivo 0x2 Grêmio


Começou o Gauchão. E começou demasiadamente cedo (em virtude das demasiadas datas). Uma situação que obriga o Grêmio a escalar o seu time B nas rodadas iniciais. Uma pena, porque não precisava ser assim. Mas é possível vislumbrar algo positivo nesse cenário. Atletas da base receberam a oportunidade de se apresentar com mais platéia, em maior evidência. E hoje, de um modo geral, se saíram bem.

O jogo começou devagar, com os dois times se alternando em lentos movimentos de ataque. A maior experiência do Esportivo não se refletiu em campo e, na pior das hiteses, o Grêmio jogava de igual pra igual com o time da casa. O tricolor não valorizava tanto a posse de bola, mas chegava bem no ataquee usando os lados do campo. Só não abriu o placar no primeiro tempo em razão de uma certa hesitação e preciosismo no momento em que tinha a bola dentro da área do adversário.

Com a entrada de Jean Deretti, o Grêmio deu a sensação de que iria aumentar o ritmo na segunda etapa, mas isso não aconteceu. O jogo seguiu arrastado. O placar só foi movimentado aos 35 minutos, quando Léo Gago chamou a responsabilidade, arrancou pelo meio e serviu Lucas Coelho, que marcou um belo gol. Seis minutos depois, Tinga cobrou um lateral para dentro da área, Lucas Coelho raspou de cabeça no primeiro pau e Paulinho completou para o gol. 2x0 numa merecida vitória gremista.
 

Resultado importante. Esses 3 pontos podem dar maior tranquilidade e confiança para o Grêmio continuar com o seu planejamento para este primeiro semestre.

Além do resultado, tivemos alguma atuações animadoras. Lucas Coelho foi o principal destaque. Gustavo Xuxa, Tinga. Ramiro e Deretti também apareceram bem na partida. Rondinelly e Calyson foram muito tímidos. Busatto e Gérson precisarão enfrentar um adversário com maior poderio ofensivo para mostrar serviço.

Vi o time comando por Mabília numa espécie de 4-5-1. (Gustavo Xuxa me pareceu mais alinhado com os outros meias do que com o centroavante). Será que o treinador repetiu o esquema que será usado pela equipe principal? Será que isso é necessário? Será que é o melhor para revelar jovens jogadores?
 

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net) e André Avila (Correio do Povo)

Esportivo 0x2 Grêmio

ESPORTIVO: Fabiano, Erick, Ediglê, Dirley, Anderson Feijão (Diego Campos, 22'/2°T), Fábio Oliveira, Mateus, Rafael Bittencourt e Filipe Athirson; Léo (Paulo Josué, 16'/2°T) e Gillian (Jaílton, 37'/2°T)
Técnico: Luís Carlos Winck

GRÊMIO: Busatto; Tinga, Gerson, Werley, Carlos Alexandre; Léo Gago, Ramiro, Calyson (Misael, 27'/2°T) e Rondinelly (Jean Deretti, Intervalo), Gustavo Xuxa (Paulinho, 34'/2°T) e Lucas Coelho
Técnico: Marcelo Mabília

1ª Rodada - 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2013 
Data: 20/1/2013, domingo, 17h00min 
Local: Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS) 
blico: 1.103 pagantes
Renda: R$  34.680,00
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS) 
Auxiliares: Júlio Cesar dos Santos (RS) e Alexandre Kleiniche (RS) 
Cartões amarelos: Ediglê e Fábio Oliveira (ESP); Léo Gago (GRE) 
Gols: Lucas Coelho aos 35/2ºT e Paulinho aos 41/2ºT
 

7 comentários:

Sancho disse...

É um esquema de moda, e apesar de ser um time jovem, já não é uma equipe de base; mas a equipe principal. Então, não vejo problema.

Ademais, num jogo é difícil de avaliar se os guris poderiam funcionar melhor com outro esquema e movimentação. Prefiro dar o benefício da dúvida para quem trabalha com eles todos os dias.

Társis Salvatore disse...

Se o objetivo é preparar jogadores para o time principal, faz sentido ambos usarem o mesmo esquema. Mas vamos ver.

Esse ano estou empolgado com o Gauchão (algo que, sinceramente não me empolga desde a década de 1990) por conta da Arena.
A verdade é que os desdobramentos do próprio Gauchão vão depender dessas primeiras partidas com a LDU.

Sancho disse...

Társis,

Também, nós ganhamos 3 dos últimos 11, não tem como se empolgar muito. Mas o título de 2006 foi do C^R^LH@!

E, não adianta, com essa fórmula, o Gauchão só começa nos mata-mata.

Ronaldo disse...

O 4-5-1, na sua variante 4-2-3-1 mais especificamente, é um bom esquema para utilizar na base desde que pelo um dos meias extremos (wingers) seja um atacante de origem. A adoção deste esquema é uma boa maneira de se formar atacantes que também possuam disciplina tática. E o esquema em si é bom, possibilita muitas variações táticas (para o 4-4-2 e para o 4-3-3) desde que pelo menos um dos meias possua características de atacante. O 4-5-1 só é ruim se for com 3 volantes (4-3-2-1),em que o time fica sem articulação, ou se for com no 4-2-3-1 mas com 3 meias armadores, em que nenhum tenha características de atacante.

André Kruse disse...

Só para deixar claro. Conceitualmente eu não tenho nada contra o 4-5-1 ou contra qualquer outro esquema. E na prática eu acho que esse time do Grêmio funcionou bem com essa linha de três enconstado no centroavante.

O que eu queria colocar em discussão era esse expediente de adotar o mesmo esquema para todas as equipes do clube

Ronaldo disse...

André Kruse, eu concordo com a ideia de se usar o mesmo esquema em todas sa categorias por que o princípio é FORMAR jogadores para o time de cima, mas acho que isso não exclui a utilização de variações compatíveis. Do goleiro até a dupla de volantes, o posicionamento no 4-4-2 e no 4-2-3-1 é praticamente idêntico. É diferente de se utilizar o 3-5-2, por exemplo, em que todo o posicionamento defensivo é diferente do 4-4-2, e aí complica a formação mesmo (forma-se um ala que vai ter dificuldade de marcar em linha de 4, forma-se um zagueiro acostumado a jogar com sobra, etc.)

André Kruse disse...

Mas o problema é que esse raciocinio parte do pressuposto que as posições são estanques, fixas.

Quantos jogadores mudam de posição durante a sua passagem na base? Quantos são aproveitados em posições diferente quando sobem? Quantos não mudam de posição durante a sua trajetória profissional?