terça-feira, agosto 02, 2011

Mudança no Departamento de Futebol e a cizânia

A saída do departamento de futebol tricolor permite uma série de leituras. Umas mais simplistas; outras mais elaboradas. Algumas mais sensatas; outras um tanto fantasiosas. O certo é que cada torcedor tem a sua avaliação.

Uma obviedade é dizer que a troca no comando do vestiário se deu pela falta de bons resultados. Mas nem por isso tal fato deixa de ser uma verdade.

Mas é preciso dizer que as críticas e as contestações começaram muito antes de que se fosse possível apresentar e analisar qualquer resultado. E as críticas nem sempre foram justas, nem sempre foram corretas e nem sempre foram leais.

O sucesso em campo teria o condão de fazer com que os problemas do Grêmio fossem esquecidos ou minimizados. Mas isso não aconteceu. E os problemas seguem aí, nos atormentando.

E quais as razões dos insucesso? As circunstâncias, a ansiedade, a pressão, erros de jogadores, erros de juízes, erros de técnicos e, inegavelmente, erros da diretoria de futebol (que pode ser responsabilizada por todos os erros antes listados).

Ainda que tenham se equivocado, não há como deixar de reconhecer que Antônio Vicente Martins, José Simões e Cesar Cidade Dias trabalharam arduamente e de forma digna. Sempre se portaram de forma condizente com o cargo, sem nunca deixar de lado a ética, o cavalheirismo e boa educação. É certo que só isso não é o sufciente, a devida compostura é o mínimo que se espera de um dirigente. Mas nem sempre isso é visto por aí e por isso tal fato deve ser ressaltado. Não se pode chegar a conclusão de que não há lugar no futebol para esse tipo de comportamento.

Muito mais do que de bons exemplos, o Grêmio precisa de vitórias e de títulos. Como estes não foram alcançados, as mudanças são naturais.

O que chama a atenção é que esta mudança na pasta do futebol revela uma crise política dentro da atual gestão. Uma crise que poderia ter sido evitada. Ou uma crise que deveria ter sido exposta antes. Mas falar depois é sempre muito fácil. Foi tentada uma composição política, uma união de forças para administrar o clube. Infelizmente não deu certo. Na prática se viu que havia mais ideias e ações divergentes do que comuns.

Eu acho que não é de hoje que o Grêmio apresenta um sério problema de comunicação. Seja comunicação interna, seja comunicação externa. E aí se inclui a relação entre clube e torcedor, comunicação entre os diversos setores da administração, entre situação e oposição, com a imprensa e as nebulosas questões de vazamentos de diretores/conselheiros para jornalistas.

É preciso mudar alguns paradigmas nesta questão. Caso contrário, o dia a dia do clube seguirá sendo convidativo para quem se dedica a criar cizânia


Um comentário:

martina disse...

"esses humanos são uns loucos"
hehehe.