quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Amistoso 1993 - Grêmio 6 x 1 Seleção de Capão da Canoa


Como já vimos, o Grêmio jogou em Capão da Canoa em 1991. Teria jogado lá novamente em 1992, mas a chuva cancelou a partida (o que pode ter sido bom para o Grêmio, haja visto que no mesmo ano o Internacional foi derrotado pelo time local pelo placar de 2x0).

Em 1993, o mau-tempo chegou a adiar a partida no estádio Mariscão e o confronto aconteceu no dia 26 de fevereiro. O Grêmio venceu por 6x1, num jogo que poderia ser lembrado pela estreia de Dorival Junior com a camisa do Grêmio, mas que efetivamente ficou marcado pela lesão do goleiro Emerson.

O lance aconteceu no início do jogo, numa disputa entre o arqueiro gremista e o atacante Melancia. A Zero Hora assim descreveu a jogada:

“O que era para ser um simples amistoso de início de temporada acabou sendo um drama para o jovem goleiro Émerson, do Grêmio. Aos 12 minutos do primeiro tempo, o centroavante Kita, do combinado de Capão de Canoa cruzou a bola dentro da área, onde estava o ponteiro Melancia. Ao ver o atacante livre, o goleiro gremista se atirou sobre o adversário, tentando evitar o chute. No choque, caiu um para lado. Émerson gritou forte e olhou a perna direita; um fratura dupla, tíbia e perônio.

Logo as lágrimas corriam soltas pelo rosto do jogador deitado sobre o gramado. Com o lance, que resultou no pênalti e no único gol marcado pelo time de Capão da Canoa, ninguém estava preocupado. As atenções estavam todas voltadas para Émerson Ferreti, 22 anos, uma das maiores promessas dos últimos anos nascidas nas categorias inferiores do Estádio Olímpico. “Eu só me lembro do início da jogada. Vi o ponteiro sozinho e me joguei para tentar impedir o chute ao gol. Depois não vi mais nada, só me lembro que senti uma dor horrível”, puxava pela memória Émerson, cabisbaixo, com o olhar fixo em lugar algum." (Sílvio Ferreira - Zero Hora - 27 de fevereiro de 1993)


Grêmio 6 x 1 Seleção de Capão da Canoa


GRÊMIO: Émerson (Ademir Maria); Luis Carlos Winck (Jackson), Paulão, Luciano e Eduardo (Paulo César); Júnior, Pingo (Jamir), Juninho (Mabilia) e Carlos Miguel (Carlinhos); Gílson, Caio (M.Aurélio)Técnico: Sérgio Cosme
SELEÇÃO CAPÃO DA CANOA: Salomão (Bira); Leandro (Flavinho), Eduardo, Rogério e Mânica; Anderson, P.César (Tarcísio) e Tilico; Melancia (Da Cruz), Kita (Perroni) e Senna (Polaco).Técnico: Butiaco

Amistoso
Data: 26 de fevereiro de 1993, sexta-feira, 16h30minLocal: Estádio Mariscão, em Capão da Canoa-RSÁrbitro: Djalmo PassosAuxiliares: Ciro Camargo e Nadir ÁscoliCartão Vermelho: Eduardo (Capão da Canoa)Gols: Caio aos 10 minutos, Kita aos 12, Juninho aos 29, Gilson aos 42 e Eduardo aos 46 minutos do 1º tempo; Gilson aos 3 minutos e Paulão aos 41 minutos do 2º tempo

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Amistoso 1993 - Grêmio 6 x 0 Selecionado Beira-Mar



Em fevereiro de 1993, o Grêmio voltou a jogar no litoral gaúcho. Era o terceiro jogo que a equipe de Sérgio Cosme (e Paulo Paixão, seu preparado físico) fazia naquele início de temporada (Após uma rápida excursão pela Argentina).

A partida foi realizada em Tramandaí, no Estádio Municipal (por vezes chamado de Estádio Beira-Mar e por vezes chamado de Tatuírão, por óbvio prefiro esta última alcunha)

O Selecionado Beira-Mar (ou Seleção de Tramandaí), que contava com Fala Fina em suas fileiras, até que fez um bom primeiro tempo, sofrendo apenas um gol. Mas levou outros cinco na segunda etapa.

As atrações daquela tarde de verão foram o recem contratado Luís Carlos Winck, juntamente com o jovem Carlos Miguel e o volante Pingo, que fez a sua estréia naquela ocasião.

Fotos: Zero Hora

Grêmio 6 x 0 Selecionado Beira-Mar

SELECIONADO BEIRA-MAR: Luís Paulo (Élton); Porto (Evaldo), Paulo Roberto, Raul e Mânica; Tonho (Paco), Marcelo (Eron) e Lino (Fabinho); Ike (Fala Fina), Tarusco e Rogério.
Técnico: Paulo Roberto Laurindo.

GRÊMIO: Émerson (Ademir Maria); Luis Carlos Winck (Jackson). Paulão, Luciano e Eduardo; Marco Aurélio, Pingo (Jamir), Juninho e Carlos Miguel (Carlinhos Júnior); Gílson, Caio (Mabília)
Técnico: Sérgio Cosme

Amistoso
Data: 13 de fevereiro de 1993, sábado
Local: Estádio Tatuírão, em Tramandaí-RS
Público: 4.500 pessoas
Árbitro: Silvio Oliveira
Auxiliares: Adão Alípio Soares e Marcos Charão
Gols: Carlos Miguel, aos 27 minutos do 1º tempo; Juninho aos 29 segundos, Pingo, aos 4 minutos, Eduardo aos 7 minutos, Juninho aos 27 minutos e Jamir aos 33 minutos do segundo tempo

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Gauchão - Caxias 1 x 1 Grêmio (Caxias 5x4 nos pênaltis)

Sem Léo Gago, Luxemburgo optou por não repetir o esquema com 3 volantes usado no Grenal. Com dois meias abertos, o Grêmio não teve a mesma intensidade do jogo anterior, mas fez uma boa partida, tendo bom toque de bola e tomando a iniciativa do jogo. O Caxias "esperou" o adversário e incomodou em chutes de fora da área.

O gol de Kléber, marcado aos 17 minutos do segundo tempo, parecia encaminhar a classificação gremista. O Grêmio esteve perto de marcar um 2x0 final, mas acabou sofrendo o empate aos 39 do segundo tempo, justo num quesito em estava bem na partida. Bola aérea defensiva. Juninho cobrou falta, a bola entrou baixa na defesa do Grêmio, passando por André Lima e Naldo, chegando em Marcos Paulo, que tomou a frente de Gilberto Silva e empatou o jogo.

Nos pênaltis o Grêmio se deu mal. Assim como já tinha se dado contra o mesmo Caxias, num sorteio que definiu o ponto extra de um turno do Gauchão de 1987.

Caxias 1 x 1 Grêmio (Caxias 5x4 nos pênaltis)

CAXIAS: Paulo Sérgio, Michel, Lacerda, Lino e Fabinho; Umberto (Allison, 24'2T), Paraná, Mateus e Wangler (Juninho, 37'2T); Caion (Marcos Paulo, 33'2T) e Vanderlei
Técnico: Paulo Porto.

GRÊMIO: Victor, Gabriel, Gilberto Silva, Naldo e Julio Cesar; Fernando, Souza, Marquinhos (Vilson, 37'2T) e Marco Antônio; Kleber e Marcelo Moreno (André Lima, 31'2T)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Semifinal - 1º Turno - Gauchão 2012
Data: 25/02/2012, domingo, 16h00min
Local: Estádio Centenário, Caxias do Sul (RS)
Público: 10.377 pagantes
Renda:R$ 323.845,00
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: José Antônio Chaves Franco Filho (RS) e Tatiana Jacques de Freitas (RS)
Cartões amarelos: Lacerda e Lino (CAX); Marquinhos, Souza, Gilberto Silva, Kleber e Gabriel (GRE)
Gols: Kleber, 17'2T(0-1) e Marcos Paulo, 40'2T(1-1)
pênaltis: Mateus, Michel, Fabinho, Paraná, Paulo Sérgio, Kleber, André Lima, Gilberto Silva e Fernando marcaram. Marco Antônio teve seu chute defendido pelo goleiro

sábado, fevereiro 25, 2012

Vanderlei Luxemburgo


A ideia de ter Luxemburgo treinando o Grêmio era impensável nos anos 90. Eu confesso que o meu ranço em relação a Vanderlei ficou no passado, mas entendo e respeito quem ainda tenha restrições a este treinador.

A rivalidade do passado não é o único motivo para ter dúvidas em relação a Luxemburgo, que também se atrapalha por problemas extra-campo e um permanente desejo de ir além das suas atribuições como treinador.

Contudo, não resta dúvida que ele é competente no trabalho de dentro de campo e de dentro do vestiário. Se a direção deixou esses limites claros para o treinador a contratação tem grandes chances de dar certo.

A polêmica do nº da camiseta usada na apresentação é tão idiota que não merece maiores comentários. Nas suas manifestações desde que chegou a Porto Alegre duas coisas me chamaram a atenção:

- Se colocou na obrigação de colocar o clube na Libertadores. No ano passado, no Flamengo, dizia ter o mesmo objetivo mesmo quando liderava Brasileirão. Não me parece que a classificação para a Libertadores seja um objetivo em si mesmo. E não acho que o treinador deve prometer classificações ou mesmo títulos. A única promessa deve ser a de trabalhar duro.

- Deixou claro para os jogadores da necessidade de se observar a identidade do clube. Não se sabe bem o que Luxemburgo entende por "identidade do Grêmio" e nem como ele vai passar isso aos atletas, mas o simples fato de ele ter em mente que o clube possui suas peculiaridades de estilo de jogo é um bom sinal, por mais banal que isso pareça.

Enfim, eu sempre defendo que o treinador não deve ser avaliado pelo que fala, e sim pelo que ele faz e pelo que o time dele apresenta dentro de campo.




Se você pegar os últimos anos aqui, o único clube que eu não coloquei na Libertadores foi o Atlético Mineiro. Se você pegar todos os outros clubes que eu trabalhei nos últimos tempos, eu ganhei os títulos estaduais. O título, o Grêmio, por si, só vai conquistar pela grandeza que o Grêmio tem, a minha obrigação profissional é colocar o Grêmio na Libertadores, na competição internacional. As melhores competições da América do Sul, o Grêmio tem que estar pertencendo. Se está pertencendo vai ganhar, a primeira edição, a segunda, a terceira edição, se você está ali vivendo aquilo ali você vai ganhar, se você não estiver você não vai conquistar. Então eu não estou preocupado com o Vanderlei, com as conquistas, porque eu não ganho o Campeonato Brasileiro. São diversas conquistas. E eu vou ganhar mais uma vez, eu não vou me aposentar. Então, se eu estou disputando, com certeza eu vou ganhar. E isso não me incomoda. A ele ganhou o título carioca esse ano invicto, mas não presta, pro Luxemburgo não vai prestar o título carioca invicto, pra todo mundo presta ser campeão invicto há oito meses, mas pro Luxemburgo não, porque ele tem que ser Campeão Brasileiro. Então isso me motiva a dar uma piscadinha, vontade de querer ganhar. Então não perdi isso, está comigo até hoje. Vim para o Grêmio com a vontade de ganhar que sempre tive nos clubes. Está piscando, está com vontade, dá aquele friozinho de estar próximo de uma conquista.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Gauchão - Inter 1x2 Grêmio


É injusto dizer que a vitória do Grêmio começou com a saída de Caio Jr, mas é certo afirmar que o êxito gremista no Beira-Rio começou pela escalação da equipe. Com três volantes, o tricolor dominou o meio de campo, não só com a forte marcação, mas especialmente pelo toque de bola. O time trocava passes e tinha boa movimentação, chegando com perigo na área colorada. A superioridade era evidente e gol de Léo Gago, aos 16 minutos, colocou justiça no placar do jogo. O tricolor seguiu melhor em campo mas acabou pagando um preço caro quando por um raro erro: Fernando perdeu bola no ataque, Dagoberto puxou o contra-ataque e serviu Leandro Damião, que empatou a partida com um golaço.

Diferente do que vinha acontecendo no campeonato, o Grêmio não sentiu tanto o gol sofrido. Continuou melhor na partida, ainda que tenha diminuído a intensidade. Kléber tinha chegado perto do gol de desempate em dois chutes de pé esquerdo, mas foi com o pé direito que ele marcou o 2x1, após tabela com Marco Antônio, aos 20 minutos do segundo tempo. Depois disso o Grêmio correu poucos riscos e quando correu, Victor garantiu a vitória gremista.

O Grêmio foi o justo vencedor do confronto. O resultado é importante e dá novo fôlego para equipe. A atuação e o empenho do time foram animadores, mas nem por isso é possível achar que a casa está definitivamente arrumada. Aos 45 minutos do segundo tempo o Inter entrou tocando na área do Grêmio. Se a conclusão de Oscar fossse bem sucedida o tom da análise de hoje poderia ser bem diferente.


Kleber foi de longe, o melhor atacante em campo. Talvez tenha sido o melhor jogador da partida. Lutou bastante, catimbou e, principalmente, jogou bola. Foi feliz até nas entrevistas (como costuma ser).

O Grêmio, como um todo, esteve bem. Mérito para o treinador. Apenas Marcelo Moreno esteve um pouco apagado, mas ainda assim se esforçou bastante. Gabriel foi discreto, mas seguro defensivamente.

Quando eu acho que já vi de tudo, vejo D´alessandro reclamando de uma cobrança rápida de falta. E ainda por cima de um lance onde a bola efetivamente foi parada antes da cobrança.

O resultado e, principalmente, o que se viu no campo ontem mostrou que a diferença entre os dois times não é tão abismal como alguns pregavam. Essa cantilena sobre a "maior qualidade" rubra deveria diminuir. Deveria.

Já cantilena sobre as atuações de Victor em grenal não deveria diminuir e sim acabar de uma vez.

Baixo público no Beira-Rio. E ainda assim são raras as críticas a fórmula do campeonato.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net) , Alexandre Lops (Inter), Fabiano do Amaral (Correio do Povo) e IG

Inter 1x2 Grêmio
Léo Gago 16´
Leandro Damião 27´
Kleber 65´

INTERNACIONAL: Muriel, Elton (Josimar, 38'2T), Rodrigo Moledo, Índio e Kleber; Bollatti, Sandro Silva (João Paulo, 26'2T), Oscar e D'Alessandro; Dagoberto (Jô, 26'2T) e Leandro Damião
Técnico: Dorival Júnior.

GRÊMIO
: Victor, Gabriel, Gilberto Silva, Naldo e Julio Cesar (Bruno Collaço, 38'2T); Fernando, Léo Gago, Souza (Vilson, 29'2T) e Marco Antônio; Kleber (André Lima, 33'2T) e Marcelo Moreno
Técnico: Roger Machado.

Quartas de final - 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2012
Data: 22/2/2012, quarta-feira, 22h00min
Local: Estádio Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Publico Total: 15.245
Renda: R$ 489. 825,00
Árbitro: Fabrício Neves Corrêa (RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e José Javel Silveira (RS)
Cartões amarelos: Rodrigo Moledo, D'Alessandro, Índio e Sandro Silva (INT); Naldo, Fernando, Léo Gago (GRE)
Gols: Léo Gago, 16'1T (0-1); Leandro Damião, 27'1T (1-1) e Kleber, 20'2T (1-2)


quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Caio Jr. demitido



Não há como achar certo a demissão de um treinador após o oitavo jogo da temporada. Independente de quem seja o profissional demitido.

No caso específico de Caio Junior, o que para mim tornou sua saída mais estranha foi lembrar do discurso do presidente Paulo Odone na reunião do Conselho Deliberativo de 29 de novembro de 2011, onde ele afirmou que era necessário dar respaldo e continuidade ao trabalho do técnico mesmo após os resultados negativos inesperados.

A amostragem foi pequena, mas os resultados de Caio Jr não eram bons (tampouco eram um desastre). Mas isso era suficiente para o demitir? Nenhum dos reais objetivos do Grêmio no ano foram ameaçados. Será que o trabalho do dia a dia (treinos, vestiários) foi o que motivou a saída ou o Grêmio perdeu o foco e deu bola para a corneta/flauta?

O certo é que há um erro nesse processo todo. Se o equívoco não está propriamente no momento da demissão, está na momento da contratação de Caio Jr.

Prefiro acreditar que a direção do Grêmio se deu conta cedo e foi forçada a admitir que errou ao escolher Caio Jr em novembro de 2011.

E por que a diretoria errou na escolha? As páginas abaixo, retiradas do capítulo do livro "Soccernomics" que trata dos erros administrativos de times de futebol talvez traga uma resposta.

Link
Será que o Grêmio contratou com pressa?
Será que o a diretoria quis se mostrar ágil?
Será que Caio Jr. foi escolhido em razão da sua disponibilidade imediata?
Será que Caio Jr. foi devidamente entrevistado?

Enfim, o episódio pode servir para mostrar a falta de convicação da direção, ou para provar que errou na escolha feita, mas de forma alguma significa um sentença de morte para o 2012 gremista. Trocar treinador é ruim, mas não é o fim do mundo. Vale lembrar do Vasco de 2011, ou mesmo do co-irmão de 2010. Ainda sobre o tema do constante rodízio de treinadores, é válido observar o levantamento feito pelo Carta na Manga, que desmistifica a questão do planejamento Vs. manutenção de técnico.


Gauchão - São José 2x1 Grêmio

O Grêmio perdeu um jogo que não poderia perder. Não poderia perder ainda que se leve em conta a questão dos desfalques, do gramado sintético e do calor/horário da partida.

E começou a perder a partida logo aos 2 minutos, quando André Lima foi lançado e desperdiçou chance tendo só o goleiro a sua frente. Depois disso, o Grêmio até foi melhor no primeiro tempo, ocupando o campo de ataque, mas criou escassas chances de gol (E na única convertida, foi marcado impedimento de André Lima).

O segundo tempo começou com gol do São José, nascido num lançamento em direção ao lado direito da defesa tricolor. Com a desvantagem o Grêmio desmoronou e não teve mais força e nem bola para uma virada. Nos últimos 5 minutos o São José ampliou e Grêmio diminuiu para o 2x1 final.

Não foi a causa da derrota, mas eu não consigo achar normal um jogo onde os atletas precisam enfiar o pé dentro de um balde com gelo. Não quando existem alternativas mais saudavéis para o prática do esporte.

Para não passar batido, Kleber sofre um pênalti que não foi marcado. Jean Pierre parece ser mais um que prefere fazer "cara de mau" a apitar a regra do jogo.

São José 2x1 Grêmio

SÃO JOSÉ: Tiago Volpi, Fernando, Glauco e Fabiano Eller; Edilson (Washington), Marabá, Leandro Leite, Cleber e Fabiano Silva; Anderson Ataíde (Francisco Alex) e Rangel (Wagner).
Técnico: Agenor Piccinin

GRÊMIO: Victor; Gabriel, Saimon, Grolli e Bruno Collaço; Gilberto Silva, Léo Gago (Souza), Marquinhos (Leandro) e Marco Antônio (Biteco); Kleber e André Lima.
Técnico: Caio Júnior

8ª Rodada
- 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2012
Data: Sábado, 18 de fevereiro de 2012, 16h20min
Local: Estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Jean Pierre Lima
Assistentes: José Eduardo Calza e Edemar Lacerda Palmeira
Cartões amarelos: Fernando, Washington, Marabá, Leandro Leite (SJ), Souza, Saimon, André Lima (G).
Gols: Francisco Alex (SJ), aos 4, Marabá (SJ), aos 43, e Wagner, contra (G), aos 46 do segundo tempo.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

1996 - Copa Renner


Continuando a série sobre os jogos do Grêmio no litoral gaúcho, lembramos hoje da Copa Renner, que teve sua 1ª edição finalizada no dia 17 de fevereiro de 1996.

Foi um torneio de verão, disputado no famigerado estádio Sessinzão em Cidreira, envolvendo alguns dos times patrocinados pela marca de tintas. Esse tipo de competição não era exatamente uma novidade, haja visto a Copa Parmalat (onde o Juventude de Isoton e Mário goleou o Benfica de Preud´homme) e a Copa Umbro, disputada nos meados dos anos 90.

Cerro Porteño, Grêmio, Nacional, e Sport Recife disputaram a primeira edição do torneio. A premiação era de R$ 10 mil reais para o campeão, 6 mil para o vice e 4 mil reais para o terceiro colocado.

Nas semifinais, o Cerro comando por Antônio Lopes foi derrotado pelo Sport (2x0, gols de Chiquinho e Dário), enquanto o Grêmio passou pelos uruguaios, nas partidas disputadas na sexta-feira, dia 16 de fevereiro.

No sábado, Nacional ficou com o terceiro ao superar a equipe paraguaia por 2x1 (gols de Parodi e Leon para o Bolso e Fabian Espíndola para o Cerro). Na final, o Grêmio, que tinha Manoel Tobias com grande novidade no seu meio campo, venceu o Sport nos pênaltis, após o empate por 2x2 no tempo normal.

Houve uma segunda edição da competição no ano seguinte, mas o Grêmio não participou. Contudo, em abril de 1997, o tricolor venceu o Vila Nova por 1x0 no Serra Dourada, na partida que valia a Taça IronCryl.

A foto acima é da partida entre Grêmio e Nacional. As fotos abaixo são do jogo entre Grêmio e Sport (fonte: Zero Hora). Abaixo também estão as fichas dos jogos do Grêmio.

Grêmio 3 x 2 Nacional

GRÊMIO: Murilo, André Vieira (João Antônio), Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Manoel Tobias (Émerson) e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Zé Alcino) e Sílvio.
Técnico: Luiz Felipe Scolari

NACIONAL: Fabian Dominguez, Gomez, Alfonso Dominguez, Silva e Morán; Guigou, Badell, Parodi e León; Juan Gonzalez (Ravera) e Canobbio.
Técnico: Hector Salva

Semifinal - Copa Renner
Data: 16 de fevereiro de 1996, sexta-feira
Local: Estádio Sessinzão em Cidreira-RS
Gols: Carlos Miguel, aos 22 e Morán aos 35 minutos do 1º tempo. Adilson, aos 6, Paulo Nunes, aos 23 e Milton Gomez, aos 37 minutos do segudo tempo.


Grêmio 2 x 2 Sport (Grêmio 4x2 nos pênaltis)

GRÊMIO: Murilo; André Vieira (João Antônio), Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Manoel Tobias (Negretti) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Sílvio.
Técnico: Luís Felipe Scolari.

SPORT: Albérico; Givaldo, Adriano, Érlon e Gilvan; Dário, Ataíde e Chiquinho (Jean); Gaúcho (Juca), Marcelo e Bira (Vanderlei).
Técnico: Givanildo Oliveira.

Final - Copa Renner
Data: 17 de fevereiro de 1996, sábado, 18h30min
Local: Estádio Sessinzão em Cidreira-RS
Juiz: Carlos Simon
Cartões Amarelos: Dinho, João Antônio, Negretti, Dário, Adriano, Marcelo e Jean.
Cartão Vermelho: Gilvan
Gols: Carlos Miguel, aos 33 e Adriano, aos 35 minutos do 1º tempo. Sílvio, aos 27 e Jean, aos 30 minutos do 2º tempo
Nos pênaltis: Dinho, Carlos Miguel, Adílson, Roger, Vanderlei e Marcelo converteram. Murilo defendeu a cobrança de Jean e Dário chutou pra fora.


quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Corneta e Flauta

No meu modo de ver, a repercussão da corneta e da flauta está tomando um tamanho exagerado. E não digo isso em relação a um evento específico, e sim com base na observação do dia do nosso futebol.

É óbvio que a corneta e a flauta são instituições antigas do esporte. Não vou ser hipócrita de afirmar que nunca recorri a elas, mas são coisas que não são do meu agrado e poderia, tranquilamente, viver sem.

Tento entender as pessoas que gostam de cornetear ou que dedicam boa parte do seu tempo a debochar do adversário. O que eu não consigo admitir é que se pense que essa é a única forma de participar ativamente da vida de um clube de futebol.

Mas o ponto que mais me incomoda é a importância que os dirigentes tem dado ao tema. A preocupação com a flauta e com a corneta é tão grande que consegue alijar o bom senso. Decisões são tomadas e ações são feitas (não raro de maneira precipitada) com objetivo único de abafar a corneta e de tocar (ou evitar) a flauta.

O futebol é muito maior que isso. O que deveria estar por trás de cada decisão é a análise da medida a ser tomada, se ela efetivamente é boa para o clube e, acima de tudo, é boa para o futebol.

domingo, fevereiro 12, 2012

Gauchão - Grêmio 4 x 1 Santa Cruz


Contra o Santa Cruz o Grêmio fez o que tinha que fazer numa partida de Gauchão. Num 4-4-2 mais ortodoxo, com dois volantes (Gilberto Silva de cabeça de área), o time tomou as rédeas da partida, controlou as ações e conquistou a vitória com uma goleada. O único ítem que não estava no script era sofrer um gol, justo num lance de bola parada. Mas é preciso reconhecer que, além da falha da defesa, o batedor foi feliz na cruzamento para área.

O Grêmio virou o jogo em 4 cruzamentos. Com três gols de zagueiros. Não é a função primordial deles, mas o gol traz confiança, o que pode ser muito importante para estes atletas.

Pra não deixar passar batido, Marcelo Moreno sofreu um pênalti. Recebeu cruzamento, matou no peito, botou a bola no chão e recebeu a carga do advsersário. Márcio Chagas não marcou.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)

Grêmio 4 x 1 Santa Cruz

GRÊMIO: Victor, Gabriel (Edilson, 30'/2T), Naldo, Douglas Grolli, Bruno Collaço; Fernando, Gilberto Silva, Marco Antônio e Marquinhos (Guilherme Biteco, 28'/2T); Kleber (André Lima, 39'/2T) e Marcelo Moreno.
Técnico: Caio Júnior.

SANTA CRUZ: Rodrigo, Tiago, Mimica, Teda e Cristiano; William Thurran, Uillian, João Neto e Felipe (Sidnei, intervalo); Roberto Jacaré e Creedence (Chimbica, 29'/2T).
Técnico: Edson Porto.

7ª Rodada - 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2012
Data: 11/fevereiro/2012, sábado, 21h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre - RS
Público Total: 6.735 (5.405 pagantes)
Renda: R$ 117.534,75
Árbitro: Márcio Chagas da Silva
Auxiliares: Marcelo Bretanha Barison e Renata Schaffer (RS)
Cartões amarelos: Fernando, Naldo (GRE); Teda e Mimica (STC)
Gols: Cristiano (14/1º), Naldo (16/1º), Douglas Grolli (24/1º), Naldo (7/2º), Kléber (30/2º)

Victor - A cobrança e comparação

É sabido que quanto maior a capacidade do profissional, maior é a cobrança em cima dele. Victor não escapa disso, mas no meu modo de ver, com ele a exigência é desproporcional, ganhando ares de campanha sistemática contra o atleta.

É claro que há muita corneta e muita flauta no meio disso tudo, recheadas de teses furadas e de psicologia barata. Isso pode até ajudar a explicar este fenômeno, mas de forma alguma justifica as injustiças que vem se cometendo contra esse atleta.

Uma delas, foi a escolha dele, pela revista Placar, como pior goleiro do campeonato brasileiro de 2011. Um completo exagero, ainda que se admita que 2011 foi o ano menos feliz do arqueiro gremista. Contudo, desde 2008, não há goleiro igual no Brasil (e especialmente no Rio Grande do Sul). Basta olhar a média das atuações desde então ou verificar as premiações individuais do período.

Há uma pressa em enxergar falhas de Victor, e na inversa proporção, existe uma dificuldade em reconhecer seus méritos. Um tratamento injusto em relação aos seus pares. Um exemplo disso está acontecendo neste início de 2012, na comparação da avaliação feita pela imprensa das atuações de Muriel e Victor.

No grenal, cada um dos goleiros sofreu dois gols. Se houve alguma falha, esta aconteceu do lado colorado. Mas na cotação da Zero Hora, Victor ganhou nota 4, enquanto Muriel recebeu um 7.


Numa partida na Colombia, Muriel soltou uma bola nos pés do avante do Once Caldas. A Zero Hora não viu falha. Custo a acreditar que o tratamento seria o mesmo se o lance fosse com Victor.

Por último, toda terça-feira a Zero Hora divulga a média das suas avaliações. Até 7 de fevereiro, Victor e Muriel tinham feito os mesmos 5 jogos e sofrido os mesmos 7 gols. A média de Muriel é de 6.8, enquanto a média de Victor é de 6.4. Difícil de entender.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Taça da Legalidade 1962 - Grêmio 1 x 1 Inter


Há 50 anos, Grêmio e Inter se enfrentavam pela 5ª rodada da Taça da Legalidade. A competição, também chamada de "torneio sul-brasileiro", reunia os campeões e vice dos estaduais do sul do país em 1961.

Em 13 de fevereiro de 1962, o Grenal disputado no olímpico terminou em 1x1. O jogo marcou a estréia de Gainete com a camisa 1 do Inter, que deixou o campo lesionado nos minutos finais, tendo sido considerado um dos destaques da partida.

A renda foi considerada vultuosa, com a arrecadação passando os 3 milhões de cruzeiros. O ingresso mais caro custava 350 cruzeiros, o mais barato saía por 50. Lembrando que no câmbio do dia, 1 dólar correspondia a 310 cruzeiros.

Os debates posteriores ao jogo se voltaram a justiça do placar e a violência que se viu em campo.

O centroavante Juarez, disse que aquele tinha sido o Grenal "mais desleal" que havia disputado.

O presidente do Grêmio, Pedro Pereira, gostou do resultado, afirmando que o 1x1 "nos satisfez, pois continuamos líderes do Torneio Sul-Brasileiro e ainda invictos.".

Carlos Stechman, diretor de futebol colorado, deu a seguinte declaração "Jogo muito corrido e disputado. Acho que o resultado, pelas circunstâncias do jogo, teve um escore justo".

Seu treinador, Carlos Froner, pensava de forma diferente: "Injusto o resultado pelo que produziu o Internacional. Era pra ter ganho facilmente"

Ênio Rodrigues, técnico tricolor, se queixou de forma lacônica: "Só lamento que o Internacional não tenha vindo a campo para jogar. Honesta e sinceramente, é só que posso dizer".

As imagens são da Revista do Grêmio e dos jornais "Folha Esportiva" e "Correio do Povo"


Num Gre-Nal que não chegou a ser um espetáculo sob o aspecto técnico, aconteceu um empate em um ponto. Os colorados, numa prova de melhor acerto inicial, saltaram na frente. Os gremistas, melhores no tempo conclusivo, conseguiram igualar.

O clássico - um dos mais violentos dos últimos tempos - teve seu brilho empanado por uma série de jogadas agressivas e ditadas pela má intenção de alguns jogadores. Isto de ambos os lados. Entretando neste particular, cabe uma contundente acusação aos homens de defesa do Internacional, mormente Zangão, Cláudio e Sergio Lopes. que foram os que usaram do expediente de jogar pesado como a intenção visível de atingir os rivais. Por parte do Grêmio, igualmente aconteceram lances plenos de violência. Destacaram-se neste particular Ortunho, Sérgio (que no final se corrigiu) e Mourão.

Por paradoxal que isto pareça, ou seja o excesso de "botinadas", a atuação do árbitro paulista foi - em linhas gerais - de aceitável para boa. Mesmo em jogadas onde a má fé imperava, com tato e habilidade procurou resolver as dificuldades sem perder a personalidade.

[...]

0 1x1, pelo que o Internacional rendeu nos primeiros 45 minutos e pela produção do Grêmio no período derradeiro, deu-nos a impressão de ter sido justo. Se aconteceram alguns momentos de bom Football, a verdade manda que se diga que na maioria das vezes o embate esteve excessivamente truncado pela deslealdade de muitos jogadores. Uma pena que isto tenha acontecido. Se de outra forma tivesse agido os elementos que mais se destacaram no jogo do "mais homem", certeza temos que o Gre-Nal 158 seria tecnicamente um bom espetáculo e acompanharia de perto a fabulosa importância arrecadada. (ANTONIO CARLOS PORTO - Folha Esportiva - 14 de fevereiro de 1962)


"O Gre-nal de ontem, no Olímpico, terminou empatado em um goal. Resultado, até certo ponto, justo.

A equipe colorada foi quem trabalhou melhor em muitas partes de encontro. Pelo menos seu ataque teve agressividade. Procurou mais o gola, deixando de lago o jogo "tico-tico". Com uma formação de emergência, que Froner colocou em campo, o Internacional fez mais do que se esperava.

Os rubros, no primeiro tempo, trabalharam mais à vontade, procurando o tento de qualquer maneira. Mas, com um sentido prático de jogo. O ataque era bem lançado. Já para a segunda fase, vendo que o quadro não aguentaria o train de jogo, Froner colocou Vevé. Isto para fortalecer o jogo de armação. Foi, então, que caiu de produção o Internacional. Inclusive, o próprio Sapiranga jogou atrasado! Mas, mesmo assim, os escarlates em algumas oportunidades acertaram o goal de Irno. A defesa é que jogou pesada demais. Zangão, Ari, Cláudio e Sérgio Lopes (em algumas oportunidades) distribuiram "ripa" a valer. (Correio do Povo, 14 de fevereiro de 1962)


MARCHA DA CONTAGEM

SÉRGIO LOPES, 11´- Gilberto Ganhou um lance rápido na extrema, servindo Flávio que, incontinente, cedeu a Alfeu. Disparou e defesa na perna de Airton. No rebote, em estilo sensacional, Sério Lopes, num "sem pulo" atirou mortalmente. Grande goal.

ELTON, 69´- Aconteceu uma falta de Ari em Juarez. Elton, que instantes antes já fizera Gainete brilhar em lance idêntico, foi encarregado da cobrança,próximo à área. Atirando rasteiro, forte e com a colaboração de uma "raspada" na perna de Vevé, bateu Gainete, estabelecendo a contagem final: 1x1. (Folha Esportiva - 14 de fevereiro de 1962)



OS GOALS -

No primeiro tempo, vencia o Internacional por 1x0. Gilberto criou confusão na área. Airton quis tirar bonitinho. Flávio chutou e a pelota bateu no zagueiro. Sérgio Lopes, numa meia-virada sensacional, de pé esquerdo, atingiu o canto esquerdo do arco de Irno, sem defesa. Um golaço, que valeu o ingresso! Isto aconteceu aos 11 minutos.

Na fase final, aos 28 minutos, Ari cometeu falta em Juarez. O juiz marcou bem. Elton bateu forte no canto direito, sem defesa para Gainete, que gritava que queria mais atleta na barreira. Mas não foi atendido. (Correio do Povo, 14 de fevereiro de 1962)


O JUIZ - Anacleto Pietrobom andou bem na arbitragem, no aspecto técnico. No aspecto disciplinar deixou muito a desejar. Não exagerando, nada menos do que 5 atletas mereciam expulsão: Ortunho, Sérgio, Zangão, Cláudio e Ari! (Correio do Povo, 14 de fevereiro de 1962)


"PÚBLICO ENORME VIU UM GRENAL SEM VENCEDOR - Lotado o Olímpico, com renda beirando os 3 milhões, uma assistência enorme viu Grêmio e Internacional empatar em 1 ponto. O resultado do clássico foi justo. Os gremistas cederam terreno e deram ocasião dos colorados atuarem muito melhor no 1º tempo. Para o período final aconteceu inversão: o Grêmio atacando e Internacional na defensiv. Na incidência acima Gainete (notável estréia) salta e cata o balão, protegido por Nilo (outra boa estréia), enquanto Marino e Juarez vêm com o propósito de hostilizar" (Folha Esportiva - 14 de fevereiro de 1962)


Grêmio 1 x 1 Inter

GRÊMIO: Irno; Sérgio, Aírton, Ortunho e Mourão; Elton e Milton; Marino, João Severiano, Juarez e Vieira.
Técnico: Ênio Rodrigues

INTER: Gainete (Beno); Zangão, Ari, Cláudio e Nilo; Sérgio Lopes e Osvaldinho; Sapiranga, Alfeu, Flávio (Vevé) e Gilberto.
Técnico: Carlos Froner

5ª Rodada - Taça da Legalidade 1962
Data: 13 de Fevereiro de 1962, terça-feira, 21h15min
Público: 35 mil
Renda: Cr$ 3.023.120,00
Juiz: Anacleto Pietrobom - SP
Auxiliares: Hélio Mesquita e Guilherme Sroka
Gols: Sérgio Lopes (Inter) aos 11 minutos do primeiro tempo; Elton (Grêmio) aos 28 do segundo tempo.

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Gauchão - Ypiranga 1 x 2 Grêmio


O Grêmio conseguiu uma importante vitória, com gol no final, mas mais uma vez não jogou bem. E o que mais me preocupa é que, diferente dos outros jogos, o Grêmio não teve nenhum lampejo de bom futebol em Erechim.

É claro que ainda é cedo, é claro que o time enfrenta um acúmulo de jogos absurdo para um início de temporada e é claro que qualquer equipe sentiria as ausências de Mário Fernandes e Júlio César, mas o Ypiranga também tinha seus problemas e oferecia poucas dificuldades ao Grêmio.

O tricolor levou um gol quando não merecia, num momento que só ele jogava, numa jogada de vacilo da dupla de zaga e de persistência e talento de Lucas Silva. Mas também é verdade que chegou a virada já num momento que o empate era o resultado mais justo. Antes disso o gol foi tentado e buscado em insistentes cruzamentos para a área.

Mais uma vez Marcelo Moreno foi figura destacada. Esta bem e tende a melhorar.

O Grêmio tem um problema no meio campo. Ontem, novamente faltou jogada de infiltração e de chegada na área dos meio-campistas. Fernando era o jogador mais criativo da meia cancha. Talvez seja um problema de falta de peças. Aparentemente Caio Jr. tenta resolver isso escalando um atacante (Leandro) como meia.

Não sei se acho bom ou ruim que o treinador se deu conta no intervalo do jogo que Gilberto Silva não pode ser reserva desse time.

Achei curioso que ninguém comentou sobre a posição de André Lima no gol de Grolli. Vale lembrar que consta na regra que "O fato de estar em uma posição de impedimento não constitui uma infração", restando analisar se o atacante gremista estava "interferindo no jogo, interferindo num adversário ou ganhando vantagem por estar naquela posição ". Na minha avaliação, André Lima está no campo de visão do goleiro e por isso o impedimento deveria ser marcado.

É no mínimo curioso o fato do Grêmio ter entrado em campo com a camisa azul marinho (não foi dessa vez que ele foi usada em jogo oficial), ter usado a camisa celeste no primeiro tempo e a camisa tricolor no segundo. Não tinha prestado muita atenção antes, mas gostei do calção e da meia desse 4º uniforme.

Fotos: Arthur Puls (Correio do Povo) e IG-Futura Press

Ypiranga 1 x 2 Grêmio
Rodrigo Jesus 23´
Marcelo Moreno 57´
Douglas Grolli 93´

YPIRANGA: Fernando Vizzoto, Rafael, Anderson Santos, Éder Gaúcho e Cléber Luis; Pansera, Tomas, Almeida e Edinho; Rodrigo Jesus (Juninho Botelho, 39'2T) e Lucas Silva (Lelo, 35'1T e depois Tiago Duarte, 27'2T)
Técnico: Joel Costa.

GRÊMIO: Victor, Gabriel, Naldo, Douglas Grolli e Bruno Collaço; Fernando, Marquinhos (André Lima, 35'2T), Marco Antônio (Biteco, 32'2T) e Leandro (Gilberto Silva, 27'1T); Kleber e Marcelo Moreno
Técnico: Caio Junior

6ª Rodada - 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2012
Data: 8/2/2102, quarta-feira, 22h00min
Local: Colosso da Lagoa, Erechim (RS)
Árbitro: Fabrício Neves Corrêa (RS)
Auxiliares: Alexandre A. P. Kleiniche (RS) e Jorge Luiz Cardoso da Silva (RS)
Cartões amarelos: Éder Gaúcho, Tomas (YPI); Naldo e Grolli (GRE)
Gols: Rodrigo Jesus, 23'1T; Marcelo Moreno, 12'2T e Douglas Grolli, 48'2T.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Arena - Copa das confederações? Copa 2014?

Eu confesso que não entendi o que motivou o Presidente Paulo Odone a fazer esse discurso pleiteando a entrada da Arena do Grêmio na Copa das Confederações. A pretensão é legítima, o que se questiona é momento que tal pedido foi feito. Entendo que tal pedido já poderia ter sido encaminhado em agosto de 2010, quando Ricardo Teixeira afirmou que estádios que ficassem de fora da Copa poderiam ser usados na Copa das Confederações.

Mas eu tenho dificuldade de entender a postura do Grêmio não só nesse caso, mas também nos demais assuntos relacionados a Copa de 2014. Por vezes a postura do clube me parece um pouco arrogante. Em outras tantas, as atitudes dos próceres tricolores me parecem ingênuas. Mas pode ser que eu esteja errado na minha avaliação e que esse seja efetivamente o melhor modo de encarar o assunto.

Esse tema da Copa em Porto Alegre é muito chato. É um festival de besteiras ditas e escritas. Eu fico um pouco assutado como as informações são conflitantes mesmo quando vindas de autoridades e como isso dá margem a propagação de boatos.

Como já disse aqui no blog, o problema vem desde a escolha, feita em 2009, do Beira-Rio como sede para Copa. Passados quase três anos, nós ainda não temos respostas para as seguintes perguntas:

- Quem foi que escolheu o Beira-Rio com estádio de Porto Alegre para a Copa?

- Por que este projeto escolhido?

- Essa decisão é irrevogável ou existe a possibilidade de se escolher um outro estádio?


A tentativa de responder a primeira pergunta já esbarra em informações contraditórias. O atual Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirma que a decisão foi feita pela FIFA. Contudo, Orlando Silva, que ocupava a mesma pasta na época em que a escolha foi feita, garantiu que a decisão foi tomada pela prefeitura e pelo governo do Estado.

Não sabendo quem foi que efetivamente escolheu o Beira-Rio como sede, fica praticamente impossível saber o que motivou essa escolha, restando apenas conjecturar.

Quando a possibilidade de trocar de estádio, a resposta parece clara. O Ministro dos Esportes, o Secretário Municipal e, especialmente, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitem a possibilidade de uma troca de estádio.

Diante dessas informações, é até risível o terrorismo feito por alguns jornalistas e por alguns conselheiros do Internacional, que desesperadamente sustentam que o Beira-Rio é a única opção para ver Porto Alegre na Copa.

A história de Porto Alegre em 2014 começou mal, está sendo mal conduzida e possivelmente poderá terminar mal. Será que a culpa é dos caranguejos?



segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Camisa Comissão Técnica 1991 - Holanda 1988


Além da camisa do treinador "inspirada" na camisa da Alemanha na Copa de 1990, outra peça curiosa produzia pela Penalty para o Grêmio é essa da foto acima.

Trata-se de uma clara cópia (ou seria homenagem?) do desenho criado pela Adidas para Eurocopa de 1988, que ficou eternizado pela Seleção de Holandesa de Van Basten & Cia. A URSS usou a mesma estampa no referido torneio. O uniforme da reserva da Alemanha entre 1988 e 1990 valia-se do mesmo desenho. E a Argentina chegou a usar uma camisa assim antes da Copa de 1990.



Alguns colecionadores afirmam que essa versão gremista é de 1988. Contudo, nas minhas pesquisas, eu só achei imagens dela sendo usada, por membros da comissão técnica, no começo dos anos 90, como nas fotos abaixo que registram treinos em 1991.





Outra curiosidade é que, recentemente, a Adidas fez uma releitura desse desenho, aplicando-o em azul numa hipotética camisa Jedi, na coleção em homenagem ao filme "Guerra nas Estrelas"

Gauchão - Grêmio 2 x 2 Inter


O resultado final foi de 2x2. Mas, apesar do placar indicar um empate, ficou muito claro qual o time que saiu de campo comemorando e qual o time que saiu lamentando. Isso não só pela situação de um confronto do Grêmio titular contra os reservas do inter, mas também por tudo que aconteceu na partida.

O primeiro tempo foi de domínio do Grêmio, que partiu para cima e controlava as ações. Quando o time de Caio Jr. já fazia por merecer um gol, acabou castigado com um 1x0 contra. Dátolo teve o mérito de arriscar o chute. O time do Grêmio teve a sua parcela da culpa ao dar espaço para o argentino, mas é impossível falar mais desse lance sem citar o azar da defesa do Grêmio, que foi traída por uma série de desvios que levaram a bola para dentro do gol. Pra piorar, o Grêmio perdeu Júlio César lesionado. O momento era ruim, mas o empate aconteceu rápido. Aos 27, Marquinhos bateu uma falta em direação ao gol, ninguém alcançou a bola, que foi para o fundo das redes de Muriel. Cinco minutos depois, Marcelo Moreno sofreu e converteu um pênalti, determinando a virada gremista. Aos 36, o Grêmio deixou de marcar o terceiro, quando Fernando arrancou do meio campo, chutou cruzado da entrada da área e Muriel fez boa defesa.

O segundo tempo era promissor para o Grêmio, mas aos poucos, o time foi deixando de atacar, perdendo o meio campo e trazendo o adversário para o seu campo. O Inter não tinha situações claras de gol, mas acumulava escanteios e, num deles, Bolívar (que deveria estar suspenso pelo que fez no atleta do Bahia e que deveria ter sido expulso na partida anterior pela falta que fez no atleta do Veranópolis) empatou o jogo. Outro duro golpe no Grêmio, que foi buscar um novo desempate, tendo criado boas chances na base do abafa e no talento do seus avantes, mas não conseguindo marcar o gol da vitória.


Eu acho que Victor é sim uma liderança positiva do Grêmio, mas goleiro não pode ser capitão do time. Isso ficou claro no lance em que Mário Fernandes se lesionou, Vuaden deixou de advertir Jackson e o capitão gremista pareceu ter ficado na dúvida se atravessava ou não o campo para reclamar do árbitro.

Vuaden teve uma atuação acima da média dos árbitros que apitaram Grenais em tempos recentes. Não sei se isso é um elogio. Marcou corretamente um pênalti em um lance que muitos árbitros costumam ignorar. Também não sei se isso é propriamente um elogio. Mas não poderia ter deixado de advertir Jackson pela falta que fez em Mário Fernandes. Isto é sim uma crítica.

Eu sigo não gostando desse esquema onde os meias exercem papel de volantes. Ontem o meio do campo do Grêmio estava posicionado em losângo, mas em vários momentos Marquinhos e Marco Antônio ficavam perdidos entre as funções defensiva e ofensivas.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net) e Richard Ducker (Ducker.com.br)

Grêmio 2 x 2 Inter



GRÊMIO: Victor, Mário Fernandes (Gabriel, 43'1T), Naldo, Douglas Grolli e Julio Cesar (Bruno Collaço, 24'1T); Fernando, Marquinhos (Gilberto Silva, 31'2T), Marco Antônio e Leandro; Kleber e Marcelo Moreno 
Técnico: Caio Junior.

INTERNACIONAL: Muriel, Elton, Bolívar, Jackson e Fabrício; Josimar, Sandro Silva, Dátolo (Fransérgio, 21'2T) e João Paulo (Mike, 34'2T); Gilberto (Fred, 21'2T) e Jô. 
Técnico: Dorival Júnior.

5ª Rodada - 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2012
 Data: 5/2/2012, domingo, 19h30min 
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre (RS) 
Público: 19.458 pessoas (16.063 pagantes)  
Renda: R$ 390.00,00 
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS) 
Auxiliares: Julio César Santos (RS) e José Franco Filho (RS) 
Cartões amarelos: Naldo (GRE); Elton e Bolívar (INT) 
Gols: Dátolo, 21'1T; Marquinhos, 27'1T; Marcelo Moreno, 32'1T(pênalti) e Bolívar, 29'2T;