quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Corneta e Flauta

No meu modo de ver, a repercussão da corneta e da flauta está tomando um tamanho exagerado. E não digo isso em relação a um evento específico, e sim com base na observação do dia do nosso futebol.

É óbvio que a corneta e a flauta são instituições antigas do esporte. Não vou ser hipócrita de afirmar que nunca recorri a elas, mas são coisas que não são do meu agrado e poderia, tranquilamente, viver sem.

Tento entender as pessoas que gostam de cornetear ou que dedicam boa parte do seu tempo a debochar do adversário. O que eu não consigo admitir é que se pense que essa é a única forma de participar ativamente da vida de um clube de futebol.

Mas o ponto que mais me incomoda é a importância que os dirigentes tem dado ao tema. A preocupação com a flauta e com a corneta é tão grande que consegue alijar o bom senso. Decisões são tomadas e ações são feitas (não raro de maneira precipitada) com objetivo único de abafar a corneta e de tocar (ou evitar) a flauta.

O futebol é muito maior que isso. O que deveria estar por trás de cada decisão é a análise da medida a ser tomada, se ela efetivamente é boa para o clube e, acima de tudo, é boa para o futebol.

Um comentário:

Sancho disse...

André,
Acho que a corneta e a flauta são válidas a partir do momento em que o sujeito permite, estimula e pratica a auto-flauta.

Em suma, pra flautear tem que gostar de ser flauteado. Do contrário, perde o sentido e incita conflitos.

Abraço.