Eu vejo isso tudo com muita tristeza, um sinal claro de fraqueza nas relações sociais. Por óbvio que a responsabilidade (em maior ou menor grau) é de todos, das torcidas, dos clubes, dos governos e da mídia. Mas não há como deixar de questionar a forma como tem atuado a polícia nos estádios de futebol do Rio Grande do Sul. As "soluções" passam sempre por restringir os direitos dos torcedores.
O subcomandante Geral da BM argumenta que não havia como "dar segurança no deslocamento" da torcida visitante. Mas essa afirmativa pouco esclarece e gera diversas outras perguntas: Quem além da Brigada pode dar segurança? É realmente necessário fazer a escolta da torcida adversária até o local do jogo?
Me parece clara a má-vontade do comando da BM com o policiamento de partidas futebol (basta ver a já histórica pretensão de cobrança de taxas pelo serviço).
Os últimos episódios de violência na Arena (coincidentemente em dois
jogos com o Fluminense) foram potencializados por uma atuação inadequada
de alguns brigadianos.
No presente caso o que mais choca é que a forma que se optou pela torcida única. Chega a ser surreal que a própria Brigada Militar é que decide se quer ter mais ou menos trabalho na operação. E quem vai
avaliar (e muitas vezes avalizar) a decisão é a imprensa, que em nada é
afetada pela medida (seja porque alguns jornalistas jamais pisam no
estádio, seja porque outros jornalistas seguirão tendo livre acesso nos
dois campos).
Não demorou muito para que aparecesse a infame sugestão de realizar clássicos sem torcida alguma. Aí teríamos o fim do futebol. Sim, porque o futebol só esse fenômeno social, midiático e financeiro em razão das torcidas. Ou, como melhor resumiu Jock Stein, lendário treinador do Celtic:
Penso que o Grêmio teve uma atuação bem interessante contra o Fluminense ontem. Uma atuação inteligente, de entender os momentos da partida. No primeiro tempo o time de Renato adotou um posicionamento um pouco mais recuado, mas marcava com alguma distância. O Fluminense tinha maior posse de bola, mas rondava a área sem muita criatividade, por vezes ameaçou em cruzamentos em que seus avantes não conseguiram concluir devidamente. Ainda que tivesse dificuldades defensivas, o Grêmio conseguia atacar. Mesmo carecendo de maior velocidade nas jogadas de frente o time esteve perto de abrir o marcador, como na bola que Barcos colocou na trave, ou na conclusão de Elano no final do primeiro tempo.
O Grêmio melhorou no segundo tempo, conseguindo adiantar todo seu posicionamento. Logo aos 5 minutos, Alex Telles fez bela jogada e cruzou da ponta esquerda, o estreante Riveros apareceu dentro da pequena área para completar de cabeça. Depois disso o tricolor gaúcho marcou firme o tricolor carioca. Dida até teve seu gol ameaçado algumas vezes, mas o Grêmio se defendia bem e conseguiu ampliar o placar, com Kleber, que aproveitou bom passe de Barcos aos 39 minutos do segundo tempo.
Alex Telles foi o melhor nome do Grêmio em campo. Tem como comparar o custo/beneficio dele com o o custo/beneficio do André Santos? É um belo exemplo de que nem sempre a solução é gastar mais.
Eu esperava mais nas comemorações dos 30 anos da Libertadores de 1983. Acho que algumas ideias foram bem interessantes, como por exemplo fazer o time jogar com calção branco. Mas esperava ver mais daqueles painéis no lado de fora do estádio. E, talvez isso possa parecer preconceituoso, mas acredito que aquela "coreografia" apresentada no intervalo não tenha absolutamente nada a ver com as agruras que foram as partidas de 1983.
Ainda que tenha muito a ser feito, os indícios são de que as coisas vão se ajeitando dentro de campo. Mas e fora das 4 linhas? Por que a Arena não recebe um público maior, mesmo com promoções e um domingo de sol?
Algumas falhas na operação são difíceis de aceitar e certamente acabam afastando alguns torcedores. Quem compra o ingresso pela internet, não só precisa imprimir um voucher como também precisa retirar um ingresso mediante apresentação do voucher. Por que não fazer uma só etapa? Não seria possível imprimir um código de barras no próprio voucher, eliminando a necessidade da retirada de um ingresso?
Ora, podemos até não gostar da atitude de um sujeito que deliberadamente tenta aparecer em todos os jogos, mas tal conduta NÃO É CRIME.
As ações da Brigada Militar deveriam ser técnicas (dentro de um padrão de legalidade e razoabilidade), e não puramente temperamentais.
Eu sei que há mais coisa por trás disso. Em qualquer ramo é muito difícil lidar com quem trabalha de má-vontade (ou contra a sua vontade). Faz muito tempo que a Brigada que cobrar pelo policiamento em jogos de futebol. Mas uma reivindicação razoável não pode ser pleiteada através de atos revanchistas, arbitrários e truculentos. E mesmo com tudo isso em mente, sigo sem entender por que se gasta tanto tempo/dinheiro/energia para proibir faixas e bandeiras num estádio de futebol.
GRÊMIO: Dida, Pará, Werley, Bressan e Alex Telles; Adriano (Ramiro, 29'/ 2ºT),
Riveros, Zé Roberto (Gabriel, 43'/2ºT) e Elano (Maxi Rodriguez, 33'/ 2ºT); Kleber e Barcos
Técnico: Renato Portaluppi
FLUMINENSE:
Diego Cavalieri, Wellington Silva (Diguinho - intervalo), Gum, Digão e
Carlinhos; Edinho (Rhayner, 27'/ 2ºT) , Jean, Wágner (Kenedy, 35'/2ºT) e
Deco; Rafael Sobis e Samuel
Técnico: Abel Braga
09ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2013 Data: 28 de julho de 2013, domingo, 16h00min Local: Arena Grêmio, Porto Alegre (RS) Público: 31.098 (28.793 pagantes) Renda: R$ 1.234.670,00 Árbitro: Raphael Claus (SP) Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP) Cartões Amarelos: Gum (FLU) Gols: Riveros, aos 5 minutos e Kleber, aos 39 minutos do segundo tempo.
Hoje é o dia de se prestar todas as homenagens a conquista do título da Libertadores da América de 1983.
De todos o jogos que eu vi (seja ao vivo ou por VT), Grêmio 2x1 Peñarol em 28 de julho de 1983 certamente é a partida mais marcante e emocionante da história do estádio Olímpico. Todos os elementos elementos de um confronto épico estavam (e ainda estão) presentes.
30 anos passados e alguns detalhes e curiosidades seguem sendo revelados. Uma informação que sempre me faltava era saber de onde saiu um segundo troféu que os atletas carregaram na volta olímpica. A resposta é um tanto sem graça: Era uma taça oferecida pela RBS para o time vencedor da partida.
De León afirmou ter jogado com a camisa do Nacional por baixo do fardamento tricolor. Justificou dizendo que "nunca perdi para eles com essa camisa". Quem quer ver uma amostra de como um zagueiro pode empurrar sua equipe para o ataque deve reparar na atuação do capitão gremista nesse jogo.
Renato passou toda semana que
antecedeu o jogando batendo boca com o zagueiro Olivera do Peñarol via
imprensa. Desafiou o capitão adversário ao falar que "quero ver se ele é
macho aqui no Olímpico". Prometeu evitar provocações e expulsões. E
conseguiu cumprir sua promessa até os 42 minutos do segundo tempo,
quando tomou as dores de Mazaropi, que havia sido atingido no chão por
Venancio Ramos, e acertou um chute no avante uruguaio. Renato afirmou
que "foi a expulsão mais gostosa que já tive". E assim explicou o ocorrido na sua saída de campo:
"Pensei
que o árbitro não tinha visto. Quando vi que ele me procurava tentei
sair de fininho, mas ele me expulsou mesmo. Aí, como já estava expulso
mesmo, quis levar um deles comigo. O Bossio, aquele que rasgou minha
perna lá no Centenário, veio me empurrar para fora, eu deixei ele que
ele chegasse bem perto. Quando ele tentou empurrar de novo, dei um soco
na sua cara"
GRÊMIO: Mazaropi; Paulo Roberto, Baidek, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (César) e Tarciso. Técnico: Valdir Espinosa PEÑAROL: G.Fernández, W.Olivera, Gutiérrez, Montelongo, Diogo, Bossio, Silva, Saralegui, Morena, Zalazar, V.Ramos. Técnico: Hugo Bagnulo Data: 28 de julho de 1983, quinta-feira, 21h00min Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre Público: 73.093 pessoas Renda: Cr$ 110.551.500 Juiz: Edison Perez - Peru Auxiliares: Carlos Montalvan e Henrique Labo Cartões Amarelos: Paulo Roberto, Tita, Renato (G). Oliveira, Saralégui e Morena (P) Cartão Vermelho: Renato (G) e Ramos (P) aos 42min do 2° tempo Gols: Caio aos 10 do 1º; Morena aos 25 e César aos 31 do 2º tempo
A final da Libertadores de 1983 começou quente antes mesmo da bola rolar. Os dirigentes de Grêmio e Peñarol tiveram uma longa reunião para definir os detalhes da decisão. Os gaúchos queriam que a disputa se iniciasse no dia 22 de julho e pretendiam que um eventual jogo-desempate fosse marcado para Santiago no Chile. Já os uruguaios queriam mais tempo, querendo que o primeiro jogo fosse marcado para o dia 26 e postulava que o jogo-desempate fosse realizado em Buenos Aires. O comitê executivo da Conmebol tomou uma decisão salomônica e marcou a primeira partida para o dia 22 e designou o estádio do Vélez Sarsfield como local do terceiro jogo (caso fosse necessário).
O estádio Centenário foi o local do primeiro jogo, o foi do agrado de ambas as equipes (O Grêmio pretendia decidir no Olímpico e o Peñarol se vangloriava de te conquistado todas seus troféus continentais longe de casa). E foi uma "fumaceira" como é de se imaginar.
Logo no começo do jogo Bossio pisou na canela de Renato, o que rendeu alguns pontos na perna do camisa 7 tricolor. Mas o Grêmio não se intimidou e tratou de pressionar nos minutos iniciais, sendo devidamente recompensado com um gol cedo. Aos 11, Tarciso cobrou escanteio e Tita cabeceou para as redes. Aos 16 Caio exigiu boa defesa do goleiro Fernandez, numa conclusão que o avante gremista afirma ter ultrapassado a linha do gol. Mas o Peñarol foi se reencontrando em campo e chegou ao empate com Fernando Morena, aos 35 minutos. Pouco depois, o bandeirinha argentino Arturo Ithurralde se machucou e (sendo substituído pelo uruguaio Juan Cardelino). A lesão do auxiliar serviu para esfriar jogo, mas o Grêmio ainda teve que segurar a pressão durante todo o segundo tempo para garantir o empate.
HUGO BAGNULO:"Respeito muito o Grêmio, mas todos devem saber uma coisa: jogar aqui ou em Porto Alegre para o Penharol não interessa. Nós sempre somos los locales"
HUGO BAGNULO: "Historicamente, meu time rende mais fora de casa. Por isso, garanto que esse primeiro round não quis dizer nada"
FERNANDO MORENA: "Somos campeões do mundo. Quem tem de provar alguma coisa é o Grêmio
FÁBIO KOFF: "O bandeirinha se lesionou, caiu, machucou o braço e o árbitro parou o jogo e mandou chamar o representante do Grêmio para ver se a gente aceitava a troca do bandeirinha por um uruguaio.
- Diz pra ele que eu vou responder lá dentro.
- Não pode entrar.
- Então eu não vou falar nada, vai parar essa merda e ninguém vai jogor.
Ai abriram o portão, eu entrei e veio todo o time do Grêmio comigo. Eu disse:
- Olha aqui, seu safado, não estás vendo que o Renato está caído e estão dando pontapé nele? Bota a merda que tu quiseres na bandeirinha aí. Ele só dizia:
- Tira el loco!
Aí a polícia veio e me tirou. No dia seguinte o jornal botou: "Pela primeira vez o centenário foi invadido". O De León botava a boca nele, o Tita não ficava quieto, também. Eu sei que botou o tal bandeira, ele estava nervoso, mas apitou bem"
RENATO: "Estava difícil, são muitas faltas, não se pode jogar. O importante é que não revidei, procurei ajudar o time. Também voltei à defesa e até segurei o lateral. Agora o título está no papo.
RENATO: "ele viu que eu estava caído e torceu o pé dele em cima da minha perna"
RENATO: "O cara me acertou, pisou na minha perna quando eu estava caído. Mas quem quer ser campeão da Libertadores tem que enfrentar também essas coisas. Libertadores é isso mesmo, não adianta"
TITA: "Foi uma partida de força. Felizmente o Grêmio soube responder à
altura, não revidamos a s jogadas duras e temos tudo para garantir a
vitória em Porto Alegre com o apoio da torcida. Só não podemos comemorar
o título antes de ganhar dentro de campo. Não queremos surpresas numa
hora dessas"
DIOGO: "Eu já esperava muito trabalho com o Renato, ouvi muita gente conhecida reconhecendo o futebol do ponteiro e quando o treinador Hugo Bagnulo me colocou na lateral esquerda até pensei que iria sofrer para pará-lo, mas nem foi tão difícil quanto esperava. Ele foi um touro domável. Mesmo assim, provou que é um jogador dificílimo na marcação. Tive melhor sorte porque o aguardava com o pé direito e o Renato não teve chance de buscar a linha de fundo quando tentava o meio, ficava mais fácil pra mim"
FERNANDEZ:"Eles tiveram sorte e fizeram uma boa partida. Na verdade o Grêmio é um time de segunda linha no futebol brasileiro. Está muito distante de equipes com um Flamengo ou um São Paulo. O time de 1982 era muito melhor que esse"
OLIVERA: "O Grêmio nem parece time brasileiro. Seu estilo tosco não nos criou maiores problemas.
SARALEGUI: "O Grêmio não mostrou grande coisa. Mostrou o que todos nós já sabíamos, isto é, a habilidade do Tita no meia e a força de Renato na frente. O problema na sexta-feira foi que o Penharol não teve a objetividade necessária nos momentos de conclusão"
"Havia nos vestiários do Grêmio curiosidade para saber o efeito das bolas altas na área. Até por brincadeira todos queriam saber como os zagueiros tinham suportado tudo e Casemiro explicou dizendo que "é mais fácil perguntarem pelas dores nas costas que estamos sentindo por causa dos empurrões. O pescoço está inteirinho, nos saímos bem." (Zero Hora - 23 de julho de 1983)
"CORPO-A-CORPO
O que acontece de mais notável, significativo ontem à noite no Centenário foi o empate, porque o jogo em si não foi de boa qualidade. O Penharol forçou muito sobre o Grêmio, usando muito corpo-a-corpo mas o time de Espinosa resistiu bem" (Ruy Carlos Ostermann - Zero Hora - 23 de julho de 1983
"Aqui o jogo deve ser melhor que em Montevidéu. Por que a grama é mais macia e fica melhor para o drible. A grama segura a bola.
O gramado irregular do estádio Centenário impedia o melhor controle da bola, o que dificultava dribles e cruzamentos. Houve um cruzamento no segundo tempo, que Renato chutou a bola alto e pela linha de fundo. A culpa, diz ele, é do campo. Mas não foi só o campo que impediu melhores jogadas na sexta-feira. Bossio, por exemplo, pisou em sua canela ("ele viu que eu estava caído e torceu o pé dele em cima da minha perna" conta) logo no início. O resultado foi um corte já suturado com dois pontos duplos. Aqui, desafia Renato, a violência dos uruguaios deve ser menor:
- Quero ver se eles vão ser malandros aqui. Tomara até que sejam, que falam falta perto da área. Aí o Tita bate. Lá, o Olivera que ficava dizendo que ia nos bater e tudo. Para nos amedrontar. Aqui ele não dirá isso.
O lateral-esquerdo Diogo, no entanto, não foi violento, testemunha o ponta:
- É contra este tipo de jogador que é bom jogar. Ele foi rígido na marcação, mas foi leal. Aqui a marcação será mais rígida, mas acredito que ele continuará leal" (Folha da Tarde - 25 de julho de 2013)
"Caminhando
com dificuldade, o centroavante Caio, que saiu no intervalo me
consequência de uma pancada sofrida no primeiro tempo, lamentou que a
arbitragem não tenha visto que o goleiro Fernandez puxou a bola de
dentro da goleira aos 17 minutos.
- Eu vi o goleiro puxar a bola. Foi gol mas o árbitro não deu. Agora, vou fazer um tratamento para poder jogar na quinta" (Folha da Tarde 23 de julho de 1983)
"O goleiro Mazaropi, por sua vez, lamentou não ter evitado o gol de Morena: -
Por pouco não peguei a bola. Cheguei a tocar nela. Mas tudo bem, o
empate foi um ótimo resultado. Vamos decidir no nosso estádio, junto com
a nossa torcida" (Folha da Tarde 23 de julho de 1983)
"O empate foi bom, o Grêmio agora joga por dois resultados em Porto Alegre. Tem que ganhar, mas até mesmo um empate levará a decisão para um terceiro jogo. Ontem, se comportou muito bem definitivamente, passou um enorme sufoco nos primeiros 25 minutos do segundo tempo, mas poderia tentar mais o contra-ataque. Isso faltou, Renato voltou para combater e ficou muito atrás. Havia um buraco pelo seu lado e o Grêmio não explorou. Mas valeu. Aqui a arbitragem não poderá ser tão complacente com a garra de farmácia do Penharol." (Edegar Schimidt - Folha da Tarde 23 de julho de 1983)
"Um início de grande força ofensiva e depois uma defesa segura. Para o Grêmio, uma vitória.
O
volante China bloqueou o meio-campo com perfeição e ponta-de-lança Tita
foi um leão em campo, marcando o gol do seu time e chegando até a
enfrentar corajosamente o provocador Olivera. Com um time assim bem
arrumado, sem excesso de confiança e jogando sério, o tricolor não terá
realmente o que temer" (Lemyr Martins - Revista Placar - 29 de julho de 1983)
Fontes: Zero Hora, Folha da Tarde, Placar, Correio do Povo e o livro "Até a Pé Nos Iremos" de Ruy Carlos Ostermann
Penãrol 1 x 1 Grêmio
PENAROL: Fernandes; Montelongo, Olivera, Gutiérrez, Diogo, Bossio, Zalazar, Saralegui, Silva (Villareal), Venancio Ramos e Morena Técnico: Hugo Bagnulo
GREMIO: Mazaropi; Paulo Roberto, Leandro, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (César) e Tarciso (Tonho).
Técnico: Valdir Espinosa
Data: 22 de julho de 1983, sexta-feira, 21h15min Local: Estádio Centenário, em Montevideo (Uuruguai)
Árbitro: Teodoro Nitti (Argentina)
Auxiliares: Juan Romero e Arturo Ithurralde (depois Juan Cardelino)
Cartões Amarelos: Bossio e Morena Gols : Tita aos 12 minutos do 1º tempo e Fernando Morena aos 35 minutos do 1º tempo