quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Arena - Resposta de Antonini

Nesta última quarta-feira, Wianey Carlet publicou uma resposta de Eduardo Antonini aos questionamentos feitos por Rogério Tolfo.

Antonini respondeu bem sobre a questões de "arena x estádio", "luxo" e "padrão Fifa". Respondeu de forma breve, mas satisfatória as dúvidas sobre "seguros e garantias". No tópico "o que será feito com a área do estádio atual" a resposta me pareceu nebulosa.

É verdade que a direção nunca afirmou categoricamente que prefere o humaitá. Mas junto a mídia essa ideia foi perpetuada sem que ninguém tentasse desmentir. Também não podemos esquecer que Antonini é membro do Movimento Grêmio Novo, grupo que não esconde sua predileção pela área do Humaitá.

Blog do Wianey
Quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008
Arena ou estádio


Publiquei, recentemente, e-mail de Rogério Tolfo, conselheiro do Grêmio, que questionava vários pontos do projeto que pretende dar ao Grêmio um novo estádio ou arena.

Publico, hoje, correspondência de Eduardo Antonini, membro do Conselho de Administração do Grêmio, refutando e esclarecendo questionamentos apresentados por Tolfo. A seguir, a íntegra do e-mail:

"Prezado Wianey,

Como estou passando o Carnaval fora de Porto Alegre, somente agora tive acesso a tua coluna de sábado "Arena ou estádio?". Trato, a seguir, de algumas questões gerais sobre o projeto Arena e outras específicas abordadas pelo conselheiro suplente Rogério Tolfo:

- o projeto Arena está sendo estudado desde o início de 2006, ou seja, há dois anos, período em que a Diretoria do Grêmio procurou contar com apoio de especialisatas de renome para, em conjunto, e com a tranquilidade necessária, pensar todas as questões sobre esse importantíssimo e complexo projeto;

- nesse período foi realizado pela Amsterdam Advisory Arena um estudo de viabilidade que tratou de questões financeiras, jurídicas e arquitetônicas, entre outras. Foi esse estudo que apontou como ideal a construção da Arena no Humaitá. A Diretoria nunca se manifestou publicamente sobre eventual preferência por local. Mesmo assim, quando elaboramos a Carta Convite, que visou buscar, seguindo os critérios estabelecidos pelo Grêmio (contendo as garantias necessárias, conceito do estádio, modelo de negócio, etc), deixamos em aberto a possibilidade de recebermos propostas para a Azenha. E foi o que ocorreu: temos duas propostas habilitadas, uma para o Humaitá e outra para a Azenha. Quem fará a escolha, democraticamente, serão os conselheiros do Grêmio;

- a Carta Convite, elaborada por escritório paulista especializado em projetos como esse, exigiu diversas garantias obrigatórias. Nesse contexto, há seguro previsto em ambas as propostas;

- quanto à Grêmio Empreendimentos gerir os recursos de eventual venda da área onde está o Olímpico, é importante ficar claro que, na proposta existente para seu futuro estatuto, fica definido que qualquer decisão sobre o patrimônio do clube deverá ser aprovada pelo Presidente do Grêmio e, ainda, submetida ao Conselho Deliberativo. No caso específico da proposta para construção da Arena no Humaitá, a área atual do Olímpico estaria inserida no negócio como um todo, não ficando o capital do terreno à disposição da Grêmio Empreendimentos;

- sobre o estádio, quero fazer um comentário importante, de quem conheceu os estádios mais modernos do mundo: o Grêmio terá um Estádio que será uma Arena, ou seja, não são dois conceitos excludentes. Apenas, seguindo o que há de mais moderno atualmente, não teremos pista olímpica, aproximaremos os expectadores do campo de jogo, seguindo os conceitos das diversas Arena existentes no mundo, o que fará nossos adversários sentirem ainda mais o fator local;

- outra questão importante: não há luxo algum no projeto de nossa Arena. Tanto que o Engenhão, citado pelo conselheiro Tolfo, e que não dispõe nem da metada das áreas projetas para multiuso em nosso projeto, e que foi construído, coincidentemente, em parceiria pela duas construtoras que disputam nosso projeto (Odebrecht e OAS, essa associada aos portugueses), teve seus custo mais de 50% superior ao estimado pelas mesmas construtoras para o nossa Arena;

- ser padrão FIFA, não necessariamente encarece o projeto, mas nos habilita a sediar jogos da Copa do Mundo e, principalmente, principalmente, utiliza as melhores práticas de segurança, acessibilidade, conforto e tudo o mais que o nosso torcedor merece e saberá, certamente, usufruir;

- as receitas projetadas pelos dois interessados no projeto estão totalmente compatíveis com a realidade do Grêmio e com o estudo de viabilidade realizados pela Amsterdam Arena. Um dos objetivos desse projeto é planejar o futuro (próximos 30 anos) do Grêmio com maiores e melhores (mais diversificadas) receitas para, justamente, termos condições de apresentar, sempre, um time de primeira linha que orgulhe os gremistas e nos traga ainda mais títulos.

Fico a tua disposição para quaisquer outros esclarecimentos.

Um abraço,
Antonini"

Arena - Questionamentos Rogério Tolfo

No último domingo, Wianey Carlet em sua coluna publicou uma série de questões feitas pelo economista Rogério Tolfo, que segundo o site do Grêmio é conselheiro suplente (eleito pela chapa 3), e não conselheiro como afirma o colunista. Wianey também falou que o texto integral estaria em seu Blog, mas não consegui achar nada lá

Apesar de haver um certo desgaste, considero esse debate público fundamental. O conselheiro não faz afirmações, apenas questionamentos e sugestões. Algumas bem pertinentes, outras mais ingênuas. Com algumas idéias eu não consigo concordar, como a sugestão se fazer um estádio mais modesto (se for pra fazer, que se faça bem feito), Engenhão é um péssimo exemplo para um estádio de futebol na minha opinião. E esse papo de comportamento do torcedor não ser compatível com um estádio "europeu" me parece ser besteira.

De qualquer forma gostaria que mais conselheiros fizessem a mesma coisa. Gostaria também que os ínumeros grupos que se fizeram presente na última eleição se posicionassem.

Zero Hora - 03 de fevereiro de 2008 - N° 15499
Wianey Carlet


Arena ou estádio?

Pela exiguidade do espaço, reproduzo apenas parte das interessantes ponderações enviadas por Rogerio Tolfo, economista, consultor financeiro e conselheiro do Grêmio. A íntegra da correspondência está no meu blog em zerohora.com. Assunto: a arena do Grêmio. A seguir, os questionamentos e dúvidas de Tolfo:

- Se a proposta dos portugueses considera o uso da área pública, esta se dá somente no espaço aéreo. Na verdade, o projeto melhoraria a parte viária, no referido ponto. Mas não deveria o Grêmio exigir que todos os projetos se limitassem as áreas possíveis, sem invasão de espaços públicos?

- Humaitá é o local adequado? Falo com muitos gremistas que não se opõem a construção de novo estádio, mas gostariam de permanecer na Azenha.

- Há seguro, contratado, mesmo para Humaitá, que garante que se a construtora falir, o empreendimento será terminado? Não podemos esquecer que o argumento para construir outro estádio é o desgaste do Olímpico. Logo, o mesmo não vai durar muito tempo e ficaremos sem estádio de qualquer jeito.

- Por que a direção pressiona tanto para que o projeto Humaitá seja aprovado?

- A Grêmio Empreendimentos será uma empresa. Se os recursos da venda da atual área do estádio não forem bem geridos, a empresa pode falir e ficarmos sem estádio e sem dinheiro, independentemente de a obra ser na Azenha ou Humaitá.

- Será que as receitas a serem geradas serão factíveis? Vão querer cobrar ingresso do associado, além da mensalidade? Não somos a Europa, cabe destacar.

- Os projetos não seriam demasiadamente luxuosos?

- Será que as receitas não se reduziriam? Ou o associado terá que pagar ingresso, além da mensalidade?

- Por que não construir um novo estádio (não arena) ou reformar o Olímpico (é factível?). Quando me refiro ao estádio, poderia ser algo como o Engenhão sobre o qual, em nenhum momento, se falou em padrão Fifa sendo, aparente e simplesmente, um novo estádio;

- Será que nosso torcedor, em média, tem cultura para se comportar como o público europeu? Se cada Estado tem suas peculiaridades, imagina as diferenças para países e continentes. Em suma, o luxo não terá que ser reconstruído a cada insucesso do time?

- Será que não teríamos que ter um projeto feito para nossa realidade sócio-econômica e cultural?

- Entendo que o Olímpico está se degradando e talvez este processo esteja se acelerando tendo em vista a certeza da diretoria de que sairemos da Azenha. A manutenção preventiva vem sendo feita?

- Queremos essa arena moderna, padrão Fifa, algo notável, de Primeiro Mundo, para ver um time modesto jogar por não ter recursos e estar endividado?

O debate é muito maior do que, simplesmente, a escolha do local. E uma decisão precipitada e equivocada tende a ser irreversível.

Espero ter contribuído para o debate, mostrando outro ponto de vista sobre o mesmo assunto.

Cordiais saudações de quem admira tua postura profissional e qualidade do teu trabalho.

Rogério Tolfo

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Notícias

Vi essas duas notícias relacionadas ao Grêmio publicadas fora da área dos esportes. Como não vi maior repercussão sobre as mesmas, resolvi posta-las aqui:

Zero Hora, Sábado, 2 de fevereiro de 2008
Informe Econômico - Lurdete Ertel:


Tricolor

O Grêmio está refazendo o esquema tático do sistema de licenciamento das 24 lojas da rede Grêmio Mania.

A marca vai ganhar nova padronização e conceito visual.

A meta da reestruturação é dobrar o número de lojas licenciadas do clube.



O Globo - 2 de fevereiro de 2008
Ancelmo Gois

Gol do Fla

Nem tudo é espinho nos cofres do Flamengo.

O tribunal de Justiça do Rio mandou o Grêmio, de Porto Alegre, pagar R$ 6 milhões ao clube por uma operação antiga que envolveu o passe do jogador Rodrigo Mendes.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Gauchão - Caxias 2 x 2 Grêmio

O Grêmio começou bem no seu mais dificil jogo da temporada, neutralizando o Caxias. Jogando no erro do adversário, o tricolor ia criando as suas chances. Aos 10, Diego Correa impede o atacante tricolor de entrar na área (em clara situação de gol) mas o juiz só mostra o amarelo. Na cobrança, rasteira, Pico acerta a trave. Um minuto mais tarde Jonas aplicou um balãozinho em Marília e foi parado com falta, na meia lua. Daquela posição, Paulo Sérgio fez o que é obrigação de um bom batedor de faltas. 1xo Grêmio. Apesar de uma certa afobação na marcação, uma vez que Adilson e William Magrão saiam demais até as laterais, deixando o meio aberto, o jogo era favoravel ao Grêmio. Aos 28 Jonas foi ao fundo e cruzou, o goleiro André cortou mal e André Luis empurrou para as redes. 2x0. André Luis teve chance de fazer o terceiro numa entregada do zagueiro, mas a bola parou na trave. O Caxias se reanima e tenta ir pra cima. Aos 37 jogada infantil de Pico, que tenta proteger a bola e ganhar o escanteio. Waldir lhe rouba a bola e nosso lateral toma uma janelinha vexatória, a bola chega nos pés de Flávio Guilherme que gira e diminui o placar.

No segundo tempo o Grêmio deu claros sinais de ser um time imaturo, composto na sua maioria por guris. Não soube administrar a vantagem, pouco ficava com a bola e ímpeto do ataque diminuiu. Mesmo assim teve chance de matar o jogo, como no lance em que a bola passou pelos pés de todos os jogadores de ataque mas terminou no chute errado de Magrão que Tadeu não conseguiu consertar. Aos 25º André Luís recebe o segundo cartão amarelo (o primeiro foi questionavel) e é expulso. A tv não mostra nenhuma imagem do lance e o repórter presente em campo não se deu ao trabalho de tentar explicar. Um minuto depois, bola na área do Grêmio e o nervoso Wagner faz o gol contra. Ok, era um desastre anunciado, Wagner vinha tendo atuações inseguras, mas não gostei do chilique do Paulo Brito, achei meio que opurtunista. Com um a menos me pareceu normal o Grêmio tentar segurar o empate, e o que restava de força ao Caxias parou nas boas defesas de Victor. No final Diego Correa, também recebe o segundo amarelo e é expulso. Novamente nem imagem e nem repórter explicam.

Que confusão nos uniformes. Grêmio jogando de azul e o caxias com uma camisa listrada em azul, branco e grená. Melhor seria o Grêmio entrar de branco, facilitaria a visualização. Para ajudar, Victor usava uma camisa muito parecida com a dos jogadores de linha.

Juiz muito fraco.


S.E.R. Caxias 2x2 Grêmio FBPA
Paulo Sérgio 11´
André Luís 28´
Flávio Guilherme 37´
Wagner (contra) 71´

CAXIAS: André; David, Marília, Diego Corrêa e Cris; Júlio César (Neilor 31min/1ºT), Éber, Marquinhos e Leandro Alves (Terrão 31/1ºT); Flávio Guilherme e Waldir (Edu -14min/2ºT).
Técnico: Gilson Kleina

GRÊMIO: Victor; Paulo Sérgio, Leo, Wagner e Anderson Pico; Eduardo Costa, Willian Magrão, Adilson (Nunes) e André Luís; Jonas e Tadeu (Reinaldo).
Técnico: Vagner Mancini

Gauchão 2008 - 1ªFase - 4ªRodada
Data: 02/02/2008 (Sábado) - 16h00min
Local: Estádio Francisco Stedile, em Caxias do Sul
Público: 6.482 (total)
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por Altemir Hausmann e José Carlos Oliveira
Cartão Amarelo: Marília e Neilor (CAX) - Anderson Pico, Léo, Eduardo Costa e Willian (GRÊ)
Cartão Vermelho: André Luis aos 25min/2ºT (GRE) e Diego Correa aos 48min/2ºT.
Gols: Paulo Sérgio aos 11min do 1ºT e André Luis aos 28min do 1º T (GRÊ) - Flávio Guilherme aos 37min do 1º e Neilor aos 26min do 2ºT (CAX)

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Interesse dos Conselheiros

Não repercutiu muito bem uma informação dada pela Zero Hora sobre o interesse dos conselheiros sobre o projeto da arena (Guilherme aqui nos comenários, Wianey em sua coluna). Enfim a matéria e a informação estão abaixo, mas me parecem incompletas. Faltou detalhar desde quando os conselheiros poderiam demonstrar o interesse nos projetos e qual a data limite para a consulta dos mesmos. Só com essas informações podemos ter uma abordagem mais fidedigna do real interesse dos conselheiros nos projetos.


Consórcio português entrega proposta oficial da Arena
Escolha de local será feita em reunião entre os dias 11 e 20 de fevereiro

O consórcio português TBZ-OAS entregou ontem ao Grêmio a proposta oficial para a construção da Arena na Azenha. A Odebrecht, que prevê o complexo esportivo no bairro Humaitá, já havia entregue o projeto definitivo na semana passada. A escolha será feita em reunião do Conselho Deliberativo, entre os dias 11 e 20 de fevereiro.

Dos 313 conselheiros aptos a votar, apenas 80 tiveram interesse em analisar o projeto cujas minúcias foram disponibilizadas a eles pelo vice-presidente de planejamento do clube, Eduardo Antonini. (ZeroHora.com)



Desinteresse

O Grêmio já recebeu as propostas das duas empresas interessadas em construir uma arena para o clube: Odebrecht e o consórcio português TBZ-OAS. Uma delas deseja levantar o novo estádio no lugar onde está o Olímpico. Esta proposta deverá ser rejeitada pelo Conselho Deliberativo, por duas razões: seria arriscado derrubar o Olímpico e ficar sem estádio próprio durante vários anos. E se a construtora, por exemplo, quebra durante a construção? Abre falência? Além disso, esta proposição exige a desapropriação de uma rua marginal ao Olímpico. A Prefeitura Municipal teria muita dificuldade para aprovar a privatização de um bem público. Resta Humaitá como local para a construção da arena. O CD deliberativo vai decidir, mas, desde já, chama a atenção a aparente alienação do órgão. Dos seus 313 membros, apenas 80 conselheiros tiveram interesse em analisar o projeto. É possível, até provável, que o período de férias seja responsável por esta atitude. Tomara que seja.(Wianey Carlet)