Para enfrentar o Vitória na Arena, Felipão mudou bastante o seu conceito de equipe e escalou o Grêmio quase num 4-2-4, com dois centroavantes (Barcos e Lucas Coelho), Dudu aberto pela direita e Luan ficando mais centralizado e responsável pela armação. Com essa formação ultra-ofensiva o time levou um susto logo no começo da partida, quando Edno cabeceou forte e Marcelo Grohe conseguiu desviar a bola em direção a trave. Depois disso o Grêmio tratou de propor o jogo, mas novamente sofreu pela falta de maior velocidade nas movimentações e pelo pouco toque de bola no setor de meio de campo. Ainda assim teve boas chances, como nos chutes de fora da área de Luan e Lucas Coelho que Wilson foi obrigado a espalmar para frente e na bola que um zagueiro salvou em cima da linha (ou já de dentro do gol?) quando Luan tocou por cima do goleiro após receber bom passe de Lucas Coelho. Mas para um time que jogava com dois centroavantes o Grêmio fazia poucas jogadas de linha de fundo. O "abafa" que se imaginou com o anúncio da escalação só foi acontecer no final do primeiro tempo, e foi nesse momento de entusiasmo e ocupação do campo de ataque que Fellipe Bastos deu bom lançamento para a ponta direita, onde estava Pará, que cruzou de primeira para Rycharlison marcar contra.
A constatação ruim do segundo tempo foi que o Grêmio pouco produziu. A constatação boa foi que o Vitória, tirando um par de escanteios bem batidos, igualmente careceu de volume de jogo na parte ofensiva. Assim o tricolor mais uma vez assegurou os três pontos com um magro, porém suficiente, 1x0.
Eu gosto muito do futebol do Luan, e acho que ele rendeu bastante no primeiro tempo. Mas ainda acredito que pelas características do jogo dele, de ter a capacidade de segurar a bola, de gostar de partir para cima do adversário e tentar o drible, ele deveria jogar mais próximo do gol.
A definição do Felipão sobre o desempenho do Pará dentro de campo foi ótima: "Não é espetacular e não é ruim, faz seu trabalho".
Thiago Duarte Peixoto apitou bem o jogo (que convenhamos não foi dos mais difíceis). Contudo, eu não consigo entender essa mania que alguns juízes tem de se preocupar excessivamente em fazer cara de mau e gestos histriônicos. Ele chegou ao cúmulo de derrubar um jogador ao se posicionar equivocadamente e ainda assim manter a cara fechada, sem sequer esboçar um pedido de desculpas.
Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)
Grêmio 1x0 Vitória
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Pará (Matías Rodriguez
37'/2ºT), Pedro Geromel, Bressan e Breno; Ramiro, Fellipe Bastos, Luan
(Fernandinho 31'/2ºT) e Dudu; Lucas Coelho (Matheus Biteco - 20'/2ºT) e
Barcos Técnico: Luiz Felipe Scolari
VITÓRIA:
Wilson; Nino, Roger Carvalho, Kadu e Juan; José Welison, Luiz Gustavo,
Cáceres e Richarlyson (Beltrán 30'/2ºT); Edno e Vinícius (Nickson
41'/2ºT)
Técnico: Ney Franco32ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2014
Data: 1º de Novembro de 2014, sábado, 19h30min
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre-RS
Público: 19.384 pessoas (17.447 pagantes)
Renda: R$ 481.932,00.
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA-SP)
Cartão amarelo: Richarlyson (38'/1ºT)
Gols: Richarlyson (contra), aos 44 minutos do primeiro tempo
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