O "já não tão desesperado" Palmeiras promoveu uma correria desde o apito inicial e o Grêmio, inexplicavelmente, embarcou nela. Escalado no 4-2-3-1 com Matias Rodriguez no meio, o tricolor só foi ter o controle da bola lá pela metade do primeiro tempo, mas ainda assim o Palmeiras, ajudado, pela torcida e por uma arbitragem caseira e conivente com o excesso de simulação dos seus jogadores, foi quem esteve mais perto de marcar durante todos os 45 minutos iniciais.
Com Giuliano no lugar de Alan Ruiz, o Grêmio voltou melhor para o segundo tempo. Aos nove minutos, após um escanteio, Riveros cabeceou e a bola bateu na mão de Valdivia, que saltou de braços abertos. O juiz marcou pênalti, que Barcos converteu, fazendo apenas o segundo gol gremista oriundo de uma cobrança de escanteio em todo o campeonato (o primeiro havia sido também do Pirata contra a Chapecoense). Não houve muito tempo para o Grêmio explorar a vantagem, já que aos 16 minutos Sandro Meira Ricci injustamente mostrou o segundo cartão amarelo para Barcos, que não cometeu falta ou mesmo tocou em Cristaldo na jogada. A expulsão estragou o jogo. E para infelicidade do Grêmio, o Palmeiras virou com dois gols de xiripa. No primeiro Henrique errou a cabeçada, Mouche errou o chute e ainda assim a bola terminou dentro do gol. No segundo o chute de João Pedro desviou em Bressan e tirou Tiago Machowski da jogada.
O Grêmio teve os seus próprios erros que ajudam a explicar a derrota, sendo o principal deles o fato de ter permitido que o Palmeiras (que hoje é uma equipe inferior) ditasse o ritmo do jogo. Mas isso jamais pode justificar os erros da arbitragem. E mais uma vez o Grêmio foi prejudicado pelo juiz. Novamente contra o time paulista. Novamente contra o Palmeiras no Pacaembu no jogo apitado por Sandro Meira Ricci (que supostamente é considerado o melhor juiz do pais pela CBF, o que torna tudo ainda mais difícil de aguentar).
Sálvio Spínola, ex-juiz e comentarista de arbitragem da ESPN foi "mais realista que o Rei" e afirmou que, no lance do pênalti para o Grêmio, a bola bateu na cabeça do Valdivia, quando o próprio jogador confirmou que a bola bateu na sua mão. Ficou estranho, mas talvez o velho hábito de contemporizar os prejuízos com a surrada justificativa de que "o juiz errou para os dois lados" explique isso. O que torna tudo ainda pior, já que o juiz que erra pros dois lados erra duas vezes.
Achei o pênalti discutível, mas quanto a expulsão do Barcos não pode haver discussão: Ele sequer tocou em Cristaldo na jogada em que recebeu o segundo amarelo. Dorival Junior disse que "se alguém tivesse que reclamar seria o Palmeiras". Essa declaração é surreal. É de se duvidar da sanidade de alguém que trabalha profissionalmente no futebol e considere essa expulsão justa e ache que isso não tenha prejudicado o time.
Fotos: Ari Ferreira (Lance) e Robson Ventura (Folha de São Paulo)
Palmeiras 2x1 Grêmio
PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Lúcio, Tobio e
Juninho (Mouche, 20'/2ºT); Victor Luis, Washington, Wesley e Valdivia
(Bernardo, 46'/2ºT); Cristaldo (Leandro, 35'/2ºT) e Henrique
Técnico: Dorival Júnior
Técnico: Dorival Júnior
GRÊMIO: Tiago; Pará, Bressan, Pedro Geromel e Zé Roberto; Ramiro, Fellipe Bastos (Riveros, 28'/1ºT), Matías Rodríguez (Lucas Coelho, aos 26'/2ºT), Alán Ruiz (Giuliano - intervalo) e Dudu; Barcos.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
28ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2014
Data: 11 de outubro de 2014, sábado, às 21h00min
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Renda: R$ 647.130,00
Público: 29.353 (26.940 pagantes)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (FIFA-PE)
Auxiliares: Cleriston Clay B. Rios (FIFA-SE) e Clovis Amaral da Silva (PE)
Auxiliares: Cleriston Clay B. Rios (FIFA-SE) e Clovis Amaral da Silva (PE)
Cartões amarelos: Lúcio; Barcos, Fellipe Bastos, Riveros, Dudu e Ramiro
Cartões vermelhos: Barcos, aos 16'/2ºT
Gols: Barcos (de pênalti) aos 9 minutos, Mouche, aos 21, e João Pedro, aos 29 minutos do segundo tempo
Um comentário:
Estranho que quando o Palmeiras, no primeiro turno, teve UM GOL LEGÍTIMO anulado pela arbitragem, ninguém no Grêmio admitiu que foi beneficiado. Quando erram contra, aí é aquela gritaria!
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