O gráfico acima (porcamente escaneado por mim) saiu na Folha de São Paulo, numa matéria com executivos do Manchester United. Sugeria-se ali que o clube inglês fosse usado como Benchmarking para os time brasileiros. Questionável, uma vez que a realidade inglesa é muito diferente da brasileira, e também porque um dos grandes méritos dos ingleses foi promover seus times no mercado asiático. Enfim, a matéria é bem fraquinha, interessante mesmo eu achei foi o gráfico.
Vários números chamam a atenção. O Manchester não tem nenhuma receita vinda de transferência de jogadores, mas isso parece ser meio óbvio, haja vista que o Manchester é um clube "comprador". As receitas de transmissão encontram uma certa correspondência em ambos os casos e o Manchester fatura o dobro com patrocínios.
Mas a diferença mais assustadora está nos ingressos. 43% contra 7%. Aí realmente parece haver algo a ser explorado. Mas é um tema delicado. Qualquer pessoa que defenda o aumento dos preços dos ingressos no Brasil é chamada de elitista. O tema é sempre tratado com demagogia e frases feitas como "futebol é o esporte do povo" ou "vai afastar o verdadeiro torcedor do estádio". Engraçado que essas frases não se repetem quando se trata do tema de televisonamento e venda de pay-per-view. São os interesses. Pelo lado inglês é bom lembrar que desde o "Taylor Report" os estádios deixaram de ser frequentado pelo operariado e passaram a ser um programa de uma classe média endinheirada. Isso gerou uma mudança no perfil do torcedor. Alex Ferguson já se manifestou várias vezes em relação ao comportamente deste "novo" público. Resta saber se no Brasil existe uma classe média disposta a substituir o povão, pagando ingressos mais caros, para frequentar nossos estádios.
Vários números chamam a atenção. O Manchester não tem nenhuma receita vinda de transferência de jogadores, mas isso parece ser meio óbvio, haja vista que o Manchester é um clube "comprador". As receitas de transmissão encontram uma certa correspondência em ambos os casos e o Manchester fatura o dobro com patrocínios.
Mas a diferença mais assustadora está nos ingressos. 43% contra 7%. Aí realmente parece haver algo a ser explorado. Mas é um tema delicado. Qualquer pessoa que defenda o aumento dos preços dos ingressos no Brasil é chamada de elitista. O tema é sempre tratado com demagogia e frases feitas como "futebol é o esporte do povo" ou "vai afastar o verdadeiro torcedor do estádio". Engraçado que essas frases não se repetem quando se trata do tema de televisonamento e venda de pay-per-view. São os interesses. Pelo lado inglês é bom lembrar que desde o "Taylor Report" os estádios deixaram de ser frequentado pelo operariado e passaram a ser um programa de uma classe média endinheirada. Isso gerou uma mudança no perfil do torcedor. Alex Ferguson já se manifestou várias vezes em relação ao comportamente deste "novo" público. Resta saber se no Brasil existe uma classe média disposta a substituir o povão, pagando ingressos mais caros, para frequentar nossos estádios.
6 comentários:
Olhem a ridícula média de público. O "povão" NÃO vai mais ao estádio!
Aliás, ninguém mais vai...
Seria o conforto, segurança e cerveja gelada dos bares um dos motivos?
Não sei.
Nos jogos da libertadores tava impossível chegar até os bares. Nem sei te dizer se a cerveja estava ou não gelada.
Isso que o Olímpico esta entre os melhores estádios do Brasil. Imagina como não devem estar os outros.
Mesmo assim, o futebol sendo paixão nacional deveria levar mais gente a campo.
Deve, mas do jeito que está não levará. Só ressaltei que o argumento de que o "povo" não iria mais à cancha em virtude de uma elitização não cola.
Ele já não vai...
Não me fiz entender, falava dos bares que exibem os jogos pela TV, que tem tudo isso que supostamente o estádio não tem.
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