quarta-feira, outubro 31, 2012

Sulamericana - Grêmio 1x0 Millonarios


A "cartilha" dos torneio de mata-mata recomenda que o time da casa construa uma boa vantagem no primeiro jogo. Essa era a missão do Grêmio ontem contra o Millonarios. Mas a situação trouxe a tona o trauma da eliminação para o Palmeiras na Copa do Brasil, onde o tricolor se expôs excessivamente e acabou sendo surpreendido. Dessa vez o time de Luxemburgo não se desesperou e não cai na arapuca do adversário. O Millonários tentou se valer da posse de bola e da troca cadenciada de passes para tirar o Grêmio do lugar. Não deu tão certo. O tricolor teve paciência para marcar e conseguiu ir ao ataque, especialmente pelo lado direito, com Pará. Talvez tenha faltado um pouco mais de presença de área para os atacantes, de penetração para o meias e de ultrapassagem para os volantes e laterais, mas ainda assim o Grêmio incomodou. E num escanteio fez o 1x0. Marco Antônio aproveitou no segundo pau, a bola desviada pelo defensor adversário.

O Millonários não se incomodou muito com a desvantagem e seguiu com a sua proposta de jogo no segundo tempo. O Grêmio foi um busca de um segundo gol, e passou a forçar mais em cruzamentos e chute de longa distância. Marcelo Moreno desperdiçou boa chance após passe rasteiro de Leandro e Léo Gago carimbou a trave em arremate de fora da área. Nos minutos finais, quando o Millonários parecia satisfeito e o Grêmio estava ressabiado em levar um gol, André Lima marcou e o juiz anulou. O lance é duvidoso. O juiz inicialmente sinalizou o gol, mas atendeu o chamado do bandeirinha, que incorretamente marcou impedimento (a bola foi desviada por Renteria). Resta dúvida se André Lima completou para as redes com a mão ou com a cabeça/ombro. Uma pena que ninguém tenha consultado as imagens da TV. Uma pena que o delegado da partida não tenha inteferido. Uma pena que nenhum repórter tenha assoprado nada para a arbitragem.


Leandro parece afobado, mas ainda mais afobados me parecem alguns críticos dele. É prata da casa e ainda tem idade para estar nos juniores. E sempre aparece pro jogo. Ontem, o escanteio do gol se originou de uma tentativa de arremate dele, assim como duas importantes oportunidades começaram com cruzamentos feitos por ele.


Como bem ressaltou Luxemburgo, Pará fez uma partida excepcional. Apareceu no ataque e nunca deixou de auxiliar na marcação.


Não é a primeira vez que Luxemburgo retira um atacante e avança o Zé Roberto para tentar segurar um resultado. Eu confesso que não gosta de ver o nosso camisa 10 tão perto da área, apesar de ver nele o jogador mais recomendado para segurar a bola.



Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)

Grêmio 1x0 Millonarios

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Pará, Gilberto Silva, Naldo e Anderson Pico; Fernando, Léo Gago (André Lima - 42'/2ºT), Marco Antônio (Souza - 25'/2ºT) e Zé Roberto; Leandro e Marcelo Moreno
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

MILLONARIOS: Delgado; Ochoa, Torres, Franco e Martínez; Ramírez, Ortíz (Vasquez - 25'/2ºT), Candelo (Blanco - 33'/2ºT) e Otálvaro; Rentería e Cosme (Perlaza - 29'/2ºT)
Técnico: Darío Sierra.

Copa Sulamericana 2012 – Quartas de final  - jogo de ida
Data: 30/10/2012, terça-feira,  21h50min
Público:  20.055 (16.334 pagantes)
Renda: R$ 281.775,50
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Julio Bascuñan (CHI)
Assistentes: Sergio Roman e Marcelo Barraza (CHI)
Cartões Amarelos:  Leandro, Marco Antônio e Naldo (GRE); Torres, Ramírez e Martínez (MIL)
Gol: Marco Antônio, aos 36 minutos  do 1º tempo
 

segunda-feira, outubro 29, 2012

1954 - Millonarios 5x1 Grêmio


A história dos confrontos entre Millonarios e Grêmio teve início em 24 de janeiro de 1954. O tricolor estava na parte de final  de uma excursão ao exterior, iniciada no final do ano de 1953, tendo passado pelo México e Equador até chegar em Bogotá, onde faria os seus três últimos jogos antes do retorno para Porto Alegre.

A chamada Copa da Forças Armadas era um torneio de início de temporada, disputado pelos clubes locais (Santa Fé e Millonarios) e clubes convidados do Brasil (Grêmio) e do Uruguai (Rampla Jr.). O embate entre o Millonarios e Grêmio foi o primeiro jogo do torneio e o placar final foram acachapantes 5x1 para o time da casa.

Mesmo tendo desembarcado em Bogotá quatro dias antes da partida, o Grêmio sentiu bastante os efeitos da atitude. O tricolor até iniciou bem a partida, marcando um gol através de Vitor logo aos 14 minutos. Solano Patiño empatou para o Millonarios aos 31 minutos do primeiro tempo. Os 45 minutos finais foram desastrosos para o time de técnico Telemâco, que logo aos 3 minutos sofreu a virada. O time da casa ainda marcou outras três vezes sem que o Grêmio conseguisse reagir. 

O destaque do jogo foi o paraguaio Solano Patiño, que jogou emprestado, uma vez que era jogador do Boca Juniors de Cali. O grande nome do Millonarios era o argentino Adolfo Pedernera, que acumulava as funções de treinador e jogador em Bogotá. Pedernera (integrante da chamada máquina do River Plate) foi um dos percursores do "El Dorado" do futebol colombiano  ao deixar o futebol argentino para se somar a liga pirata da Colômbia.

Um dado curioso é que a imprensa de Bogotá se referia ao Grêmio e seus atletas como "cariocas", e seguiu fazendo isso mesmo depois de ser introduzida a expressão "Gaúcho"

Segue abaixo algumas fotos, crônicas e a ficha da partida.

 Na foto acima vemos os jogadores Camacho e Pipoca, seguidos pelo treinador Telemâco Frazão de Lima, retornando ao vestiário do estádio El Campin no intervalo da partida.


"24 DE JANEIRO - Alguns jogadores, acompanhados dos dirigentes, foram à missa, sendo que a maioria permaneceu tôda a manhã no hotel, já que o almôço foi servido às 10,30. Deixamos o hotel com destino ao Estádio, por volta das 13 horas em ônibus especial. Todos os jogadores mostravam-se bem dispostos e durante todo o trajeto foram cantando as nossas marchas carnavalescas, bem como a marcha oficial do Cinquentenário do Grêmio. Depois das clássicas massagens ministradas pelo Biscadrdi, a turma, carregando uma enorme bandeira colombiana, deu entrada na cancha sob ovações de uma massa de torcedores calculadas em mais de 30 mil pessoas, que lotava quase por completo o belíssimo estádio local. Sob a arbitragem do juiz uruguaio Luiz A. Fernandes, que por sinal teve uma grande atuação, o jôgo foi iniciado, com a saída da nossa equipe. Já nos primeiros cinco minutos notava-se que o nosso adversário possuía mais valores que nossa equipe. Decorriam cerca de 14 minutos quando Tesourinha, numa de suas escrimagens, cedeu o balão para Vitor que, após fintar o Zuluaga, alinhou a pelota nos fundos das redes contrárias, marcando o nosso primeiro e único tento. Os colombianos, ou por outra, os argentinos, já que quase todo o team do Milionários é composto de jogadores buenairenses, passou a atacar com mais volume de jôgo, até que aos 31 minutos Noronha se deixou envolver numa jogada, dando lugar a uma confusão dentro da nossa área, do que se aproveitou Solando, jogador que pertence ao Boca Juniors, de Barranquila, e que jogou como refôrço para, num tiro rasteiro, empatar a peleja para os Milionários. Nosso quadro lutou de igual para igual até os 45 minutos finais, sendo que as equipes atuaram com a seguinte formação: Grêmio: - Sérgio - Pipoca e Altino - Roberto - Sarará e Noronha - Tesourinha - Mujica - Vitor - Alvim e Itamar.

Milionários com Ochoa - Pini e Zuluaga - Martinez - Rossi e Soria - Leticiano - Villaverde - Solano - Genes e Valeck. Iniciado o segundo tempo os locais entraram com Cozzi no arco e o afamado Pederneiras, que também é o treinador da equipe apareceu na meia direita em lugar de Villaverde, que passou para a ponta esquerda substituindo Valeck. Aos três minutos de jôgo, já se notava que nosso quadro estava atordoado dentro da cancha. Aos 5 minutos Pipoca falhou lamentavelmente numa jogada, dando lugar a Solano invadir a área, que se encontrava sem nenhuma cobertura, Sérgio saiu em falso, indo ao encontro do center-forward local, que conseguiu levar a melhor e alinhar a pelota nos fundos das rêdes: 2 a 1. Dois minutos mais tarde formou-se uma indecisão no trio final, tendo Noronha e Pipoca se deixando envolver o que resultou no terceiro tento dos locais marcados pelo mesmo Solano. Nossa equipe se acovardou por completo, dando prova de cansaço e ressentir da altitude, pos notava-se que nossos jogadores não tinham nenhuma disposição para disputar a pelota. Na altura dos 11 minutos, os locais conseguiram mais um ponto, ou seja, o quarto, por intermédio de Villaverde, aproveitando-o de uma trama muito bem urdida por Pederneiras. Nosso quadro já estava completamente entregue e algumas modificações nesta altura foram feitas como sejam, a entrada de Camacho para a meia esquerda, saindo Alvim de campo, e também Torres entrando no lugar de Itamar na ponta esquerda, passando êste jogador para a meia, em substituição a Camacho. Coube a Villaverde encerrar a contagem da tarde, aos 35 minutos, quando nosso zagueiro Pipoca falhou novamente em um lance de que também participou Sarará. Os locais passaram a fazer várias modificações em sua equipe, tendo Avila entrando em lugar de Solano. Podemos dizer que realizamos a pior partida de nossa gira. Aliás não estava eu enganado quando mandei dizer que nosso quadro já havia rendido demais e que se encontrava a esta altura completamente esgotado. Também tivemos pela frente um grande quadro com um padrão vistoso, tipo porteño, enquanto nosso team nada apresentou, nem padrão e nem tática de jogo. Assim que, depois do jôgo, ficamos para assistir ao encontro de fundo que reunia os quadros de Independiente de Santa Fé e Rampla Juniores de Montevideu.

[...]

Na volta, de ônibus, vieram todos os nossos jogadores tristes e à noite, depois do jantar, foram todos dormir, isso muito cêdo. Houve comentários entre os jogadores depois do prélio, conforme mandei dizer, e todos são unânimes em afirmar que altitude foi o fator principal de nossa péssima produção. Devo dizer que Roberto, Sarará e Camacho, que foi substituído, foram os únicos que escaparam da debacle bem como Tôrres que, embora seja esteja em segundo lugar na classificação de nossos artilheiros, entrou nos últimos minutos como vem acontecendo ultimamente." (Edison Pires - Diário de Viagem - Revista Super Grêmio - Nº 3 - Páginas 115 e 116)


"Na chamada "Pequena Temporada Internacional de Foot-Ball", que teve por cenário o Estádio "Nemésio Camacho", de Bogotá, o Grêmio participou do quadrangular em que tomaram parte também o Milionários de Cali e o Santa Fé, da Colômbia e o Rampla Junior do Uruguai.

Concluindo sua "tournée" por gramados do México, Equador e Colômbia, o clube tricolor gaúcho defrontou-se primeiramente com um dois mais categorizados quadros colombianos - O Milionários - ao qual cedeu a vitória por 5 x 1, no dia 24 de janeiro.

A equipe gremista vencia o Milionários por 1x0, no primeiro tempo, quando os atletas tricolores começaram a sentir os efeitos da altitude. Cinco jogadores tiveram de ser socorridos para aliviar a asfixia. Depois de meia hora de jôgo, os colombianos tomaram as rédeas da partida e iniciaram a "virada". Assim mesmo, no primeiro tempo, as ações puderam ser equilibradas até o final, quando terminou empatado em 1x1.

Com o estádio quase lotado, a equipe tricolor adentrou-se no gramado portanto a bandeira do país amigo e ovacionada pela torcida colombiana que, pela primeira vez, via atuar um clube gaúcho em sua terra.

Tratando-se de uma agremiação do porte do Milionáros, que representava verdadeiro combinado internacional (a grande maioria era de jogadores argentinos), havia que prever-se uma partida cheia de categoria e equilíbrio, o que veio a se confirmar através de um bom primeiro tempo, quando a igualdade no marcador deu a dimensão da contenda.

Coube a Tesourinha proporcionar a Vitor a oportunidade de abrir a contagem, aos 14 minutos, quando êste último conquistou o único tentou da esquadra tricolor recebendo a bola do ponteiro direito e driblando a Zuluaga para arrematar com êxito contra o arco de Ochoa.

Solano, aos 31 minutos, empatou para o Milionários, permanecendo êste resultado até o fim do primeiro período, ao longo do qual a equipe gremista conseguiu impor-se em igualdade de condições no gramado.

No segundo tempo, iniciado com algumas alterações do quadro colombiano as coisas pioraram para os gaúchos que demonstraram visíveis sinais de terem sido atingidos em cheio pelos perniciosos efeitos da grande atitude.

Já aos 5 minutos, Solano fazia o segundo golo, seguido do terceiro, ainda por intermédio de Solano, aos 7 minutos, cabendo a Villaverde ampliar para 4 o marcador do Milionários, aos 11 minutos.

Tentou o treinador gremista, a esta altura, introduzir substituições, alcançado com isto mais equilíbrio de fôrças, até que, aos 35 minutos, novamente Villaverde deu cifras definitivas ao placar marcando o quinto golo do Milionários.

Foi assim que a representação tricolor, completamente esgotada pela longa caminhada, e vítima, acima de tudo da altitude, realizou a pior partida de sua excursão."  (Revista Super Grêmio - Nº 3 - Páginas 92 e 93)




Fontes: Revista Super Grêmio, Correio do Povo e El Tiempo

Millonarios 5x1 Grêmio

MILLONARIOS: Ochoa (Julio Cozzi); Pini e Zuluaga; Martinez, Rossi e Soria; Leticiano Guzmán, Villaverde, Solano Patiño (Avila), Genes e Valeck  (Pedernera)
Técnico: Adolfo Pedernera

GRÊMIO: Sérgio; Pipoca e Altino; Roberto, Sarará e Noronha; Tesourinha, Mujica, Vitor (Camacho), Alvim e Itamar (Torres)
Técnico: Telêmaco Frazão de Lima

Data: 24 de janeiro de 1954, domingo, 14:00
Local: Estádio El Campin, em Bogotá Colômbia
Juiz: Luís Alberto Fernandez
Gols: Victor aos 14 e Solano Patiño aos 31 minutos do primeiro tempo; Solano Patiño aos 3 e aos 5, e Villaverde aos 10 e aos 35 minutos do segundo tempo


domingo, outubro 28, 2012

Brasileirão - Bahia 1x1 Grêmio



O primeiro tempo do jogo foi de todo de iniciativas do Bahia, que impôs um ritmo forte e um jogo acelerado. O Grêmio se defendia de forma eficaz, mas não conseguia articular jogadas de ataque. Apesar de muita disputa, não se via um bom futebol na partida. Aos 40 minutos Gabriel abriu o placar e o tricolor gaúcho responde rápido, com Kléber anotando o empate após o rebote de um chute de Elano aos 43 minutos do primeiro tempo.

No segundo tempo o Bahia seguiu pressionando, mas a velocidade do jogo já era a menor e qualidade do futebol apresentado não melhorou. O Grêmio passou a ter chances no contra-ataque, especialmente com Leandro, mas não conseguiu aproveitar as oportunidades e teve que se contentar com o empate em 1x1.

Kléber não fez grande partida, mas acho importante que tenha voltado a marcar gols.

Na minha opinião, deveria ter sido marcado impedimento no lance do gol do Bahia. Werley cortou um cruzamento que buscava o centroavante Souza (que estava em posição de impedimento).

Fotos: Felipe Oliveira (EC Bahia)

Bahia 1x1 Grêmio

BAHIA: Marcelo Lomba; Neto, Danny Morais (Lucas Fonseca, 10'2ºT), Titi e Jussandro; Fabinho, Diones (Elias, 24'2ºT), Hélder e Gabriel (Jeferson, intervalo); Jones Carioca e Souza.  
Técnico: Jorginho.

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Pará, Werley, Naldo e Anderson Pico; Fernando, Souza, Elano (Léo Gago, 15'/2ºT) e Marquinhos (Marco Antônio, intervalo); Kleber e Marcelo Moreno (Leandro, 12'2ºT).  
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

33ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2012
Data: 27/10/12, sábado, 18h30min
Local: Estádio Pituaçu, em Salvador (BA).
Público: 32.157 pagantes 
Renda: R$ 566.495,00
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (FIFA-GO).
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA-SP) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Cartões amarelos: Titi, Jones Carioca, Souza, Lucas Fonseca (BAH), Pará, Kleber e Leandro (GRE)
Gols: Gabriel, 40'/1ºT  e Kleber, 43'1ºT

quinta-feira, outubro 25, 2012

Sulamericana - Grêmio 2x1 Barcelona


Mesmo vencendo os dois jogos contra o Barcelona, o Grêmio teve uma bela amostra de como um torneio de mata-mata pode ser traiçoeiro. Com a vantagem conquistada fora de casa, o tricolor fez um primeiro tempo conforme manda a cartilha, jogando com calma, valorizando a posse de bola e deixando o relógio andar. O Barcelona pouco ameaçava, o Grêmio criava uma chance aqui e ali, mas a partida fluía nesse ritmo arrastado que servia a todos no Olímpico.

Mas no início do segundo tempo ocorreu o susto. Num dos raros momentos que o Barcelona conseguiu prender a bola no ataque aconteceu o gol dos visitantes. Mina completou para a rede uma jogada trabalhada pela ponta esquerda. De repente uma classificação que parecia tranquila poderia ser decidida nos pênaltis. Contudo o time assimiliou bem o golpe e foi resolver o jogo. Elano, que estava sendo poupado, entrou em campo. O Grêmio aumentou o ritmo e passou a rondar a área adversária de forma mais incisiva. Aos 21, Pico aparece bem pela ponta esquerda e cruzou rasteiro, Perlaza foi cortar e marcou contra. 1x1 que tranquilizou a situação, uma vez que o Barcelona não mais conseguiu reagir. Já nos descontos Zé Roberto marcou de falta, estabelecendo o 2x1 final.


Ficou muito bonito esse novo fardamento no campo. 

Anderson Pico, um gênio ainda incompreendido, conseguiu ser lateral esquerdo e lateral direito numa mesma jogada.

Eu sigo preocupado com o baixo rendimento do Kléber. Não parece ser falta de vontade ou garra. Acho que ele está jogando muito distante do gol.

Zé Roberto joga demais. O que foi aquele domínio após uma balão do Marcelo Grohe? A bola simplesmente colou no pé dele.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net) e Grêmio1983

Grêmio 2x1 Barcelona

GRÊMIO: Marcelo Grohe, Pará, Werley, Gilberto Silva e Anderson Pico; Fernando, Souza, Marco Antônio (Elano – 9’/2ºT) e Zé Roberto; Kleber (Leandro – 31’/2ºT) e Marcelo Moreno (Marquinhos – 41’/2ºT)  
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

BARCELONA-EQU:  Banguera, De La Torre (Matamoros – 23’/2ºT), Saucedo, Perlaza e Valarezo (Ferreyra – 34’/2ºT); Arroyo, Amaya, Matias Oyola, Ibarra e Damián Díaz (Quiñonez – 29’/2ºT) ; Narciso Mina. 
Técnico: Gustavo Costas.

Copa Sulamericana 2012 - Oitavas de final - jogo de volta
Data:
24/10/2012, quarta-feira, 22h00min
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre - RS
Público Total: 17.708 ( 14.372  pagantes)
Renda: R$ 264.914,50
Árbitro: Patricio Loustau (Fifa-ARG)
Auxiliares:
Diego Bonfa (Fifa-ARG) e Juan P. Belatti (Fifa-ARG)
Cartões amarelos: Valarezo, Quiñonez, Perlaza (BAR)
Gols: Mina, 8’/2ºT ; Perlaza (contra), 21’/2ºT  e Zé Roberto, 45'/2º

terça-feira, outubro 23, 2012

Comparecimento Eleições - 2004 à 2014

No domingo tivemos a maior eleição da história do Grêmio. Achei que seria válido atualizar o levantamento sobre o número sócios aptos a votar e o número de sócio que efetivamente votou em cada eleição no clube desde 2004

 Além de ter tido um grande número de votantes, a eleição de 2012 também teve o maior comparecimento desde 2004. Votaram 40,86% dos mais 33 mil sócios aptos para tanto. Tamanho crescimento pode também ser atribuído a opção do voto por correspondência. A comparação mais óbvia a ser feita é com a última eleição no co-irmão, que adotou uma sistemática parecida e teve um número total de votantes maior mas com um comparecimento um pouco inferior (36%).

Ainda assim, eu reitero que sempre fico surpreso com grande número de pessoas que não exerce seu direito de voto no clube.





2014 - Presidente

"Mais de 39 mil associados estão aptos a votar, mas o clube espera entre 12 e 15 mil gremistas na Esplanada da Arena. O resultado deverá ser divulgado a partir das 18 horas." (Zero Hora - 18/10/2014)"

- Aptos para votação: 39.000 sócios
- Esperados: 12.000 sócios
- Votaram: 9.013 sócios (23,11%)

2013 - Conselho Deliberativo

"Os 37.680 sócios aptos a votar são os que cumprem as exigências de estarem em situação regular com o clube nos últimos 12 meses e com mensalidades em dia até agosto. Também precisam ser maiores de 16 anos e associados ao Grêmio há pelos menos dois anos. O resultado da eleição deve ser divulgado no final da tarde deste sábado. Mais de 10 mil sócios são esperados no processo eleitoral gremista." (Terra - 28/09/2013)"

- Aptos para votação: 37.680 sócios
- Esperados: 10.000 sócios
- Votaram: 8.524 sócios (22,62%)

2012 - Presidente

"Das 33,1 mil cartas enviadas aos associados, em que aparecem os nomes de Fábio Koff, Homero Bellini Júnior e Paulo Odone, 2,093 mil já haviam sido devolvidas até ontem. Com base nesse dado, Moesch estima que 12 mil gremistas votem por correspondência, com a maior parte das cartas chegando ao Olímpico dia 16, véspera do encerramento do prazo. Cerca de oito mil são esperados para votar nas urnas eletrônicas instaladas no Quadro Social. - Projeto cerca de 20 mil votos. Será a a maior eleição da história do clube -  diz Moesch." (Zero Hora - 08/10/2012)"

- Aptos para votação: 33.154 sócios
- Esperados: 20.000 sócios
- Votaram: 13.547 sócios (40,86%)

2010 - Conselho Deliberativo

"São cerca de 28 mil sócios aptos para votar, e a expectativa é que aproximadamente 10 mil compareçam ao estádio até as 17h." (Zero Hora - 11/09/2010)"

- Aptos para votação: 28.000 sócios
- Esperados: 10.000 sócios
- Votaram: 4.624 sócios (16,51%)

2008 - Presidente

"Atualmente 20 mil sócios estariam aptos para votar. A direção espera que 6 mil comparecem às urnas." (O Sul - 10/10/2008)"

"A estimativa da direção é que dos 22 mil sócios aptos a votar atualmente, 6 mil deverão comparecer. " (Correio do Povo - 18/10/08)

- Aptos para votação: 22.000 sócios
- Esperados: 6.000 sócios
- Votaram: 5.365 sócios (24,39%)

2007 - Conselho Deliberativo
"O presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio, Mauro Knijnik, estima que, entre os 10 mil sócios do clube aptos a votar, apenas quatro mil irão às urnas neste sábado." (ClicRBS - 26/09/2007)

- Aptos para votação: 10.000 sócios
- Esperados: 4 mil sócios
- Votaram: 3.063 sócios (30,63%)

2004 - Presidente
"Menos de um terço dos associados deve comparecer à votação que hoje decide o novo presidente do Grêmio. A previsão é do presidente do Conselho Deliberativo, Mauro Knijnik, que espera o comparecimento de no máximo 3 mil sócios de um universo de 11,6 mil aptos a participar do pleito" (Correio do Povo, 16 de Dezembro de 2004)

- Aptos para votação: 11.600 sócios
- Esperados: 3.000 sócios
- Votaram: 2.427 (20,92%)

2004 - Conselho Deliberativo
"Mesmo com cálculos da secretaria do clube mostrando um eleitorado de mais de 6 mil associados, a previsão feita pelo presidente do Conselho Deliberativo, Oly Fachin, é que 2 mil sócios do Grêmio compareçam ao pleito deste domingo" (Correio Do Povo, 26 de Setembro de 2004)

- Aptos para votação: 6.000 sócios
- Esperados: 2.000 sócios
- Votaram: 2.435 sócios (40,58%)

segunda-feira, outubro 22, 2012

2º turno da eleição para Presidente

Ontem tivemos o tão aguardado desfecho da eleição para a presidência/conselho de administração que comandará o Grêmio em 2013/2014. Eram mais de 33 mil associados aptos a votar. Nesse universo, contou-se com o voto de "13.547 sócios, sendo 7.964 presenciais e 5.583 pela votação por correspondência". O resultado foi o seguinte:

Chapa 01 - Fábio Koff - 7969 votos - 57,5%
Chapa 03 - Homero Bellini Jr. - 843  votos - 6,25%
Chapa 04 - Paulo Odone - 4951 votos - 36,7%

Eu participei ativamente dessa eleição. Como apoiador da chapa liderada por Homero Bellini Jr. e como fiscal/ representante da chapa no recebimento dos votos por correspondência, na votação presencial e na contagem dos votos que chegaram pelo correio. 

Foi uma tarefa bem cansativa, mas que fiz por gosto e termino essa etapa bastante orgulhoso. Contudo tenho duas pequenas "frustrações":

- A primeira é da caráter mais objetivo. Sempre ouvi falar na necessidade de democratização do clube. E obviamente sempre concordei com isso. Mas nem todo mundo dá a devida importância para essa ideia. De fato essa foi a maior eleição do clube, mas o comparecimento foi de 40,86%. Mais da metade dos 33 mil sócios aptos a votar sequer exerceu seu direito de voto (que nessa eleição consistia em colocar uma carta no correio). Eu lamento, mas também sou obrigado a reconhecer que não-participação pode ser uma escolha consciente no processo democrático, muito embora acredite que este não é o melhor caminho.

- A segunda é de caráter mais subjetivo. Parecia existir um consenso na torcida sobre a necessidade de pacificação e renovação do Grêmio. A pacificação restou inviabilizada antes da eleição e renovação foi pouco prestigiada no processo. Mas talvez a maioria tenha razão em entender que não era o momento para tanto e talvez o aguardado embate entre Koff e Odone fosse efetivamente necessário para encerrar um ciclo.

Nunca é demais lembrar que essa foi apenas a terceira eleição para presidente do Grêmio com voto dos sócios. A primeira que contou com três candidatos. Os avanços são lentos, mas acontecem. O clima no Olímpico ontem me pareceu muito bom e o resultado da votação é justo e inquestionável.

Gostaria muito de ver toda a energia e todo o zelo no trato das coisas relacionadas ao Grêmio canalizados para o bem do clube durante toda a gestão, não só no período de campanha. Espero que a próxima gestão comande o clube com sabedoria, mantendo avanços, fazendo as correções necessárias nesse período de transição, se valendo da inclusão e não de revanchismo, sabendo respeitar e dialogar com a oposição e com a torcida em geral. Não é uma tarefa simples.

Brasileirão - Grêmio 0x0 Coritiba


 Mais um empate frustrante do Grêmio no campeonato Brasileiro. O já problemático cenário de um time adversário fechado na defesa no Olímpico se repetiu na noite de sábado. E o Grêmio novamente teve problemas. O tricolor tinha posse de bola e sabia valorizar tal fato, mas faltava presença na área adversária. Leandro, do seu jeito, aparecia, se movimentava e criava algumas situações, mas o time sentia a falta de alguém responsável pelo último toque. Kléber não funcionou como centroavante, raramente estava dentro da área para concluir.

O segundo tempo transcorreu da mesma fora, até que Luxemburgo mexeu no time. Colocou Bertoglio para abrir espaço e se valeu de Tony e André Lima para forçar a jogada aérea. E a melhor chance do Grêmio teve a participação dos três substitutos, mas infelizmente Andre Lima errou a cabeçada e o jogo terminou em 0x0.
Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net)

Grêmio 0x0 Coritiba


GRÊMIO: Marcelo Grohe, Pará, Werley, Gilberto Silva e Julio Cesar (Tony, 22'/2ºT); Fernando (Bertoglio, 21'/2ºT), Souza, Elano e Zé Roberto; Leandro (André Lima, 26'/2ºT) e Kleber 
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

CORITIBA: Vanderlei, Victor Ferraz, Luccas Claro, Cleiton, (Chico, 7'/2ºT) e Dênis Neves; Willian, Gil, Vinícius (Junior Urso, 26'/2ºT), Rafinha (Roberto, 40'/2°T) e Everton Ribeiro; Marcel
Técnico: Marquinhos Santos.

32ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2012
Data: 20/10/2012, sábado, 18h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre -RS
Público: 24.377  (20.676 pagantes)
Renda: R$ 511.306,50
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)
Auxiliares:
Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ)
Cartões amarelos: Zé Roberto e Bertoglio (GRE); Vinícius, Chico e Dennis Neves (CTB)


quinta-feira, outubro 18, 2012

1972 - O soco de Everaldo




Há 40 anos, Grêmio e Cruzeiro se enfrentaram pela 12ª Rodada do Campeonato Brasileiro de 1972. O jogo terminou empatado em 1x1, com gols de Lima para os visitantes e Oberti para o tricolor. Mas o dia 18 de outubro de 1972 entrou para história do futebol não por esses gols, e sim pelo soco que Everaldo acertou no juiz Jose Favile Neto.

Everaldo não vivia um  bom momento. Poucos meses antes ele havia sido inexplicavelmente deixado de fora da seleção brasileira por Zagallo (o que motivou o épico 3x3 com a seleção Gaúcha no Beira-Rio). Já Grêmio e Cruzeiro estavam bem no campeonato nacional e faziam uma partida bem disputada no Olímpico.

Aos 25 minutos, Everaldo reclamou do juiz e foi duramente advertido com o cartão amarelo. Aos 32 minutos, Palhinha arrancou em velocidade, ingressou na área, foi desarmado na bola por Beto Bacamarte e caiu no chão. José Favile Neto apitou e enquanto corria para a marca do pênalti recebeu um soco de Everaldo, que atingiu em cheio o seu olho.

Everaldo deixou o gramado sem olhar para trás. Depois de ser prestado o devido atendimento médico ao árbitro o jogo continuou, o Cruzeiro converteu o pênalti e o Grêmio conseguiu o gol de empate ainda no primeiro tempo.

Passado alguns dias Everaldo deu algumas explicações e anunciou que renunciaria ao prêmio "Belfort Duarte". Todo o episódio provocou um rápido debate sobre a maratona de jogos, sobre a ruindade da arbitragem e sobre a maneira autoritária que os juízes buscam validar essa ruindade. Um debate que, infelizmente, segue atual.











"Quando um jogador como o lateral do Grêmio, modelo de correção e disciplina na sua carreira de atleta, chega ao ponto de mandar o braço na cara do juiz, alguma coisa deve estar errada! É muito mais lógico a gente procurar a origem da atitude do atleta exemplar como o Everaldo, do que a punição pura e simples de um crime de que ele não é o unico autor" (João Saldanha - Zero Hora)


"Aos 25 minutos do primeiro tempo de Grêmio e Cruzeiro, Everaldo reclamou da marcação de José Favile Neto. O juiz não gostou, se irritou demais e acabou fazendo um grande cena para advertí-lo, apresentando uma nova tática ao puxar os cartões vermelho e amarelo ao mesmo tempo. Como o vermelho aparece muito mais, Everaldo levou um susto, pensando que Favile tinha lhe expulso" (Folha da Tarde - 19 de outubro de 1972)



Grêmio 1x1 Cruzeiro

GRÊMIO: Jair; Everaldo, Ancheta, Beto Bacamarte e Jorge Tabajara; Jadir e Ivo Wortmann; Buião (Renato Cogo), Oberti, Lairton e Loivo
Técnico: Daltro Menezes

CRUZEIRO: Hélio; Lauro, Darci Menezes, Fontana e Vanderelei; Piazza (Rinaldo) e Zé Carlos; Eduardo Amorim (Misael), Roberto Batata, Palhinha e Lima.
Técnico: Hilton Chaves

12ª Rodada -1ª Fase - Campeonato Brasileiro 1972
Data: 18 de outubro de 1972
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 23.667 pagantes
Renda: Cr$ 147.548,00
Árbitro: José Favile Neto
Auxiliares: Jeferson de Freitas e Airton Bernardoni
Cartões Vermelhos: Everaldo e Fontana
Gols: Lima (pênalti) aos 41 minutos do primeiro tempo e Oberti, aos 47 minutos do 1º tempo