quinta-feira, junho 30, 2011

Brasileirão - Grêmio 2 x 2 Avaí


Tudo o que o Grêmio precisava ontem era de uma vitória tranquila. O Avaí, com 1 ponto em 6 rodadas, parecia ser a presa perfeita para tanto. Mas essa aparência durou muito pouco. Com quatro minutos de jogo os visitantes abriram o placar. No escanteio, Welton Felipe ficou o tempo todo desmarcado, correu até a pequena área, subiu sozinho e cabeceou, Marcelo Grohe fez boa defesa, mas Gustavo bastos aproveitou o rebote. O Grêmio ficou perdido com o gol, não tendo paciência e sapiência para abrir a defesa do Avaí. E antes dos 25 minutos, o arqueiro tricolor evitou por duas vezes a marcação do segundo gol do adversário, nos chutes de William e Romano. O tricolor só foi se achar quando passou a forçar a jogada em André Lima. E assim marcou dois gols. Os dois anulados por impedimento. O primeiro de maneira injusta. O segundo numa posição duvidosa.

O segundo tempo também começou de maneira trágica para o Grêmio. Aos 6 minutos, Rochemback errou um domínio dentro da área e Robinho aproveitou para marcar o segundo. Mas o tricolor reagiu e cresceu no jogo com a entrada de Miralles e Escudero, passando a pressionar no campo de ataque e acumular chances. Mas o gol só saiu num pênalti inventado pela arbitragem. Douglas teve que cobrar duas vezes para o gol valer. O Grêmio seguiu tentando, se enervando com o resultado negativo e com atrapalhada atuação do juiz. Rochemback ficou perto de empatar em dois chutes de fora da área, mas o 2x2 só aconteceu no último minuto, com Rafael Marques aproveitando a confusão na área.


O resultado de ontem passa muito pelas falhas grotescas nos gols tomados, em atuações individuais que seguem abaixo do esperado, por erros de arbitragem e por escalações equivocadas.

Insisto que Douglas, Lúcio e Gabriel podem render mais.

O seu Cláudio Mercante não podeira sequer apitar na várzea. Errou praticamente todas as marcações. Gols mal anulados. Expulsões precipitadas. Marcou um pênalti inexistente e deixou de marcar um existente.

As boas notícias foram o retorno de André Lima e a boa estréia de Miralles. As perspectivas do time melhoram muito com esses dois.

Comentarei as más notícias depois, em outro post.

Fotos: Luciano Leon (FinalSports), Richard Ducker (Ducker.com.br) e Roberto Vinicius (terra)

Grêmio 2 x 2 Avaí

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Gabriel, Mário Fernandes, Rafael Marques e Bruno Collaço; Fábio Rochemback, Willian Magrão (Miralles), Lúcio (Escudero) e Douglas; Leandro (Roberson) e André Lima.
Técnico: Renato Portaluppi

AVAÍ: Aleks; Daniel, Welton Felipe, Gustavo Bastos e Romano; Pedro Ken, Bruno, Batista, Cleverson (Fábio Santos) e Rafael Coelho (Robinho); William (Fabiano Costa).
Técnico: Alexandre Gallo.

7ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2011
Data: 29/06/2011, quarta-feira, 19h30min
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre (RS).
Público: 10.346 (8.894 pagantes)
Renda: R$ 131.143,50.
Arbitragem: Claudio Mercante - PE
Auxiliares: Jossemar Moutinho e Ubirajara Jota (PE).
Cartões amarelos: Willian Magrão, André Lima, Escudero, Douglas (Grêmio); Batista, Rafael Coelho, Gustavo Bastos, Aleks, Pedro Ken.
Cartões vermelhos: Douglas (Grêmio); Batista (Avaí).
Gols: Gustavo Bastos, aos 4 do 1º tempo e Robinho, aos 6 do 2º (Avaí); Douglas, aos 28, e Rafael Marques, aos 49 do 2º tempo (Grêmio).

quarta-feira, junho 29, 2011

Da fisioterapia para o campo



Eu, que sou leigo no assunto, achei bem interessante essa matéria do Luciano Potter sobre os departamentos de fisioterapia da dupla Grenal.

É sabido que esse setor do clube segue sendo referência para jogadores que atuam na Europa.

Curioso também ver o relato da recuperação do André Lima e a comparação da capacidade física de um atleta profissional com um "atleta" de final de semana.

E hoje o André Lima volta ao campo.

Brasileirão - Classificação 6ª Rodada


P J V E D GP GC SG
São Paulo 15 6 5 0 1 9 6 3
Corinthians 13 5 4 1 0 12 3 9
Palmeiras 11 6 3 2 1 10 5 5
Botafogo-RJ 11 6 3 2 1 8 5 3
Vasco 11 6 3 2 1 10 8 2
Figueirense 10 6 3 1 2 7 6 1
Flamengo 10 6 2 4 0 13 6 7
Fluminense 9 6 3 0 3 4 6 -2
Internacional-RS 9 6 2 3 1 12 8 4
10°Atlético-MG 8 6 2 2 2 10 9 1
11°Bahia 8 6 2 2 2 8 8 0
12°Atlético-GO 7 6 2 1 3 7 7 0
13°Grêmio 7 6 2 1 3 7 8 -1
14°Ceará 7 6 2 1 3 7 11 -4
15°Cruzeiro 6 6 1 3 2 6 7 -1
16°Santos 5 4 1 2 1 5 4 1
17°América-MG 5 5 1 2 2 7 11 -4
18°Coritiba 4 6 1 1 4 9 10 -1
19°Atlético-PR 1 6 0 1 5 1 10 -9
20°Avaí 1 6 0 1 5 4 18 -14


Artilheiros
- 4 Gols: Liedson (Corinthians), Luan (Palmeiras), Bernardo (Vasco)

- 3 Gols : Alessandro (América-MG), Jóbson (Bahia), Elkeson (Botafogo), Willian (Corinthians), Anderson Aquino (Coritiba), Montillo (Cruzeiro), Deivid (Flamengo), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo), Oscar (Internacional), Kleber (Palmeiras), Borges (Santos), Lucas (São Paulo), Elton (Vasco)

domingo, junho 26, 2011

Brasileirão - Botafogo 2 x 1 Grêmio


Mais uma vez o adversário precisou jogar muito pouco para vencer o jogo. A primeira meia hora de partida foi pavorosa. O Grêmio não conseguia sair para o jogo e Botafogo ia para cima de maneira atabalhoada (Elkeson e Maicossuel estavam sumidos da partida). Marcelo foi acionado em conclusões de Herrera e Marcelo Mattos e o tricolor só foi dar o troco depois da saída de Marquinhos (lesionado). Aos 30, Lins lançou Fernando, mas o volante gremista chutou em cima do arqueiro alvinegro. Pouco mais tarde, Lúcio acertou belo voleio e Marcelo Mattos evitou o gol sem querer.

O jogo seguiu fraco no segundo tempo. Pouco aconteceu nos 15 minutos iniciais. Aos 18, William Magrão começou e terminou uma grande jogada de contra-ataque gremista, mas a bola parou na mãos do goleiro Renan. Caio Jr promoveu mudanças e o Botafogo melhorou na partida. Aos 24, Fernando foi expulsa após cometer falta em Cidinho. Dois minutos depois, Elkeson bateu mal o escanteio, apanhou o rebote, driblou Neuton, chutou torto e Marcelo Mattos colocou a cabeça na bola, a encaminhando para o gol. Depois disso a luz foi e voltou, o Grêmio levou mais um gol, numa jogada em que Neuton e Rafael Marques foram envolvidos, e descontou no finalzinho do jogo.

O time visitante que se propõe a ficar atrás, esperando o adversário, dificilmente terá muitas oportunidades de gol. O aproveitamento precisa ser alto. Hoje o Grêmio desperdiçou duas boas chances de marcar em jogadas de contra-ataque. Fica difícil reclamar da sorte assim.

Percebo uma revolta contra a escalação de Lins. Vejo grandes debates sobre o esquema tático, mas vejo muito pouca gente criticando o baixo desempenho de alguns "cascudos" como Lúcio, Douglas e Gabriel.

Fernando fez duas faltas passíveis de cartão amarelo. Contudo me pareceu que o juiz (que viu o lance com o canto do olho) o expulsou "no grito". Tantos outros jogadores fizeram faltas iguais a que lhe rendeu o vermelho e não foram punidos. Falta critério.

Rafael Marques não justificou a confiança depositada por Renato. E Renato não justificou a saída de Saimon.

Neuton vinha dando boa resposta na lateral. Hoje não foi bem. Foi lamentável o drible que ele tomou no primeiro gol do Botafogo.

Fotos: Julio Cesar Guimarães (UOL)

Botafogo 2 x 1 Grêmio
Marcelo Mattos 71'
Elkeson 81'
Rafael Marques 88'


BOTAFOGO: Renan, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos (Thiago Galhardo), Lucas Zen, Everton (Cidinho), Maicosuel (Caio) e Elkeson; Herrera.
Técnico: Caio Junior.

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Gabriel, Mário Fernandes, Rafael Marques e Neuton; Fernando, Willian Magrão, Lúcio, Marquinhos (Roberson) e Douglas; Lins (Leandro)
Técnico: Renato Portaluppi

6ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2011
Data: 26/6/2011, domingo, 16h00min
Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro
Público: 13.983 (10.433 pagantes)
Renda: R$ 235.895,00
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Auxiliares: Adailton Jose de Jesus Silva (BA) e José Oliveira dos Santos (BA)
Cartões amarelos: Fernando, Rafael Marques, Mário Fernandes (G), Marcelo Mattos, Elkeson, Caio
Cartão vermelho: Fernando
Gols: Marcelo Mattos (B), aos 26, Elkeson (B), aos 57 (36), e Rafael Marques (G), aos 65 (43) minutos do segundo tempo.

domingo, junho 19, 2011

Brasileirão - Grêmio 1 x 1 Vasco


Desde o início do partida o Grêmio se portou como mandante, propondo o jogo, ocupando o campo de ataque e criando oportunidades. O Vasco esperava bem postado na defesa e tentava sair em contra-ataques. Com essa dinâmica o primeiro tempo transcorreu com uma leve superioridade gremista, que teve as maiores e melhores chances. Fernando Prass defendeu os chutes de Viçosa e Gabriel e evitou a abertura do marcador na ao barrar a cobrança de pênalti (mal) executada por Gabriel. Quando Prass foi vencido a arbitragem anulou o gol por impedimento (Magrão tocou na bola? Participou do lance?). O Vasco chegou perto em falta cobrada por Alecsandro, mas aí foi a vez de Victor fazer importante intervenção. E Eder Luís ficou cara a cara com o goleiro gremista, mas o seu drible só terminou além da linha de fundo.

No segundo tempo o Grêmio correu menos riscos, mas também criou menos. A entrada de Escudero parecia dar maior movimentação a meia cancha tricolor, mas logo o argentino se acomodou no jogo e o time se viu refém de uma jornada pouca inspirada de Douglas e da ansiosas e precipitadas jogadas Lins e Viçosa. O Grêmio tinha dificuldade em reter a bola na frente e o Vasco acabou marcando primeiro, num lance fortuito, no qual Bernardo tentou cruzar a acabou surpreendo Victor. Restavam 15 minutos para o Grêmio se recuperar. Aos 38, Roberson subiu alto e completou o escanteio cobrado por Douglas, empatando o jogo. No final da partida, Mário Fernandes quase emulou o lance de Bernardo, mas o seu cruzamento acabou batendo na trave.



Mais uma vez o Grêmio não fez boa partida, mas não me parece que tenha jogado menos do que o Vasco, que é um bom time (não foi campeão da Copa do Brasil por acaso).

Gostei bastante da atuação da zaga gremista, em especial da partida que Saimon fez. Errou somente na bola que chutou em cima de Eder Luís.

O Grêmio segue sentindo falta do bom futebol de Lúcio.


Não gostei nada da arbitragem do Sr. André Luiz de Castro. Pareceu ter aceitado a pressão vascaína na marcação do pênalti. Victor e Rochemback reclamaram de uma falta na origem do gol do Vasco. E achei que houve pênalti de Felipe em Viçosa no início do segundo tempo. O Vascaíno deu um carrinho, não acertou a bola e levantou a perna para barrar a passagem do atacante.

Eu achei legal a idéia da camisa retrô ter sido lançada e utilizada em um jogo. Mas em se tratando de uma camisa de 81, a ocasião perfeita seria o confronto contra o SPFC no Morumbi (e parece que essa era a idéia original)

Fotos: Luciano Leon (FinalSports), Mauro Schaeffer (Correio do Povo), GrêmioFotos e Nabor Goulart (UOL)

Grêmio 1 x 1 Vasco

Bernardo 76´

Roberson 83´




GRÊMIO: Victor, Gabriel (Vilson 20'/2ºT), Mário Fernandes, Saimon e Neuton; Fábio Rochemback, William Magrão, Lúcio (Escudero - Intervalo)e Douglas; Lins e Júnior Viçosa (Roberson 28'/2ºT).

Técnico: Renato Portaluppi



VASCO: Fernando Prass, Fágner, Dedé, Anderson Martins e Ramon; Allan, Rômulo, Felipe (Jumar -10'/2ºT) e Diego Souza (Bernardo 29'/2ºT); Éder Luís e Alecsandro (Elton 45'/2ºT).

Técnico: Ricardo Gomes

5ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2011

Data: 19 de junho de 2011, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre, RS.
Público: 16.322 (13.840 pagantes)
Renda: R$ 248.001,50.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro.
Auxiliares : Fabrício Vilarinho da Silva e Márcio Soares Maciel.
Cartões amarelos : Fábio Rochemback, Willian Magrão e Saimon (Grêmio); Fagner, Allan, Bernardo e Jumar (Vasco).
Gols: Bernardo, aos 31 min e Roberson, aos 38min (Grêmio), no segundo tempo.

quinta-feira, junho 16, 2011

Reunião do Conselho - 15 de junho de 2011

A ordem do dia da reunião do Conselho Deliberativo de ontem era a seguinte:

"Deliberar sobre propostas de alteração estatutária, objetivando a substituição, em reuniões do Conselho Deliberativo , de membros titulares ausentes por suplentes presentes, a estes conferindo, na hipótese, direito a voto"


Foi uma reunião bem rápida. O presidente do conselho. Dr.Raul Régis iniciou explicando que foram várias as propostas de alteração do estatuto que visavam dar voto aos conselheiros suplentes no caso de ausência dos titulares. Que mais de 150 conselheiros tinham assinados tais propostas e como haviam pequenas diferenças entre as mesmas, foi criada uma comissão para formular a proposta que estava sendo apresentada no conselho naquele momento.

O conselheiro Reginaldo Pujol lembrou da serventia da proposta, citando casos em que um conselheiro titular poderia ficar impossibilitado de comparecer e um suplente o poderia substituir sem maiores prejuízos as deliberações do órgão. Em seguida Raul Régis passou a palavra para o conselheiro José Francisco Teixeira Pinto, lembrando que ele foi um dos primeiros a sugerir tal mudança. O conselheiro Pinto disse que o tema já tinha sido bem exposto pelo conselheiro Pujol e só acrescentou que a sua idéia surgiu após as duas reuniões sobre redução da cláusula de barreira em 2009, onde faltou quorum para a votação.

Por derradeiro a proposta foi colocada em votação (de maneira simbólica) e foi aprovada por unanimidade, sendo a reunião encerrada logo depois.

terça-feira, junho 14, 2011

Faltas


Já escrevi, mais de uma vez, aqui no blog que um dos problemas do time do Grêmio esse ano é a liberdade que ele dá para o seu adversário jogar. O oponentemente chega perto da área gremista com muito facilidade.

Talvez isso se explique pelo baixo número de faltas que o Grêmio comete:

- Na 4ª rodada do Brasileirão, a estatística mostra que o tricolor é a equipe que menos faltas comete na competição, com uma média de 14 infrações por jogo (segundo o IG e o UOL).

- No Gaúchão 2011, a média de faltas do Grêmio foi de 15,6 (segundo o IG) e na Libertadores 2011 o Grêmio cometeu 130 faltas em dez jogos (conforme os dados daESPN).

O Eduardo Ceccconi fez uma matéria sobre o assunto no GloboEsporte. Nela Lúcio garantiu que "Não é preciso ter um volume maior de faltas para ficar bem no campeonato".

O curioso é que no Brasileirão do ano passado o Grêmio foi segunda equipe que mais cometeu faltas no campeonato, com uma média final de 19 faltas por jogo.

De acordo com os critérios do UOL, a média de desarmes era de 111,4 por jogo (dos quais 69% eram completos). Em 2011 a média de desarmes completos caiu para 62%. Para o IG, o Grêmio é segundo time com maior número de desarmes errados.

Todos esses números servem para mostrar que o Grêmio pode, e deve, marcar mais e com maior intensidade. E quem marca com intensidade vai sempre estar no limite do contato permitido no jogo. Além disso, a falta faz parte do jogo, é uma das formas legítimas de se parar o oponente e é um recurso que os adversários vem usando mais do que o Grêmio.

Não acho que "o time que faz mais faltas ganha" seja uma verdade incontestável e nem defendo o uso de pontapés. Mas é sábido que equipes bem sucedidas sabem fazer falta de forma inteligente, para evitar um contra-ataque, para re-organizar a defesa, para truncar o jogo quando for conveniente, etc...

domingo, junho 12, 2011

Brasileirão - São Paulo 3 x 1 Grêmio


Os primeiros dez minutos do Grêmio no Morumbi foram desastrosos, com os jogadores desacostumados com o novo esquema (4-4-1-1) e perdidos com a rapidez dos avantes adversários. Quando parecia que o time passaria incólume a pressão inicial veio o azar do desvio e o gol de Casemiro (aos 13 minutos). A perspectiva do time se achar em campo foi para o espaço. A idéia de preencher o meio de campo e valorizar a posse de bola não foi colocada em prática, o Grêmio tinha imensa dificuldade em sair jogando e ultrapassar o meio de campo . O São Paulo só não ampliou o placar porque era um muito mais um time de movimentação/transpiração do que uma equipe de criação/inspiração.

Gabriel e Lúcio pouco contribuíram no meio campo, seja na criação, seja na marcação. O time melhorou um pouco com a entrada de Lins (até mesmo porque seria difícil piorar). A segundo tempo iniciou com o Grêmio jogando um pouco mais perto da meta defendida por Ceni, e o empate saiu no gol contra de Casemiro, numa falta cruzada para dentro da área. A possibilidade de almejar algo melhor parecia real, mas o bom momento gremista durou pouco. Aos 16, numa saída para contra-ataque, Douglas erra o passe e Marlos é lançado. Nem ele e nem Victor pegaram bem na bola, mas o resultado foi segundo gol sãopaulino. Não houve reação gremista e o domínio paulista foi tão claro que a arbitragem se sentiu no direito de presentear o anfitrião com um gol, de Jean, em clamoroso impedimento (facilmente identificado por quem estava na arquibancada, inclusive pelos colorados)


O que mais me incomoda é que o São Paulo precisou jogar muito pouco para vencer o Grêmio.

Não gostei da atuação, dos passe errados e das declarações do Douglas. Mas acho que há um exagero na crítica feita. Não é certo reduzir o jogo ao lance do segundo gol do São Paulo.

Lúcio ainda não teve uma atuação consistente no Brasileirão. Uma pena. O time perde muito com a sua queda de produção.

Todo chefe/comandante/treinador tem seus homens de confiança. Tendo em vista a imensa qualidade de Gabriel, a preferência de Renato é plenamente justificável. Contudo, é preciso dizer que o filho do Wladimir contribuiu muito pouco no meio campo até agora.

Independente do esquema, o Grêmio apresenta um defeito recorrente: a falta de "combate" no meio do campo. Raros são os ataques do adversários interrompidos, poucas são as roubadas de bola.

O Grêmio poderia e deveria ter forçado o jogo em cima da zaga adversária. Nas poucas vezes em que fez isso (nas bolas paradas) levou grande perigo.

Com a bola que o Grêmio jogou seria difícil postular algo melhor, mas isso não deveria legitimar erros de arbitragem. O estranho é que o trio vinha bem na partida (a ausência de um cartão para Jean era a maior falha), mas no final do jogo, quando o resultado já estava encaminhado, aconteceram marcações inexplicáveis. O impedimento de Jean no terceiro gol é de concurso. Qualquer árbitro de várzea marcaria. Rafael Marques não tocou em Dagoberto e foi expulso. E o mesmo bandeirinha que validou o terceiro gol, inverteu uma marcação de escanteio numa bola chutada na sua frente. O clima de 2006/2008 parece voltar. O juiz rouba para o SPFC mesmo quando não é necessário.

Eu sei que não é essa a interpretação corrente, mas na minha opinião o Dagoberto (impedido) participou do lance do segundo gol do SPFC.

E segue a falta de padrão no patrocínio da Unimed. A maioria dos jogadores estampava a marca em branco, mas a fonte era preta nas camisas de Fernando e Lúcio.

Fotos: Almeida Rocha (Folha de São Paulo), Ivan Pacheco (Terra) e Wander Roberto (Vipcomm)

São Paulo 3 x 1 Grêmio
Casemiro 13'
Casemiro (contra) 52'
Marlos 61'
Jean 84'


SÃO PAULO: Rogério Ceni; Jean, Xandão, Luiz Eduardo e Juan (Bruno Uvini 35'/2ºT); Rodrigo Souto, Wellington, Casemiro (Carlinhos Paraíba 40'/2ºT) e Marlos (Ilsinho 35'/2ºT); Lucas e Dagoberto.
Técnico: Paulo César Carpegiani

GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes, Saimon, Rafael Marques e Neuton (Lins, intervalo); Fábio Rochemback, Fernando, Lúcio e Gabriel (Marquinhos 27'/2ºT); Douglas e Júnior Viçosa (Roberson 27'/2ºT).
Técnico: Renato Portaluppi

4ª rodada - Campeonato Brasileiro 2011
Data: 11 de junho de 2011, sábado, 18h30min
Local: Estádio Morumbi, São Paulo - SP
Público: 14.671 pagantes
Renda: R$ 372.089,00
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra
Auxiliares : Carlos Brekenbrock e Marco Antônio Martins
Cartões amarelos: Rodrigo Souto, Jean, Dagoberto (SPO); Lúcio, Fábio Rochemback, Rafael Marques (GRE)
Cartão vermelho : Rafael Marques, 46'/2ºT (GRE)
Gols: Casemiro, aos 13 minutos do primeiro tempo; Casemiro (contra), aos 7, Marlos, aos 16, e Jean, aos 39 minutos do segundo tempo.

sexta-feira, junho 10, 2011

1971 - São Paulo 0 x 3 Grêmio - Scotta - 1º gol do Brasileirão

Enquanto aguardamos pela solução do impasse causado pelas cinzas do vulcão chileno penso que é válido lembrar um pouco de a história dos confrontos entre Grêmio e São Paulo disputados no Morumbi.

- Em 2001 tivemos um vitória gremista 4x3 pela Copa do Brasil de 2001
- Em 1991 o São Paulo aplicou 2x0 em jogo disputado pelo Brasileirão.
- Em 1981 o inesqucível golaço de Baltazar na finalssíma da taça de ouro.
- Em 1971 um 3x0 gaúcho no Brasileirão.

O jogo de 40 anos atrás foi o primeiro confronto entre os tricolores num campeonato Brasileiro. Justamente na primeira rodada da primeira edição do torneio e o fato marcante do jogo aconteceu logo aos 10 minutos de partida, quando o argentino Scotta marcou o primeiro gol da história da competição.

Abaixo seguem os relatos da Folha de São Paulo, do Jornal do Brasil e da Rádio Jovem Pan.



"O Grêmio, ao contrário, mostrava um futebol perigoso, baseado num sistema tático que não vivia apenas da rígida retranca defensiva. Quando o Grêmio recuperava a bola, seus homens de meio de campo faziam rápidos lançamentos para Flecha e Scotta, nas costas dos zagueiros sãopaulinos, em jogadas que sempre deixavam em pânico a defesa adversária. Foi com essas jogadas que chegou aos três gols.

O primeiro foi logo aos 10 minutos de jogo. Torino fez um lançamento em profundidade, num contra-ataque inesperado; Edson tentou segurar Scotta, mas não conseguiu. O centro-avante argentino (mais rápido, avançou até a entrada da área e chutoi forte, no canto, sem chance de defesa para Sérgio, que no fim, apesar dos três gols) acabou sendo o melhor jogador do São Paulo.
"


Narração da Rádio Jovem Pan






"O Grêmio estreou no Campeonato Nacional vencendo o São Paulo por 3 a 0, ontem à tarde no Morumbi com dois gols de Scotta e um de Flexa, numa partida em que teve sempre amplo domínio, aproveitando-se do avanço excessivo do adversário e da velocidade de seus pontas

Desde o início da partida, o time do Grêmio recuava propositalmente, dando ao São Paulo uma falsa impressão de domínio, para contra-atacar rapidamente pelas pontas. Desta forma, Scotta marcou dois gols em jogadas de Flexa - aos 15 minutos do primeiro tempo e aos 36 do segundo - e o próprio Flexa, sempre recebendo bolas longas, aumentou o placar aos 40 minutos do segundo tempo."




Revista Placar - 13 de agosto de 1971

quarta-feira, junho 08, 2011

Patrocínio Unimed - Preto ou Branco


Como muitos já notaram, a grande diferença entre as camisas vendidas em loja e as camisas usadas pelos atletas é a presença do patrocínio da Unimed abaixo do número e do patrocínio da Unimed.

Este patrocínio só aparece quando o jogador usa a camisa para fora do calção, justamente para compensar o encobrimento da marca que estampa o short.

O curioso é que durante todo ano esse patrocínio tinha uma fonte branca com borda preta, mas aos poucos foi aparecendo de forma invertida. Primeiro foi na camisa do Lins no último Grenal. Contra o Atlético-PR (foto acima), era a camisa de Saimon que estampava o Unimed em preto com borda branca. Finalmente no jogo contra o Bahia, a maioria dos atletas tinha o uniforme com a logomarca em tom escuro (as exceções foram R.Marques, Marquinhos, Gabriel e Leandro, e Mário Fernandes usou os dois "modelos", um em cada tempo)

Entrei em contato com o departamento de marketing gremista, e me foi dito que a fuga do padrão é um equívoco da Filon.



domingo, junho 05, 2011

Brasileirão - Grêmio 2 x 0 Bahia


Num aparente sinal de evolução, o Grêmio não se complicou ao receber o Bahia em casa. Com alguma tranquilidade o tricolor gaúcho resolveu o jogo em pouco mais de meia hora. Os comandados de Renato usaram muito das triangulações e das jogadas pelos lados do campo. Mário Fernandes ia com força ao ataque pela direita, e ao receber toque de calcanhar de Fernando e cruzou na cabeça de Viçosa. Com 5 minutos de jogo o Grêmio abria o placar. O Bahia tentou reagir, mas esbarrava num seguro Marcelo e numa zaga sólida, que não tinha vergonha de dar chutão. Aos 32 saiu o segundo gol do Grêmio. Novamente Viçosa completando um boa trama de ataque, dessa vez iniciada por Lins e Escudero.

O time de Renê Simões só foi esboçar nova reação no início do segundo tempo, mas o Grêmio se segurou bem (contando com providenciais intervenções de Rafael Marques). Passado esse curto período pós volta do vestiário, o Grêmio se mostrou muito mais consciente no gramado, administrando o resultado e ainda assim sempre esteve mais perto de marcar o terceiro do que de levar um gol de desconto.


Mário Fernandes jogou muito. Na pior das hipóteses será uma incomoda sombra para o Gabriel.

Diferente do que aconteceu no Grenal, hoje sim eu vi o Escudero fazendo a função do Lúcio. E o argentino se saiu muito bem por ali.

Lins não foi bem, especialmente no enfrentamento com os zagueiros. Mas lutou bastante e ajudou o time (tendo participação efetiva no segundo gol). A pegação de pé de parte da torcida é desproporcional.

Fernando ainda comete alguns erros bobos, demonstrando certa afobação com a bola. Mas acrescenta muito a movimentação meio campo. Combina bem com o Rochemback.

Ficou bonita essa camisa do Bahia.

Baixo o público no Olímpico. Uma pena, quem foi ao estádio passou uma tarde agradabilíssima.

Foto: Luciano Leon (Final), Neco Varella (Uol),

Grêmio 2 x 0 Bahia


GRÊMIO:
Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Rafael Marques, Saimon e Neuton; Fábio Rochemback, Fernando, Escudero (Gabriel, 34'/2T) e Douglas; Lins (Leandro, 16'/2T) e Júnior Viçosa (Marquinhos, 28'/2T).
Técnico: Renato Portaluppi

BAHIA: Marcelo Lomba, Gabriel, Danny Morais, Titi e Ávine (Marcos, 40'/2T); Marcone, Fahel, Camacho e Lulinha (Maranhão, 33'/2T); Jobson e Souza (Rafael, 34'/2T).
Técnico: René Simões.

3 rodada - Campeonato Brasileiro 2011
Data: 05 de junho de 2011, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS.
Público: 18.693 (15.835 pagantes)
Renda: R$ 277.682,00.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Lilian Fernandes Bruno (RJ).
Cartões amarelos: Souza e Camacho (Bahia); Fernando (Grêmio)
Gols: Júnior Viçosa, aos 5min e aos 32min do 1º tempo

quinta-feira, junho 02, 2011

Irmãos Verardi

Ontem o "seu" Verardi completou 77 anos de vida. 46 destes passados dentro do Grêmio. É díficil encontrar alguém que conheça mais sobre a história e os meandros do clube.

Mas uma passagem da história do clube que pouca gente se lembra é que um irmão do atual Superintendente de Futebol do Grêmio, Waldemar Verardi, também foi funcionário do clube, iniciando como centromédio do time comando por Otto Pedro Bumbel.

Segue abaixo uma matéria da Zero Hora, de 1972, sobre o Verardi que foi atleta do Grêmio:

"Não precisou de mais de 15 minutos de treino para que Bumbel (era tido e havido como um técnico muito hábil e infalível: não precisava de mais de um treino para dizer se o cara era ou não o artigo) afirmasse:
- Um grande jogador. O Grêmio deve contrata-lo"

[...]

"Com 43 anos, Waldemar Verardi trabalha no Centro-Administrativo do Estádio Olímpico, como chefe da contabilidade. Desde outubro de 1970 ele trabalha no Grêmio e está muito contente:
- Sabe como é, a gente continua vivendo no clube que a gente gosta. Longe da bola, mas vivendo o dia a dia do Grêmio, falando com jogadores, sentindo as reações da torcida, vibrando com os bons resultados"

[...]

"Futebol é muito complexo, não adianta ter pressa nem querer alterar a ordem das coisas."

[...]
"Hoje os bons jogadores ganham milhões. No meu tempo, não. Eu recebia mil cruzeiros velhos no Grêmio e ainda tinha que trabalhar das 7h30min às 12horas, no DES, Serviço de Higiene e Alimentação, ali perto da praça da Matriz, para ganhar mais novecentos cruzeiros. Quer dizer, era preciso trabalhar muito."

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'Todo jogador devia cuidar dos seus estudos, afinal nunca se sabe quando o futebol vai largar a gente. Dá mais personalidade para que o jogador saiba o que quer e por uma questão de segurança. Quem pode jogar futebol preocupado com seu futuro, sua família."