domingo, novembro 29, 2009

Brasileirão - Grêmio 4 x 2 Barueri


Primeiro tempo de luxo. Atuação leve, despreocupada (as vezes com poucos cuidados defensivos), onde as chances foram criadas e aproveitadas. Primeiro foi Douglas, que entrando pela ponta direita enquadrou o corpo para bater com o pé esquerdo e vencer Renê. Depois foi Adílson, que pouco além do bico da área, chutou em curva, acertando o ângulo. Aos 32, foi Souza, que dessa vez foi premiado pelo seu individualismo.

O segundo tempo foi de nervosismo nas arquibancadas e de excessiva (mas compreensível) tranquilidade no campo. Val Baiano descontou por duas vezes. Já nos acréscimos, Maxi fez o quarto, coroando sua boa atuação e decretando o placar final.


Rochemback fez uma assistência magistral para o primeiro gol do jogo. Depois voltou ao seu "normal".

Vamos viver uma semana de pouca memória e muita hipocrisia.

Primeiro time a terminar um campeonato de pontos corridos invicto como mandante. E daí?

Um bom público, levando em conta as circunstâncias.

Não entendi por que Tcheco não começou jogando. Ainda assim, sua entrada no intervalo rendeu uma justa e bonita homenagem.

No pós-jogo, Duda Kroeff deu sua melhor entrevista como presidente do Grêmio.

Fotos: Grêmio.net, ClicRBS, Terra

Grêmio 4 x 2 Barueri

GRÊMIO: Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques, Réver e Fábio Santos; Adilson, Fábio Rochemback (Herrera, 27'/2T), Maylson (Tcheco, intervalo) e Souza; Maxi López e Douglas Costa (Túlio, 37'/2T).
Técnico: Marcelo Rospide.

BARUERI: Renê, Leandro Castan, Daniel Marques, Xandão; Márcio Han (Henrique Dias, 14'/2T), Ralf, Everton (Cléverson, 45'/2T), Thiago Humberto e Éder; Flavinho (Willian, 43'/2T) e Val Baiano.
Técnico: Luis Carlos Goiano.

37ª rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 29/11/2009, domingo, 17h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Público: 16.168 (13.896 pagantes)
Renda: R$ 381.694,00

Arbitragem: Péricles Bassols Cortez (RJ/asp.Fifa),
Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e Neuza Ines Back (SC).
Cartões amarelos: Fábio Santos e Rochemback (Grêmio); Daniel Marques, Ralf e Everton (Barueri).
Gols: Douglas Costa, aos 6min, Adílson, aos 18min, e Souza, aos 32min do primeiro tempo; Val Baiano, aos 12min e aos 33min, e Maxi López, aos 45min do segundo tempo

sexta-feira, novembro 27, 2009

Nova Edição "A História dos Grenais"



Em Novembro, por ocasião da Feira do Livro e aproveitando o centenário do clássico, foi lançada a nova edição do livro "A História dos Grenais", pela LPM, que explica a cronologia da obra:

"O livro começou a ser escrito em 1994, quando o Grenal já existia há 85 anos. Os jornalistas David Coimbra e Nico Noronha se encarregaram de narrar esta parte da história. Durante seis meses, entrevistaram mais de 100 personagens do clássico e consultaram jornais e revistas que abrangeram todo esse período.

A primeira edição foi dividida em cinco capítulos. David Coimbra escreveu três: “Os primeiros tempos”, “Doze campeonatos em treze” e “A era Beira-Rio”. Nico Noronha escreveu “O Rolo Compressor” e “Tempos modernos”.

Em 2004, o jornalista Mário Marcos de Souza escreveu sobre os dez anos que haviam transcorrido desde a publicação da primeira edição, baseado sobretudo na sua própria experiência como editor de Esportes de Zero Hora.

Em 2009, quando o Grenal completou 100 anos, o jornalista Carlos André Moreira fez o arremate da história, que foi dividida em capítulos menores e revista desde o primeiro capítulo por David Coimbra."


No início do ano, fiz um post comentando sobre as duas primeiras edições do livro. Fiquei sabendo dessa nova edição pelos blogs do David Coimbra e do Carlos André Moreira, que falavam em atualização de dados, revisões e etc...

Assim, fiquei esperançoso que os defeitos existentes pudessem ter sido sanados ou diminuídos. Mas nessa semana consegui finalmente ler essa edição e infelizmente isso não aconteceu. A atualização feita por Carlos André Moreira padece de um mesmo defeito apresentado na atualização feita por Mário Marcos: É por demais sucinta, burocrática.

Além disso, o texto referente ao período pós 2004 não tem qualquer compromisso com a imparcialidade, muito antes pelo contrário. Um bom exemplo é a referência feita aos grenais de 2006.

Enfim, muitos detalhes e histórias interessantes foram (ou seguem) deixados de fora. Uma pena.

E pro meu gosto, ainda que ficasse datado, o livro faria mais sentido sem essas duas atualizações.


segunda-feira, novembro 23, 2009

Seminário MGI - Rodrigo Caetano e Julinho Camargo

Ontem compareci no seminário Gestão de Futebol, promovido pelo Movimento Grêmio Independente (MGI). Os palestrantes foram Rodrigo Caetano (diretor de futebol do Vasco da Gama) e o Julinho Camargo (técnico do Caxias).


Julio Camargo falou sobre “A Montagem de um Time de Futebol”:
- Disse que um time deve contar com cerca de 40% de atletas oriundos da base
- Explicou as diferenças de métodos e fases de aprendizagem através das idades
- Falou que a melhor fase para "trabalhar" um jogador é dos 7 aos 11 anos, mas que os atletas fatalmente chegam nos clubes mais tarde
- Lembrou que hoje as comissões técnicas são composta por diversos profissionais, de diversas áreas, e que todos devem ser valorizados.
- Concordou com a dificuldade dos times do sul em formar atacantes, muito embora tenha sido perguntado especificamente sobre o Grêmio e centroavantes.
- Falou sobre a questão do jogador estar pronto ou não. Lembrou os caso do Lucas e Carlos Eduardo, ambos nascidos em 1987, mas o volante foi lançado em 2005 enquanto o meia só subiu para os profissionais em 2007.
- Nos profissionais, disse que prefere iniciar trabalhando com um grupo menor, e depois ir somando atletas. Lembrou a máxima "jogador ruim, cedo ou tarde, acaba jogando"
- Na base, disse que quanto menor a idade, maior deve ser o grupo de jogadores, pois a margem de erro é maior. Lembrou o caso do Douglas Costa, que vindo do Futsal (Cepe de Canoas) demorou a se firmar.


Rodrigo Caetano, falou sobre “Organização e Estrutura do Departamento de Futebol Profissional”:
- Iniciou falando sobre a sua formação, ressaltando que vinha da área da Administração, e não da Educação Física, como a maioria dos profissionais do futebol.
- Lembrou que trabalhos como o seu normalmente são feitos em clubes em crise, e que o profissional tem que estar preparado para isso, levando com ele um modelo a ser implementado
- Disse que o profissional tem que conhecer o clube, o estatuto o organograma, e entender as diferenças de cada time. Lembrou que o Vasco tem os esportes olímpicos até no hino.
- Por diversas vezes disse que o gestor do futebol deve respeitar o orçamento apresentado, bem como trabalhar em conjunto com os departamentos jurídico e financeiro.
- Disse que, tirando dívidas antigas, não há razão para um clube de futebol ser deficitário. Saudou o fato de o Vasco estar no grupo I das cotas de TV.
- Disse que é possível trabalhar com orçamento limitado, sendo necessário o uso de criatividade.
- Disse que pior do trabalhar com pouco dinheiro é trabalhar com pouca estrutura.
- Saudou o Grêmio por desenvolver seus próprios softwares de gestão. Lamentou que o Vasco não faça o mesmo.
-Valorizou a profissionalização no futebol, mas disse que os dirigentes políticos são fundamentais.
- Disse que era preciso saber trabalhar com empresários. Sobre parcerias em direitos de jogadores, disse que é preciso que os clubes estabeleçam critérios claros sobre o tema (uma espécie de cartilha)
- Lembrou que é preciso valorizar os profissionais que trabalham na base, que por vezes recebem pouco, comparado com os valores que acabam gerando pro clube. Cogitou a idéia de alguma participação dos mesmo em resultados.
- Também cogitou a possibilidade de se remunerar os atletas profissionais com um salário fixo e outro variável, de acordo com metas e etc...
- Disse que os clubes precisam abrir espaço para jogadores da base. Disse que o ideal é trabalhar com um grupo de 30 atletas, onde cerca de 25 seriam fixos e as outras 5 vagas iriam sendo preenchidas por jogadores da base (Aqueles atletas que o treinador puxa da base para observar melhor) .


Enfim, acho que era isso. Sei que a palestra departamento de futebol, e não sobre a vida do Rodrigo Caetano, mas acho que ele poderia ter falado um pouco mais sobre a sua trajetória no futebol. Abaixo segue uma reportagem da Zero Hora, do ano de 1995, falando a carreira dele até então:

sexta-feira, novembro 20, 2009

Tcheco se despede.




Entendo que Tcheco tenha seus motivos para querer sair. Contudo, não compreendo as razões que levaram a diretoria a não demonstrar o menor esforço para garantir sua permanência.



Minha postura pode parecer incoerente, mas explico:



Tcheco vem sendo perseguido por boa parte da torcida e imprensa. Um exemplo disso foi o que fez Maurício Saraiva no último domingo. Ainda tem aquela postura, que eu julgo completamente irracional e pouco responsável, de querer atribuir exclusivamente ao capitão a culpa por todo e qualquer insucesso do Grêmio.



Assim, acho justo que Tcheco queira procurar novos ares, um clube onde possa jogar seu bom futebol de forma mais tranquila, longe de histéricas polêmicas.



Tcheco não é santo, tem seus defeitos, mas é inegavelmente um grande jogador, de raras características. Acho que será difícil a reposição. Isso sem levar em conta a identificação, o engajamento do jogador com o clube.



Assim, salvo engano, me parece que a direção pouco se empenhou em tentar a renovação com o camisa 10. Espero que já tenham algum acerto com um substituto à altura.



Independente do acerto ou não na saída do Tcheco, há de se reconhecer que a direção procedeu com enorme respeito pelo jogador. O mesmo respeito que Tcheco sempre demonstrou ter pela camisa e torcida que representava.


quinta-feira, novembro 19, 2009

Brasileirão 2009 - Grêmio 2 x 0 Palmeiras


Rospide manteve o esquema que deu certo no Mineirão, promovendo a entrada de Maylson no meio campo e fixando Douglas Costa no ataque, bem aberto pela esquerda. Muricy, por sua vez, optou por um 4-4-2 mais clássico, com Diego Souza de meia e Obina e Ortigoza no ataque.

Como não poderia deixar de ser, Diego Souza era a principal esperança palmeirense, e ameaçava ao forçar a jogada pela ponta esquerda, em cima de Thiego. No Grêmio, Souza estava apagado e o meio campo pouco encostava no ataque, que ainda assim dava conta do recado. Douglas e Maxi incomodaram bastante a defesa adversária. O Grêmio teve mais volume e gol de Rafael Marques, no rebote da jogada de Maxi, fez justiça no placar.

Na saída para o vestiário, Maurício e Obina trocaram socos. Heber disse que iria ao vestiário tomar uma água e na volta teria uma decisão. Dito e feito, voltou e expulsou os dois.

A partir daí era de se imaginar que o jogo perderia a graça. Não só perdeu a graça como também virou modorrento, uma vez que o Grêmio não soube aproveitar a vantagem númerica. Diego Souza tentou um empate heróico, mas aos 25, Maxi acreditou na jogada, venceu a zaga verde, driblou marcos e decretou o placar final.

Assim como o Minwer, eu não gostei da escolha de Rochemback para capitão,
mas aparentemente a braçadeira lhe fez bem.

Se saúda a manutenção da invencibilidade em casa e o retorno de Willian Magrão.

Se lamenta o fato de que um time como o Palmeiras ainda esteja na briga pela Libertadores enquanto o Grêmio não tem mais nada pra fazer no campeonato.

Fotos: Grêmio.net e ClicRBS

Grêmio 2 x 0 Palmeiras
Rafael Marques 45'
Maxi Lopez 70'

GRÊMIO : Marcelo Grohe; Thiego (William Magrão, 28'/2ºT), Rafael Marques, Réver e Lúcio (Bruno Collaço, 37'/2ºT); Adilson, Fábio Rochemback, Souza e Maylson (Herrera, 9'/2ºT); Douglas Costa e Maxi López.
Técnico: Marcelo Rospide.

PALMEIRAS: Marcos; Figueroa, Maurício, Danilo e Armero; Pierre, Sandro Silva, Deyvid Sacconi e Diego Souza, Ortigoza (Marcão, intervalo) e Obina.
Técnico: Muricy Ramalho.

36ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 18 de novembro de 2009, quarta-feira, 21h50min
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre (RS)
Público: 14.521 (12.233 pagantes)
Renda: R$ 331.233,00
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Alessandro Álvaro Rocha de Matos (Fifa-BA)
Cartões amarelos: Lúcio (GRE); Maurício, Armero, Pierre (PAL)
Cartões vermelhos: Maurício, intervalo (PAL); Obina, intervalo (PAL)
Gols: Rafael Marques aos 45 do 1ºT e Maxi López 25 do 2ºT

terça-feira, novembro 17, 2009

Fornecedor = Patrocinador



Erich Beting, jornalista especialista em negócios do esporte, quando da celebração do contrato entre Flamengo e Olympikus, fez o seguinte comentário em seu blog:

"´Será a primeira vez no Brasil que um fabricante de uniformes de um clube também atuará como patrocinador principal da camisa´. Essa frase, publicada ontem em meu post sobre o acordo Flamengo-Vulcabrás para o patrocínio do Olympikus Tube no peito e nas costas da camisa rubro-negra gerou bastante crítica de alguns torcedores.

Lembraram-me muito bem [rono.jane] e [Jonas] que Figueirense e
Atlético Paranaense já fizeram uso de tal expediente com a Umbro no final dos anos 90. A diferença, porém, é que naquela época a exposição da marca era uma espécie de ampliação do acordo de fornecimento do uniforme. Agora, porém, uma outra marca será exposta, que não a do patrocinador, e a empresa pagará a mais por isso." (Blog do Erich Beting, 10/06/2009 - 15h21)



Ocorre que o referido jornalista também esqueceu de outros dois precendentes. Os dois do Grêmio:

- Em 1982, com a mesma Olympikus. Conforme explica o livro "A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil" (imagem acima)

- Em 1995, com a Penalty na Copa Sanwa Bank. Conforme explica a reportagem da Zero Hora da época (imagem abaixo). Explicação que é uma "novidade" para mim.



domingo, novembro 15, 2009

Brasileirão - Cruzeiro 1 x 1 Grêmio


No Mineirão, o confronto seria entre Cruzeiro lutando pelo G4 e o Grêmio de sangue doce. Como não poderia deixar de ser, o jogo começou com os mandantes tomando a iniciativa e ocupando o campo de ataque. Contudo, o time mineiro não exercia grande pressão, e o Grêmio aos poucos foi se ajeitando em campo. O time de Adílson insistia na mesma tática, a preparação da bola para a entrada em diagonal dos laterais, e foi assim que Diego Renan criou a melhor chance cruzeirense na primeira etapa, que resultou no impedimento de W.Paulista. No lance, Réver se machucou e deu lugar a Maylson. A mudança melhorou o time do Grêmio, que passou a ter mais saída para o ataque, e a ter em Douglas Costa e Maxi uma forte jogada ofensiva.

O jogo foi corrido, franco, aberto. Poderia ter sido ainda melhor não fosse mais uma péssima arbitragem. Caseira e sem nenhum critério. Começamos pelo fato de que segundo o GloboEsporte, o Cruzeiro cometeu 18 faltas contra 17 do Grêmio. Contudo, o árbitro deu 6 cartões amarelos para os tricolores e apenas dois para os cruzeirenses. Ainda, Gil chutou Maxi no Lopez no chão e só ganhou amarelo. O mesmo Gil fez mais uma série de faltas merecedoras de cartão, como um puxão de camisa (igual ao que rendeu um amarelo a Tcheco), mas não voltou a ser advertido. No início do segundo tempo, Leonardo Silva deu um violento carrinho em Tcheco e não recebeu advertência. Túlio foi expulso por reclamação, enquanto Jonathan chutava a bola pra longe e ficava impune. Wellington Paulista deu um soco em Rafael Marques e a coisa ficou por isso mesmo. E ainda teve o pênalti não marcado em Herrera.

É sempre chato "falar de arbitragem". Mas é ainda mais chato ver um juiz estragar o jogo, "matando" uma equipe que, mesmo não tendo mais nada pra fazer no campeonato, demonstrava vontade de jogar futebol.

Foi apenas um jogo, acha que seria precipitado dizer que o time voltou a ter "a cara do Grêmio". De qualquer jeito, dá sim pra dizer que foi uma atuação muito mais condizente com os anseios da torcida. É de se lamentar apenas que essa disposição, vista na reação ao gol sofrido e as expulsões, não tenha aparecido antes no campeonato.


Uma das melhores partidas de Douglas Costa com a camisa do Grêmio. Talvez só na sua estréia ele tenha tido uma atuação tão convincente.

Ainda no tema das promessas da categoria de base, pela primeira vez Maylson justificou a badalação em torno do seu nome.

Já Rochemback, com experiência européia, pouco jogou.

É compreensível que os jornalistas defendam os "seus" interesses e que sejam mais compromissados com o seu público local. Ainda assim, alguém poderia avisar ao Bob Faria que bairrismo tem limite, que o jogo também estava sendo transmitido para o RS e que não dá pra brigar contra as imagens.

Que grande caráter demonstra ter esse Wellington Paulista. Não jogou nada, tentou brigar o tempo inteiro e no final colocou a culpa do empate nos colegas de defesa.

Meira reclamou com razão da arbitragem. Poderia ter aproveitado o espaço para lembrar que o Grêmio se comportou de forma diversa do que outros clubes fizeram em outro anos.

De nada, Co-irmão. Falando sério, só depois de uma hora do final do jogo é que fui pensar na ajuda dada ao Internacional. O dramático gol do Herrera foi devidamente comemorado (talvez me arrependa disso mais tarde).

Marcelo de Lima Henrique será afastado pela comissão de arbitragem?

Fotos: Superesportes e Cruzeiro

Cruzeiro 1 x 1 Grêmio

Gilberto (pênalti) 65'
Herrera 90+1

CRUZEIRO: Fábio; Jonathan (Guerrón, 18'/2ºT), Gil, Leonardo Silva e Diego Renan; Fabrício (Fabinho, 36'/2ºT), Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro (Soares, 18'/2ºT) e Wellington Paulista.
Técnico: Adilson Batista.

GRÊMIO: Victor; Thiego, Rafael Marques, Réver (Maylson, 32'/1ºT) e Fábio Santos; Adilson, Túlio, Fábio Rochemback e Tcheco (Herrera, 18'/2ºT); Maxi López e Douglas Costa (Lúcio, 38'/2ºT).
Técnico: Marcelo Rospide

35ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 14 de novembro de 2009, sábado, 19h30min
Local: Mineirão, Belo Horizonte, às 19h30 (de Brasília)
Público:51.534 pagantes
Renda: R$ 809.777,24
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ- Fifa)
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ- Fifa) e Erich Bandeira (PE - Fifa)
Cartão amarelo: Gil e Guerrón (CRU); Tcheco, Túlio, Victor, Rafael Marques, Herrera e Fábio Santos (GRÊ)
Cartão vermelho: Túlio aos 40'/2ºT Fábio Santos aos 43'/2ºT
Gols: Gilberto, aos 20 min (pênalti), e Herrera, aos 46 min do segundo tempo


sexta-feira, novembro 13, 2009

Divulgando informações



O Grêmio publicou em seu site balancete financeiro trimestral de setembro. Ainda não tive tempo de dar uma olhada nos números, mas independente disso, já elogio a direção pelo medida. Os sócios e o torcedor em geral tiveram acesso a tais dados antes mesmo da apresentação feita no conselho deliberativo.

Sem entrar no mérito da exatidão dos números, considero que é uma válida medida administrativa, nem que seja para servir de incentivo para uma maior transparência nas contas do clube.

Contudo, nesta semana, tivemos outro tipo de divulgação de informação, onde não é possível fazer qualquer elogio, especialmente pela maneira como as coisas aconteceram:

"O Correio do Povo teve acesso à folha salarial do Grêmio – os valores são referentes a salários, encargos e direitos de imagem, mas não estão incluídas as comissões e as luvas, e o que se constata à primeira vista são algumas relações no mínimo polêmicas" (Correio do Povo, 09/11/2009 07:10)

Não é primeira vez que os gastos salariais do Grêmio são discutidos, e nesse mesmo espírito de transparência na administração do clube posso até se admitir a validade de divulgar tais dados com precisão. Mas há formas de se fazer isso. Não me pareceu que essa tenha sido a ideal. Muito antes pelo contrário.

Um ato de dessa magnitude deveria ser chancelado pelo Presidente e/ou referendado pelo Conselho Deliberativo. Não foi o caso. Parece bem claro que alguém fez "vazar" a informação. Difícil é imaginar um motivo.

Ademais, largar tudo para um jornal fazer as ilações que bem entende é pouquíssimo recomendável. Se efetivamente o desejo fosse de abrir tal informação, o correto seria usar o site oficial do clube, onde haveria amplo espaço para explicações e os dados informados seriam minuciosamente selecionados.

Infelizmente a saída de Autuori ocupou quase todo o espaço no Grêmio e pouco se discutiu sobre o assunto. O Blog do Mosqueteiro fez dois posts interessantes sobre o tema. No Twitter, o repórter Jeremias Wernek, da Guaíba, mencionou o sentimento de parte dos conselheiros na última reunião. Muito mais do que isso eu não achei.

Certamente o responsável por isso não pensou bem nos interesses do Grêmio, assim como não pensou no transtorno que pode causar aos atletas (Vejam o exemplo do Belletti). Esse é um "detalhe" que passou despercebido.

Enfim, creio que essa questão de divulgação de informações é algo que, no mínimo, deve ser mais bem discutido.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Brasileirão - Classificação 34ª Rodada


Autuori foi

"O treinador Paulo Autuori não é mais o técnico do Grêmio.

Junto com ele, deixam o Clube o seu auxiliar, Rene Weber, e o preparador físico, Gilvan Santos.

A informação foi oficializada pela direção gremista" (Gremio.net, 11/11/2009)

"A Direção confirmou que Marcelo Rospide irá treinar a equipe até o final do ano".(Gremio.net. 11/11/2009)


Dos 365 dias do ano de 2009, o Grêmio ficará sem treinador e preparador físico em cerca de 100.

O mico pode ser ainda maior se o treinador interino for capaz de obter bons resultados fora de casa.

Só resta uma coisa a ser feita no Olímpico:

Colocar Duda, Meira, Koff, Cacalo, Evandro, Pacheco, Raul Régis & Cia num avião rumo à Belo Horizonte com a finalidade de contratar um treinador.

p.s. Não vale o treinador do América-MG.

terça-feira, novembro 10, 2009

Vai Autuori? Fica Autuori?


"Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, após o treino físico no estádio Olímpico, o técnico Paulo Autuori afirmou que terá mais 48 horas para definir sua permanência no time. Caso o treinador volte ao Al-Rayyan, do Catar, a direção trabalha com o nome de Silas, que atualmente treina o Avaí." (Final Sports - 10/11/2009 - 18:24:47 - por Gabriela Aerts)

Autuori: "–Pedi um prazo de 48h para ver se os clubes se acertam. Esta negociação entre os clubes é fundamental para definir minha posição. É uma situação diferente. Tem que ver o que será benéfico para o Grêmio em termos de grana, e isso também tem que ser definido pela direção, isso também conta, eu sou dependente disso" (ClicRBS, 10/11/2009, 18h26min)

Meira: “É importante que o Grêmio receba uma compensação financeira e nós apenas trabalhamos em cima dessa hipótese. Acredito que essa situação possa se resolver antes dessas 48 horas




Como é que os dirigentes permitem que o clube seja submetido a isto? Ainda mais depois de todo o tempo que o Grêmio esperou por Autuori?

Por que a torcida tem que ficar assistindo à esse jogo de empurra de clube e treinador, esperando que alguém de pulso tome uma atitude minimamente condizente com a situação.

O Grêmio não tem que dar 48, 24 ou 12 horas para Autuori. Tem é que dar um ultimato.

Como é que o presidente do clube não se manifesta mais enfaticamente numa hora dessas?

Compensação financeira? Alternativas? Plano B? O ano de 2009 não tinha sido sacrificado em nome do planejamento em longo prazo? em nome da convicçao em Autuori?

Grêmio começa mal 2010.

Não faço idéia de como é receber uma proposta milionária, mas Autuori não recebe um salário de fome no Grêmio. Se tem o mínimo de digninidade, deveria permanecer em Porto Alegre, pela obrigação de fazer um 2010 melhor do que 2009.


Uma análise mais racional do caso foi feita pelo Vicente Fonseca, no Carta na Manga. Análise esta que merece transcrição integral:

Um ultimato, por favor

Grêmio, Paulo Autuori e Al-Rayyan já protagonizaram a grande novela do ano de 2009, que conseguiu superar, inclusive, a da contratação de Maxi López (e olha que esta teve direito a final épico, com o jogador cruzando o Pampa de automóvel). Inacreditavelmente, estão prestes a repetir a dose.

Não é recomendável fazer jornalismo em cima de especulações, mas ninguém rebate firmemente nenhuma delas. Luiz Onofre Meira não garante o treinador no Olímpico para 2010. Diz confiar em sua palavra, mas também não nega ter um plano B. O mesmo discurso tece o presidente Duda Kroeff. Autuori diz estar focado no trabalho e no planejamento da próxima temporada, mas não nega que a proposta de R$ 16,8 milhões em salários (o equivalente ao campeão de 2009 da Fórmula-1, Jenson Button) lhe balança - a quem não balançaria?

Só não dá para saber quem tem a posição mais esdrúxula nesta história toda. Paulo Autuori fez o Grêmio esperar 50 dias em meio ao momento mais importante do ano para assinar contrato. Mostrou-se seduzido com a volta de poder competir em alto nível num gigante do futebol brasileiro, e ainda mais com a possibilidade de gerir as categorias de base do clube. Estava disposto a perder dinheiro. E agora pensa em voltar às Arábias para...ganhar dinheiro! O Al-Rayyan, por sua vez, deixou o treinador ir embora em maio e agora faz proposta exorbitante para que volte. Por que o deixou ir, então? Se os petrodólares compram tudo, por que não propuseram reajuste há seis meses atrás, e não agora? E o que falar do Grêmio, que esperou dois meses pelo seu novo técnico, pôs em risco a temporada em nome de um projeto maior e agora, na hora que Autuori seria realmente alvo maior de cobranças, na hora de planejar e pensar um time que ele próprio fosse montar, pode perdê-lo - e pior, para o mesmo clube do qual foi contratado?

Caso Autuori vá mesmo embora, e é a impressão que tenho a cada entrevista que ouço a respeito do caso, muitos ficarão com a imagem abalada. O próprio técnico, que foi motivo de angústia para a torcida por toda a espera que antecedeu sua vinda, e que não obteve bons resultados nos seis meses que comandou o time. Dificilmente ele deixará "portas abertas", como costuma dizer, no Olímpico, caso volte ao Catar. Duda e Meira, por sua vez, pagarão o mico do ano. Esperaram por um treinador que lhes abandonará seis meses depois. Com esta manobra de mão dupla, comprometeram o ano do Grêmio e o projeto todo envolvendo o futebol do clube. A relação com a torcida, que já é tensa, beiraria o insustentável. Já o Al-Rayyan estaria nos dando um exemplo de porque os times árabes, mesmo com todo o dinheiro que têm, não fazem nem cócegas em competições intercontinentais: falta-lhes um mínimo de coerência.

O mínimo que a direção gremista pode fazer para contornar este problema é ter uma conversa definitiva com o treinador e dar um ultimato sobre sua permanência ou saída. Mais uma novela, mais um mês de indefinição, desgastaria a imagem de todos e traria sérias consequências para o ano que vem, tão ou mais pesadas que as sofridas em 2009. É lógico que o clima para Autuori poderá ficar pesado caso sua saída seja confirmada logo, mas é preciso pensar no bem do Grêmio, uma vez que seja, afinal, a instituição está acima de todos. É hora de definições. Se Autuori bate o pé e fica, ótimo: o trabalho continua. Se não tem convicção ou quer sair, que deixe o clube logo. O Grêmio não pode esperar mais do que esperou por ele. Tem de aproveitar para já pensar em 2010 desde agora: Autuori? Adílson? Tite? Silas? É uma vantagem que tem relação a vários clubes que ainda disputam algo no Brasileirão. Uma vantagem que adquiriu pela incompetência demonstrada dentro de campo, como foi o abril de 2008, tão bem aproveitado, e que gerou um belo Brasileirão no ano passado.

Que o tricolor saiba aproveitar esta chance de recuperação, então, agindo logo. Ter este tempo, no Brasil, é raridade. Seguir perdendo tempo, e repetir a longa espera de abril e maio deste ano, é pecado mortal.

domingo, novembro 08, 2009

Copa FGF - Grêmio B 1 x 2 Lajeadense


Fui hoje ao Olímpico ver o time B do Grêmio na Copa Dallegrave, algo que estava querendo fazer há um bom tempo. Minha curiosidade em relação aos aspirantes só aumentou depois de ter assistido a palestra sobre as categorias de Base.

Estava animado em relação as promessas da casa. Contudo, saí decepcionado da partida. E lembrando de um post do Ilgo Wink intitulado "O Grêmio B, cópia do Grêmio A". O mesmo título seria bastante adequado para um post sobre este jogo.

Não acho que sou uma daquelas pessoas que tem "olho" pra saber qual jogador vai vingar ou não. E seria bastante irresponsável de minha parte querer fazer isso a partir de um só jogo. Mesmo assim achei preocupante o que vi ontem. De qualquer forma, torço para que tenha sido apenas uma má jornada na equipe, até mesmo porque o que eu tinha visto anteriormente era bem promissor.


Outro "atenuante" é que a atuação ruim me pareceu ter como causa muito mais uma questão de estratégia equivocada do que propriamente uma suposta má qualidade dos atletas.


O time que entrou em campo era praticamente o mesmo da Taça BH. Jogando num 4-1-3-2. Saimon foi zagueiro, Spessato lateral direito. Fernando jogou de meia, bem aberto pela direita. No papel Bruno Renan era volante, na prática era meia. Roberson e Alex formavam a dupla de ataque, mas jogavam muito longe da área. Pessalli, que havia deixado boa impressão no torneio em Minas, acabou não se destacando. Igualmente Collaço, com maior rodagem entre os profissionais, não conseguiu se destacar.


O time B repetiu o toque de bola sem objetividade do time principal. Apesar de jogar pelo 0x0, oferecia o contra-ataque ao adversário, que era mais lúcido em campo (talvez pela maior idade dos seus atletas).

O centroavante Lucas, do Lajeadense foi o grande destaque do jogo. Cabeceou uma bola na trave quando o jogo estava 0x0, cavou e converteu o pênalti que abriu o placar no primeiro tempo e fez a jogada do segundo gol da equipe de Lajeado.

No Grêmio, Pessalli desperdiçou pênalti no primeiro tempo, quando a equipe perdia por 1x0. No final do jogo, já com 2x0 no placar, Grêmio teva uma falta na intermediária. Jogada ensaiada e Spessato descontou de cabeça. Faltavam menos de 10 minutos e o time ensaiou um tímida reação, na base da pressão e do abafa, que foram insuficientes.

Infelizmente Mithyuê jogou poucos minutos. Impossível fazer qualquer análise.

Uma curiosidade é que o juiz do jogo era o "Chico Colorado". Apesar de tratar os atletas numa maneira que beira o desrespeito, não apitou mal. Um lance discutível é o rebote do pênalti perdido pelo Grêmio. Gallas defendeu em dois tempos, e Pessalli fez falta no arqueiro adversário. Só que ao se levantar, o atleta do Lajeadense acertou um soco no rosto do gremista. O juiz só advertiu o atacante.

Ainda não encontrei explicações plausíveis para o horário do jogo (10 da manhã). Em Lajeado disseram que foi uma manobra pra prejudicar os visitantes. Aliás, foi bem pequeno o público, cerca de 300 pessoas. Sendo que quase 1/3 eram torcedores do Lajeadense. O Grêmio poderia ter divulgado melhor a partida, chamando seu torcedor. Até mesmo para ter maior apoio e para acostumar os jogadores da base com a torcida, o que é cada dia mais difícil, em virtude da proibição das preliminares.

Também não entendi porque a cobertura do site do Grêmio foi tão tímida. Sequer foi publicada a ficha da partida. Não custava nada fazer um relato mais detalhado do confronto (que pode ser encontrado aqui), uma vez que a assessoria de imprensa estava presente no jogo.






Grêmio B 1 x 2 Lajeadense

sábado, novembro 07, 2009

Grêmio e o Clube dos Treze

"Uma sala refrigerada na sede do Clube dos 13, na Avenida 24 de Outubro, próximo a Goethe, na Capital, recebeu na tarde abafada de quarta-feira um punhado de gremistas históricos. De um lado, os ex-presidentes Fábio Koff, Luiz Carlos Silveira Martins e o atual presidente do Conselho, Raul Régis de Freitas Lima. Do outro, o convidado, Duda Kroeff, atual presidente.

Durante quase três horas, entre goles de bom café e água mineral, numa conversa séria, porém amistosa, Duda, que só conseguiu a eleição, em 2008, graças ao apoio do trio histórico, foi questionado sobre os pífios resultados do clube nos últimos 11 meses. Duda ouviu, falou, rebateu críticas, ponderou e falou dos seus planos para 2010. Saiu da conversa renovado.

O encontro mostra que Koff, que teve a ideia da reunião, Cacalo e Raul Régis continuam ao lado de Duda. Novos encontros iguais podem ser agendados
."(LUIZ ZINI PIRES, Zero Hora 06 de novembro de 2009)


"Da coluna de ontem: "Local: rua Mostardeiro, 366. Bairro Independência. É ali que os dirigentes do Grêmio vão quando o time ou as finanças estão em apuros. Estamos falando da nova sede do Clube dos 13, que antes ficava na Florêncio Ygartua. Nesta semana, o todo-poderoso do Clube dos 13 e eterna eminência gremista, Fábio Koff, teria recebido a visita de dirigentes ilustres. Na pauta, possíveis mudanças".

Nessa reunião teria sido debatida a saída de Meira. Duda Kroeff manteve-se relutante o tempo todo. Diante da insistência na troca do comandante do futebol, rendeu-se e teria (sempre no condicional) feito a seguinte frase: "Está bem, aceito, desde que o Cacalo assuma". Cacalo estava presente e escudou-se no fato de atuar como jornalista para recusar a intimação presidencial.

A saída de Meira é toda como certa nos bastidores. A articulação para o seu afastamento não conta com o apoio de Kroeff, que será pressionado a mudar o comando quando surgir um substituto de consenso. Os conselheiros que já se candidataram ao cargo foram rejeitados." (Hiltor Mombach, Correio do Povo, 7 de novembro de 2009)




Duas questões preliminares:

1) Se o tema tratado era a administração do Grêmio, tal reunião não deveria ter sido realizada no Estádio Olímpico? Não seria isso que exige o protocolo? Ou é Maomé e a montanha? Até mesmo para não confundir as coisas, e não passar uma idéia errada para os demais integrantes do Clube dos Treze. Afinal, a conversar era com um ex-presidente do Grêmio ou com o atual presidente do C13?

2) O assunto não era de economia interna do Grêmio? Como é que tem tanto jornalista sabendo o que foi discutido? Ou estão chutando?

Pode parecer besteira, excesso de formalidade, mas ao ler tais notícias fiquei com essas dúvidas na cabeça. Independente disso, acho válida a intervenção de Koff (se foi isso que efetivamente aconteceu). Aliás, é isso que boa parte da torcida cobra desde a última eleição, um Fábio Koff mais presente na vida do Grêmio.

Ainda, se Duda foi até a sede do Clube dos Treze, poderia aproveitar a oportunidade para defender os interesses do Grêmio na entidade. Um deles, é algo que revolta a mim e muitos outros sócios gremistas. Considero um absurdo o Grêmio receber menos da TV do que o Santos, e ficar na mesma faixa de Botafogo e Fluminense.

Tal fato anda incomodando também os clubes mineiros, que tomaram a dianteira (veja coluna de PVC abaixo)

Não seria o caso de Duda Kroeff se somar a Perrella e Kalil nas reivindicações? Ainda mais quando são várias as notícias de união entre os clube do eixo?



"INCONFIDÊNCIA MINEIRA

Com base nos números do pay-per-view, Atlético-MG e Cruzeiro reivindicarão fatia maior na divisão da cota de TV


O CAMPEONATO mais equilibrado do mundo pode ganhar um concorrente a mais nas próximas rodadas. Se vencer o Fluminense, hoje, e o Sport, no Recife, o Cruzeiro terá chance de fechar a 34ª rodada a dois pontos da ponta. É o sexto concorrente a um título que nunca teve tantos candidatos.
Incrível: os países que mais vendem craques são os de disputa mais acirrada. No ano passado, o Alemão terminou com três postulantes à taça na última rodada. O Francês fechou com equilíbrio entre Bordeaux, Lyon e Olympique de Marselha, o Argentino teve um triangular para desempatar Boca Juniors, San Lorenzo e Tigre. O matemático Tristão Garcia calcula em 22% a chance de o Brasileirão chegar ao último dia com três clubes lutando pelo troféu.
Tudo isso reforça a ideia de que nenhum outro país tem tantos clubes grandes. Mas, em Minas Gerais, dois desses candidatos apontam para um número capaz de desequilibrar tudo isso: R$ 15 milhões. Essa é a diferença estimada entre o que hoje arrecadam Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Vasco, com as transmissões de seus jogos no Brasileirão, e o que recebem Inter, Grêmio, Atlético-MG e Cruzeiro.
"Eu estou na comissão formada pelo Clube dos 13 para estudar a divisão do dinheiro da televisão, e temos de mudar essa situação. Ano que vem, o bicho vai pegar", anuncia o presidente do Atlético, Alexandre Kalil. "Essa diferença financeira vai causar desequilíbrio técnico em breve", diz Zezé Perrella, do Cruzeiro.
O ingrediente novo dessa tentativa de mudar a distribuição do dinheiro é a pesquisa realizada para dividir as cotas provenientes do pay-per-view. Os números aferidos pelo Clube dos 13 indicaram que Cruzeiro e Atlético detêm 15% dos pacotes vendidos. O Santos tem 1,2%. Cruzeiro, Atlético-MG, Inter e Grêmio representam mais telespectadores no pay-per-view do que Vasco, Fluminense e Botafogo. "Com todo o respeito, não podemos ganhar menos do que eles", diz Zezé Perrella.
Você vai ponderar que os dirigentes mineiros não querem exatamente a igualdade, já que pretendem ganhar mais do que os cariocas, à exceção do Flamengo. Digamos que esta inconfidência mineira não carrega os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Não é uma Revolução Francesa, mas uma pequena insurreição que, se confirmada, cria um debate importante.
O fortalecimento do Brasileirão diminui a chance de os grandes clubes do país continuarem sendo 12, os tradicionais gigantes criados em cem anos de Estaduais em SP, MG, RJ e RS. Um novo grupo de elite, mais restrito, pode ter os seis que hoje sonham com o título e incluir o Corinthians...
Por outro lado, o São Paulo pode ser tetracampeão, tornar-se clube hegemônico, mesmo num torneio tão equilibrado. O ano também pode terminar com título do Palmeiras, o sétimo consecutivo dos paulistas.
A discussão começa agora, mas só será concreta em 2011, quando termina o contrato atual de televisão. Até lá, você se delicia com o campeonato mais empolgante da história e torce para que o craque do seu time seja o fator de desequilíbrio. Mas lembre-se de que nos próximos anos o desequilíbrio pode ser causado por outro fator: a grana. (PAULO VINICIUS COELHO, pvc@uol.com.br, Folha de São Paulo, domingo, 01 de novembro de 2009)


Comercialização de Pay-per-view – Clubes Brasileiros (%)

2009

2008
Flamengo 12,6%
Flamengo 13,8%
Corinthians 11,8%
Corinthians 9,7%
Palmeiras 8,9%
São Paulo 9,2%
São Paulo 8,0%
Palmeiras 8,2%
Internacional 8,0%
Grêmio 8,1%
Grêmio 7,7%
Internacional 6,8%
Atlético-MG 7,0%
Cruzeiro 6,5%
Fluminense 5,8%
Vasco
6,5%
Cruzeiro 5,7%
Atlético-MG 5,9%
Botafogo 4,9%
Fluminense 5,5%

(http://www.futebolfinance.com/vendas-de-pay-per-view-dos-clubes-brasileiros)

quinta-feira, novembro 05, 2009

Brasileirão - Grêmio 1 x 1 São Paulo


Não adianta nada querer ser correto, jogar pela honra, ter todos esse sentimentos nobres, dignos do Barão de Coubertin, quando o campeonato é uma vergonha só.

A coisa já começa mal pela escalação do mesmo juiz que validou o gol título paulista em clamoroso impedimento na última rodada do Madonnão 2008.

Jailson Macedo Freitas se mostrou tão atrapalhado quanto desonesto. Sem critério, só marcava falta para um lado. Aos 17, inverteu a marcação, quando André Dias puxou Maxi Lopez dentro da área. Foi marcada a falta de ataque, posterior à infração do defensor.

Continuou numa escalada, enervando time e torcida gremistas. Distribuindo cartões para reclamações feita por jogadores do Grêmio enquanto permitia que Rogério, André Dias e Dagoberto apitassem o jogo e era conivente com o anti-jogo dos são paulinos.

Aos 25 do segundo tempo, Douglas Costa cabeceou, Rogério se enrolou e resta a dúvida se a bola ultrapassou ou não a linha de fundo. O árbitro não quis consultar o bandeira, algo que tinha feito anteriormente para marcar um simples lateral.

Aos 30, pênalti cometido por Jean, que deslocou Fábio Santos no ar. Juiz não marcou e se perdeu. Deu as costas pro lance e ficou discutindo com Souza.

2 minutos depois, Borges chutou Túlio sem bola. Levou o segundo cartão amarelo, quando o lance era para vermelho direto. Sim, o resultado final é o mesmo, mas demonstra a "categoria" do juiz. Mais 2 minutos e Dagoberto deu carrinho por trás no mesmo Túlio e foi expulso. O árbitro subitamente criou vergonha na cara? Não, passou a administrar a passagem do tempo, juntamente com os jogadores do São Paulo. Inventou um tempo técnico e permitiu que Rogério orientasse seus colegas. Escoltou Arouca para fora do campo, garantiu que o jogo não mais andasse.

E Rogério Ceni saiu elogiando a arbitragem. Sintomático.

Claro que o Grêmio já não tinha maiores ambições no campeonato. Uma vitória hoje talvez fosse contra o desejo de parte da torcida, mas uma arbitragem como essa é capaz de revoltar até o mais letárgico dos torcedores.


Grêmio não foi inferior ao São Paulo, mas também não teve grande superioridade. No primeiro tempo lutou contra o desânimo, depois entrou no jogo e até era merecedor de melhor sorte, apesar de ter criado poucas chances concretas.

Douglas Costa teve atuação irregular. Não entendi porque terminou o jogo como ponta direita.

Lúcio novamente foi muito mal. Ignora aquela máxima do lateral que só vai na boa. Joga-se pra frente sem a menor responsabilidade. Foi corretamente sacado no intervalo.

Souza, quando se apresentou, enfeitou demais e por diversas vezes enforcou os companheiros com passes curtos.

Verdade que foi por pouco tempo, cerca de 15 minutos no relógio (menos ainda se considerarmos o que a bola efetivamente "andou") mas ainda assim me parece que o time não soube aproveitar a superioridade numérica, não abriu o campo, não rodou a bola, etc... não fez aquilo que recomenda a cartilha de quem joga com um a mais.

E mais uma vez o time apresentou dificuldades em sair jogando. Trocava passes, rodava, mas fatalmente voltava a bola aos seus zagueiros.

Fotos: ClicRBS, Grêmio.net e UOL

Grêmio 1 x 1 São Paulo
Rafael Marques 23´
Dagoberto 31´

GRÊMIO: Victor; Thiego (Perea, 25'/2ºT), Rafael Marques, Réver e Lúcio (Fábio Santos, Intervalo); Túlio (Herrera, 36'/2ºT), Adilson, Tcheco e Souza; Douglas Costa e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias, Miranda; Jean, Arouca (Hugo, 42'/2ºT), Hernanes, Jorge Wagner (Marlos, 29'/2ºT) e Junior Cesar; Dagoberto e Washington (Borges, 18'/2ºT).
Técnico: Ricardo Gomes.

34ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 4/112009, quarta-feira, 21h50min
Local: Olímpico, Porto Alegre (RS)
Público: 13.982 (11.870 pagantes)
Renda: R$ 201.098,00
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Auxiliares: Erich Bandeira (Fifa/PE) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA)
Cartões amarelos: Túlio, Réver, Maxi López, Tcheco, Souza ; André Dias
Cartões vermelhos: Borges aos 32', Dagoberto aos 34 e Jean aos 48 do 2º tempo
Gols: Rafael Marques aos 23 e Dagoberto aos 31 do primeiro tempo

terça-feira, novembro 03, 2009

Jogar pela honra?

Pro meu gosto o campeonato brasileiro por pontos corridos tem uma série de problemas, mas aparentemente tal fórmula virou um dogma, sendo impossível questiona-lá.

Gosto de final, onde o campeonato é decidido somente pelos postulantes ao título, e não por terceiros. Nos pontos corridos a disputa pode ser definida pelos interesses, nem sempre muito claros, de um Barueri.

Ano passado o Vitória mostrou uma vontade fora do comum para ganhar do Grêmio em Salvador. Foi mala branca? Foi revanche de Mancini? Ou simplesmente foi a vontade ganhar do então líder do campeonato?

Pois nas últimas semanas a tal da mala branca voltou a ser discutida (estranho como alguns temas aparecem e desaparecem na mídia). A princípio inexistiria problema de um jogador receber incentivo para ganhar. Contudo, a partir do momento em que se admite que o dinheiro influencia positivamente o rendimento é de se supor que a ausência do mesmo possa causar o efeito contrário.

O que se desenha no atual brasileiro é uma situação  onde times sem pretensões próprias acabam tendo um imenso poder nas mãos, podendo barganhar e definir os rumos do campeonato, conforme lhes for mais conveniente. E com a distribuição absurda de vagas para Sulamericana são muitos os times que estão no limbo do campeonato. Entre estes está o Grêmio, fato reconhecido, ainda que tardiamente, por sua própria direção.

A tempo se desenhava a possibilidade de um ou outro resultado do Grêmio acabar ajudando ou prejudicando o Internacional. Inicialmente a discussão se estabeleceu na torcida. Ganhar e ajudar o rival ou perder e afundar eles junto?

Muito influenciado pelo que aconteceu em 2008, minha vontade era de que o Grêmio não fizesse o menor esforço para ganhar de São Paulo e Palmeiras.

Lá pelas tantas a imprensa local resolveu que era o momento de tratar do tema: Meira e Souza lamentaram o ocorrido em 2008, mas garantiram empenho total contra São Paulo, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo.

Não me fizeram mudar de idéia. Surgiu a história da mala branca. Desavisado e ingênuo, Rafael Marques disse que aceitaria dinheiro do co-irmão. Igualmente não me agradou.

Contudo, ao ler os posts do Minwer, no Globo Esporte e do Cassiano, no Grêmio Libertador confesso que fiquei um pouco balançado. Falam com propriedade em jogar pela honra, pela camisa, pela tradição, para justificar o salário.

Tudo muito bem colocado, mas ainda assim eu pergunto. Jogar pela honra? Mas que honra é essa? Qual é a glória em disputar o sétimo lugar? Grêmio estaria honrando sua tradição caso estivesse disputando o título, ou se credenciando para disputar o maior certame das Américas, o que definitivamente não é o caso.

Podem chamar de mesquinharia, mas o fato é que vivemos em intensa rivalidade, em dualismo, onde a gangorra pode até quebrar äs vezes, mas funciona na maioria do tempo, onde um pragmatismo desiludido pode acabar sendo mais útil do que a suposta defesa da honra.

Claro que é uma questão complicada, envolvendo uma série de fatores e componentes, onde diversos são os pontos de vista válidos, ainda que conflitantes. Acho que só não há mais lugar para hipocrisia e para as velhinhas de Taubaté, com aquele velho e vencido discurso de que "isso não existe no futebol", ou "isso é coisa que acontecia no passado" e etc...

segunda-feira, novembro 02, 2009

Brasileirão - Santo André 2 x 0 Grêmio


Não vi e não gostei.

Sequer olhei os melhores momentos, mas pelo que me contaram fui poupado de assistir o mesmo filme que se repete na imensa maioria das atuações do Grêmio como visitante. Time empilhando e desperdiçando chances, e sendo devidamente castigado por isso.

Da mesma forma, procurei não saber muito do que foi dito no vestiário gremista. Falar em planejar 2010, em mudança de perfil, no começo de novembro me soa como um deboche.

O Grêmio insiste em não se ajudar.


fotos: Terra e Correio do Povo

Santo André 2 x 0 Grêmio
Nunes 27'
Rafael Marques (contra) 47'

SANTO ANDRÉ: Neneca; Rômulo, Cesinha, Vinicius Orlando e Ávine(Élvis, 33'/2ºT); Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca, Camilo e Júnior Dutra(Fernando, 39'/2ºT); Wanderley(Leandrinho, 34'/2ºT) e Nunes.
Técnico: Sérgio Soares.

GRÊMIO: Victor; Thiego(Herrera, Intervalo), Rafael Marques, Réver e Lúcio(Fábio Santos, 38'/2ºT); Adilson, Túlio, Tcheco e Douglas Costa(Renato Cajá, 38'/2ºT); Róberson.
Técnico: Paulo Autuori.

33ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2009
Data: 1º/11/2009, domingo, 18h30min
Local: Estádio Bruno José Daniel, Santo André (SP)
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC)
Auxiliares: Ângelo Rudimar Bechi (SC) e Luís Alberto Kallenberger (SC)
Cartões amarelos: Ricardo Conceição, Ávine (STO); Túlio, Tcheco (GRE)
Cartões vermelhos: Roberson, 3/2ºT (GRE)
Gols: Nunes, 27/1ºT ; Rafael Marques(contra), 2/2ºT