O Grêmio publicou em seu site balancete financeiro trimestral de setembro. Ainda não tive tempo de dar uma olhada nos números, mas independente disso, já elogio a direção pelo medida. Os sócios e o torcedor em geral tiveram acesso a tais dados antes mesmo da apresentação feita no conselho deliberativo.
Sem entrar no mérito da exatidão dos números, considero que é uma válida medida administrativa, nem que seja para servir de incentivo para uma maior transparência nas contas do clube.
Contudo, nesta semana, tivemos outro tipo de divulgação de informação, onde não é possível fazer qualquer elogio, especialmente pela maneira como as coisas aconteceram:
"O Correio do Povo teve acesso à folha salarial do Grêmio – os valores são referentes a salários, encargos e direitos de imagem, mas não estão incluídas as comissões e as luvas, e o que se constata à primeira vista são algumas relações no mínimo polêmicas" (Correio do Povo, 09/11/2009 07:10)
Não é primeira vez que os gastos salariais do Grêmio são discutidos, e nesse mesmo espírito de transparência na administração do clube posso até se admitir a validade de divulgar tais dados com precisão. Mas há formas de se fazer isso. Não me pareceu que essa tenha sido a ideal. Muito antes pelo contrário.
Um ato de dessa magnitude deveria ser chancelado pelo Presidente e/ou referendado pelo Conselho Deliberativo. Não foi o caso. Parece bem claro que alguém fez "vazar" a informação. Difícil é imaginar um motivo.
Ademais, largar tudo para um jornal fazer as ilações que bem entende é pouquíssimo recomendável. Se efetivamente o desejo fosse de abrir tal informação, o correto seria usar o site oficial do clube, onde haveria amplo espaço para explicações e os dados informados seriam minuciosamente selecionados.
Infelizmente a saída de Autuori ocupou quase todo o espaço no Grêmio e pouco se discutiu sobre o assunto. O Blog do Mosqueteiro fez dois posts interessantes sobre o tema. No Twitter, o repórter Jeremias Wernek, da Guaíba, mencionou o sentimento de parte dos conselheiros na última reunião. Muito mais do que isso eu não achei.
Certamente o responsável por isso não pensou bem nos interesses do Grêmio, assim como não pensou no transtorno que pode causar aos atletas (Vejam o exemplo do Belletti). Esse é um "detalhe" que passou despercebido.
Enfim, creio que essa questão de divulgação de informações é algo que, no mínimo, deve ser mais bem discutido.
Sem entrar no mérito da exatidão dos números, considero que é uma válida medida administrativa, nem que seja para servir de incentivo para uma maior transparência nas contas do clube.
Contudo, nesta semana, tivemos outro tipo de divulgação de informação, onde não é possível fazer qualquer elogio, especialmente pela maneira como as coisas aconteceram:
"O Correio do Povo teve acesso à folha salarial do Grêmio – os valores são referentes a salários, encargos e direitos de imagem, mas não estão incluídas as comissões e as luvas, e o que se constata à primeira vista são algumas relações no mínimo polêmicas" (Correio do Povo, 09/11/2009 07:10)
Não é primeira vez que os gastos salariais do Grêmio são discutidos, e nesse mesmo espírito de transparência na administração do clube posso até se admitir a validade de divulgar tais dados com precisão. Mas há formas de se fazer isso. Não me pareceu que essa tenha sido a ideal. Muito antes pelo contrário.
Um ato de dessa magnitude deveria ser chancelado pelo Presidente e/ou referendado pelo Conselho Deliberativo. Não foi o caso. Parece bem claro que alguém fez "vazar" a informação. Difícil é imaginar um motivo.
Ademais, largar tudo para um jornal fazer as ilações que bem entende é pouquíssimo recomendável. Se efetivamente o desejo fosse de abrir tal informação, o correto seria usar o site oficial do clube, onde haveria amplo espaço para explicações e os dados informados seriam minuciosamente selecionados.
Infelizmente a saída de Autuori ocupou quase todo o espaço no Grêmio e pouco se discutiu sobre o assunto. O Blog do Mosqueteiro fez dois posts interessantes sobre o tema. No Twitter, o repórter Jeremias Wernek, da Guaíba, mencionou o sentimento de parte dos conselheiros na última reunião. Muito mais do que isso eu não achei.
Certamente o responsável por isso não pensou bem nos interesses do Grêmio, assim como não pensou no transtorno que pode causar aos atletas (Vejam o exemplo do Belletti). Esse é um "detalhe" que passou despercebido.
Enfim, creio que essa questão de divulgação de informações é algo que, no mínimo, deve ser mais bem discutido.
5 comentários:
André, respondendo um questionamento anterior teu, acho que o Roth é responsável nas carências porque, concordemos, muitas delas estão no grupo de jogadores que ele ajudou a escolher. Eu sempre acho que o técnico que faz a pré-temporada é muito responsável, pelo bem ou pelo mal subseqüente. Até por isso não gosto do Adílson, vejo muito dele em 2004. Fazer um time com jogadores para o esquema do Roth mas montado por Autuori é difícil, e a recíproca seria verdadeira. Não acho o Roth uma desgraça, mas ele contribuiu para o momento em que estamos.
Mudando de assunto, prefiro Dorival Jr. embora não identificado e com o estilo gremista do Adílson. Vamos combinar uma coisa, há 2 anos ele tá lá em Minas, já passaram vários jogadores, e ele não arruma aquela defesa.
Sobre o balanço:
A direção sai alardeando que aumentou o gasto com o futebol pois os gastos administrativos teriam sido reduzidos, etc. Mas não é isso que o balanço informa.
André, não sei se tu chegou a ver, mas a OAS tá envolvida na merda que deu no Rodoanel em São Paulo.
Complementando a mensagem anterior, a OAS é de propriedade do genro do ACM, que está em batalha judicial com a família Magalhães pela TV Bahia (espécie de RBS local). Em suma, ele é um baita picareta. Vai dar merda na Arena tb.
Olhei agora as demonstrações contábeis com mais atenção. Pontos que eu acho que merecem atenção:
Receita aumentou de R$47 mi para R$ 60 mi, com destaque para
- TV (de 14 para 21mi)
- Loterias e premiações (de 0,7 para 2 mi)
- Quadro social (14 para 18)
Nas receitas não operacionais tem um item de "Negociações com atletas" (9,4mi) que eu não sei o que pode ter sido.
As outras receitas mantiveram-se +ou- estáveis.
Já as despesas aumentaram de R$60mi para R$67mi, sendo as principais variações:
- Pessoal (de 38 para 47);
- Administrativo (de 5,6 para 6,3);
-Futebol (redução de 14 para 12)
*Me chamou atenção aqui a despesa com contratação de atletas, "apenas" 1,5mi. Não sei que mágica foi feita.
No balancete, fiquei bastante preocupado com dois itens:
- Receitas antecipadas (R$ 9,4mi);
- Créditos a receber - antecipados (R$ 5,1 mi).
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