sexta-feira, junho 29, 2012

Adianta reclamar?

Eu falei aqui no blog sobre a criação da "ouvidoria de arbitragem" pela CBF. Esperava que o Grêmio fizesse bom uso de tal canal. Mas para minha surpresa (até o dia 23 de junho) o clube não encaminhou nenhuma reclamação sobre a arbitragem de seus jogos no Brasileirão. Conforme explica o ex-juiz Leonardo Gaciba em seu blog:


"Esta semana mantive um contato com Aristeu Leonardo Tavares, responsável pela ouvidoria de arbitragem da CBF.

Estava curioso a respeito do número de reclamações oficiais dos clubes depois de aproximadamente 3 meses da criação deste canal oficial para que as equipes brasileiras possam mostrar seu descontentamento com a atuação dos árbitros que dirigem as competições oficiais da entidade.

[...]

Confesso que fiquei surpreendido ao ser informado que foram recebidas apenas 3 reclamações formais durante este período. Não estou falando apenas do campeonato brasileiro da série “A”, na verdade, a principal competição do futebol brasileiro teve apenas 1 reclamação.

Falo do jogo entre Ponte Preta e Atlético MG onde a equipe paulista solicitou a análise de um lance de área a seu favor. Além dessa, na série “B”, o CRB reclamou de um gol impedido do Goiás na partida entre essas equipes e na copa do Brasil, o Bahia de Feira solicitou análise do pênalti marcado contra sua equipe e consequente expulsão de seu goleiro no jogo contra o São Paulo.

Aristeu, com a ética e sinceridade que lhe é peculiar, não entrou em detalhes, mas falou que em dois casos considerou que houve equivocos dos árbitros e/ou assistentes. Deixou claro que a ouvidoria respondeu e realizou relatório a todos os clubes solicitantes via federação de origem com cópias para o presidente da CBF e para a comissão de arbitragem.

Não sei se os clubes ainda não se acostumaram com este novo meio de comunicação com a CBF ou preferem a reclamação via mídia. (Blog do Gaciba - 23/junho/2012)


E será que o Grêmio não tem nada do que reclamar?

- Eu acho que o clube deve pedir esclarecimentos sobre o gol anulado do Miralles contra o Vasco (vídeo abaixo). Foi um lance bem confuso, de suposta interferência do quinto-árbitro numa jogada em que não se enxerga falta.




- E também penso que não custa nada questionar os critérios usados pelo juiz na partida contra o Náutico. Reparem no vídeo abaixo que Manoel Nunes Lopo Garrido não mostrou cartão amarelo para jogadores do Náutico em faltas muito mais duras do que as que causaram a expulsão de Douglas Grolli.



Será que não seria bom o Grêmio comunicar ao comando da arbitragem a sua insatisfação?

Será que o clube não poderia guardar a resposta da ouvidoria como uma carta na manga para futuras discussões?

Adianta reclamar?

O campeonato pode ser decidido nesse tipo de detalhe?

terça-feira, junho 26, 2012

Reunião do Conselho - 25 de Junho de 2012


A ordem do dia da reunião do Conselho Deliberartivo era a seguinte:

" Tomar ciência do andamento do Projeto Arena pela Grêmio Empreendimentos, com a apresentação de relatórios referentemente à migração dos associados, à evolução das obras e às conclusões da Comissão de planejamento da transição do Olímpico para a Arena"

A reunião começou com Eduardo Antonini fazendo um detalhamento do andamento do processo de migração dos sócios. Foi dito que 15 mil sócios já fizeram a migração (sendo mais de 4 mil via web e mais de 10 mil via presencial no quadro social). Nesse processo foram feitas 2 mil novas associações e 1300 regularizações. Alguns outros dados interessantes:

- Em cerca de 55% das migrações os sócios optaram por lugares "melhores/mais caros" do que ocupam hoje.

- Até o momento, o setor da geral tem menos de 20% de ocupação. Já as cadeiras altas de R$ 169,00 são as mais procuradas, havendo a possibilidade de se converter alguns setores de R$ 120 em de R$ 169,00 (Na minha opinião, pesa a questão do lugar marcado)

- Pelos números apresentados na reunião, cerca de 50% dos sócios do Grêmio são da modalidade sócio torcedor (sendo 36% Sócio torcedor diamante e 14% sócio-torcedor ouro)

Depois disso foi apresentado, por Jerri Ribeiro, o trabalho da Price sobre a processo de transição para a arena. As informações passadas foram classificadas (pela PWC) como sigilosas.

Por último, sócio diretor da Muse & Mather Emilio Roca fez a apresentação de um projeto para o memorial a ser desenvolvido na arena. Explicou que a área do atual memorial é de 765 metros quadrados, passando para 1505 na Arena (Um setor de uniformes, por exemplo, teria espaço de 70 metros quadrados). Foi defendida a idéia de um museu "vivo", interativo, com luz, voltado também para o público infantil.

Pelo o que eu entendi da explicação do Presidente Paulo Odone, a decisão de investir no museu ainda passará pelo crivo do conselho deliberativo.

A palavra foi colocada a disposição e os conselheiros José Pedro Goulart, Carlos Gerbase, Antonio Carlos Azambuja, Onélvio Paes, Fábio Andretta, Roberto Sommer, Edson dos Reis e Rubem Franco fizeram manifestações/questionamentos. Destaco a pergunta do conselheiro Edson dos Reis, sobre uma possível limitação de opçoes para quem é socio-torcedor.

domingo, junho 24, 2012

Brasileirão - Grêmio 2x0 Flamengo


Foi um jogo de clara superioridade gremista. Já de cara o Grêmio tratou de tomar a iniciativa, trocando passes no campo de ataque, mas quem assustou foi o Flamengo, em duas cobranças de falta de Renato Abreu (uma passou perto, na outra Victor fez grande defesa). Mas o controle do jogo era tricolor, e aos poucos o ataque do Grêmio foi conseguindo ingressar na área rubro-negra. Aos 26, Kléber cruzou rasteiro, Marcelo Moreno dominou e chutou no travessão. Cinco minutos depois foi o arremate de Kléber que beliscou a trave. Mas o primeiro gol aconteceu aos 32 minutos. Edilson e Souza fizeram boa combinação pela direita, acionando Kléber dentro da área. O gladiador caiu, mas Marcelo Moreno pegou a bola, cortou o zagueiro, disputou com o goleiro e marcou o 1x0, chorado. O Flamengo tentou durante todo o primeiro tempo acionar Vagner Love no contra-ataque, mas não obteve sucesso.

O Grêmio continuou em cima nos 45 minutos finais. Marcelo Moreno quase ampliou após tabela com Fernando, mas Paulo Victor espalmou para a linha de fundo. Na cobrança do escanteio, Werley saltou alto, no primeiro pau, e marcou o 2x0. O Flamengo tentou uma rápida reação, mas Victor fez duas grandes defesas nos chutes de Luís Antônio e Hernane. Depois disso o jogo ficou todo nas mãos do Grêmio, que desperdiçou diversas chances de tornar o placar mais elástico.



Foi bom que o time não tenha entrado em depressão após a eliminação na Copa do Brasil. Jogou bem, somou mais três pontos e segue nas cabeças do Brasileirão.

Não que seja algo de grande relevância, mas tenho achado os intervalos do Olímpico cada vez mais varzeanos. No de hoje, o loucutor do estádio anunciou a fórmula de disputa de um concurso de musas.

Como o Olímpico fica bonito nesses dias ensolarados de inverno. É uma das tantas coisas que eu tenho certeza que vou sentir saudade.

Pode até não empolgar, mas o fato é que a campanha é boa. 12 pontos conquistados em 18 disputados. 66 % de aproveitamento que, se mantidos, garantem o primeiro lugar no final do campeonato.

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio.net), Pedro Revillion (Correio do Povo)

Grêmio 2x0 Flamengo


GRÊMIO: Victor, Edilson, Werley, Gilberto Silva e Pará (Tony - intervalo); Fernando, Souza (Vilson, 18'/2ºT), Léo Gago e Marco Antonio (Rondinelly, 28'/2ºT); Kleber e Marcelo Moreno
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

FLAMENGO: Paulo Victor, Wellington Silva (Bottinelli - intervalo), González, Marllon e Magal (Mattheus, 34'/2ºT); Airton, Luiz Antonio, Renato e Ibson; Hernane (Negueba, 18'/2ºT) e Vagner Love
Técnico: Joel Santana

06ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2012
Data: 24 de junho de 2012, domingo, 16h00min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público total: 18.601 (14.878 pagantes)
Renda: R$ 326.548,00
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Auxiliares: Vicente Romano Neto (SP) e João B. Nobre Chaves (SP)
Cartões amarelos: Fernando, Tony (G), González, Aírton (F)
Gols: Marcelo Moreno, aos 32 minutos do 1º tempo; e Werley, a 3 do 2º tempo.

sexta-feira, junho 22, 2012

Copa do Brasil - Palmeiras 1x1 Grêmio


A vantagem do Palmeiras era grande, pra não dizer enorme. A situação era muito confortável para o time da casa. Bastava aguardar, destruir, parar o jogo o quanto fosse necessário/permitido e ver o tempo passar. Pra completar até a chuva o ajudou. E isso não é uma reclamação, é uma constatação. Todos esses elementos fazem parte do jogo. O Grêmio bem que tentou, mostrou empenho, luta, todos os requisitos mínimos que se espera de um time de futebol na semifinal. Mas o jogo não fluiu tão fácil. Ainda assim, o tricolor teve algumas boas chances, como no chute de Marco Antônio e na bola que sobrou para Kléber dentro da área, mas o primeiro tempo terminou em 0x0.

Nos 45 minutos finais a dinâmica da partida não foi muito diferente. O Grêmio teve até menos oportunidades, mas abriu o placar aos 21 minutos. Edilson cobrou bem uma falta marcada na intermediária, o goleiro Bruno soltou e Fernando empurrou para as redes. Havia tempo para um segundo gol, mas seis minutos depois, num raro contra-ataque, o Palmeiras empatou o jogo em jogada de Valdivia. Depois disso o Grêmio claramente cansou, assim como aparentou esgotamento nos minutos finais da partida de ida. Talvez tenha sido o preço pago por ter atuado os 180 minutos tendo que tomar a iniciativa e propor o jogo.

Mas ontem o Grêmio não fez má partida. O problema reside no primeiro jogo. E não em todo os primeiros 90 minutos, e sim naqueles fatídicos minutos finais. Foi ali que se determinou a classificação Palmeirense.


Que ao menos fique a lição: Em 5 minutos se perde um campeonato.

Outra lição: Na imensa maioria das vezes vale a pena fazer a falta e matar um contra-ataque. Ontem o Rondinelly e Gilberto Silva pararam os adversários, receberam cartões, mas a equipe não sofreu gols naqueles lances. Na partida anterior, a falta foi evitada e os gols saíram. Qual é o prejuízo maior?

Mas o futebol insiste em tentar ensinar e nós recusamos a aprender. Eu sou um que teimo numa visão romântica, de tentar ver algum caráter e dignidade nos protagonistas dos jogos e sempre me quebro. Valdívia claramente achou que a barca do Palmeiras estava afundando, estava com tudo pronto para deixar clube, companheiros e torcida para trás e, ao perceber a mudança da maré, voltou para aproveitar o bom momento. E ainda por cima é saudado pela mídia. Eu não entendo.

Gostei muito da iniciativa do Sportv de dar zoom em detalhes de lances de falta. Poderiam ter feito isso em lances que favoreceriam o Grêmio também.

Henrique foi tardiamente, porém, corretamente expulso. Não que isso faça alguma diferença, mas é preciso fazer um elogio ao bandeirinha que insistiu no cartão vermelho quando o juiz fez de tudo para amorcegar.

Fotos: Leo Pinheiro (Terra), Alex Silva (Estadão), Leonardo Soares (UOL) e IG

Palmeiras 1x1 Grêmio

PALMEIRAS: Bruno; Artur, Maurício Ramos, Thiago Heleno (Leandro Amaro, 40'/2°T) e Juninho; Henrique, Márcio Araújo, João Vitor (Patrik, 47'/2°T), Daniel Carvalho (Valdivia, 15'/2°T) e Mazinho; Barcos.
Técnico: Luiz Felipe Scolari.

GRÊMIO: Victor, Edilson, Werley, Gilberto Silva e Pará; Fernando, Souza (Rondinelly, intervalo), Léo Gago e Marco Antônio (André Lima, 15'/2°T); Kleber e Marcelo Moreno (Miralles, 23'/2°T).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Copa do Brasil 2012 - Semifinal - Jogo de volta
Data: 21 de junho de 2012, quinta-feira, 21h00min
Local: Arena Barueri, em Barueri-SP
Público: 26.255
Renda: R$ 1.086.242,00
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG)
Auxiliares: Márcio Eustáquio S. Santiago (Fifa-MG) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Cartões amarelos: Daniel Carvalho, Barcos, Valdivia (P), Gilberto Silva, Kleber, Pará (G)
Cartões Vermelhos: Rondinelly e Edilson (G), Henrique (P)
Gols: Fernando, aos 21 minutos, e Valdivia, aos 27 minutos do segundo tempo.

quinta-feira, junho 21, 2012

Grêmio em desvantagem contra o Palmeiras

Acho que a semana é propícia para lembrar de confrontos de mata mata entre Grêmio e Palmeiras nos quais o tricolor saiu em desvantagem no primeiro jogo:


1996 - SEMIFINAL DA COPA DO BRASIL: Naquela ocasião, o Grêmio perdeu por 3x1 o primeiro jogo, no Parque Antártica. Na partida de volta, no Olímpico, o time de Felipão teria conseguido devolver o mesmo placar, não fosse o bandeirinha Paulo Jorge Alves anular injustamente um gol de Jardel. Abaixo os links para as fichas e matérias sobre os dois jogos:

- 29 de maio de 1996 - Palmeiras 3x1 Grêmio
- 07 de junho de 1996 - Grêmio 2x1 Palmeiras
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1995 - OITAVAS DE FINAL DA COPA DO BRASIL: Um confronto que é injustamente pouco lembrado nessa história de Grêmio e Palmeiras. 1x1 na partida de ida, disputada numa fria noite de abril colocou o alviverde em ligeira vantagem pra volta. No Parque Antártica, o Grêmio abriu 2x0 antes dos 25 minutos, teve 3 jogadores expulso ainda no primeiro tempo, mas conseguiu segurar um 2x2 na segunda etapa.

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1990 - QUARTAS DE FINAL DO BRASILEIRÃO: O Grêmio tinha feito a melhor campanha da primeira fase, o Palmeiras havia se classificado em oitavo. Os confrontos foram marcados pela violência. No Parque Antártica, 1x0 pro time da casa, com direito a troca de socos entre Maurício e Careca Bianchesi. Na volta, o Grêmio fez 2x0 e a Mancha Verde entrou em confronto com a Brigada Militar, sendo necessária a intervenção do Frei Cebolinha na arquibancada do Olímpico.


1990 - Brasileirão - Grêmio 2x0 Palmeiras


"Uma pequena tentativa de reação do adversário parou com a saída de Betinho, machucado, logo aos 27 minutos, quando entrou Mirandinha. O Grêmio por pouco não se complicou, indo muito ao ataque quando o placar de 1 a 0 já era suficiente"
(Correio do Povo - 3 de dezembro de 1990)





"O gol logo no início destastabilizou o esquema defensivo armado pelo técnico Dudu. Ele não contava com a falha de seus zagueiros na cobrança de uma falta lateral. Vílson subiu sem marcação, aproveitou a hesitação do goleiro Veloso e cabeceou para baixo, aos 8min. O Palmeiras anda teve a chance do empate em seguida, mas Erasmo perdeu.

[...]

O Palmeiras forçou no segundo tempo e foi surpreendido no contra-ataque. Caio deu um "chapéu" em Eduardo e chutou rasteiro. Veloso rebateu e Nílson fez o segundo gol, aos 19min." (Folha de São Paulo - 2 de dezembro de 1990)


"O lateral-direito Odair disse: "Tomamos o gol no momento errado, logo no início. Perdemos para uma grande equipe, a que tem melhor camapnha no campeonato. O Grêmio merece o título", disse Odair, que não viu falha no gol de Vílson, "Foi mérito dele, que entrou nem e subiu para cabecear" (Folha de São Paulo - 3 de dezembro de 1990)


"E o povo não se arrependeu. Em Porto Alegre viu um Grêmio irresistível, partindo para cima do Palmeiras sem dar a menor chance aos paulistas" (Juca Kfouri)




"No intervalo da partida contra o Palmeiras, sábado, o técnico gremista endureceu com o atacante Caio: "Por que você logo cai quando o zagueiro se aproxima?", prensou para o logo em seguida ordenar: "Nada de chão, tente o drilbe, vá em frente". Aos 19 minutos do segundo tempo, Caio fugiu das faltas dos adversários e praticamente construiu sozinho o 2x0 de sua equipe. Exemplo de obstinação que, em verdade, parte do zagueiro João Marcelo, e dois meias Jandoir e Donizete. Disciplinados, eles parecem dizer a cada lance aos companheiros: "Dureza neles, pessoal". (Revista Semana em Ação - 1990)

O JOGO: O Grêmio encurralou o Palmeiras até marcar o primeiro gol. Depois recuou e passou a fustigar o adversário em agudos contragolpes, até fazer o segundo. O verdão lutou muito, mas sem inspiração. (Revista Semana em Ação - 1990)



Grêmio 2x0 Palmeiras

GRÊMIO: Sidmar; Alfinete, Vílson, João Marcelo e Hélcio; Jandir (João Antônio), Donizete Oliveira, Caio e Assis;Maurício e Nílson
Técnico: Evaristo de Macedo

PALMEIRAS: Velloso; Odair, Toninho, Eduardo e Abelardo; Júnior, Erasmo (Bandeira) e Ranielli; Jorginho, Careca Bianchesi e Betinho (Mirandinha)
Técnico: Dudu

Campeonato Brasileiro 1990 - Quartas de Final - Jogo de volta
Data: 1º/dezembro/1990
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 41.235 (36.005 pagantes)
Renda: Cr$ 18.486.200,00
Juiz: Joaquim Gregógio dos Santos (CE)
Cartão Amarelo: João Marcel, Mauricio e Abelardo
Gols: Vílson, aos 8 minutos do 1ºT e Nílson aos 19 minutos do 2º tempo

1990 - Brasileirão - Palmeiras 1x0 Grêmio


"O certo é que o Grêmio não teve futbeol para superar o Palmeiras. No primeiro tempo o time de Evaristo confundiu apatia com demonstração de tranqüilidade. O meio-campo perdeu todas as divididas. Era tanto medo de sofrer gol, que o Palmeiras foi pra cima e por pouco não fez o seu. Curiosamente, no segundo tempo, quando o Grêmio voltou mais corajoso e aplicado, o Palmeiras fez
o gol da vitória. O Grêmio tinha o controle do jogo, mas ainda estava tímido na frente. Culpa siua e do árbitro Bregalda, que anulou todos os contra-ataques gaúchos. Mas aos 38 minutos veio o pênalti desnecessário de Alfinete. Mal colocado, Bregalda não viu o bandeirinha marcar impedimento no lance. Careca bateu e fez 1 a 0, deixando o Palmeiras em condições de jogar por um empate em Porto Alegre. " (Correio do Povo -26 de novembro de 1990)


O JOGO: O palmeiras soube superar a truculência do time gremista com um futebol de muita determinação. Amparado pela torcida que lotou o Parque Antártica, buscou o gol desde o começo da partida. O pênalti veio coroar o esforço do time e compensar as falhas na finalização. (Revista Semana em Ação - 1990)



"Tapas e socos

O clima de guerra entre Palmeiras e Grêmio cristalizou-se no primeiro tempo: o palmeirense Careca levou um chute por trás de Maurício, depois de cometer uma falta dura em Nílson. Irritado, partiu para cima do gremista e lhe deu um soco na nuca. De troco, recebeu outro na cara. "Não estamos para brincadeira", disse Careca. "Quem bater, vai levar." Maurício também tinha explicações para a briga. "Fase final é assim...Todo mundo quer vencer, mesmo no tapa" (Revista Semana em Ação - 1990)

"Na briga perdi por 2 a 1, mas ganhei dois pontos" Careca Bianchesi



"O Palmeiras sofreu para conseguir os dois pontos comemorados por Careca. O gol da vitória surgiu só aos 39 min do segundo tempo. Deois de receber lançamento de Bandeira, Careca driblou Alfinete e foi derrubado na área. Ele mesmo cobrou e fez o seu décimo gol no campeoanto, igualando-se na artilharia a Caio, do Grêmio, e Charles, do Bahia, que não marcaram na rodada de sábado. O resultado positivo não foi conquistado com maior tranquilidade em razão de dois jogadores canhotos inábeis para chutar com o pé direito: Marcelo e Bandeira, os substituos de Betinho, que não se recuperou da entorese no joelho."
(Folha de São Paulo - 26 de novembro de 1990)




Palmeiras 1x0 Grêmio

PALMEIRAS: Velloso; Odair, Toninho, Eduardo e Dida; Júnior, Erasmo e Ranielli; Jorginho, Careca Bianchesi e Marcelo (Bandeira)
Técnico: Dudu

GRÊMIO: Sidmar; Alfinete, Vílson, João Marcelo e Hélcio; Jandir (João Antônio), Donizete Oliveira, Caio e Assis; Maurício e Nílson
Técnico: Evaristo de Macedo

Campeonato Brasileiro 1990 - Quartas de Final - Jogo de ida
Data: 24/novembro/1990
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo-SP
Público: 22.631 pagantes
Renda: Cr$ 13.806.500,00
Juiz: Pedro Carlos Bregalda
Auxiliares: José Loureiro e Sérgio do Nascimento
Cartão Amarelo: Odair, Dida, Hélcio e Donizete
Gol: Careca Bianchesi (pênalti) aos 39 minutos do 2º tempo

quarta-feira, junho 20, 2012

1995 - Copa do Brasil - Palmeiras 2x2 Grêmio


"Grêmio garante a vaga na raça

[...]

A principal jogada do Palmeiras com o atacante Rivaldo foi anulada logo no começo da partida. Os meio-campistas Goiano e Dinho reforçaram a marcação sobre o atleta. Aos sete minuots o meia Carlos Miguel passou par
a Paulo Nunes. O ponta lançou na área, a bola bateu no ombro de Goiano e encobriu o goleiro Veloso: 1 a 0. O gol desnorteou o Palmeiras. O meio de campo paulista errava os passes e deixava espaços para o contra-ataque. Na cobrana de escanteio por Arce aos 24 minutos iniciais, o atacante Paulo Nunes completou no canto direito: 2 a 0.

Com o resultado adverso o Palmeiras intensificou as disputas de bola com rispidez e violência. Em poucos minutos o volante Mancuso foi expulso. O Grêmio poderia aproveitar o momento favorável. Mas seus jogadores revidaram as faltas e três receberam cartão vermelho. Dinho, Arílson e Goiano. O jogo ficou para por oito mintos no primeiro tempo por causa das suspensões.

O segundo tempo foi dramático para o Grêmio. Com dois a jogadores a mais o Palmeiras pressionou e aos oito minutos o meio-campista Lozano (substituto de Maurílio) diminuiu: 2 a 1. O técnico do Grêmio, Luiz Felipe, retirou Jardel e colocou o volante André Vieira. O empate ocorre aos 31 minutos, por Rivaldo: 2 a 2. O desespero gremista poderia ser toral se o goleiro Danrlei não fizesse grandes defesas, como a na cabeçada de Rivaldo a dois minutos do final." (Zero Hora - 19 de abril de 1995)

"Foi inacreditável", recordou Danrlei a respeito do jogo. "No vestiário o Luiz Felipe pediu esforço redobrado para segurar o 2 a 0", lembrou. O Grêmio retornou com oito jogadores, sem Dinho, Goiano e Arílson, expulsos.
Um gol do volante Lozano aos oito minutos apavorou o goleiro nascido em Crissiumal, a 548 quilômetros de Porto Alegre. "Só falta empatarem", pensou Danrlei. E aos 31, Rivaldo igualou o placar. "Quase enlouqueci", disse. Os 14 minutos restantes foram de Danreli. Intervenções seguras e ousadas nos pés dos atacantes do Palmeiras. Saídas oportunas nos cruzamentos.
A dois minutos do final, uma espetacular defesa. O lateral Roberto Carlos lançou a bola na área. Os 15 mil torcedores palmeirenses viram a entrada de Rivaldo pelo lado oposto e se levantaram. Pressentiram o gol da vitória. Mas Danrlei previu a ação do avante. "Ele fez como eu queria, fechei o ângulo direito e esperei a cabeçada no lado esquerdo", explicou. A bola foi na direção esperada e parou nas mãos do goleiro, a menos de 15 centímetros da liha do gol. O Grêmio assegurou a continuidade no torneio. Com a ajuda de Danrlei de Deus Hinterholz, o aniversariante." (Zero Hora - 20 de abril de 1995)


"Eu passei para os jogadores tanta raiva de querer ganhar do Palmeiras, que quase a equipe foi prejudicada" Luiz Felipe Scolari

"A casa era do Palmeiras, mas a festa foi do Grêmio, numa partida inesquecível pela Copa do Brasil. Os gaúchos seguraram (na bola e no braço) um empate heróico em 2x2 com apenas oito jogadores em campo. O resultado tirou os paulistas da competição e a pequena torcida tricolor no Parque Antártica se divertiu aos gritos de "e-li-mi-na-do" (Revista Placar, 1995)


"Grêmio, sem 3, elimina Palmeiras


Mesmo jogando 51 minutos com dois jogadores a mais do que o Grêmio, o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil, ontem à noite, no Parque Antarctica.
O jogo terminou empatado em 2 a 2. O Grêmio ficou com a vaga porque havia empatado em casa em 1 a 1 (o critério de desempate neste caso foi o número de gols marcados fora de casa).
O Grêmio enfrenta agora o São Paulo .
O Palmeiras começou o jogo melhor e logo criou duas chances, com Rivaldo. Mas aos 8min, a defesa falhou num cruzamento e Luiz Carlos Goiano marcou o primeiro gol, de cabeça.
O gol abalou o Palmeiras. Num outro cruzamento, Jardel cabeceou livre na pequena área. Velloso defendeu no reflexo.
Aos poucos, o Palmeiras recuperou o equilíbrio, mas não conseguia passar a marcação do Grêmio.
Aos 23min, a defesa falhou de novo, numa cobrança de escanteio, e o atacante Paulo Nunes completou na pequena área, livre: 2 x 0.
Aos 34min, Mancuso fez falta violenta e, como tinha o cartão amarelo, foi expulso. Parecia que o jogo estava decidido.
Dois minutos depois, ocorreu a maior confusão da partida. O zagueiro Antônio Carlos atingiu o meia Arílson sem bola. O volante Dinho peitou Antônio Carlos. Formou-se uma confusão. O palmeirense Válber chutou vários gremistas. O juiz expulsou Dinho.
Aos 43min, Arílson atingiu o lateral Roberto Carlos por trás. Foi expulso. Goiano chutou a bola para longe e foi expulso também.
Mesmo com dois jogadores a menos, o Grêmio quase liquidou o jogo ainda no primeiro tempo. Paulo Nunes invadiu a área, aos 47min, e chutou. Velloso pegou.
No segundo tempo, a 1min, Rivaldo, o maior destaque do jogo, cobrou falta, a bola bateu na barreira e saiu rente à trave.
Para fechar o meio, o técnico gremista Luiz Felipe pôs o lateral-esquerdo Roger como volante, deixando o flanco aberto. Aos 3min, o lateral-direito Flávio Conceição aproveitou a brecha e chutou rente à trave.
Aos 8min, o Palmeiras fez seu primeiro gol. Rivaldo invadiu a área e perdeu a bola. No rebote, Lozano chutou fraco e o goleiro Danrlei falhou.
Após o gol, o Palmeiras não manteve a pressão. Passou a insistir com cruzamentos altos e penetrações pelo meio. Aí o goleiro Danrlei tornou-se o destaque, nas intervenções precisas e no esforço em gastar o tempo.
Aos 31min, quando o Palmeiras parecia perdido, Rivaldo fez a jogada mais bonita do jogo. Ele recebeu a bola sobre a linha da área. De costas para Luciano, driblou o zagueiro com um toque. Entrou livre na área, fuzilou Danrlei e empatou o jogo.
Depois do gol, o Palmeiras aumentou a pressão e o Grêmio, a "catimba". Mas o juiz só descontou 1min32." (Marcelo Damato - Folha de São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995)



Palmeiras 2x2 Grêmio

PALMEIRAS: Velloso; Flávio Conceição, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; Amaral, Mancuso, Válber e Rivaldo; Maurílio (Lozano) e Paulo Isidoro.
Técnico: Valdir Espinosa

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Luciano, Adílson e Roger; Dinho, Luiz Carlos Goiano, Carlos Miguel e Arílson; Paulo Nunes (Magno) e Jardel (André Vieira).
Técnico: Luiz Felipe

Copa do Brasil 1995 - Oitavas de final - Jogo de volta
Data: 18 de abril de 1995, terça-feira
Local:
Estádio do Parque Antarctica, em São Paulo-SP
Juiz: Wilson Souza de Mendonça
Renda: R$ 139.400,00
Público: 12.473 pagantes
Cartões vermelhos: Dinho, Arílson e Luiz Carlos Goiano (G); Mancuso (P)
Gols: Luiz Carlos Goiano, aos 7min, e Paulo Nunes, aos 23min do primeiro tempo; Lozano, aos 8min, Rivaldo , aos 31min do segundo

1995 - Copa do Brasil - Grêmio 1x1 Palmeiras



"No lance mais discutido, Cléber levou a bola por entra as pernas e intuitivamente colocou o pé e derrubou Arílson dentro da área. Pênalti que o juiz deixou de marcar." (Estado de São Paulo - 12 de abril de 1995)


"Palmeiras e Grêmio ficam no empate pela Copa do Brasil

Grêmio e Palmeiras empataram em 1 a 1 ontem à noite em Porto Alegre. A partida valeu pela Copa do Brasil. O vencedor do torneio disputa a Libertadores em 96.
No primeiro tempo as duas equipes exerceram uma marcação forte e dificultaram as jogadas de ataque. Houve muita troca de passes no meio-campo.
Sem opções ofensivas, os dois times não conseguiam criar jogadas perigosos. O próprio gol palmeirense saiu de um lance casual.
Aos 38min, Rivaldo foi lançado pela esquerda, venceu a disputa com um defensor do Grêmio e tocou na saída do goleiro. A equipe gaúcha reclamou um empurrão do atacante do Palmeiras.
O Grêmio reclamou ainda pênalti em quatro jogadas.
E foi de pênalti, cometido por Flávio Conceição, que o Grêmio empatou, aos 5min do segundo tempo, em cobrança de Dinho.
Na segunda etapa o nível da partida melhorou.
O jogo foi mais aberto e as duas equipes tiveram oportunidades para marcar, mas não conseguiram o gol da vitória.
O Palmeiras joga agora por um empate sem gols na partida de volta, em São Paulo, para passar à próxima fase da Copa do Brasil." (Folha de São Paulo - 11 de abril de 1995)




A irritação
O presidente Fábio Koff não escondeu a irritação com a arbitragem do goiano Antonio Pereira da Silva. No final do primeiro tempo, quando o Grêmio perdia por 1 a 0, o dirigente criticou duramente o gol dos paulistas e a não marcação de um pênalti sobre Carlos Miguel. Koff estava revoltado e afirmou que "Palmeiras e Flamengo estão sendo protegidos na Copa do Brasil". Nós próximos dias, o presidente tricolor prentede tratar do assunto junto à CBF. (Zero Hora - 12 de abril de 1995)

"AVALIAÇÃO DOS JOGADORES
GRÊMIO
Luciano - Impecável na marcação sobre Edmundo. Sofreu falta no gol do Palmeiras.
Dinho - O melhor do time. Perfeito nos desarmes e nos lançamentos.

PALMEIRAS
Mancuso - O melhor do jogo. Desarmou com facilidade, disrtibuiu certo e acalmou o time nos momentos de pressão.
Rivaldo - Jogou pelo ataque inteiro. Fez o gol, em jogada irregular" (Zero Hora - 12 de abril de 1995)


Grêmio 1x1 Palmeiras

GRÊMIO: Danrlei; Arce, Luciano, Adílson e Roger; Dinho (André Vieira), Luís Carlos Goiano, Arílson (Jacques) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Jardel.
Técnico: Luiz Felipe Scolari

PALMEIRAS: Velloso; Flávio Conceição, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; Amaral, Mancuso, Válber e Paulo Isidoro; Edmundo e Rivaldo.
Técnico: Valdir Espinosa

Copa do Brasil 1995 - Oitavas de final - Jogo de ida
Data: 11 de abril de 1995, terça-feira, 20h45min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Juiz: Antônio Pereira da Silva (GO)
Auxiliares: Antônio Vidal da Silva (GO) e Adriano Sajonc (RS)
Público: 12.533 pagantes
Renda: R$ 87.973,00
Preço dos ingresso: Cadeira R$ 12,00, Arquibancada R$ 7,00, Sócios R$ 5,00 e Estudante gremista R$ 2,00
Cartões Amarelos: Adilson, Arce, Flávio Conceição e Veloso.
Gols: Rivaldo, aos 38min do primeiro tempo, Dinho (pênalti), aos 5min do segundo tempo

terça-feira, junho 19, 2012

1996 - Copa do Brasil - Grêmio 2x1 Palmeiras




"Há um esquema para favorecer o time paulista" Fábio Koff

"Vamos pedir a interdição do Olímpico" Seraphim del Grande

"O Palmeiras tem um estádio que só é liberado graças à certidão falsa e vem reclamar do Olímpico" Fábio Koff



"Terminado o jogo, o técnico Luiz Felipe protagonizou um dos poucos episódios lúcidos ocorridos nas duas horas que se seguiram. Aproximou-se calmamente de Alves e, sem gesticular, sem levantar a voz e sem se alterar, perguntou por que el havia anulado o gol. "Eu achei que foi impedimento", respondeu o auxiliar, com tranqüilidade. "As televisões estão mostrando que não foi impedimento", retrucou Luiz Felipe.
"Amanhã tu vais ficar com a consciência pesada". O bandeirinha não pareceu se abalar. "Tudo bem, não há o que fazer", conformou-se. (Zero - 8 de junho de 1996)



"Faltou um gol, justamente o gol que Jardel fez a 49 minutos do segundo tempo e que foi anulado pelo bandeira Paulo Jorge Alves e, depois de alguma relutância, ratificado pelo juiz Francisco Dacildo Mourão. Injustiça, erro desnecessário"
(Ruy Carlos Ostermann)

"A equipe do SBT, paulista, considerou legítimo o gol." (Wianey Carlet)




"E o Grêmio mereceu os 3 a 1 que construiu e o bandeirinha impediu" (Juca Kfouri)

"Não pelo terceiro gol do Grêmio, aquele que levaria a decisão para os pênaltis, pois o lance extremamente duvidoso, embora para mim não houvesse impedimento nem de Roger, nem de Jardel" (Alberto Helena)








Grêmio 2x1 Palmeiras

GRÊMIO: Danrlei, Arce, Rivarola, Luciano e Roger; Adílson, João Antônio, Aílton e Rodrigo Mendes (Zé Alcino); Paulo Nunes e Jardel
Técnico: Luís Felipe Scolari

PALMEIRAS: Velloso; Cafu, Sandro Blum, Cláudio e Júnior; Galeano, Amaral, Djalminha ( Roque Júnior) e Rivaldo;, Müller ( Marquinhos) e Luizão (Elivélton)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Copa do Brasil 1996 - Semifinal - Partida de volta
Data: 07 de junho de 1996, sexta-feira, 21h35min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Público: 48.266 (36,808 pagantes)
Renda: R$ 384.050,00
Preço dos ingressos: Cadeira R$ 15,00 e Arquibancada R$ 10,00
Juiz: Dacildo Mourão (CE)
Auxiliares: Paulo Jorge Alves (RJ) e Marco Antônio Martins (MG)
Cartão Amarelo: Júnior, João Antônio, Sandro, Amaral, Cafu, Rodrigo Mendes, Paulo Nunes, Luciano, Arce, Adílson, Djalminha, Velloso e Cláudio
Cartão Vermelho: Sandro
Gols: Cláudio 12/2ºT, Jardel 16/2ºT e Zé Alcino 33/2ºT