A ordem do dia da reunião do conselho deliberativo de Grêmio em 29 de agosto de 2011 era a seguinte:
1) Tomar conhecimento do andamento do Projeto Arena pela Grêmio Empreendimentos;
2) Conhecer, apreciar e deliberar sobre aditivo ao Contrato da Arena celebrado entre o GRÊMIO e a OAS;
Foi uma reunião longa, começando um pouco antes das 20:00 e terminando após a meia-noite. No início da sessão estavam presentes 192 conselheiros efetivos e 21 suplentes.
O conselheiro Giuliano Vieceli postou vários dados informados na reunião no Blog Grêmio Arena.
A primeira informação da noite foi a de que a Arena já tem 31% da obra executatada.
O arquiteto da Plarq, Pedro Santos fez uma apresentação detalhando todas as mudanças feitas no projeto, garantindo que o Grêmio terá a Arena mais funcional do Brasil.
Da mesma forma, o diretor da OAS, Carlos Eduardo Barreto, disse que no momento 1.100 funcionários trabalhavam na obra e listou algumas das ações da empreiteira no projeto. Lembrou a questão do financiamento e disse que era importante uma definição do conselho sobre o aditivo, tendo em vista que até então a OAS vinha usando capital próprio na obra e precisaria de financiamento daí em diante.
O integrante da Grêmio Empreendimentos, Conselheiro Sérgio Pegoraro, recomendou que todos visitassem o canteiro de obras para ter uma idéia da magnitude da construção. Contou ainda que questionou o arquiteto Pedro Santos, sobre qual patamar ele colocaria a Arena do Grêmio entre todos os estádios que ele conhecia, e o português respondeu que ela estaria dentro de um "top 5" mundial.
Na sequência, Eduardo Antonini passou a explicar o aditivo ao contrato da arena. Mencionou a certificação LEED, que somente 84 estádios no mundo possuem. Disse que a construção de uma subestação de 69 kV implicaria numa economia mensal de R$ 174 mil em relação a estação de 13,8 kV. Explicou ainda o aumento da capacidade ( e alocação das novas cadeiras), bem como as mudanças nas condições do contrato, listando os profissionais contratados para elaborar pareceres sobre as mudanças.
O conselheiro Paulo Ferrer, em nome dos gruois Grêmio Imortal, Grêmio Vencedor, Grêmio Sempre, Grêmio Acima de tudo, Grêmio Unido e Sócios Livres fez alguns apontamentos sobre pontos que consideravam preocupantes no projeto e sobre artigos que poderiam gerar diversas interpretações. Eduardo Antonini garantiu que muitas das questões ali levantadas já haviam sido contornadas, após uma reunião realizada na sexta-feira com Adalberto Preis.
O conselheiro Roberto Sommer leu o o parecer do Conselho Fiscal sobre o tema, mencionando que a mudança proposta pelo aditivo implicaria numa diferença de no máximo R$ 35 milhões e apontou uma série de recomendações ao clube, entre as quais estavam a valoração dos custos da obra e contratação de uma auditoria.
Em nome da Comissão de Finanças do Conselho Deliberativo o Conselheiro Odorico Roman procedeu a leitura do um parecer, que dividia a análise do aditivo em dois pressupostos: 1) Financiamento e 2) isenções fiscais. As justificativas para o aumento do financiamento, em R$ 65 milhões, seriam a certificação LEED, a subestação de 69kV e o aumento da capacidade do estádio, mudanças essas que agregam valor a obra. Os demais reajustes se devem a inflação e o aumento dos custos da construção civil. O Grêmio abrirá mão de 35% do lucro líquido ajustado projetado da arena nos 7 primeiros anos (tinha direito a 100%, passa a ter 65%), no que o deixaria de receber R$ 23 milhões. E o aumento do empréstimo implica numa renúncia líquida de VPL total de R$ 3 milhões. As isenções fiscais possuem um teto de R$ 35 milhões, devendo ser revertidos para o clube, com a vedação de entrar direto no caixa do Grêmio. Assim sendo, a OAS reverterá tais benefícios através da construção de um CT padrão Fifa, com o aumento da área do Grêmio na arena em 3.000 metros quadrados e pela entrega da área adminsitrativa equipada e mobiliada. A comissão considerou que a G.E se valeu de premissas conservadores, e concluiu que o aditivo tem um custo final bastante atrativo para o clube, recomendando sua aprovação.
O conselheiro Nestor Hein disse que não estava suficientemente informado, que gostaria de ter tido acesso ao aditivo e pediu mais tempo para o conselho examinar a questão.
O conselheiro Renato Moreira chamou a atenção para as recomendações do Conselho Fiscal.
O presidente Paulo Odone fez algumas considerações sobre a magnitude do projeto arena, que adjetivou de "baita negócio", disse que as 2.000 cadeiras que cabem ao Grêmio (dos 4.000 lugares ampliados) podem servir como solução para a questão dos sócios remidos e das cadeiras perpétuas. Falou ainda sobre o sistema de drenagem do gramado e sobre a escolha que seria posteriomente submetida ao conselho, sobre a adoção ou não de um fosso, e garantiu que adotaria as recomendações do conselho fiscal.
O conselheiro Marcos Hermann perguntou se o presidente tinha o compromisso de adotar as medidas do Conselho Fiscal, no que o presidente reiterou que sim.
O conselheiro Daniel Tevah questionou se havia uma previsão de multa em caso de atraso na entrega da Arena.
O conselheiro Reginaldo Pujol lembrou do trabalho por ele executado na câmara de veradores e, em nome do grupo Grêmio Sem fronteiras, pediu a aprovação do aditivo.
O conselheiro Rogerio Ortiz Porto fez considerações sobre o certificado LEED, que envolve basicamente o aproveitamento de água, que implica na redução de despesas.
O conselheiro Diego Casagrande demonstrou preocupação com o aumento do custo da obra e do fato do clube abrir mão de receitas.
Então, o presidente Raul Régis mencionou um pedido dos grupos de oposição mencionados na fala de Paulo Ferrer, solicitando que a deliberação sobre o aditivo fosse adiada em 30 dias. O requerimento foi colocado em votação, sendo rejeitado pela maioria do conselho. Na sequência o aditivo foi submetido a votação, tendo sido aprovado pela maioria do conselho e de imediato encerrada a sessão.
Eu fui a outros dois eventos para tratar do tema (Uma com Antonini e outra com Pegoraro), além de ter acompanhado toda a discussão sobre o tema. Me julguei apto a votar o aditivo na terça, dia 29/08/2011.
Quanto ao aditivo propriamente, considero um tema delicado. Contudo, tendo como base essas conversas relatadas acima, bem como os pareceres das comissões do conselho e o estudos feitos, considerei ser um bom negócio para o clube. Penso que é importante que já exista uma definição sobre o CT e a área administrativa. Na comparação entre o contrato antigo e contrato com aditivo, os números projetados não me pareceram tão discrepantes, o que justifica o investimento nas melhorias do estádio (que são pertinentes).
O conselheiro Giuliano Vieceli postou vários dados informados na reunião no Blog Grêmio Arena.
A primeira informação da noite foi a de que a Arena já tem 31% da obra executatada.
O arquiteto da Plarq, Pedro Santos fez uma apresentação detalhando todas as mudanças feitas no projeto, garantindo que o Grêmio terá a Arena mais funcional do Brasil.
Da mesma forma, o diretor da OAS, Carlos Eduardo Barreto, disse que no momento 1.100 funcionários trabalhavam na obra e listou algumas das ações da empreiteira no projeto. Lembrou a questão do financiamento e disse que era importante uma definição do conselho sobre o aditivo, tendo em vista que até então a OAS vinha usando capital próprio na obra e precisaria de financiamento daí em diante.
O integrante da Grêmio Empreendimentos, Conselheiro Sérgio Pegoraro, recomendou que todos visitassem o canteiro de obras para ter uma idéia da magnitude da construção. Contou ainda que questionou o arquiteto Pedro Santos, sobre qual patamar ele colocaria a Arena do Grêmio entre todos os estádios que ele conhecia, e o português respondeu que ela estaria dentro de um "top 5" mundial.
Na sequência, Eduardo Antonini passou a explicar o aditivo ao contrato da arena. Mencionou a certificação LEED, que somente 84 estádios no mundo possuem. Disse que a construção de uma subestação de 69 kV implicaria numa economia mensal de R$ 174 mil em relação a estação de 13,8 kV. Explicou ainda o aumento da capacidade ( e alocação das novas cadeiras), bem como as mudanças nas condições do contrato, listando os profissionais contratados para elaborar pareceres sobre as mudanças.
O conselheiro Paulo Ferrer, em nome dos gruois Grêmio Imortal, Grêmio Vencedor, Grêmio Sempre, Grêmio Acima de tudo, Grêmio Unido e Sócios Livres fez alguns apontamentos sobre pontos que consideravam preocupantes no projeto e sobre artigos que poderiam gerar diversas interpretações. Eduardo Antonini garantiu que muitas das questões ali levantadas já haviam sido contornadas, após uma reunião realizada na sexta-feira com Adalberto Preis.
O conselheiro Roberto Sommer leu o o parecer do Conselho Fiscal sobre o tema, mencionando que a mudança proposta pelo aditivo implicaria numa diferença de no máximo R$ 35 milhões e apontou uma série de recomendações ao clube, entre as quais estavam a valoração dos custos da obra e contratação de uma auditoria.
Em nome da Comissão de Finanças do Conselho Deliberativo o Conselheiro Odorico Roman procedeu a leitura do um parecer, que dividia a análise do aditivo em dois pressupostos: 1) Financiamento e 2) isenções fiscais. As justificativas para o aumento do financiamento, em R$ 65 milhões, seriam a certificação LEED, a subestação de 69kV e o aumento da capacidade do estádio, mudanças essas que agregam valor a obra. Os demais reajustes se devem a inflação e o aumento dos custos da construção civil. O Grêmio abrirá mão de 35% do lucro líquido ajustado projetado da arena nos 7 primeiros anos (tinha direito a 100%, passa a ter 65%), no que o deixaria de receber R$ 23 milhões. E o aumento do empréstimo implica numa renúncia líquida de VPL total de R$ 3 milhões. As isenções fiscais possuem um teto de R$ 35 milhões, devendo ser revertidos para o clube, com a vedação de entrar direto no caixa do Grêmio. Assim sendo, a OAS reverterá tais benefícios através da construção de um CT padrão Fifa, com o aumento da área do Grêmio na arena em 3.000 metros quadrados e pela entrega da área adminsitrativa equipada e mobiliada. A comissão considerou que a G.E se valeu de premissas conservadores, e concluiu que o aditivo tem um custo final bastante atrativo para o clube, recomendando sua aprovação.
O conselheiro Nestor Hein disse que não estava suficientemente informado, que gostaria de ter tido acesso ao aditivo e pediu mais tempo para o conselho examinar a questão.
O conselheiro Renato Moreira chamou a atenção para as recomendações do Conselho Fiscal.
O presidente Paulo Odone fez algumas considerações sobre a magnitude do projeto arena, que adjetivou de "baita negócio", disse que as 2.000 cadeiras que cabem ao Grêmio (dos 4.000 lugares ampliados) podem servir como solução para a questão dos sócios remidos e das cadeiras perpétuas. Falou ainda sobre o sistema de drenagem do gramado e sobre a escolha que seria posteriomente submetida ao conselho, sobre a adoção ou não de um fosso, e garantiu que adotaria as recomendações do conselho fiscal.
O conselheiro Marcos Hermann perguntou se o presidente tinha o compromisso de adotar as medidas do Conselho Fiscal, no que o presidente reiterou que sim.
O conselheiro Daniel Tevah questionou se havia uma previsão de multa em caso de atraso na entrega da Arena.
O conselheiro Reginaldo Pujol lembrou do trabalho por ele executado na câmara de veradores e, em nome do grupo Grêmio Sem fronteiras, pediu a aprovação do aditivo.
O conselheiro Rogerio Ortiz Porto fez considerações sobre o certificado LEED, que envolve basicamente o aproveitamento de água, que implica na redução de despesas.
O conselheiro Diego Casagrande demonstrou preocupação com o aumento do custo da obra e do fato do clube abrir mão de receitas.
Então, o presidente Raul Régis mencionou um pedido dos grupos de oposição mencionados na fala de Paulo Ferrer, solicitando que a deliberação sobre o aditivo fosse adiada em 30 dias. O requerimento foi colocado em votação, sendo rejeitado pela maioria do conselho. Na sequência o aditivo foi submetido a votação, tendo sido aprovado pela maioria do conselho e de imediato encerrada a sessão.
Eu fui a outros dois eventos para tratar do tema (Uma com Antonini e outra com Pegoraro), além de ter acompanhado toda a discussão sobre o tema. Me julguei apto a votar o aditivo na terça, dia 29/08/2011.
Quanto ao aditivo propriamente, considero um tema delicado. Contudo, tendo como base essas conversas relatadas acima, bem como os pareceres das comissões do conselho e o estudos feitos, considerei ser um bom negócio para o clube. Penso que é importante que já exista uma definição sobre o CT e a área administrativa. Na comparação entre o contrato antigo e contrato com aditivo, os números projetados não me pareceram tão discrepantes, o que justifica o investimento nas melhorias do estádio (que são pertinentes).
2 comentários:
André, sou sócio patrimonial do clube.
O contrato com aditivo está disponível para a inspeção dos sócios? Aonde devo me dirigir para ter acesso à ele?
Obrigado,
Gabriel Torres
Gabriel,
Na última sexta-feira, um sócio estava lendo o aditivo na sala da secretaria do Conselho Deliberativo.
Suponho que ele tenha encaminhado um pedido para o Dr. Raul Régis
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