Desconhecendo os detalhes das negociações e avaliando somente pelo aspecto esportivo, eu confesso que fiquei surpreso com a saída do Renato do Grêmio. É verdade que ele teve uma eliminação decepcionante na Copa do Brasil, mas fez uma boa campanha no Brasileirão, colocando o time na segunda posição. Não é o ideal, mas inegavelmente foi um bom trabalho. Fico curioso pra saber quais foram as "circunstâncias" que "separaram" Renato do comando de equipe tricolor em 2014. Pelo que eu li, vi e ouvi em 2013, Renato parecia ter amplo respaldo da direção.
Outro elemento que me chama a atenção é uma aparente mudança de comportamento de parte da torcida gremista. A atual saída do Renato não parece (nem de longe) ter causado a mesma comoção vista dois anos atrás. Mas o que será que mudou de 2011 pra cá?
- Em 2011 se dizia que Odone "odiava" o Renato. O treinador ficou 6 meses no cargo (55,8%. de aproveitamento em 40 jogos)- Em 2013 se dizia que Koff "amava" o Renato. O treinador ficou os mesmos 6 meses no cargo (53,8% de aproveitamento em 39 jogos)
Como se vê, o tempo de permanência e o aproveitamento nessas duas passagens foram bem parecidos. Mas a repercussão da saída parece bem diferente. Mais uma vez vou interpretar a mudança no tratamento como um sinal de aprendizado, de evolução na análise da torcida. Pelo jeito muitos se deram conta que é errado e/ou injusto tentar resumir todo o clube a relação presidente/treinador, quando se sabe que há muito mais gente envolvida. As análises simplórias e os julgamentos rápidos pouco acrescentam.
E o Grêmio já anunciou seu novo treinador. É Enderson Moreira, que possui perfil bem diferente dos seus antecessores. O que eu interpreto com uma sinalização de mudança no conceito de futebol da diretoria. Mudança essa que considero bastante válida e oportuna diante do cenário do futebol nacional e da situação atual do clube. Resta torcer para que a direção demonstre convicção e dê a estrutura e o amparo necessários para a nova comissão técnica.
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