quinta-feira, março 10, 2011

Gauchão - Grêmio 2 x 2 Caxias (4x1 nos pênaltis)


Um jogaço. Foi isso que fizeram Grêmio e Caxias ontem no estádio Olímpico. Os motivos que levaram a partida a se desenrolar de forma tão frenética foram vários: O começo tibuteante do Grêmio, o Caxias decidido no primeiro tempo, o nervosismo da final, a torcida atuante, a retração grená e a insistência tricolor no segundo tempo.

O Grêmio teve as mesma dificuldades já apresentadas em jogos anteriores. Saída de bola lenta e consequente pouca criatividade no ataque. Rochemback seguia desamparado na distribuição de jogo, o que era acentuado pela inteligente marcação individual feita por Dê. A marcação tricolor era distante, e o Caxias chegava com alguma facilidade na área gremista. Itaqui abriu o marcador aos 19, cobrando falta. aos 39, Gerley fez o 1-2 em cima de Gabriel e chutou cruzado, marcando o 2x0. Sem infiltração e jogadas de linha de fundo as melhores chances do Grêmio foram em chutes de fora da área. André Sangalli deu rebote nos arremates de Rochemback e Douglas, mas não chegou na bola mandando no cantinho por William Magrão, aos 44 minutos do primeito tempo.

No segundo tempo o Grêmio conseguiu jogar mais pelos lados do campo, especialmente pela esquerda, e passou a forçar mais na bola área. André Lima e, principalmente, Borges perderam boas chances. Apesar do abafa, o Grêmio continuou com problemas defensivos, e estave muito perto de levar um terceiro gol. Mas, aos 50 do segundo tempo, depois de diversas chances criadas e muita cera do Caxias, surgiu o empate gremista. Confusão na área, Borges ganhou no chão e Rafael Marques aninhou a pelota nas redes.

O aspecto "emocional" dos pênaltis era todo favorável ao Grêmio. Victor pediu para que a torcida fosse para a sua goleira, defendeu duas cobranças e viu seus companheiros acertarem todos os chutes, garantindo a vaga na grande final do Gauchão 2011.


Gostei muito do que Renato falou na coletiva. Reafirmou que muda o time tão logo ache necessário (como fez com a entrada de Collaço, ainda no primeiro tempo). Me parece ter enxergado bem o jogo, detectando os problemas apresentados. Fez bem em acatar a sugestão de Rodolfo, passando W.Magrão para zaga no final do jogo. E achei perfeita a síntese que ele fez sobre cobrança de penalidades, reconhecendo a importância do treinamento sem esquecer do elemento "sorte" no resultado final.

Fábio Rochemback, mais uma vez, jogou demais. Lucidez e consciência tática impressionantes. Deu alguns lançamentos espetaculares.

Lúcio é titularíssimo desse time. Seja na meia, seja na lateral. Me parece que é seguro afirmar que Bruno Collaço é seu reserva imediatado nas duas posições.

O André Lima não deve ser um cara tão fácil de lidar em campo. Mas nada justifica a infeliz declaração do bandeirinha Altemir Hausmann.

Lisca provavelmente é uma das maiores figuras do atual futebol gáucho. Inexplicavelmente, saiu de campo girando camisa na mão. Na coletiva, bem sereno, reclamou dos descontos dados e logo depois reconheceu a cera por parte do seu time e lembrou dos 10 minutos de descontos dados pelo mesmo Márcio Chagas da Silva no jogo entre Juventude e São José.

Odone faz muito bem em cobrar maior presença da torcida gremista.

Fotos: Richard Ducker (Ducker.com.br), Ramiro Furquim (Sul21), Luciano Leon (Final) e Pedro Revillion (Correio do Povo)

Grêmio 2 x 2 Caxias
Itaqui 19´
Gerley 39´
William Magrão 44´
Rafael Marques 90+5

GRÊMIO: Victor; Gabriel, Rodolfo, Rafael Marques e Gilson (Lúcio 17 do 2ºt); Rochemback, Willian Magrão, Carlos Alberto (Bruno Collaço 26 do 1ºt) e Douglas; Borges e André Lima (Diego Clementino 28 do 2ºt).Técnico: Renato Portaluppi
CAXIAS: André Sangalli; Alisson, Edson Rocha (Neto 22 do 2ºt), Marcelo Ramos e Gerley; Marcos Rogério, Itaqui (Diogo 24 do 2ºt) , Edenilson e ; Everton e Lima (Pedro Henrique 38 do 2ºt).Técnico: Lisca

Final - 1º Turno - Campeonato Gaúcho 2011Data: Quarta-feira, 9 de março de 2011, 21h50minLocal: Estádio Olímpico, em Porto AlegrePúblico Total: 23.465 ( 21.147 pagantes)Renda: R$ 633.833,00Árbitro: Márcio ChagasAuxiliares: Altemir Hausmann e Júlio César SantosCartões Amarelos : Willian Magrão, Rodolfo, Douglas, André Lima (G) Alisson, Edenílson, Marcos Rogério, Éverton, André Sangalli eCartões vermelhos : Rodolfo e Marcelo Ramos. André Lima(G)
Gols: Itaqui, aos 19; Gerley, aos 39 e Willian Magrão, aos 44 minutos do primeiro tempo. Rafael Marques, aos 50 minutos do segundo tempo.
- Pênaltis: Borges marcou (1x0); Dê errou (1x0), Douglas marcou (2x0); Diogo errou
(2x0); Rochemback (3x0) marcou; Everton marcou (3x1) e Lúcio marcou (4x1)

4 comentários:

Marlon disse...

Discordo com o termo "jogaço". Pode até ter sido, do ponto de vista do futebol, mas vi meu time apanhar pra vencer (nos pênaltis) uma equipe da terceira divisão, disputando o que valia apenas o primeiro turno de um campeonato varzeano que sabemos que é definido sempre contra um único clube: os macacos do beira-lago. Triste o que vi ontem, pra mim foi um prelúdio de que Libertadores, talvez só na próxima década.

Sancho disse...

Definitivamente, Marlon NÃO gosta de futebol. Sem ofensas, é um direito que ele tem. Mas aí a querer que se compartilhe desse sentimento, vai uma distância.

Infelizmente, o Grêmio é de Porto Alegre, pelo que não pode jogar a Premier League, a Bundesliga ou a Liga dos Campeões. temos que nos contentar com competições que não atingem grande padrão de qualidade, mal organizadas, que pagam pouca, disputadas em potreiros em vez de estádios; LIBERTADORES, incluída.

Abraço.

Sancho disse...

Sobre as camisas, repara André como terminamos 2009 e como terminamos 2010. O efeito-Libertadores faz muita diferença. Não sei o quanto o fator Topper-Puma faz diferença. Até porque a "Tricolor" nem está tudo isso. O grande golaço do novo fornecedor foi a "Celeste".

Marlon disse...

Que conste que eu não estava discutindo a baixa qualidade do Gauchão. O Grêmio tem sim que disputá-lo, e vencê-lo. Porém, eu criticava a qualidade do futebol apresentado pelo meu time, o Grêmio. Essa sim, aquém do esperado, no que deveria massacrar o time de terceira divisão, o Caxias, não sendo assim, fiquei sem esperanças na equipe, imaginando o que viria na competição que exige mais: a Libertadores. Quando exigiu, houve a queda.