E, faltando somente uma semana para a partida, o Grêmio finalmente comunicou em qual estádio enfrentará o Botafogo pela 06ª rodada do Campeonato Brasileiro 2014. Ocorre que a notícia publicada no site oficial apenas explica como se dará a venda de ingressos. Não há qualquer explicação sobre o porque desse jogo não ser em Porto Alegre. Presume-se que seja pelo fato da Arena ter sido cedida como campo de treinamento para a Copa do Mundo. Contudo, acredito que um tema desses não posso ser alvo de presunções pela torcida. O sócio que paga (e não paga pouco) para frequentar o estádio merecia uma comunicação oficial, uma explanação vinda da diretoria do Grêmio. É o mínimo que o clube pode fazer pelo seu associado. Mas esse é apenas mais um exemplo do persistente problema de comunicação que o clube tem.
Sobre este tema, consta na ata da Reunião do Conselheiro Deliberativo de 30 de Novembro de 2010 o seguinte: "O conselheiro Nestor Hein parabenizou Adalberto Preis pelo trabalho e questionou se há obrigação legal de ceder a Arena para treinamentos da Copa de 2014, tendo o conselheiro Adalberto Preis respondido que o Grêmio tinha se obrigado no momento em que aceitou o convite , não havendo, porém, nenhuma sanção prevista para o caso de descumprimento." Em recente manifestação no twitter, o vice-presidente Adalberto Preis disse que a situação se alterou "Dois anos depois, 20/11/2012" quando "foi assinado contrato com obrigações novas".
Por ora pouco importa quando,como e através de quem o Grêmio se obrigou a emprestar seu campo a FIFA/COL. Eu provavelmente teria feito o mesmo para obter as isenções fiscais para a construção da Arena. A questão é que o Grêmio é sabedor dessa situação há, no mínimo, mais de um ano (e provavelmente desde 2010). Convenhamos que é um tempo suficientemente hábil para elidir ou minimizar os eventuais problemas decorrentes. Além do mais, o fato de ceder o estádio não necessariamente implica em ter que realizar jogos oficiais como mandante longe dos seus domínios. É um absurdo que a CBF tenha marcado rodadas para o Brasileirão nesse período de "quarentena" dos principais estádios do país. O Grêmio, juntamente com os outros clubes prejudicados, poderia e deveria ter buscado evitar isso. Alternativamente, poderia ter sugerido um calendário onde os jogos desse período fossem de mando dos clubes que não passam por tal restrição. Aparentemente, nada disso foi feito.
A situação é surreal. Pegando apenas o exemplo aqui de Porto Alegre. O Inter, cujo estádio estará efetivamente na Copa do Mundo, pode jogar em casa em 3 ocasiões antes da parada para o mundial. Já o Grêmio, que apenas servirá como ponto de apoio, fará somente 2 jogos na Arena até essa interrupção. Antes disso, jogará com o Botafogo em Caxias e sabe se lá onde contra o Palmeiras.
Mas respondendo a última pergunta do título. Pode ser bom negócio jogar no Alfredo Jaconi? Do ponto de vista desportivo é complicado fazer uma afirmação, mas na questão financeira e de direitos dos sócios é bem provável que não. E me baseio nos dados do ano passado para dizer isso.
Na primeira rodada do Brasileirão 2013 o Grêmio, por força de uma punição do STJD, foi obrigado a enfrentar o Náutico no campo do Juventude. O prejuízo foi evidente. O público presente foi de 11.925, praticamente a metade da média tricolor naquele campeonato (22.489 torcedores por jogo). A Renda, de R$ 268.290,00, foi a pior do clube na competição, e ficou bem aquém da média de R$ 755.411,00 que o Grêmio teve nos 19 jogos que fez como mandante. O número de sócios patrimoniais/contribuintes (2.110) e sócios-torcedores (467) foi disparado o menor do tricolor no torneio. E o número de não pagantes só não foi maior do que o das três partidas onde era possível levar acompanhante de graça na Arena.
O Botafogo é um adversário mais tradicional e, provavelmente, mais qualificado que o Náutico. O atrativo é maior, mas essa partida será jogada numa quarta-feira as 22h00min, horário sabidamente pior para o público do que as 16h de domingo, que foi quando foi disputado o jogo contra o time pernambucano. Assim, dificilmente o Grêmio não sairá prejudicado dessa história. É mais um desses "detalhes" que pode acabar fazendo a diferença no final.
Sobre este tema, consta na ata da Reunião do Conselheiro Deliberativo de 30 de Novembro de 2010 o seguinte: "O conselheiro Nestor Hein parabenizou Adalberto Preis pelo trabalho e questionou se há obrigação legal de ceder a Arena para treinamentos da Copa de 2014, tendo o conselheiro Adalberto Preis respondido que o Grêmio tinha se obrigado no momento em que aceitou o convite , não havendo, porém, nenhuma sanção prevista para o caso de descumprimento." Em recente manifestação no twitter, o vice-presidente Adalberto Preis disse que a situação se alterou "Dois anos depois, 20/11/2012" quando "foi assinado contrato com obrigações novas".
Por ora pouco importa quando,como e através de quem o Grêmio se obrigou a emprestar seu campo a FIFA/COL. Eu provavelmente teria feito o mesmo para obter as isenções fiscais para a construção da Arena. A questão é que o Grêmio é sabedor dessa situação há, no mínimo, mais de um ano (e provavelmente desde 2010). Convenhamos que é um tempo suficientemente hábil para elidir ou minimizar os eventuais problemas decorrentes. Além do mais, o fato de ceder o estádio não necessariamente implica em ter que realizar jogos oficiais como mandante longe dos seus domínios. É um absurdo que a CBF tenha marcado rodadas para o Brasileirão nesse período de "quarentena" dos principais estádios do país. O Grêmio, juntamente com os outros clubes prejudicados, poderia e deveria ter buscado evitar isso. Alternativamente, poderia ter sugerido um calendário onde os jogos desse período fossem de mando dos clubes que não passam por tal restrição. Aparentemente, nada disso foi feito.
A situação é surreal. Pegando apenas o exemplo aqui de Porto Alegre. O Inter, cujo estádio estará efetivamente na Copa do Mundo, pode jogar em casa em 3 ocasiões antes da parada para o mundial. Já o Grêmio, que apenas servirá como ponto de apoio, fará somente 2 jogos na Arena até essa interrupção. Antes disso, jogará com o Botafogo em Caxias e sabe se lá onde contra o Palmeiras.
Mas respondendo a última pergunta do título. Pode ser bom negócio jogar no Alfredo Jaconi? Do ponto de vista desportivo é complicado fazer uma afirmação, mas na questão financeira e de direitos dos sócios é bem provável que não. E me baseio nos dados do ano passado para dizer isso.
Na primeira rodada do Brasileirão 2013 o Grêmio, por força de uma punição do STJD, foi obrigado a enfrentar o Náutico no campo do Juventude. O prejuízo foi evidente. O público presente foi de 11.925, praticamente a metade da média tricolor naquele campeonato (22.489 torcedores por jogo). A Renda, de R$ 268.290,00, foi a pior do clube na competição, e ficou bem aquém da média de R$ 755.411,00 que o Grêmio teve nos 19 jogos que fez como mandante. O número de sócios patrimoniais/contribuintes (2.110) e sócios-torcedores (467) foi disparado o menor do tricolor no torneio. E o número de não pagantes só não foi maior do que o das três partidas onde era possível levar acompanhante de graça na Arena.
O Botafogo é um adversário mais tradicional e, provavelmente, mais qualificado que o Náutico. O atrativo é maior, mas essa partida será jogada numa quarta-feira as 22h00min, horário sabidamente pior para o público do que as 16h de domingo, que foi quando foi disputado o jogo contra o time pernambucano. Assim, dificilmente o Grêmio não sairá prejudicado dessa história. É mais um desses "detalhes" que pode acabar fazendo a diferença no final.
Um comentário:
A cessão da Arena pra Copa é pra mostrar que também temos "estádio Padrão Fifa".
E os torcedores que se virem pra ir a Caxias, né diretoria?
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