sexta-feira, maio 23, 2014

Semana sem Arena, mas com Mineirão, Maracanã e Couto Pereira


Como era de se imaginar, o prejuízo que o Grêmio teve ao ser obrigado ao enfrentar o Botafogo no Alfredo Jaconi foi considerável. Dentro de campo deu tudo certo e o tricolor somou mais 3 pontos importantes na competição. Mas é na questão da presença da torcida é que se encontram os problemas. Foi o menor público e a menor renda do Grêmio como mandante no Campeonato Brasileiro desde o empate com o Atlético Goianiense em novembro de 2011 (quando o time já não tinha nenhuma pretensão no campeonato) 

Por essas e outras é que eu considero esse assunto bastante relevante e, em razão disso, questionei na semana passada a ausência de uma manifestação oficial do clube sobre os motivos que levaram o clube a mandar seus jogos em Caxias do Sul. Pois nessa semana finalmente surgiu um posicionamento da diretoria do Grêmio, através um email enviado aos seus sócios (imagem acima). E de se louvar que isso tenha sido feito. Mas ainda me parece justo questionar o por que esse esclarecimento tenha sido feito somente no dia da partida contra o Botafogo e por que ele não foi publicado no site oficial do clube (visto que nem todos sócios e torcedores recebem os e-mails do clube).

Mas algumas dúvidas ficaram pendentes, especialmente pelo que vimos na rodada do Brasileirão disputada nessa semana. A Arena estava indisponibilizada, mas o Maracanã e o Mineirão receberam jogos normalmente. A desculpa para a diferença no tratamento estaria no fato de que estavam sendo realizados eventos testes no Rio e em Belo Horizonte, como se esses estádios já não tenham sido utilizados na Copa das Confederações e não venham recebendo jogos normalmente desde então. Mas o pior foi ver o Couto Pereira, que se encontra na mesma situação da Arena, de campo de treino, recebendo Coritiba x Inter poucas horas antes de Grêmio x Botafogo.

Como tem sido praxe, o vice-presidente Odorico Roman explicou no twitter que a diferença passa pelo fato de que "O contrato de cessão fixa o "prazo de uso exclusivo" em DIAS antes do primeiro dia programado para sessões de treinos oficiais. Para o 1º jogo de Porto Alegre (França x Honduras - em 15/06), o Dia "D" definido pela FIFA era ontem, 21/05. Em Curitiba, Irã e Nigéria jogam em 16/06. O Dia "D" será hoje, um dia depois.". A mim a explicação não convence. Especialmente se considerarmos que o prazo entre o começo do período exclusivo da Fifa e o primeiro jogo em cada estádio não é exatamente igual para todos. O Beira-Rio, o Mané Garrincha e a Arena da Baixada ficaram sob os cuidados exclusivo da FIFA a partir de 22 de maio, mas as partidas inaugurais em cada campo são em datas distintas (14/6, 15/6 e 16/6, respectivamente)

Ademais, Adalberto Preis, outro vice-presidente do Grêmio, disse na mesma rede social que "o caso do Coritiba pegou a todos de surpresa". O que também é estranho, visto que a CBF enviou as federações estaduais a lista do  "Período de Uso FIFA de estádios e CT´s/ Copa 2014" em primeiro de abril de 2014.

Me parece que a questão passa por uma total falta de razoabilidade. A direção do Grêmio não tentou ou não conseguiu a prorrogação em um mísero dia da data de início desse período de uso da FIFA? Se tentou, não seria o caso de se queixar publicamente da falta bom senso e equidade da CBF e do COL?

Por que é possível realizar eventos não esportivos (Costelaço no estacionamento E2 e Dimitri Vegas & Like Mike na esplanada) no estádio nesse período?

Por último, o que será que de tão extraordinário foi feito (se é que algo foi feito) na Arena nessa última quarta e quinta-feira que justificasse a indisponibilidade de uso pelo Grêmio na partida contra o Botafogo?

Nenhum comentário: