O jogo foi praticamente um ataque contra defesa. No primeiro tempo o Grêmio ficou com a bola, e rondou a área do São Paulo, mas não criou tantas situações de gol. No segundo tempo, o time ganhou mobilidade quando Everton entrou no lugar de Brain Rodriguez (com Mamute indo para a "centroavância"). Foi Everton que, aos 23 minutos, cruzou para Luan aproveitar o vacilo da marcação e abrir o marcador num golpe de cabeça (foto abaixo). Um minuto depois, Ramiro lançou e Luan fez um carnaval dentro da área adversária antes de chutar rasteiro no cantinho para marcar o segundo gol (foto acima).
Contudo, vi algumas situações na Arena que não me permitem pensar somente na sequência de vitórias do time e na classificação no Gauchão. Me refiro a medidas relacionadas a segurança no estádio.
Não bastasse o fato que, nesses poucos mais de dois anos, nenhum dos problemas do acesso e do entorno da Arena foram resolvidos (aliás, nisso só houve piora nos últimos tempos), parece que agora resolveram criar dificuldades em um dos maiores trunfos do novo campo do Grêmio, que era a facilidade de ingressar no estádio.
Hoje, vinte minutos antes do jogo começar, já na esplanada, vi grandes filas na frente de alguns dos portões que dão acesso à Geral. Um dos motivos é que o Portão S estava fechado. O outro motivo, e me arrisco a dizer que o principal motivo, era o fato de haver uma segunda revista (essa feita pela Brigada Militar) somente na entrada da Geral. E não havia ninguém do clube por perto para verificar tal situação. Tento, mas não consigo entender esse tratamento discriminatório. Por que os torcedores que frequentam os lugares mais baratos são obrigados a passar por uma revista dupla? Por que a maioria dos demais torcedores só é obrigada a passar por uma revista, feita por segurança particular no começo das rampas? Por que uma minoria, que acessa o estádio pelos elevadores no estacionamento E1, não passa por qualquer tipo de revista?
Essa idéia de estigmatizar (ou deixar que estigmatizem) sua própria torcida me parece uma medida pouco inteligente. E estigmatizar quem paga o ingresso mais barato não faz o menor sentido. Os lugares caros foram criados e permanecem vazios.
Que não se diga que tais medidas visam única e exclusivamente a segurança do torcedor. Porque fica estranho fazer isso e deixar, mais uma vez, uma das rampas fechada na saída do jogo (sem falar na leniência com os vendedores ambulantes que se posicionam na saída das rampas atravancando o fluxo da multidão em todos os jogos). Fica estranho demonstrar tamanha cautela em um único setor do estádio.
Grêmio 2x0 São Paulo de Rio Grande
GRÊMIO: Tiago; Rafael Galhardo (Fellipe Bastos - 14'/2ºT), Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Ramiro, Maicon, Giuliano, Luan e Yuri Mamute (Pedro Rocha - 40'/2ºT); Braian Rodríguez (Everton - intervalo).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
SÃO PAULO: Vilar; Matheus Ferreira (Vavá - 37/1ºT), Júnior Sergipano, Teco, William Massari; Balduino, Rafael Muçamba, Guilherme Moller, e Mandai (Chumbinho - 28'/2ºT); Jean Coral (Thiago Corrêa - 9'/2ºT) e Matão.
Técnico: Hélio Vieira
14ª Rodada - Campeonato Brasileiro 2015
Data: 29/03/15, domingo, 18h30min
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Público: 16.055 (14.249 pagantes)
Renda: R$ 353.798,00
Árbitro: Luis Teixeira Rocha
Assistentes: Alexandre Kleiniche e Antonio Cezar Padilha
Cartões amarelos: Guilherme Moller, Balduino e William Massari (SAO); Maicon e Ramiro (GRE)
Gols: Luan, aos 23 e aos 24 minutos do segundo tempo.
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