segunda-feira, janeiro 14, 2008

Pesquisa - Datafolha Novembro 2007

No Rio Grande do Sul: Grêmio 48% x 36% Inter
No Brasil: Grêmio 6ª maior torcida com 4%

"Nas dez unidades da República tabuladas pelo Datafolha no assunto, somente no RS a fidelidade aos principais clubes locais é maior do que a registrada no RJ -84% dos gaúchos dizem ser seguidores do Grêmio ou do Internacional, ambos sediados na capital, Porto Alegre."


No Estado do Rio Grande do Sul o Grêmio é líder isolado, com 48%; o Internacional conta com 36% das preferências. Em Porto Alegre, o tricolor gaúcho atinge 48%, apenas cinco pontos percentuais a mais do que o rival colorado, que obtém 43%, e ocorre um empate, em razão da margem de erro, de exatamente cinco pontos, para mais ou para menos.

No Paraná, times paulistas se destacam: entre os que moram no Estado, 15% declaram torcer para o Corinthians e 10% para o Palmeiras. O Atlético fica com 7%, percentual idêntico ao obtido pelo São Paulo, o Coritiba com 6%, mesmo percentual registrado pelo Flamengo e pelo Santos e o Paraná conta com 3% das preferências, a exemplo do que ocorre com o Grêmio. Já entre os que moram em Curitiba, Atlético atinge 22%, Coritiba fica com 17% e Paraná com 10%. Corinthians e Palmeiras atingem, na capital, percentuais que representam um terço do que conquistam no Estado como um todo: 5% no caso do time alvinegro e 3% no que se refere à equipe alviverde, que tem percentual idêntico ao obtido por Flamengo e Grêmio. O São Paulo obtém 4% na capital paranaense.

Entre os moradores de Santa Catarina, Flamengo (16%) e Grêmio (13%) dividem a liderança. Corinthians e o Internacional de Porto Alegre atingem 8%, cada. Avaí e Figueirense atingem 2%, cada, e Criciúma é citado por 1%. Em Florianópolis, Figueirense vai a 16%, Flamengo obtém 12% e Avaí fica com 8%, mesmo percentual obtido pelo tricolor gaúcho. O Criciúma é citado, mas não chega a atingir 1% na capital catarinense. (DataFolha)




Times do RJ conquistam mais espaço fora da sede do que rivais
Rio Grande do Sul é o Estado que mais registra fidelidade com clubes locais

DA REPORTAGEM LOCAL


A pesquisa do Datafolha de novembro último confirma que os grandes clubes cariocas são mais populares do que os paulistas em outros Estados. E revela também que os moradores do RJ são mais fiéis aos clubes da casa do que os de SP.
Entre os entrevistados no RJ, 80% dizem torcer por Flamengo, Vasco, Botafogo ou Fluminense. Em SP, a preferência somada por Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos alcança a marca de 70%.
Nas dez unidades da República tabuladas pelo Datafolha no assunto, somente no RS a fidelidade aos principais clubes locais é maior do que a registrada no RJ -
84% dos gaúchos dizem ser seguidores do Grêmio ou do Internacional, ambos sediados na capital, Porto Alegre.
Em nenhum outro Estado as agremiações locais respondem por mais de 50% das preferências. Em Minas Gerais, 47% dos entrevistados apontaram o Atlético-MG ou o Cruzeiro como time de sua preferência.
No Nordeste, em alguns casos é mínima a participação dos times da casa na popularidade entre os torcedores.
No Ceará, por exemplo, somente 16% dizem torcer por uma das duas potências do Estado (Fortaleza e Ceará).
E, nesses casos, os corações desses brasileiros pendem mais para os clubes cariocas do que para as equipes paulistas.
No Distrito Federal, 48% dos entrevistados indicaram uma agremiação do Rio como a preferida. Os times paulistas ficaram com apenas 19%.

Na Bahia, são 30% os seguidores do quarteto de grandes cariocas -os quatro grandes de SP detêm 18% da preferência.
Vantagem grande a favor dos paulistas somente no vizinho PR, onde o Corinthians é o time mais popular (15%) e os times de São Paulo somam 38% das preferências, contra apenas 7% das agremiações cariocas.
Para os clubes paulistas, serve de cons
olo o fato de que dois representantes do Estado (Corinthians e São Paulo) conseguem, cada um, ostentar 1% da preferência no RJ, enquanto o Flamengo é a única agremiação de lá a atingir a marca em solo paulista. (EO E PC) (Folha de São Paulo)




Paulistano é quem menos vai ao estádio
Pesquisa Datafolha revela que apenas 15% dos torcedores da capital de SP dizem torcer por seu time das arquibancadas
Índice da cidade que abriga Corinthians, São Paulo e Palmeiras fica abaixo da média nacional, de 21%, e distante de Rio e Salvador

EDUARDO OHATA PAULO COBOS DA REPORTAGEM LOCAL Assistir a um jogo de futebol no estádio não é um programa típico do torcedor paulistano. Pesquisa nacional do Datafolha, realizada no final de novembro, mostra os moradores da cidade como os menos dispostos a torcer por seu clube nas arquibancadas. Só 15% dos entrevistados na capital paulista disseram ir aos estádios, mesmo sendo só de vez em quando. Esse número fica razoavelmente abaixo da média nacional (21%) e distante da registrada por cariocas (27%) e soteropolitanos (28%). O Datafolha ouviu 11.786 pessoas em 390 municípios de 25 Estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Na questão do hábito dos torcedores de ir ao estádio ou acompanhar os jogos pela TV, uma resposta não exclui a outra. E quem puxa o desprezo dos paulistanos é justamente o corintiano, tido como "o mais fiel dos torcedores". Só 23% dos seguidores do clube alvinegro afirmam que têm o costume de freqüentar estádios, contra 24% dos são-paulinos, 25% dos palmeirenses e 26% dos santistas. Comparado com o que acontece com grandes de outros Estados, a apatia paulistana pelas arenas de futebol fica ainda mais evidente. No Rio de Janeiro, 30% dos flamenguistas apontam um campo de futebol como programa. No Nordeste, 36% dos seguidores do Bahia expressam a mesma opinião. O resultado da pesquisa encontra respaldo na bilheteria nos Brasileiros do ano passado. Tanto o Flamengo, na primeira divisão do campeonato, como o Bahia, na terceira, registraram média de cerca de 40 mil torcedores por partida. O grande paulistano que mais se aproximou disso foi o São Paulo, com 29 mil pagantes por confronto. O Corinthians computou 20 mil fãs por jogo.





Risco e falta de conforto jogam contra
DA REPORTAGEM LOCAL Polícia Militar, TV, especialista em marketing e dirigente de clube são unânimes ao apontar razões que explicam a ausência do torcedor nos estádios: o desconforto e o risco. ""Pelas nossas observações, quem vai ao estádio, em sua maioria, é o pessoal das classes D e E, que tem no futebol sua diversão e fica na geral e na arquibancada", afirma o major Armando Tadeu Camargo, 43, comandante do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, que chefia o policiamento nos estádios. Ele diz ainda que outros fatores afastam o torcedor. ""Aumento no preço do ingresso, aliado à dificuldade de acesso aos estádios, já que muitos moram na zona leste, os desestimula. Há exceções, como os são-paulinos, público de dois tipos de jogos: clássicos e finais. E tem a questão da violência." Elton Simões, diretor responsável pelos canais "pay-per-view" da Globosat, que exibe torneios nacionais, não crê que o maior número de jogos oferecidos pela TV influa no público nos estádios. ""Nossas pesquisas indicam que a maioria dos assinantes reside a mais de 100 km do local onde as partidas de seu clube são realizadas. Então, o "pay-per-view" serve a uma população que não poderia ir aos estádios", diz Simões. ""Violência, insegurança e falta de conservação e conforto inibem a ida do torcedor aos locais dos jogos." Até dirigente de clube concorda que as condições das arenas e os serviços oferecidos nele não são ideais. "É questão de racionalidade [não ir ao estádio]. A pessoa tem o trabalho de comprar o ingresso, deslocar-se ao estádio, passar pela catraca, buscar seu assento. E o que encontra? Banheiros em más condições, perigo de brigas...", enumera o vice de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg. Se a falta de público é encarada como problema, por uma outra ótica Marco Aurélio Klein, especialista em marketing esportivo e professor da Faculdade Getúlio Vargas, vê um nicho de oportunidades. ""Pelos números do Datafolha, pouca gente vai ao estádio, porém muitos acompanham futebol pela TV. Isso significa que existe demanda reprimida por futebol. Há excelentes oportunidades para o futebol, caso ele se organize e proporcione acessibilidade, qualidade e conforto." ""O futebol é hoje entretenimento. Se houver conforto, as pessoas irão aos estádios. Veja os cinemas: no passado, tapetes rasgados, iluminação e som ruins afugentavam o público." (EO E PC) (Folha de São Paulo)

6 comentários:

San Tell d'Euskadi disse...

Há algo errado aí. Somando-se o percentual de Grêmio e Inter, dá os 84% dos torcedores para times do Estado. Não há torcedores dos clubes do Interior?! Cadê os juventudinos e xavantes?!

Os outros 16%, torcem para clubes de outros estados?! Onde eles estão?! Quais são esses clubes?!

Silêncio...

San Tell d'Euskadi disse...

Publiquei minha coluna:
http://mundoesportivo-classicos-grenal.blogspot.com/

Um abraço.

Tércio Saccol disse...

André
Sou colorado, mas estou "invadindo" teu blog para comunicar que "peguei emprestada" uma imagem escaneada para incluir no meu blog sobre marketing esportivo
Valeu

Anônimo disse...

San Tell,

tem um asterisco explicando que só foram considerados clubes com pelo menos 1% das preferências. Suponho que os outros clubes aí estejam enquadrados.

Tércio,
sem problemas.

San Tell d'Euskadi disse...

Tércio, minha dúvida não é bem essa.

Tudo bem que esses clubes não apareçam na relação da esquerda, juntamente com Grêmio e Internacional, mas até a última vez que eu chequei Caxias e Pelotas ficavam no RS e, portanto, seus adeptos têm que ser considerados no gráfico da direita (estilo "pizza").

Pelo que se entende do resultado da pesquisa, no Estado, quem não torce para da Dupla, é fã de clube estrangeiro. Isso não pode estar certo.

Um abraço.

San Tell d'Euskadi disse...

P.S.: Foi mal, André. A resposta é para ti.