quinta-feira, abril 09, 2009

Imprensa

Grêmio precisa mudar sua relação com a imprensa.

Não defendo o conflito, tampouco quero que a direção embarque nesta relação promíscua que a mídia mantém com alguns clubes.

Mas algumas coisas não podem ser aceitas. Para não me alongar muito, vou me concentrar em um tema específico. A tentativa de avacalhar com um dos adversários do Grêmio na Libertadores:


Pouco antes do jogo no Olímpico a coisa piorou:

"Pra ganhar do Aurora não precisa time titular. Se faltar alguém, pode colocar o seu Verardi, o Krieger, o presidente Duda que dá para faturar os três pontos. E se faltar alguém, estou em forma. De barril, é claro. Com equipe C, vence" ( Luiz Carlos Reche, Correio do Povo, 5/4/2009)

Ok, é uma coluna, espaço de opinião, de alguém que tenta trabalhar com bom humor. Mesmo assim não dá pra aceitar. Comentário parecido fez Pedro Ernesto na rádio Gaúcha, no domingo a noite, quando disse que o Grêmio poderia escalar o neto do Guerrinha e a filha do Nando Gross que ainda assim venceria os bolivianos.

Pior ainda é fazer isto na crônica do jogo:
"Sem desmerecer o Aurora, pode-se dizer: o time do Sindicato, quando chamado a enfrentar os titulares no suplementar do Olímpico, oferece mais resistência" (Diogo Olivier, Zero Hora, 08/abril/2009)

Aurora está na Libertadores por seus méritos (campeão boliviano) e atualmente é 2º colocado no campeonato do seu país. Não vou discutir a qualidade da equipe, até porque isto é uma questão de opinião. O que não pode é essa tentativa de achincalhar um adversário do Grêmio.

Será que se disse algo parecido com isso quando o Cruzeiro venceu o Universitário de Sucre (4º colocado na Bolívia) por 2x0 no Mineirão?

Por um acaso a imprensa ficou insistindo em comentar sobre a fragilidade do União de Rondonópolis? Fará isto com o Guarani (rebaixado no Paulistão)?

Quando o Grêmio, com a mesmo time que recebeu o Aurora, fez 2x0 no São Luiz, o resultado foi menosprezado pela qualidade da equipe de Ijuí?


25 comentários:

luís felipe disse...

mais uma da série "procurando pêlo em ovo".

o Aurora confirmou, nos dois jogos, toda a sua falta de qualidade. E ontem, disseram a mesma coisa do Guarani de Campinas, que é um time bem mais tradicional que o celeste de Cochabamba.

A prova disso é que os bolivianos nem sequer se revoltaram com o que foi dito. Eles conhecem a sua inferioridade diante do futebol brasileiro.

A ruindade do Aurora não é invenção da imprensa. É questão de olhar para o campo com os olhos.

Sancho disse...

LF,

O problema não é a "imprensa com o Grêmio", mas o "Grêmio com a imprensa". A imprensa é que nem criança, se deixar, ela MONTA em cima. Ela precisa de um pai que lhe ponha limites. E não há ninguém no Olímpico que exerça esse papel.

O Aurora até pode ser fraco, mas não se pode afirmar que é "jogo jogado". Isso é leviandade.

Um abraço.

Francisco Luz disse...

Só pra dizer: falaram o mesmo, sim, do União de Rondonópolis e do Guarani. E em 2006, declarações como "o Nacional é um Piauí com grife" eram discutidas à exaustão nos debates de rádio.

Nada de novo nem de tão diferente, acredito.

luís felipe disse...

A imprensa é que nem criança, se deixar, ela MONTA em cima. Ela precisa de um pai que lhe ponha limites. E não há ninguém no Olímpico que exerça esse papel.

no momento que acreditamos nessa hipótese, deixamos de acreditar na liberdade de imprensa...e não falo nem se ela existe agora ou não - existe uma liberdade vigiada - mas no próprio conceito da coisa.

o Grêmio, o Inter, o São José, não podem impôr limites em relação ao que a imprensa vê dos seus adversários. Podem impor limites em relação ao que sai do seu meio para a imprensa - podem impedir, por exemplo, que o jornalista registre no dia seguinte o que o treinador falou para o jogador, fechando o treino. Isso é um direito seu como instituição.

agora, eu nunca vi um clube apresentar um dossiê do adversário dizendo que sim, ele é um bom time de futebol e deve ser encarado como tal. O que pensam do adversário é baseado não apenas na observação dos fatos - e aqui, isso é mais relevante, pq o Aurora já jogou contra o Grêmio e demonstrou ser um time inferior - mas também em determinados preconceitos. No caso do Aurora, junta o fato de ser um time boliviano e carregar todo o preconceito do futebol boliviano com a observação da realidade.

O que o Grêmio tem a fazer sobre isso? No quê o Grêmio foi prejudicado com isso? A primeira pergunta, aguardo resposta; a segunda, eu tenho - em nada, pois ganhou as duas partidas e não mais enfrentará o time boliviano nessa Libertadores.

jotaele disse...

Muito bem colocado, André. Há muito venho lembrando as campanhas que a imprensa gaúcha faz para desmobilizar e desmoralizar o Grêmio. É óbvio que o alvo atual é a Libertadores. O problema disso tudo é que a torcida do Grêmio fica lendo e ouvindo esses caras. A torcida dá trela para os Zinis da vida, e depois vai para o estádio em busca de uma vítima. Tudo que eles querem é gerar turbulência na vida do Grêmio e valem da arama que a imprensa tem. Quando os gremistas esquecerem esses caras e fizerem uma campanha contra eles, os patrocinadores vâo exigir a mudança.

luís felipe disse...

Há muito venho lembrando as campanhas que a imprensa gaúcha faz para desmobilizar e desmoralizar o Grêmio.

mas também a gente pode acreditar nisso que está escrito acima - e daí, se é essa a idéia, subscrevo-me, pq não há o que dizer...

André Kruse disse...

LF, muito me surpreenderia se tu concordasse com alguma reclamação vinda do Grêmio ou de um Gremista.

Uma coisa é liberdade de imprensa. Outra é liberdade absoluta de imprensa.

Aurora é mais time (por um critério objetivo) do que o Universitário de Sucre.

Pelo mesmo critério, Boyacá é mais time que do que América de Cali e Independiente Medellin.

e quando Cruzeiro e São Paulo fizeram partidas contras as equipes acima mencionadas não se falou nada parecido com o que foi dito nos jogos do Grêmio.

Em 2006 a imprensa copiava os relatórios do Robertinho. Saía cada coisa, como a evolução do futebol venezuelano, jogador que pode atuar em todas as funções defensivas, bom na bola parada (Hidalgo-libertad). A coisa só mudou um pouco quando o Pelaipe se saiu com essa do Piauí com grife. (aí que entra o que o Sancho comentou)

FL, não se falou nesse tom do Rondonopolis. Não se sugeriu a escalação de time reserva, não se disse que o Inter ganharia mesmo que escalasse cronistas ou seus descedentes, não se disse que o time do sindicato faria mais frente do que o Guarani.

Objetivamente o Grêmio perdeu público no jogo de terça. Teve também suas vitórias diminuídas, um jogo pela libertadores (maior competição das américas) virou apenas mais uma data no calendário.

Jotaele, esse é só um dos exemplos de diferença de tratamento. Tem outros.
-Geral apoia candidato na eleição para presidente do Grêmio= Absurdo, vendidos, e por aí vai
-Popular apoia candidato no inter (levando faixa para jogo inclusive)=silencio total

- Krieger cogita fazer treinos fechados= Ditadura
- Carvalho proíbe D´alessandro de falar= Sábia medida de preservação de um craque.

Sancho disse...

LF,

Tu não entendeste meu argumento. Não tem nada a ver com censura, tem haver com respeito e responsabilidade. Duvido que tu deixes tua filha fazer TUDO o que ela quer e nem por isso tu achas que lhe tolhes a liberdade.

A questão aqui, é que a direção ficou quieta enquanto a imprensa deitou falatório. Não se pode ouvir críticas calado, a não ser que tu concordes de fato com elas. Não estou dizendo que a imprensa não pode falar, mas que quando passar dos limites ou errar, tem que ser "reprimida".

O páragrafo do Aurora foi só um exemplo. Houve mil outros problemas.

Respondendo as tuas perguntas. O que o Grêmio ganha com as respostas à imprensa é respeito, é que o planejamento seja encarada da maneira devido, por dirigentes, comissão técnica, jogadores e torcida. É mostrar que o clube está atento a todos os detalhes, e que o trabalho possui objetivos bem definidos. Isso traz TRANQÜILIDADE e permite que as decisões sobre inevitáveis correções de rumo (nunca tudo sai 100% como planejado) sejam tomadas calmamente e não sobre intensa pressão.

O que o Grêmio perdeu? Não resta óbvio?!

Um abraço.

Sancho disse...

Trocando de assunto, me preocupa a quantidade de dinheiro gasto por essa direção.

Me cheira a total irresposabilidade.

Gremista Vigilante disse...

Sanchotene, esses caras vão quebrar de vez o Grêmio.

Luís Felipe disse...

LF, muito me surpreenderia se tu concordasse com alguma reclamação vinda do Grêmio ou de um Gremista.


não sei pq tu perdeu tempo digitando outras coisas depois de escrever essa bobagem. Me obrigaste a não ler o resto - o que fez com que alguns segundos da tua vida fossem desperdiçados.

Não se pode ouvir críticas calado, a não ser que tu concordes de fato com elas.

peraí, não estávamos falando do Aurora? Cadê as críticas?

Acho que há uma confusão aqui. Eu concordo com todos os teus argumentos desde que a premissa inicial seja: a imprensa maldisse o Grêmio e o Grêmio precisa responder. Com os adversários do Grêmio, a lógica é bem diferente...

André Kruse disse...

Não leu o resto ou não tem como contestar?

dá um exemplo em que tu concordastes com uma reclamção feita pelo Grêmio.

Eduardo Doria disse...

Problema é Pedro Ernesto falar na abertura da jornada contra o Aurora "Libertadores é o que sobrou para o Gremio"..algo assim.
Friso o "sobrou".
Obvio que a imprensa não é criadora do problema do Gremio, mas com certeza ela aumenta e muito as coisas.
É nítida a tentativa de tentar equipar em importancia a libertadores e o gauchao desse ano (centenário do Inter). O inter faz 100 anos e tudo pra eles nesse ano será 'glorificado'.
O Adilson tem um discurso em Minas parecido com o do Celso Rotha aqui.
Ele falou da necessidade do imprensa em manter o Atletico no mesmo nivel do Cruzeio, mas que o Cruzeiro está em outro nivel, ja que o clube est na Libertadores e tem que ter mais ambições.
O atletico esta num patamar bem inferior ao Inter, logico, mas entra aí a questao mesmo de manter a rivalidade.

Eduardo Doria disse...

E outra coisa, percebam que se o Gremio nao anunciar logo o tecnico, ja vai surgir a ideia que demitir o Roth nao foi uma boa escolha da direção. Vindo dos mesmos que faziam campanha pra demitar ele.

Mas só deixo claro que não é a imprensa que mudará a imagem do Gremio, depende sempre é dos resultados dentro de campo. Se o Maxi Lopez fizer 2 gols no proximo jogo, ja muda tudo..ja saem fazendo reportagem com ele e etc..Não é questao de achar que tudo é culpa da imprensa.

Bruno Coelho disse...

Interessante isso, Eduardo, a respeito da equiparação dos rivais por parte da mídia. E tais queixas também ocorrem em outras localidades. O torcedor do Goiás reclama a mesma coisa da relação imprensa e Vila Nova, idem com os torcedores do Figueirense com o Avaí, numa tentativa de equilibrar a rivalidade, mesmo com toda a supremacia alviverde e alvinegra respectivamente.
Sempre louvei o marketing do Internacional, o qual acho muito bem feito e que precisa ser adotado no Grêmio. O ano de 2008 foi marcado pela estrondosa folha salarial do Inter (a maior do país) e com o objetivo principal de obter a vaga na Libertadores. Todos os dirigentes colorados admitiam isso. Mas após a eliminação na Copa do Brasil e o distanciamento do G-4 no Brasileirão, esse que era o principal objetivo fracassou. Isso sem falar na tentativa de obter essas vagas com a crise entre o futebol peruano e a FIFA.
Daí o Inter ganha a Sul-Americana, torneio que merece todo o respeito e toda a comemoração colorada, mas em hipótese alguma pode ser colocado como o principal feito do ano. Daí que o marketing colorado entra em ação com o “Campeão de Tudo”, o que não é verdade, mas vende a marca do clube. Pronto, sucesso absoluto entre os torcedores. Por outro lado, o que mais me surpreendeu foi a imprensa esportiva também entrar na onda.
Entre ganhar a vaga para Libertadores e obter o título da Sul-Americana, a primeira opção tem muito mais méritos. Mas isso foi pouco reconhecido. E apesar de morar em São Paulo, também sinto essa tentativa de colocar num mesmo patamar a Libertadores e o Gauchão.
E concordo plenamente com Sancho sobre a falta de alguém para ir à imprensa e colocar ordem na casa. Essa pessoa não é Krieger e nem Kroeff, pois ambos têm personalidades distintas ao que o contexto exige. Nessas horas, mesmo com todas as críticas, uma pessoa como o Pelaipe faz falta. Ou até mesmo o Cacalo.

Até mais.

Lourenço disse...

Eu não entendi do teu texto o que tu propões que o Grêmio faça.

Bruno Coelho disse...

Ah sim! Sobre os gastos da diretoria, também estava pensando nisso. Nas eleições, Duda Kroeff afirmava que a situação financeira exigia cuidados. Por essa razão tais gatos são até surpreendentes.
Mas eu não sei se isso é total irresponsabilidade e nem podemos afirmar que a diretoria vai quebrar o clube, como afirmou o colega Vigilante. Sem um estudo específico sobre a real situação financeira do Grêmio, quaisquer conclusões cairão no mais absoluto senso comum.
Entretanto, eu vejo que alguns desses gatos são necessários. Podemos discutir se Maxi López e Herrera valem tanto investimento. Mas podem dar certo, mesmo sendo uma aposta de risco. Por outro lado, eu não vejo outra opção em relação ao Renato e ao Autuóri.
O mercado está carente de bons meias e técnicos. E o Grêmio precisa contratar esses profissionais (naturalmente, mais ainda o técnico). Caso contrário, contratará mais um jogador para fazer número e um técnico meia-boca ou inexperiente em plena Libertadores. Portanto, não vejo outra opção, senão abrir os cofres.

Abraço.

André Kruse disse...

Sancho, Bruno e Vigilante: Eu também me preocupo com os gastos, muito embora duvide muito de alguns valores que vem sendo divulgados.

Lourenço: aí eu já não sei. Não sou especialista na área de comunicação, talvez fosse o caso da assessoria de imprensa agir.

Gustavo disse...

Ridícula mesmo esta história de "Libertadores é o que restou ao Grêmio".

O marketing colorado tem sido eficiente em técnicas de guerrilha, na multiplicação de informações incorretas que nunca são desmentidas. Vide "maior torcida do Rio Grande", "campeão de tudo" e outras baboseiras.

Me desgosta muito ver que o mkt gremista não reage a estas barbaridades.

Já disse isso no meu blog: com o caneco da Libertadores, qualquer outra coisa será totalmente irrelevante.

Gustavo disse...

Sobre relação Receita x Despesa: apesar de ter um passivo trabalhista gigantesco, que dificulta a tarefa de manter algo nível de investimento, o Grêmio precisava muito mudar seu patamar de valores investidos no futebol, sob o risco de não repetir a relativa "sorte" dos anos anteriores. Claro que me parece que a qualidade dos investimentos é questionável em alguns aspectos. Ter renovado com Celso Roth por mais de R$ 200 mensais é um bom exemplo.

Porém, considerando que o Gremio tem a maior torcida do Estado, não seria impossível ultrapassar o quadro social colorado. Porém, o Grêmio tem sido muito tímido neste trabalho.

Anônimo disse...

Bah, concordo plenamente. Domingo ter que escutar que a Ulbra levando 4 a 0 do inter era um time muito bem organizado e determinado e valorizava o resultado para o time do beira-rio é dose p/ mamute.
Por outro lado, depois do jogo do Grêmio com o Aurora sempre que se permitiam elogios a jogadores, como Maxi que foi bem na partida, era feita ressalva da baixa qualidade da equipe colombiana.
Depois de 20 anos guaibeiro fui p/ band...mas já desisti da imprensa!

Lourenço disse...

O anônimo é tão informado que colocou o Aurora na Colômbia.

André K., sobre tua resposta, aí reside a nossa discórdia. Se teu texto simplesmente fosse de crítica à tentativa de parte da imprensa em desvalorizar/ridicularizar adversários do Grêmio sem nunca ter visto um jogo desses times, concordaria contigo. Embora ontem mesmo o Guerrinha deixou claro que o Inter já é campeão e que o Caxias corria o grande risco de ser goleado.

Só que nessa de "alguém tem que fazer alguma coisa" ficou no ar um negócio meio autoritário da tua parte, como se o Grêmio pudesse pautar a imprensa. Se há limites para liberdade de imprensa (e há, como a qualquer direito), esses limites são de hipóteses bem distintas (e bem mais restritas) que a mera opinião esportiva.

Caberia ao Grêmio, no máximo, usar dos mesmos meios. Divulgar notas de repúdio, não conceder entrevistas a alguns membros da imprensa, enfim, tudo dentro da sua própria liberdade de atuação.

André Kruse disse...

Só que nessa de "alguém tem que fazer alguma coisa" ficou no ar um negócio meio autoritário da tua parte, como se o Grêmio pudesse pautar a imprensa

Não era essa minha intenção.

Caberia ao Grêmio, no máximo, usar dos mesmos meios. Divulgar notas de repúdio, não conceder entrevistas a alguns membros da imprensa, enfim, tudo dentro da sua própria liberdade de atuação.

Sim, concordo.Poderia também questionar estes jornalistas no ar e/ou em off. Falar de instituição (clube) para instituição (rádio/tv/jornal)

Lourenço disse...

"Sim, concordo.Poderia também questionar estes jornalistas no ar e/ou em off. Falar de instituição (clube) para instituição (rádio/tv/jornal)"

Ah, tá, isso não tinha ficado claro para mim ainda. Se o Grêmio se sentir prejudicado, são meios válidos, sem dúvida.

Anônimo disse...

Esse Luiz Carlos Rech, da Guaíba, junto com o Sergio Boaz da Gaúcha, além de outros, são covardes. Se dizem "isentos" e ficam malhando o Imortal. Não tenho nada contra o fulano assumir que torce pro time "a" ou "b". O problema é se dizer isento e defender com unhas e dentes o cocô-lorado. Isso é desonestidade.