domingo, abril 11, 2010

Chuvas em 1983


Essa situação das chuvas no Rio de Janeiro, em especial a questão do adiamento do jogo do Flamengo pela Libertadores, me faz lembrar de uma história parecida envolvendo o Grêmio na Libertadores de 1983.

O mês de Julho daquele ano entrou para a história pelas fortes chuvas (causadas pelo "El Niño") que provocaram estragos no sul do País. No dia 05, o tricolor receberia o América de Cali pela terceira rodada da segunda fase da competição, mas a chuva caiu forte naquele dia, inviabilizando a prática de futebol. Segundo Ruy Carlos Ostermann "não dava mesmo para jogar".

É interessante ver a matéria da Zero Hora do dia seguinte, com as fotos do gramado e as histórias sobre os bastidores do adiamento:


"Enquanto os dirigentes conversavam, o encarregado da manutenção do Estádio Olímpico, Sílvio Vargas de Oliveira, comentava que em seus 11 anos com funcionário nunca tinha visto o gramado tão encharcado. Os próprios árbitros chilenos quando caminharam pelas sociais do estádio para dirigirem-se à sala do departamento de futebol, comentaram que havia muito água acumulada sobre a grama."


P.S.: Lembrei também adiamento do segundo jogo da final do Gauchão de 2000, mas naquele caso me parece que ocorrido foi muito mais uma tentativa de troco (mal dado) pelo ocorrido em 1997, quando a FGF adiou Inter e Veranópolis para uma segunda-feira, permitindo que o jogo fosse realizado com portões abertos.

3 comentários:

Hélio Sassen Paz disse...

Em 1983, tinha 10 anos. Quando não era meu pai, meu avô (ambos já falecidos) me levava. Não perdi nenhum jogo em casa pela Libertadores mis épica de nossas duas.

O jogo contra o America de Cáli (em espanhol a primeira palavra não tem acento e a segunda tem) foi numa tarde fria e nublada: o Pai me deixou no apê do Vô, na rua Francisco Ferrer, pertinho do Hospital de Clínicas logo após o almoço. Ele nos deu carona até o Olímpico e foi trabalhar.

Na volta, foi minha primeira longa caminhada a pé. No final da tarde, o Pai me buscou no apê do Vô.

Do jogo, lembro que havíamos perdido na ida e que saímos perdendo aqui. Depois, o "lobão" Mazaropi (é com um Z apenas; muitos teimam em não buscar os arquivos e em desconhecer a personagem das chanchadas da Atlântida que sugeriram o apelido dado ao lendário e carismático goleiro - bem mais do que Danrlei) pegou seu primeiro de 22 ou 23 pênaltis em sua longa e saudosa passagem pelo Grêmio.

Ganhamos de virada. O resto, todo mundo já sabe! ;)

[]'s,
Hélio

luís felipe disse...

pouca gente sabe, mas há uma clara diferença entre o Olímpico e o Beira-Rio na questão da drenagem pela localização.

os canos que escoam a água do Beira-Rio vão direto para o Rio Guaíba. Quando o nível do rio está mais alto que o nível do campo, a água da chuva não sai, entra pelos canos, encharcando mais ainda o campo.

em três ocasiões isso ocorreu: Veranópolis, Santos (2007) e Flamengo (2009), mas nas duas últimas vezes foi autorizado o jogo, e todo mundo viu que era impraticável.

isso não é tão simples de acontecer por que precisa ter dois cenários vigentes: a mudança do nível do rio nas proximidades do estádio E a chuva intermitente. O rio pode ficar num nível acima do Beira-Rio e não chover, daí a grama fica apenas mais molhada. Assim como pode chover canivetes e as correntes levarem uma quantidade maior de água para a outra margem.

Dinho Cangaceiro disse...

Eu tinha 8 anos e escutei no radinho do colégio, pq estudava à tarde. Bons tempos da Libertadores por rádio.