quarta-feira, julho 21, 2010

Obras na Azenha em 1954

Achei bastante interessante esta nota publicada no Correio do Povo, em fevereiro de 1954, sobre o andamento das obras de construção do Olímpico. O dado curioso é que a inauguração era prevista para Abril de 54, sendo que só foi inaugurado efetivamente em Setembro daquele mesmo ano.

Da mesma forma, me chamou a atenção um anúncio de um empreendimento imobiliário chamado "Núcleo Residencial Carlos Barbosa", onde a propaganda tinha como base o novo estádio do Grêmio:


"Prosseguem em ritmo normal as obras do Estádio Olímpico do Grêmio Porto Alegrense, monumental obra que virá dotar a cidade de um notável melhoramento esportivo e colocar o tradicional clube das três cores entre as agremiações mais bem aparelhadas do cenário esportivo nacional. Iniciaram-se agora os trabalhos preliminares para a colocação da marquise do grande pavilhão destinado ao quadro social e que representa uma das últimas etapas da obra, sendo pensamento dos mentores gremistas inaugurar o Estádio em abril próximo, isto se não houver contratempo maior. A foto acima, colhida a bordo de um avião, dá uma idéia do estado atual das obras."




5 comentários:

Rodrigo Rodrigues disse...

Interessante mesmo a propaganda do núcleo residencial, até porque a construtora Rossi fez e faz o mesmo no Humaitá, com relação à Arena.

Abraço.

luís felipe disse...

esse núcleo residencial se refere àqueles prédios bonitos na abertura da Medianeira?

Anônimo disse...

Exato, Luís Felipe.

Foi a proximidade do Olímpico com os blocos "populares" que ajudou o Grêmio a se tornar um clube de massa. Estava do ladinho do "povão", da classe média baixa.

Não por acaso, a rejeição aberta e oficial do racismo data do mesmo período.

Acredito que a construção da Arena no Humaitá (por mais elitizada que venha a ser), ajudará ainda mais a difusão do gremismo junto a uma população carente que mora por ali.

Quem viver verá.

André Kruse disse...

Rodrigo, foi justamente isso uma coisa que me chamou a atencao.

LF, nao sei. Confesso que nao entendi muito o desenho da propaganda, nao consegui identifcar os predios atuais.

Anonimo, me parece meio furada essa tua tese.

Anônimo disse...

Não vingou os tais prédio, eles deveriam ficar em bom pedaço do que é hoje o cemitério. Só olhar no mapa, eles deveria ficar por trás da avenida Carlos Barbosa.