sexta-feira, agosto 28, 2009

1983 - O Ano Azul


Já faz um tempo que comprei e assisti ao documentário "1983 O Ano Azul". Antes de fazer qualquer comentário aqui, acho que é justo eu dizer que sempre estive com um pé atrás em relação a esta obra.

Primeiro, porque não gostei do trabalho que o Gerbase fez em "Grêmio Coração e Raça", de 1997.

Segundo, porque fiquei bastante insatisfeito com o atraso na produção. Deveria ter saído em Fevereiro de 2008, depois dezembro de 2008 (25 anos) e não só em junho de 2009.

Terceiro, achei a divulgação mesquinha. Essa história de "primeiro é o que fica" é boa na flauta, mas não em um produto oficial do clube.

Quarto, li algumas críticas que me pareceram bastante pertinentes.

Enfim, vi o filme, que ainda assim é bom, basicamente por que a história é boa. E porque seus protagonistas aprenderam a contar bem o seu feito.

A seleção dos lances e imagens do jogo é acertada e bastante feliz. Talvez seja a melhor parte do documentário.

Concordo com Ticiano Osório da Zero Hora, faltou ouvir o outro lado. Não é um erro imperdoável, mas enriqueceria o filme. (tal como foi feito no filme sobre a Copa de 58)

Compartilho da mesma opinião do Gustavo Faraon, de que as tais charges são completamente fora de propósito.

Sei que é difícil, ou praticamente impossível, encontrar imagens inéditas ou raras daquele ano. No filme são alguns poucos segundos do Grêmio em gramado e imagens em preto e branco do jogo de despedida contra o Novo Hamburgo. Os demais eventos são ilustrados através de recortes de jornais.

Os vídeos (de pouca qualidade) dos jogos contra Estudiantes e Peñarol são exatamente os mesmos disponíveis em DVDs piratas.

A imagem do jogo em Tóquio é a mesma da de um DVD japonês que igualmente circula por aí. O som é o da já clássica narração de Ranzolin da Guaíba. Creio que o filme teria um acréscimo com outros sons (da Gáucha, Rede Globo, Japoneses, Alemães) e outros depoimentos.

Sou um leigo em questões cinematográficas, mas me parece que faltou um pouco de esmero na produção do filme, que é, na melhor das hipóteses, cumpridor.

2 comentários:

Eduardo disse...

Fecho contigo. O filme ficou bastante burocrático. Poderiam ter colhido depoimentos de torcedores, de japoneses, sei lá, trazer novas informações à história. Mas o simples fato de rever o 2 gols do Renato já valem o DVD.

Cristiano disse...

Vou fazer um comentário bem superficial:
1º Uma arte de capa muito da fajunta, como dizem pelos lados de Passo Fundo... "feita a facão"... dando bem a idéia de um filme mau produzido e sem as devidas considerações ao seu significado....
2º Documentário sem emoção, sem sentimento, apenas um relato histórico, quAlquer produção de programinhaS da Sportv tem mais significado!
3º Pq o Paulo Santana ficou fora dos relatos.... uma simples frase dela já mudaria o sentimento da produção!!!

Minha opinião... um filme para ser apenas uma vez... totalmente diferente da excelnete produção da BATALHA DOS AFLITOS!!!