segunda-feira, agosto 14, 2006

Grêmio 2 x 0 Atlético-PR

GRÊMIO 2 X 0 ATLÉTICO-PR

Jogar num estádio sem torcida é algo bizarro. Um absurdo, algo que surgiu daquela velha mania de copiar os europeus. Copiaram, mas copiaram de forma errada. Jogar de portões fechados é uma medida excepcional, imposta tão somente pela Uefa. Pra mim jogar de portões fechados deveria ser a última alternativa, uma espécie de “estado de sítio” do futebol, quando um jogo tem de ser realizado impreterivelmente e não há maiores condições de segurança. Não era o caso. Ontem mesmo, Velez e Racing se enfrentavam no estádio do San Lorenzo, pois o Jose Amalfitani estava suspenso pelos incidentes no jogo de Velez e Boca. Velez não jogou no seu estádio, mas jogou com sua torcida. E é assim que tem que ser, com torcida. Futebol Profissional só faz sentido por causa da torcida.

O Grêmio estranhou um pouco jogar sem torcida e estranhou bastante o gramado ruim do Centenário. Mesmo assim foi quem teve as melhores chances no primeiro tempo. Rômulo perdeu uma boa chance após passe de Rafinha. Escorou um cruzamento de Tcheco pra linha de fundo, mas apesar do baixo aproveitamento esteve bem no 1º tempo. William perdeu boa chance na pequena área. O Atlético teve sua chance numa jogada ensaiada na qual Dênis “Oseas Jr.” Marques deu uma meia bicicleta pro alto. Confesso que não entedi até agora uma jogada que o gremio insistiu em todo primeiro tempo: Patrício recebia dos zagueiros e jogava a bola no corredor para um dos meia, Tcheco ou Rafinha, eles recebiam a bola junto a lateral, na altura da intermediaria de ataque, porém dali não saia nada. Essa jogada se repetiu uma 5 vezes no primeiro tempo, sem nenhum sucesso. Os laterais do Grêmio estão devendo um pouco, apesar de que o Patrício ter anulado o Ala-esquerdo Ivan que foi colocado pra jogar nas suas costas.

Na volta do segundo tempo, Hugo que esteve apagado no 1º tempo voltou mais Ligado. Numa bola pela ponta esquerda ele partiu pra dentro da área. Rafinha passou por trás enganando a marcação, Hugo fez 1-2 com Rômulo e bateu pro gol. 1 x 0. As coisas ficaram ainda mais tranquilas quando Dagoberto foi expulso. Leo Lima entrou bem. Houve um penalti escandaloso não marcado em cima do Hugo. No final Herrera pegou a sobra do lançamento e encobriu o goleiro: 2 x 0

Não me empolgo muito com Léo Lima, acho sim que ele vai ser útil ao Grêmio, porém ele tem de simplificar um pouco mais. Me empolgo sim com o futebol de Lucas, que é diferenciado. Não entendo como os jornalistas do centro do país se esquecem desse jogador na hora de falar de futuros selecionáveis.


GRÊMIO: Marcelo Grohe; Patrício, William, Evaldo e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Hugo (Herrera) e Rafinha (Léo Lima); Rômulo (Ramon).
Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-PR: Cléber; Alex (Fabrício), César e João Leonardo; André Rocha, Alan Bahia, Cristian (Evandro), Ferreira (Herrera) e Ivan; Denis Marques e Dagoberto.
Técnico: Vadão.

Data: 13/08/2006 (domingo)
Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS)
Árbitro: Wagner Tardelli (RJ-Fifa)

Assistentes: Wilton Moutinho Rodrigues (Fifa) e Wilmar Raul (RJ)
Gols: Hugo (G), aos 10 e Herrera (G), aos 42 minutos do segundo tempo
Cartões Amarelos: Patrício (Grêmio); César e André Rocha (Atlético)
Cartão Vermelho: Dagoberto (Atlético
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