sábado, abril 21, 2007

Gauchão - Grêmio 4 x 0 Caxias

Dificil não falar um monte de besteiras hoje, quem é gremista sabe o que é, e quem foi no jogo sabe o que foi aquilo que aconteceu no jogo. Era sabido que se o Grêmio colocasse um pouquinho de raça superaria o fraco time do Caxias, e o time pôs muita raça, e além disso jogou bem. Teco substitui Schiavi com vantagens (especialmente na sáida de bola). Nunes protegeu bem a zaga e deu segurança para os laterais avançar. Diego Souza jogou quase como atacante, pressionando a saída de bola e fazendo boas jogadas pelas pontas.


O Grêmio iniciou marcando sobre pressão no campo do Caxias, que se apavorava e dava bico pra frente. Nunes e Lucas ganhavam todas disputas no alto. Carlos Eduardo ia pra cima da marcação, e dele saiu a primeira chance de gol num cruzamento que não foi alcançado pelo seu companheiro. Pouco depois Diego Souza bateu falta com força, Ricardo soltou e Carlos Eduardo chutou pra fora o rebote. Desde o início do jogo a atmosfera no estádio era de pressão total, e nessa pressão Patrício aproveitou uma bola perdida no ataque, cortou pra perna esquerda e chutou pro gol. Tuta ainda empurrou pras redes, mas o gol foi totalmente do Patrício. Pouco depois, Patrício entrou na area pela direita e rolou pra Carlos Eduardo, que se passou da bola. Poucos minutos depois, Carlos Eduardo recebeu nas costas da zaga e cruzou pra Tuta, que de carrinho acertou a trave. Lucas antecipou-se na sobra e tabelou com Tcheco, que fez o segundo gol. A partir dái todos tinha a certeza que o resultado viria. Edson Gaúcho bem que tentou ajeitar seu time, mas o Caxias fazia uma exibição desastrosa. Pouco antes do fim do primeiro tempo, Lúcio recebeu na esquerda e cruzou pra área, Diego Souza subiu, antecipando-se a zaga, e fez o 3 x 0. Objetivo alcançado ainda no primeiro tempo.


Como era de se esperar o Grêmio diminui um pouco o ritmo no segundo tempo, muito em razão da fadiga gerada na primeira etapa, mas ainda assim era quem mandava no jogo. O caxias ameaçou em um par de jogadas, mas o grêmio continuava criando chances. Aos 23, Sandro alçou a bola pra área, Tuta superou seu marcador no alto e fez o 4 x 0. A partir dái era administrar o jogo. e foi o que aconteceu, pois o Caxias não mais ameaçou o gol de Saja.

O importante dessa partida é que a mecânica de jogo voltou a funcionar. Houve a passagem dos laterais, os volantes se apresentaram na frente, os atacantes se movimentaram criando opções. O meio campo marcou, roubou bolas, fez falta quando necessário. Tudo isso não vinha sendo feito nos últimos jogos.


Como bem disse o Mano, se houvesse justiça no futebol a aquela bola do Sandro (do meio de campo) teria entrado. Sandro entrou e não fez ninguem sentir falta do Lucas. Sem falar na sua raça costumeira.

Considero o público de 25 mil não mais do que razoavel. Mas ainda bem que quem foi estava afim de ajudar o time. O que se viu nas arquibancadas, principalmente no primeiro tempo, foi impressionante. Quero acreditar que a torcida fez diferença.

Queria saber onde estão os corneteiros que chamavam o Tcheco de pipoqueiro e o Tuta de cachaceiro? Onde estão aqueles que pregavam a demissão de Mano e a contratação de Renato ( sim eles existiam aqui e aqui, por exemplo). Onde estão os críticos dos treinos de portão fechado, que não previram a entrada (fundamental) de Diego Souza? Onde estão os entusiastas do futebol do Caxias e do "grande" goleiro Ricardo? Quando mesmo que haverá uma final Ca-Ju no gauchão?

Grêmio 4 x 0 Caxias

GRÊMIO: Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Nunes, Lucas (Sandro Goiano 27´), Diego Souza (William Magrão 80´) e Tcheco; Carlos Eduardo (Ramon 87´) e Tuta.
Técnico: Mano Menezes
CAXIAS: Ricardo; Thiago Machado, Michel, Heverton e Jonathas (Endrigo 17´); William, Juninho, Jorge Luiz (Washington 69´) e Oliveira; Jajá (Eduardo 32´) e Lima.
Técnico: Edson Gaúcho
Data: 20/04/2007 (sexta-feira), 20h30min
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre-RS
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS)
Assistentes: José Carlos Oliveira (RS) e Vili Tissot (RS)
Gols: Patrício (G) aos 13; Tcheco (G) aos 19; e Diego Souza (G) aos 42 minutos do primeiro tempo; Tuta (G) aos 23 do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Tcheco, Nunes (Grê); Heverton, Jajá, Eduardo, Thiago Machado, Endrigo
Público: 24.627 (21.891 pagantes).
Renda: R$ 255.450,00

2 comentários:

Frederick Martins disse...

O horário de serviço, infelizmente, deixou-me impossibilitado de comparecer ao Olímpico para assistir a essa obra-prima que só nosso time é capaz de nos presentear. Mas vibrei com cada gol feito e gritado no rádio. No terceiro gol, gritei tão alto que meus colegas de trabalho deram um pulo da cadeira ;D.

Quanto a corneteiros, bem... em 96, criticaram o Fábio Koff depois da nossa derrota pro Goiás no Olímpico. Gritaram algo do tipo "como é que tu quer ser campeão vendendo o Jardel??". E eles sempre se calam. Já vi criticarem o Felipão por ter jogado recuado demais contra o Palmeiras em São Paulo, quando tomamos 5 a 1. E na década de 60 ou 70 (não me recordo agora, li no livro do Peninha), o Carlos Froner tinha fama de retranqueiro, o que desagradava imprensa e alguns torcedores. Mas ele mesmo conta: "veja bem, eu tinha o artilheiro do campeonato, tinha o melhor ataque do campeonato e era chamado de retranqueiro". Alguma semelhança com os dias de hoje?

Mas enfim, deixa eles falarem. Enquanto o Grêmio existir, sempre eles vão tomar naquele lugar e calarem a boca. Até um dia aprenderem.

No jogo contra o Cerro, vou estar lá para alentar o time.

Um abraço, meu velho.

André Kruse disse...

Uma pena tu não ter ido ao jogo. Foi daquelas partidas memoraveis.

É verdade que os corneteiros já são até históricos no Grêmio. Ontem, ao menos na hora do jogo, não se fizeram presentes. ainda bem