domingo, janeiro 25, 2009

Gauchão - Grêmio 5 x 0 Esportivo


Não fui ao Olímpico no sábado. A idéia era aproveitar as benesses do maravilhoso litoral do Rio Grande e ver o jogo pela TV. Contudo, só consegui assistir o jogo quando Jonas já comemorava o terceiro gol.

Antes disso, os melhores momentos (e o VT) mostraram um jogo de um time só. Grêmio permanecia o tempo todo no campo de ataque. Marcou três gols e concluiu mais outras tantas vezes. Bela tabela no primeiro gol (segundo de Ruy no campeonato), boa cobrança de Souza no segundo, cruzamento preciso de Ruy e grande cabeçada de Jonas no terceiro.

O Esportivo trajava um uniforme roxo. Compreensível a cor, dada a relação da sua cidade com o Vinho. Inaceitável foi a meia azul. Fora o uniforme, difícil destacar algo sobre a atuação do time da serra.

Único lance de perigo contra a meta Gremista ocorreu devido a marcação de um recuo de bola. Embora considere burra essa interpretação, é necessário se dizer que essa é a interpretação vigente e dominante. Lembro que em 95, antes de viajar para Tóquio, os atletas gremistas tiveram uma palestra com e sobre arbitragem, Adílson questionou a possibilidade de fazer o que Réver fez ontem. Já naquela época isso era vetado.


No segundo tempo o treinador do Esportivo tratou de evitar o pior. Tentou povoar o meio campo. Grêmio tratou de administrar a vantagem e tocou a bola. Chegou a existir uma compreensível displicência em alguns lances. Mesmo assim o tricolor ampliou em dois gols de pênalti. No primeiro não me pareceu que o jogador do Esportivo tenha usado o braço. Alex Mineiro, com paradinha marcou. No segundo, Alex Mineiro já tinha saído para entrada de Reinaldo, e Tcheco bateu, bem como sempre.

Roth colocou Diogo e mudou o esquema no segundo tempo. William Magrão saiu mais pro jogo e Souza ficou mais aberto pela esquerda. No primeiro tempo Souza jogava mais solto, caindo nos dois lados do campo.

Esportivo foi um adversário muito fraco. Talvez não sirva de parâmetro. Mas penso que mesmo assim foi possível observar alguns avanços na equipe. Aconteceram boas triangulações nos dois lados do campo, com os alas fechando para o meio. Jonas formou uma boa dupla Alex Mineiro. O primeiro voltava bastante para buscar o jogo, enquanto o segundo ficou mais fixo dentro da área, servindo de pivô em várias ocasiões.


fotos: Grêmio.net e Agencia FreeLancer

Grêmio 5 x 0 Esportivo

Ruy
Souza
Jonas
Alex Mineiro (Pênalti)
Tcheco (Pênalti)

GRÊMIO: Victor; Léo, Réver e Rafael Marques(Diogo 12/2); Ruy, Willian Magrão, Tcheco(Orteman 25/2), Souza e Fábio Santos; Jonas e Alex Mineiro(Reinaldo 16/2).
Técnico: Celso Roth

ESPORTIVO: Fernando, Ramón, Roman e Juliano Navarini; Adans, Hélton(Joziel - intervalo), Galego, Dangelo (Neilor 34/2)e Everton; Evilásio e Waldson(Juninho Botelho - intervalo).
Técnico: Cirio Quadros

Gauchão 2009 - 1ªFase - 2ª Rodada
Data: 24/01/2009 - Sábado - 16h00min
Local: Estádio Olímpico - Porto Alegre(RS)
Público: 13.353 (11.633 pagantes)
Renda:R$200.555,00
Árbitro: Márcio Chagas da Silva
Auxiliares: Júlio César dos Santos e Carlos Bittencourt
Cartões Amarelos: Léo(G), Orteman (G), Ronan(E), Evilásio (E) e Joziel (E)
Gols:Ruy 18, Souza 27 e Jonas 38 do primeiro tempo, Alex Mineiro (pênalti) 9 (4 x 0), Tcheco (pênalti) 24 do 2°

7 comentários:

Anônimo disse...

Por que tu considera burra a interpretação? Fiquei curioso. Entendo eu que o objetivo da norma é claro: evitar que um time amorcegue o jogo recuando para o goleiro e este mantenha a bola inacessível ao adversário, parando o jogo e gastando tempo. Se o zagueiro, puder sempre fazer um balãozinho e recuar de cabeça, está contrariando a razão da regra.

Anônimo disse...

Depois de "zagueiro" tem uma vírgula errada que complica a compreensão. Desconsidere.

Anônimo disse...

Porque a regra fala em recuar com o pé.

Essa questão do penúltimo toque é que me incomoda.

E essa jogada é rara e um tanto dificil de fazer. No meu modo da ver o objetivo da norma é facilitar a vida de quem pressiona a saída de bola. Essa jogada só pode ser executada tal como foi ontem, sem ninguém por perto para acuar o zagueiro e este tem de estar relativamente proximo da área, caso contrário a jogada se torna extremamente arriscada.

E daria para burlar a regra de outras formas. Zagueiro A levanta para o Zagueiro B recuar de cabeça; Goleiro lança para o zagueiro devolver de cabeça.

Enfim, o recuo com o pé é vetado porque é fácil recuar com pé. Com outras partes do corpo é permitido porque é raro e dificil de se fazer, tal qual a embaixadinha do rever.

Vale lembrar também que essa regra e esta interpretação são anteriores a lei dos 6 segundos. Réver teria ganho no máximo 6 segunfos ontem

Anônimo disse...

Quanto ao objetivo da norma, o contexto em que ela foi inserida no futebol deixa claro que o seu objetivo era fazer com que o jogo tivesse mais tempo de bola rolando.

No teu exemplo de um jogador lançar para outro cabecear para o goleiro, cuidado. Deve-se ver a intenção do que lançou. Se, por exemplo, Rever fizesse o balãozinho, bem como foi ontem, oferecendo para o Léo cabecear, seria infração. Diferente, por exemplo, se o Réver dá um lançamento na fogueira para o Léo e este, para se salvar, cabeceia para o Victor.
Inobstante qualquer interpretação que possamos ter, achei autossuficiência do Réver. Totalmente desnecessário, ainda bem que foi em um jogo como esse.

Anônimo disse...

E como tu bem disse, há várias maneiras de burlar a regra. Por isso que a interpretação tem de ser ampla, e não literal, de modo a coibir qualquer abuso. Tinha gente que até dizia que o drible da foquinha era ilegal, para a gente ter uma idéia de como dá para defender qualquer coisa.

Eduardo Wilsmann disse...

Achei o que o Réver fez realmente malandragem, e se eu fosse o árbitro também dava a falta, mas cada um com sua opinião!

Se estiver afim de uma parceria de links de blogs, só falar comigo pelo meu blog.

Abraço!

luís felipe disse...

outra coisa interessante:

se o zagueiro levantar a bola, der um toque com o ombro e depois recuar de cabeça, é válido.