FinalSports
Nome completo: Boyacá Chicó Fútbol Club
Site oficial: www.chicofc.com
Sede: Tunja, na Colômbia
Fundação: 26 de março de 2002
Estádio: La Independencia
- Títulos:
Campeonato Colombiano da Segunda Divisão: 2003
Campeonato Colombiano: 2008 (Apertura)
- Libertadores:
No ano passado, o Boyacá estreiou na fase da Pré-Libertadores. Em 2009, o time colombiano faz a sua estreia na fase de grupos da Libertadores.
-Jogadores inscritos na Libertadores: Ver página da Conmebol
-Time titular:
Velásquez; Pedro Pino Moreno, Galicia, Mario Garcia e Ormedis Madera; Leonardo Lopez, Juan Mahecha, Edwin Móvil e Anthony Tápia; Raul Asprilla e Juan Nuñez.
Blog do Birner
Fundado como Chicó Fútbol Club em 1997 na cidade de Bogotá, o time recebeu esse nome como forma de homenagem ao Parque Chicó, distrito da capital colombiana (a palavra chicó tem origem muísca, povo que habitou parte da região em que hoje fica Bogotá e significa “aliado”) em que nasceu o fundador do clube. Em 26 de março de 2002, após problemas financeiros, o Ajedrezado foi refundado com o nome de Deportivo Bogotá Chicó Fútbol Club.
Depois de conquistar títulos de divisões inferiores e estar em permanente conflito com a prefeitura bogotana, o time alviverde, mas que tem jogado muitas vezes de azul, mudou-se, em 2004, para Tunja, capital do departamento de Boyacá (outra palavra muísca, significando “perto do cacique”), localizado no nordeste da Colômbia e cenário das mais importantes batalhas que libertaram o país do jugo espanhol no início do século 19.
Foi apenas depois da mudança que o time passou a se chamar Boyacá Chicó, jogando no estádio de La Independencia, com capacidade para pouco menos de 10 mil espectadores e que também abriga jogos do Patriotas de Tunja, time local que joga na segunda divisão colombiana, da qual o Boyacá Chicó foi campeão em 2003 depois de ter ganhado a terceira divisão no ano anterior.
O escudo do Chicó mostra um portão, que nada mais é do que a representação da entrada principal dos jardins do Parque Chicó.
Trivela
"Para entender a história do Chicó voltemos ao não tão longínquo ano de 1997, quando ocorreu sua “primeira” fundação. O clube, sediado na capital Bogotá, recebeu o nome Chicó Fútbol Club em homenagem ao Parque Chicó, bairro da cidade em que nasceu o fundador e primeiro presidente, Eduardo Pimentel. Entretanto a equipe passava por problemas financeiros e sequer conseguia se destacar na terceira divisão do futebol colombiano.
Então no ano de 2002, com o nome de Deportivo Bogotá Chicó Fútbol Club, tornou-se a primeira sociedade anônima do futebol. Qualquer cidadão poderia entrar e investir no time, fato que reergueu o clube. Ao final do mesmo ano, o Chicó garantiria vaga na segunda divisão da Colômbia. O sucesso meteórico fez com que já em 2004 a equipe conseguisse o acesso à elite colombiana.
O ano de 2005 pode ser considerado o marco na consolidação do Boyacá Chicó como, finalmente, um clube de futebol. Porém não antes de enfrentar mais problemas. À época, além do Chicó, havia Santa Fé e Millonarios na cidade de Bogotá, clubes com mais torcida e apoio. Restava ao caçula da capital pouca renda, falta de patrocínio e crise atrás de crise. Ainda mais que o acionista máximo, Eduardo Pimentel e o presidente de então, Mariano Díaz, foram acusados de falsificação de documentos, o que acabou na renúncia dos dois. Alberto Gamero assumiu a presidência para 2006.
Daí surge a proposta do governo do distrito de Boyacá para o clube mudar-se à cidade de Tunja, capital do estado a nordeste de Bogotá. O convite foi aceito e tudo se definia: o nome do clube passaria a ser Boyacá Chicó Fútbol Club, mandaria as partidas no Estádio La Independencia, com capacidade para 8.500 torcedores, e o ano de 2006 prometia. Tanto que o time chegou a pleitear as primeiras colocações da primeira divisão (denominada Copa Mustang), mas acabou em terceiro lugar.
Vaga na Libertadores e... A fase era tão boa que já em 2007 “Los Ajedrezados” – apelido recebido pelo modelo do uniforme: quadriculado (no estilo da seleção croata) em azul e preto – realizaram a terceira melhor campanha do ano na Colômbia. A Copa Mustang é dividida nos torneios Apertura, até a metade do ano, e Clausura, do meio até o final. Como o Chicó ficou com a terceira colocação do Apertura e último posto colombiano para o torneio continental, deveria realizar o confronto na pré-Libertadores de 2008 contra o Audax Italiano, do Chile.
Na primeira partida, na Colômbia, vitória dos colombianos por 4 a 3, mas no jogo de volta, os chilenos venceram por 1 a 0 e garantiram-se na fase de grupos. O Boyacá Chicó esperaria mais um ano para estar na maior competição do futebol sul-americano. A Copa Mustang I (Apertura) de 2008 selou o primeiro título nacional da história da equipe de Tunja. Após classificar-se na segunda posição, quando todos jogam contra todos, classificou-se à final do campeonato ao ficar na primeira colocação do Grupo 2 da segunda fase – os oito primeiros classificados dividem-se em dois grupos de quatro, o campeão de cada chave vai à decisão.
... o tão esperado título nacional Como adversário na grande final, o temível América de Cali. O primeiro jogo era no Estádio Pascual Guerrero, em Cali. Salazar marcou aos 19 minutos do primeiro tempo para delírio dos Ajedrezados, mas Vasquez empatou aos 41. O empate não era mau resultado, pois tudo se decidiria quatro dias depois, em Tunja. No La Independencia, o destaque do Chicó, o argentino Miguel Eduardo Caneo abriu o placar aos 36 da primeira etapa. A festa do título, porém, foi adiada aos 38 do segundo tempo, quando Tejada empatou e levou à decisão por pênaltis.
O Boyacá Chicó Fútbol Club sagrou-se campeão colombiano ao vencer as penalidades por 4 a 2. O dia 6 de julho de 2008 ficará marcado no clube. Uma data que marca não só o triunfo sobre um adversário, mas a vitória da persistência, da vontade de tornar uma pequena representação repleta de contratempos em um representante da elite do futebol sul-americano. Este é o Boyacá Chicó, agora com vaga garantida no Grupo 7 da Libertadores 2009, menos de uma década de vida, muita história para contar e muitos brasileiros a incomodar. A começar pelo Grêmio."
Globo Esporte
Fique de olho: o meia Edwin Movil, de 22 anos, tem passagem pela seleção sub-20 que disputou o Mundial de 2005 na Holanda.
Técnico: Alberto Miguel Gamero (COL).
Opinião: "Dos três colombianos na Libertadores, o Chicó é o que gera mais incertezas, porque não se reforçou bem. O time confia em sua segurança defensiva, na armação de jogadas de Miguel Caneo e na explosão de Marcos Pérez (da seleção sub-20). Saíram alguns jogadores importantes, como Néstor Salazar, Frankie Oviedo e Leonardo Fabio Moreno. É um azarão, principalmente porque não se sabe se jogará no estádio La Independencia (que passará de 12 mil para 18 mil lugares) ou se terá de ir ao El Campín, de Bogotá, onde não tem torcida."
Jaime Herrera Correa, do "El Colombiano"
Depois de conquistar títulos de divisões inferiores e estar em permanente conflito com a prefeitura bogotana, o time alviverde, mas que tem jogado muitas vezes de azul, mudou-se, em 2004, para Tunja, capital do departamento de Boyacá (outra palavra muísca, significando “perto do cacique”), localizado no nordeste da Colômbia e cenário das mais importantes batalhas que libertaram o país do jugo espanhol no início do século 19.
Foi apenas depois da mudança que o time passou a se chamar Boyacá Chicó, jogando no estádio de La Independencia, com capacidade para pouco menos de 10 mil espectadores e que também abriga jogos do Patriotas de Tunja, time local que joga na segunda divisão colombiana, da qual o Boyacá Chicó foi campeão em 2003 depois de ter ganhado a terceira divisão no ano anterior.
O escudo do Chicó mostra um portão, que nada mais é do que a representação da entrada principal dos jardins do Parque Chicó.
equipe campeã do apertura 2008
Trivela
"Para entender a história do Chicó voltemos ao não tão longínquo ano de 1997, quando ocorreu sua “primeira” fundação. O clube, sediado na capital Bogotá, recebeu o nome Chicó Fútbol Club em homenagem ao Parque Chicó, bairro da cidade em que nasceu o fundador e primeiro presidente, Eduardo Pimentel. Entretanto a equipe passava por problemas financeiros e sequer conseguia se destacar na terceira divisão do futebol colombiano.
Então no ano de 2002, com o nome de Deportivo Bogotá Chicó Fútbol Club, tornou-se a primeira sociedade anônima do futebol. Qualquer cidadão poderia entrar e investir no time, fato que reergueu o clube. Ao final do mesmo ano, o Chicó garantiria vaga na segunda divisão da Colômbia. O sucesso meteórico fez com que já em 2004 a equipe conseguisse o acesso à elite colombiana.
O ano de 2005 pode ser considerado o marco na consolidação do Boyacá Chicó como, finalmente, um clube de futebol. Porém não antes de enfrentar mais problemas. À época, além do Chicó, havia Santa Fé e Millonarios na cidade de Bogotá, clubes com mais torcida e apoio. Restava ao caçula da capital pouca renda, falta de patrocínio e crise atrás de crise. Ainda mais que o acionista máximo, Eduardo Pimentel e o presidente de então, Mariano Díaz, foram acusados de falsificação de documentos, o que acabou na renúncia dos dois. Alberto Gamero assumiu a presidência para 2006.
Daí surge a proposta do governo do distrito de Boyacá para o clube mudar-se à cidade de Tunja, capital do estado a nordeste de Bogotá. O convite foi aceito e tudo se definia: o nome do clube passaria a ser Boyacá Chicó Fútbol Club, mandaria as partidas no Estádio La Independencia, com capacidade para 8.500 torcedores, e o ano de 2006 prometia. Tanto que o time chegou a pleitear as primeiras colocações da primeira divisão (denominada Copa Mustang), mas acabou em terceiro lugar.
Vaga na Libertadores e... A fase era tão boa que já em 2007 “Los Ajedrezados” – apelido recebido pelo modelo do uniforme: quadriculado (no estilo da seleção croata) em azul e preto – realizaram a terceira melhor campanha do ano na Colômbia. A Copa Mustang é dividida nos torneios Apertura, até a metade do ano, e Clausura, do meio até o final. Como o Chicó ficou com a terceira colocação do Apertura e último posto colombiano para o torneio continental, deveria realizar o confronto na pré-Libertadores de 2008 contra o Audax Italiano, do Chile.
Na primeira partida, na Colômbia, vitória dos colombianos por 4 a 3, mas no jogo de volta, os chilenos venceram por 1 a 0 e garantiram-se na fase de grupos. O Boyacá Chicó esperaria mais um ano para estar na maior competição do futebol sul-americano. A Copa Mustang I (Apertura) de 2008 selou o primeiro título nacional da história da equipe de Tunja. Após classificar-se na segunda posição, quando todos jogam contra todos, classificou-se à final do campeonato ao ficar na primeira colocação do Grupo 2 da segunda fase – os oito primeiros classificados dividem-se em dois grupos de quatro, o campeão de cada chave vai à decisão.
... o tão esperado título nacional Como adversário na grande final, o temível América de Cali. O primeiro jogo era no Estádio Pascual Guerrero, em Cali. Salazar marcou aos 19 minutos do primeiro tempo para delírio dos Ajedrezados, mas Vasquez empatou aos 41. O empate não era mau resultado, pois tudo se decidiria quatro dias depois, em Tunja. No La Independencia, o destaque do Chicó, o argentino Miguel Eduardo Caneo abriu o placar aos 36 da primeira etapa. A festa do título, porém, foi adiada aos 38 do segundo tempo, quando Tejada empatou e levou à decisão por pênaltis.
O Boyacá Chicó Fútbol Club sagrou-se campeão colombiano ao vencer as penalidades por 4 a 2. O dia 6 de julho de 2008 ficará marcado no clube. Uma data que marca não só o triunfo sobre um adversário, mas a vitória da persistência, da vontade de tornar uma pequena representação repleta de contratempos em um representante da elite do futebol sul-americano. Este é o Boyacá Chicó, agora com vaga garantida no Grupo 7 da Libertadores 2009, menos de uma década de vida, muita história para contar e muitos brasileiros a incomodar. A começar pelo Grêmio."
Globo Esporte
Fique de olho: o meia Edwin Movil, de 22 anos, tem passagem pela seleção sub-20 que disputou o Mundial de 2005 na Holanda.
Técnico: Alberto Miguel Gamero (COL).
Opinião: "Dos três colombianos na Libertadores, o Chicó é o que gera mais incertezas, porque não se reforçou bem. O time confia em sua segurança defensiva, na armação de jogadas de Miguel Caneo e na explosão de Marcos Pérez (da seleção sub-20). Saíram alguns jogadores importantes, como Néstor Salazar, Frankie Oviedo e Leonardo Fabio Moreno. É um azarão, principalmente porque não se sabe se jogará no estádio La Independencia (que passará de 12 mil para 18 mil lugares) ou se terá de ir ao El Campín, de Bogotá, onde não tem torcida."
Jaime Herrera Correa, do "El Colombiano"
Carta na Manga
"o que me estranhou desde que ficou provável que esta equipe enfrentaria o Grêmio na Libertadores era o porquê da acentuada queda no segundo semestre, quando o clube ficou na modesta 14ª posição do Clausura. Seria um relaxamento, já que a Libertadores estaria garantida? A perda de jogadores para o exterior? A pista para a resposta vem do próprio site do clube: a crise financeira. Esta matéria de 9 de dezembro mostra com uma sinceridade incomum para um veículo oficial que nada menos que cinco atletas deixaram o clube por não receberem seus salários. Há pressão da torcida para que os contratos sejam cumpridos, mas a inhaca parece ser mais forte do que a vontade de dirigentes e torcedores."
Zero Hora
Como joga o Boyacá Chicó Quando atacados, os colombianos preferem cercar. Dificilmente seu meio-campo faz uma blitz ou dá o bote para roubar a bola. Com a bola, o time sai rápido, troca passes em jogadas de aproximação ou em lançamentos longos para contra-ataques. Explora a velocidade e a força dos atacantes Tapia e Nuñez.
OLHO NELES Os chutes de longa e média distância são as virtudes do Boyacá Chicó. Os três gols da terça-feira foram marcados dessa forma. O atacante Tapia tem precisão e se desloca pelas três posições de frente. É forte. Parece difícil de ser marcado. O atacante Nuñez também merece atenção. Ele é o segundo atacante, enquanto Tapia fica mais posicionado.
PONTOS FORTES Quando um time formado por jogadores altos e fortes tem habilidade para fazer a bola passar de um lado a outro do campo em velocidade, é sinal de dificuldades para os adversários. O Boyacá Chicó tem jogadores capazes de trocar passes, envolver o adversário e chegar com rapidez e fôlego na frente. O que atrapalha é um pouco de ansiedade. A bola alçada na área busca sempre os atacantes, o meia Girón e os volantes que se soltam para tentar o cabeceio.
PONTOS FRACOS Apesar dos três volantes, o setor não faz marcação eficiente. Os jogadores são fortes, ganham muitas divididas, mas cometem erros infantis de passes. Falta habilidade.
ESQUEMA Com três volantes e o meia Girón, o time segura os laterais Madera e Pino. Nuñez e o goleador Tapia estão na frente.
Zero Hora
Como joga o Boyacá Chicó Quando atacados, os colombianos preferem cercar. Dificilmente seu meio-campo faz uma blitz ou dá o bote para roubar a bola. Com a bola, o time sai rápido, troca passes em jogadas de aproximação ou em lançamentos longos para contra-ataques. Explora a velocidade e a força dos atacantes Tapia e Nuñez.
OLHO NELES Os chutes de longa e média distância são as virtudes do Boyacá Chicó. Os três gols da terça-feira foram marcados dessa forma. O atacante Tapia tem precisão e se desloca pelas três posições de frente. É forte. Parece difícil de ser marcado. O atacante Nuñez também merece atenção. Ele é o segundo atacante, enquanto Tapia fica mais posicionado.
PONTOS FORTES Quando um time formado por jogadores altos e fortes tem habilidade para fazer a bola passar de um lado a outro do campo em velocidade, é sinal de dificuldades para os adversários. O Boyacá Chicó tem jogadores capazes de trocar passes, envolver o adversário e chegar com rapidez e fôlego na frente. O que atrapalha é um pouco de ansiedade. A bola alçada na área busca sempre os atacantes, o meia Girón e os volantes que se soltam para tentar o cabeceio.
PONTOS FRACOS Apesar dos três volantes, o setor não faz marcação eficiente. Os jogadores são fortes, ganham muitas divididas, mas cometem erros infantis de passes. Falta habilidade.
ESQUEMA Com três volantes e o meia Girón, o time segura os laterais Madera e Pino. Nuñez e o goleador Tapia estão na frente.
7 comentários:
Valeu a referência, André. Apesar das desconfianças pelos poucos reforços e pela crise interna, é bom atentar que este time goleou na estreia e que está bem no atual Campeonato Colombiano, passadas cinco rodadas.
Abs.
Vicente, devido a minha demora o teu texto ficou um pouco descontextualizado. Mas ainda assim acho que é válido.
Beleza.
Uma outra pergunta: alguém mais notou que o "Boyacá" do distintivo é usado com a mesma fonte do logo do Edguy?
Pois bem que eu notei que nao me era estranho.
Achei esta mesma imagem em mais de um lugar na internet, nem percebi se era oficial ou nao. Pelo jeito não é.
Este boyacá parece ser o logo da prefeitrura:
http://www.bogotaturismo.gov.co/imagenes/BOYACA_small.jpg
hahahaha
Muita eficiência.
Apesar de já batidos, esses símbolos com fortins são sempre sensacionais.
Excelente compilação, André. Não sei absolutamente nada sobre o próximo adversário do tricolor e, com estas informações, pelo menos dá pra começar a compreender um pouco.
Postar um comentário