Da noite para o dia, com uma magra vitória por um 1x0 (com boa atuação diga-se) o Grêmio passou do pior para o melhor time do mundo. Roth deixou de ser burro e passou a ser gênio.
Mas o objetivo do post não é discorrer sobre exageros de torcedores e da imprensa, e sim falar da "inovação" tática apresentada no jogo contra o Boyacá: O posicionamento de Réver.
Muita gente falando em 4-4-2. Discordo. Não vi o jogo no estádio, e sim na TV (como a imensa maioria das pessoas). Acho que dizer que Réver jogou de volante no 4-4-2 é uma simplificação grosseira. Respeito quem discorde, como foi o caso de Mauro Beting, na imagem acima.
Na minha opinião o Grêmio jogou no velho e bom 3-5-2. A novidade foi o adiantamento de Réver, que jogou a frente dos dois Stoppers. Mas isto não faz dele um volante, continuou sendo o libero. Tirando a inversão das posiçoes de Tcheco e Adílson, a imagem abaixo, criada pelo blog Preleção, traduz perfeitamente o posicionamento do Grêmio no primeiro tempo do jogo.
Ruy foi o ala de sempre. Fábio Santos jogou um pouco mais recuado e Réver continuou sendo Líbero, dessa vez jogando um pouco a frente dos demais zagueiros.
Parte da confusão se explica pelo erro conceitual que se tem no Brasil sobre a função de Líbero. O Líbero é quem está livre da tarefa de marcação individual sobre algum adversário, independentemente se ele sai mais pro jogo ou joga atrás, na frente ou na mesma linha dos demais zagueiros. Os ingleses usam também o termo "sweeper" para designar a mesma função.
Em uma coisa eu concordo com o Mauro Beting, o esquema deu certo porque o adversário jogava com um só atacante (jogou no 4-5-1). Caso o adversário jogasse com mais avantes, certamente Réver seria obrigado a recuar.
5 comentários:
Neste desenho do Preleção eu vejo um 4-4-2. Mas enfim, é interessante que haja essas discussões. Acho que, na real, o Celso Roth desta vez NOS deu um nó tático.
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Eu concordo com o Vicente. Esquema em que um ala (Fábio) fica atrás dos volantes e de um dos zagueiros (Réver) já deixou de 3-5-2. Para mim, o Grêmio jogou variando o esquema, usando o Réver tal qual o Inter fazia com o Edinho em alguns jogos com o Muricy.
Mas o posicionamento do Fábio Santos faria com que o esquema fosse um 5-3-2, e nao 4-4-2. Sem falar que o Ruy jogou bem adiantado.
Repito, Réver não foi volante. Ele se adiantava quando o Grêmio era atacado. Quando o time saia jogando ele não se colocava na mesma linha do Tcheco e do Adílso, e sim na mesma linha do Leo e do R.Marques.
Pode ser. Na verdade, acho que houve variações, não um 4-4-2 ortodoxo como o Mauro Beting colocou. Tanto que só percebi o 4-4-2 lá pelo meio do primeiro tempo, mas como uma variação, não algo estanque.
Segundo li por aí (não lembro onde), a direção sugeriu ao Roth um 4-4-2. Acho que este esquema faz um meio-termo interessante.
E vejam: ótimo que estejamos discutindo um esquema interessante e que deu certo. Pior é quando temos que dissecar aberrações.
Não nos esqueçamos que durante a partida o clube muda de esquema milhões de vezes. Só um exemplo, no primeiro jogo, contra a U, não foram poucas vezes que o Adílson virou lateral-direito, e o time passou a jogar num 4-4-2.
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