quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Vida e "morte" de César


Em dezembro de 2009, o Igor Natusch fez um brilhante texto no Carta na Manga sobre a foto que grava o momento exato do peixinho de César, que nos deu o título da Libertadores de 83.

O post aborda os altos e baixo da passagem de César pelo Grêmio, desde sua contratação, os gols contra Estudiantes e Penãrol até a ida a Tóquio, onde sequer fardou, muito embora tenha tido uma interessante idéia de marketing pessoal ao confeccionar um chaveiro que lembrava da sua façanha na Final da Libertadores (foto acima):

"Tão definitivo foi o gol de César que, para sermos sinceros, acabou sendo não só o ápice como quase o ocaso de sua carreira. O centroavante foi a Tóquio para a disputa do Mundial Interclubes, mas nem chegou a se fardar para o jogo - numa equipe reforçada por nomes como Mário Sérgio e Paulo Cesar Caju, acabou sobrando na relação e nem no banco ficou na partida decisiva contra o Hamburgo. Relatos vindos do Japão nos falam de um centroavante cabisbaixo, que passeava pelo lobby do hotel carregando um chaveiro escrito "César, O Gol da Libertadores", que ele mesmo havia mandado confeccionar."

A história foi toda muito bem explicada no texto do Natusch que merece ser lido na íntegra. Mas com o intuito de ajudar a ilustrar o post, mandei pro Carta na Manga o material que tinha sobre dois episódios mencionados no texto.

O primeiro é esse do chaveiro. O segundo é por demais surreal: Uma "barriga" de 1995 que acabou "matando" César e gerando uma inusitada comoção no Estádio Olímpico.(fotos abaixo):

"Tudo começou com uma ligação, feita por um conhecido de César no começo da tarde. Em contato com a produção da Rádio Gaúcha, avisou que o autor do gol do primeiro título continental do Grêmio tinha morrido na segunda-feira, vítima de cirrose hepática, e que seu enterro se daria durante a tarde, em Caxias do Sul. Wianey Carlet, durante o programa “Sala de Redação”, divulgou em primeira mão a trágica notícia. Outros veículos trataram imediatamente de reproduzir a desagradável informação, e logo o Estado inteiro lamentava a inesperada morte do centroavante."

Esse segundo episódio rendeu mais um post do Natusch que igualmente merece ser lido na íntegra



6 comentários:

martina disse...

essa história é sensacional. já tinha lido no carta na manga, mas me diverti lendo a matéria da zh na íntegra.
aliás, parabéns pelo teu baita acervo.

luís felipe disse...

Nico Noronha: um dos jornalistas mais talentosos da história do Esporte da Zero Hora.

A melhor coisa que Augusto Nunes fez na ZH foi efetivar ele e o Divino Fonseca como editores de esportes. Desde então, infelizmente, o nível da editoria só caiu. Ainda manteve boa figura com o Mauro Toralles, mas depois do David, a coisa ficou feia.

André Kruse disse...

Maldito David Coimbra.

falando sério, sou leigo na área, mas me parece que como editor o David Coimbra é um tanto quanto omisso

lf disse...

não digo omisso, mas a editoria de esportes da ZH anda muito arrogante desde que ele se tornou executivo. De acordo com a personalidade dele, claro.

arrogância em vários sentidos. o primeiro é ignorar os furos dos outros: se saiu no CP antes, a ZH ignora a contratação de determinado jogador até o cara ser apresentado. O CP, p.ex, levou furo no caso do Kléber Pereira e deu igual. Mais humildade.

outra coisa: os caras não tem o menor pudor em fazer conjecturas da própria cabeça. Tipo, a coluna do Zini sobre o Maxi López. É o Zini, tudo bem, um cara de nome, mas nunca isso teria espaço na editoria de esportes nessa época aí, anos 90.

pra finalizar, o próprio lance das informações erradas. Para mim um caso emblemático foi quando a seleção entrou na copa de 2002 e a ZH tascou "Para o Japão" na manchete, pra revolta dos coreanos, já que a Coreia tinha sido ignorada. Aí o David deu uma gambiarra dizendo que JÁ ESTAVA CERTO que o Brasil jogaria SÓ no Japão. Tipo, ANTES DA FIFA dizer isso. Aí a seleção foi jogar na Coreia e mesmo assim não admitiram a cagada.

Vicente Fonseca disse...

Em nome da equipe do Carta, agradeço a mão que nos deste neste bom trabalho em parceria contigo, André. Abraço.

natusch disse...

Eu também aproveito para agradecer a grande ajuda e a gentil citação. Muito obrigado, André, e espero que várias parcerias do tipo venham por aí. Abraço!