sábado, abril 12, 2008

Odone pode ter se indisposto

Com a nomeção de André Kriger para o futebol, Odone pode ter se indisposto com setores significativos da política gremista.

Não porque exista uma rejeição específica a Kriger.

Ocorre, que Odone sequer ouviu ou consultou grupos como o Grêmio Novo e Grêmio Independente, grupos esses que eram seus principais apoiadores nas eleições do conselho e no associado e em outras tantas decisões tomadas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Caro André!

Tenho um companheiro de trabalho que é conselheiro colorado e os relatos que me passa, do modo como ocorre a política por aquelas bandas, indica uma extrema fluidez nas ações e acordos. O que pode ser um inimigo hoje adiante, dependendo da conjuntura, vira um adequado aliado. Ou seja, no futebol, dada a paixão existente, as alianças não são sólidas e tampouco permanentes.

Acho que o Odone avaliou, como um profissional da política (a verdadeira e não aquela do esporte)que o barco estava afundando, e ele precisava de um arco de aliados mais amplo do que somente os apoiadores de primeira hora como o Grêmio Novo. É uma inflexão importante nos bastidores, que terá custos, talvez elevados, pois um dos novos assessores é um braço do Obino, um inimigo declarado.

O conjunto de críticas dos últimos dias, espero que os blogs tenham jogado um papel importante nesse processo, fez um figura arrogante e prepotente como o Odone buscar um novo leque de apoiadores, uma espécie de habeas corpus preventivo: se eu afundar, todos afundam comigo. É uma postura diferente do Obino que só teve o apóio do Dourado. Veja só que mudança, adotou o planejamento do Preis e agora está com um mensageiro do Obino, mais importante, chamou um dos que detonaram o grande amigo dele - o Britto. Nada como um dia depois do outro no futebol, aqui se faz aqui se paga.

Tudo esse cenário é indicativo da seriedade do quadro. Efetivamente houve uma avaliação de que um movimento dramático como esse precisa ser feito pois o barco indicava para uma direção errada.

Não acompanhou amiúde a política gremista, mas acho que, grosso modo, a avaliação inicial é essa. O que me leva a concluir, na manhã deste domingo chuvoso, que ele não vai bancar o Roth. Se tem algo que ele vai preservar, junto a torcida, é o capital político eleitoral - acima de tudo.

Como diz o Guga Turck - Jamais nos matarão

Anônimo disse...

Interessante a reflexão do Jorge. O quadro da sucessão presidencial se alterou completamente.

Por falar nisso, acabei de olhar o site do Grêmio Novo e apareceu uma 'nota oficial' sobre o affair Krieger.

Anônimo disse...

O MGN se manifestou favorável ao cumprimento do estatuto do clube, no qual cita o cargo de gerente executivo de futebol, um cargo remunerado. Entendemos que a profissionalização das atividades executivas deve ser aplicada, pois o dinamismo do futebol atual não contempla mais cargos políticos de abnegados que não poderão exercer atividades exclusivas ao clube e, muitas vezes, não possuem conhecimento do mercado.
Att,
Eng. Thiago Karan