No último domingo, Wianey Carlet em sua coluna publicou uma série de questões feitas pelo economista Rogério Tolfo, que segundo o site do Grêmio é conselheiro suplente (eleito pela chapa 3), e não conselheiro como afirma o colunista. Wianey também falou que o texto integral estaria em seu Blog, mas não consegui achar nada lá
Apesar de haver um certo desgaste, considero esse debate público fundamental. O conselheiro não faz afirmações, apenas questionamentos e sugestões. Algumas bem pertinentes, outras mais ingênuas. Com algumas idéias eu não consigo concordar, como a sugestão se fazer um estádio mais modesto (se for pra fazer, que se faça bem feito), Engenhão é um péssimo exemplo para um estádio de futebol na minha opinião. E esse papo de comportamento do torcedor não ser compatível com um estádio "europeu" me parece ser besteira.
De qualquer forma gostaria que mais conselheiros fizessem a mesma coisa. Gostaria também que os ínumeros grupos que se fizeram presente na última eleição se posicionassem.
Apesar de haver um certo desgaste, considero esse debate público fundamental. O conselheiro não faz afirmações, apenas questionamentos e sugestões. Algumas bem pertinentes, outras mais ingênuas. Com algumas idéias eu não consigo concordar, como a sugestão se fazer um estádio mais modesto (se for pra fazer, que se faça bem feito), Engenhão é um péssimo exemplo para um estádio de futebol na minha opinião. E esse papo de comportamento do torcedor não ser compatível com um estádio "europeu" me parece ser besteira.
De qualquer forma gostaria que mais conselheiros fizessem a mesma coisa. Gostaria também que os ínumeros grupos que se fizeram presente na última eleição se posicionassem.
Zero Hora - 03 de fevereiro de 2008 - N° 15499
Wianey Carlet
Arena ou estádio?
Pela exiguidade do espaço, reproduzo apenas parte das interessantes ponderações enviadas por Rogerio Tolfo, economista, consultor financeiro e conselheiro do Grêmio. A íntegra da correspondência está no meu blog em zerohora.com. Assunto: a arena do Grêmio. A seguir, os questionamentos e dúvidas de Tolfo:
- Se a proposta dos portugueses considera o uso da área pública, esta se dá somente no espaço aéreo. Na verdade, o projeto melhoraria a parte viária, no referido ponto. Mas não deveria o Grêmio exigir que todos os projetos se limitassem as áreas possíveis, sem invasão de espaços públicos?
- Humaitá é o local adequado? Falo com muitos gremistas que não se opõem a construção de novo estádio, mas gostariam de permanecer na Azenha.
- Há seguro, contratado, mesmo para Humaitá, que garante que se a construtora falir, o empreendimento será terminado? Não podemos esquecer que o argumento para construir outro estádio é o desgaste do Olímpico. Logo, o mesmo não vai durar muito tempo e ficaremos sem estádio de qualquer jeito.
- Por que a direção pressiona tanto para que o projeto Humaitá seja aprovado?
- A Grêmio Empreendimentos será uma empresa. Se os recursos da venda da atual área do estádio não forem bem geridos, a empresa pode falir e ficarmos sem estádio e sem dinheiro, independentemente de a obra ser na Azenha ou Humaitá.
- Será que as receitas a serem geradas serão factíveis? Vão querer cobrar ingresso do associado, além da mensalidade? Não somos a Europa, cabe destacar.
- Os projetos não seriam demasiadamente luxuosos?
- Será que as receitas não se reduziriam? Ou o associado terá que pagar ingresso, além da mensalidade?
- Por que não construir um novo estádio (não arena) ou reformar o Olímpico (é factível?). Quando me refiro ao estádio, poderia ser algo como o Engenhão sobre o qual, em nenhum momento, se falou em padrão Fifa sendo, aparente e simplesmente, um novo estádio;
- Será que nosso torcedor, em média, tem cultura para se comportar como o público europeu? Se cada Estado tem suas peculiaridades, imagina as diferenças para países e continentes. Em suma, o luxo não terá que ser reconstruído a cada insucesso do time?
- Será que não teríamos que ter um projeto feito para nossa realidade sócio-econômica e cultural?
- Entendo que o Olímpico está se degradando e talvez este processo esteja se acelerando tendo em vista a certeza da diretoria de que sairemos da Azenha. A manutenção preventiva vem sendo feita?
- Queremos essa arena moderna, padrão Fifa, algo notável, de Primeiro Mundo, para ver um time modesto jogar por não ter recursos e estar endividado?
O debate é muito maior do que, simplesmente, a escolha do local. E uma decisão precipitada e equivocada tende a ser irreversível.
Espero ter contribuído para o debate, mostrando outro ponto de vista sobre o mesmo assunto.
Cordiais saudações de quem admira tua postura profissional e qualidade do teu trabalho.
Rogério Tolfo
Wianey Carlet
Arena ou estádio?
Pela exiguidade do espaço, reproduzo apenas parte das interessantes ponderações enviadas por Rogerio Tolfo, economista, consultor financeiro e conselheiro do Grêmio. A íntegra da correspondência está no meu blog em zerohora.com. Assunto: a arena do Grêmio. A seguir, os questionamentos e dúvidas de Tolfo:
- Se a proposta dos portugueses considera o uso da área pública, esta se dá somente no espaço aéreo. Na verdade, o projeto melhoraria a parte viária, no referido ponto. Mas não deveria o Grêmio exigir que todos os projetos se limitassem as áreas possíveis, sem invasão de espaços públicos?
- Humaitá é o local adequado? Falo com muitos gremistas que não se opõem a construção de novo estádio, mas gostariam de permanecer na Azenha.
- Há seguro, contratado, mesmo para Humaitá, que garante que se a construtora falir, o empreendimento será terminado? Não podemos esquecer que o argumento para construir outro estádio é o desgaste do Olímpico. Logo, o mesmo não vai durar muito tempo e ficaremos sem estádio de qualquer jeito.
- Por que a direção pressiona tanto para que o projeto Humaitá seja aprovado?
- A Grêmio Empreendimentos será uma empresa. Se os recursos da venda da atual área do estádio não forem bem geridos, a empresa pode falir e ficarmos sem estádio e sem dinheiro, independentemente de a obra ser na Azenha ou Humaitá.
- Será que as receitas a serem geradas serão factíveis? Vão querer cobrar ingresso do associado, além da mensalidade? Não somos a Europa, cabe destacar.
- Os projetos não seriam demasiadamente luxuosos?
- Será que as receitas não se reduziriam? Ou o associado terá que pagar ingresso, além da mensalidade?
- Por que não construir um novo estádio (não arena) ou reformar o Olímpico (é factível?). Quando me refiro ao estádio, poderia ser algo como o Engenhão sobre o qual, em nenhum momento, se falou em padrão Fifa sendo, aparente e simplesmente, um novo estádio;
- Será que nosso torcedor, em média, tem cultura para se comportar como o público europeu? Se cada Estado tem suas peculiaridades, imagina as diferenças para países e continentes. Em suma, o luxo não terá que ser reconstruído a cada insucesso do time?
- Será que não teríamos que ter um projeto feito para nossa realidade sócio-econômica e cultural?
- Entendo que o Olímpico está se degradando e talvez este processo esteja se acelerando tendo em vista a certeza da diretoria de que sairemos da Azenha. A manutenção preventiva vem sendo feita?
- Queremos essa arena moderna, padrão Fifa, algo notável, de Primeiro Mundo, para ver um time modesto jogar por não ter recursos e estar endividado?
O debate é muito maior do que, simplesmente, a escolha do local. E uma decisão precipitada e equivocada tende a ser irreversível.
Espero ter contribuído para o debate, mostrando outro ponto de vista sobre o mesmo assunto.
Cordiais saudações de quem admira tua postura profissional e qualidade do teu trabalho.
Rogério Tolfo
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