Nesta última quarta-feira, Wianey Carlet publicou uma resposta de Eduardo Antonini aos questionamentos feitos por Rogério Tolfo.
Antonini respondeu bem sobre a questões de "arena x estádio", "luxo" e "padrão Fifa". Respondeu de forma breve, mas satisfatória as dúvidas sobre "seguros e garantias". No tópico "o que será feito com a área do estádio atual" a resposta me pareceu nebulosa.
É verdade que a direção nunca afirmou categoricamente que prefere o humaitá. Mas junto a mídia essa ideia foi perpetuada sem que ninguém tentasse desmentir. Também não podemos esquecer que Antonini é membro do Movimento Grêmio Novo, grupo que não esconde sua predileção pela área do Humaitá.
Blog do Wianey
Quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008
Arena ou estádio
Publiquei, recentemente, e-mail de Rogério Tolfo, conselheiro do Grêmio, que questionava vários pontos do projeto que pretende dar ao Grêmio um novo estádio ou arena.
Publico, hoje, correspondência de Eduardo Antonini, membro do Conselho de Administração do Grêmio, refutando e esclarecendo questionamentos apresentados por Tolfo. A seguir, a íntegra do e-mail:
"Prezado Wianey,
Como estou passando o Carnaval fora de Porto Alegre, somente agora tive acesso a tua coluna de sábado "Arena ou estádio?". Trato, a seguir, de algumas questões gerais sobre o projeto Arena e outras específicas abordadas pelo conselheiro suplente Rogério Tolfo:
- o projeto Arena está sendo estudado desde o início de 2006, ou seja, há dois anos, período em que a Diretoria do Grêmio procurou contar com apoio de especialisatas de renome para, em conjunto, e com a tranquilidade necessária, pensar todas as questões sobre esse importantíssimo e complexo projeto;
- nesse período foi realizado pela Amsterdam Advisory Arena um estudo de viabilidade que tratou de questões financeiras, jurídicas e arquitetônicas, entre outras. Foi esse estudo que apontou como ideal a construção da Arena no Humaitá. A Diretoria nunca se manifestou publicamente sobre eventual preferência por local. Mesmo assim, quando elaboramos a Carta Convite, que visou buscar, seguindo os critérios estabelecidos pelo Grêmio (contendo as garantias necessárias, conceito do estádio, modelo de negócio, etc), deixamos em aberto a possibilidade de recebermos propostas para a Azenha. E foi o que ocorreu: temos duas propostas habilitadas, uma para o Humaitá e outra para a Azenha. Quem fará a escolha, democraticamente, serão os conselheiros do Grêmio;
- a Carta Convite, elaborada por escritório paulista especializado em projetos como esse, exigiu diversas garantias obrigatórias. Nesse contexto, há seguro previsto em ambas as propostas;
- quanto à Grêmio Empreendimentos gerir os recursos de eventual venda da área onde está o Olímpico, é importante ficar claro que, na proposta existente para seu futuro estatuto, fica definido que qualquer decisão sobre o patrimônio do clube deverá ser aprovada pelo Presidente do Grêmio e, ainda, submetida ao Conselho Deliberativo. No caso específico da proposta para construção da Arena no Humaitá, a área atual do Olímpico estaria inserida no negócio como um todo, não ficando o capital do terreno à disposição da Grêmio Empreendimentos;
- sobre o estádio, quero fazer um comentário importante, de quem conheceu os estádios mais modernos do mundo: o Grêmio terá um Estádio que será uma Arena, ou seja, não são dois conceitos excludentes. Apenas, seguindo o que há de mais moderno atualmente, não teremos pista olímpica, aproximaremos os expectadores do campo de jogo, seguindo os conceitos das diversas Arena existentes no mundo, o que fará nossos adversários sentirem ainda mais o fator local;
- outra questão importante: não há luxo algum no projeto de nossa Arena. Tanto que o Engenhão, citado pelo conselheiro Tolfo, e que não dispõe nem da metada das áreas projetas para multiuso em nosso projeto, e que foi construído, coincidentemente, em parceiria pela duas construtoras que disputam nosso projeto (Odebrecht e OAS, essa associada aos portugueses), teve seus custo mais de 50% superior ao estimado pelas mesmas construtoras para o nossa Arena;
- ser padrão FIFA, não necessariamente encarece o projeto, mas nos habilita a sediar jogos da Copa do Mundo e, principalmente, principalmente, utiliza as melhores práticas de segurança, acessibilidade, conforto e tudo o mais que o nosso torcedor merece e saberá, certamente, usufruir;
- as receitas projetadas pelos dois interessados no projeto estão totalmente compatíveis com a realidade do Grêmio e com o estudo de viabilidade realizados pela Amsterdam Arena. Um dos objetivos desse projeto é planejar o futuro (próximos 30 anos) do Grêmio com maiores e melhores (mais diversificadas) receitas para, justamente, termos condições de apresentar, sempre, um time de primeira linha que orgulhe os gremistas e nos traga ainda mais títulos.
Fico a tua disposição para quaisquer outros esclarecimentos.
Um abraço,
Antonini"
Antonini respondeu bem sobre a questões de "arena x estádio", "luxo" e "padrão Fifa". Respondeu de forma breve, mas satisfatória as dúvidas sobre "seguros e garantias". No tópico "o que será feito com a área do estádio atual" a resposta me pareceu nebulosa.
É verdade que a direção nunca afirmou categoricamente que prefere o humaitá. Mas junto a mídia essa ideia foi perpetuada sem que ninguém tentasse desmentir. Também não podemos esquecer que Antonini é membro do Movimento Grêmio Novo, grupo que não esconde sua predileção pela área do Humaitá.
Blog do Wianey
Quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008
Arena ou estádio
Publiquei, recentemente, e-mail de Rogério Tolfo, conselheiro do Grêmio, que questionava vários pontos do projeto que pretende dar ao Grêmio um novo estádio ou arena.
Publico, hoje, correspondência de Eduardo Antonini, membro do Conselho de Administração do Grêmio, refutando e esclarecendo questionamentos apresentados por Tolfo. A seguir, a íntegra do e-mail:
"Prezado Wianey,
Como estou passando o Carnaval fora de Porto Alegre, somente agora tive acesso a tua coluna de sábado "Arena ou estádio?". Trato, a seguir, de algumas questões gerais sobre o projeto Arena e outras específicas abordadas pelo conselheiro suplente Rogério Tolfo:
- o projeto Arena está sendo estudado desde o início de 2006, ou seja, há dois anos, período em que a Diretoria do Grêmio procurou contar com apoio de especialisatas de renome para, em conjunto, e com a tranquilidade necessária, pensar todas as questões sobre esse importantíssimo e complexo projeto;
- nesse período foi realizado pela Amsterdam Advisory Arena um estudo de viabilidade que tratou de questões financeiras, jurídicas e arquitetônicas, entre outras. Foi esse estudo que apontou como ideal a construção da Arena no Humaitá. A Diretoria nunca se manifestou publicamente sobre eventual preferência por local. Mesmo assim, quando elaboramos a Carta Convite, que visou buscar, seguindo os critérios estabelecidos pelo Grêmio (contendo as garantias necessárias, conceito do estádio, modelo de negócio, etc), deixamos em aberto a possibilidade de recebermos propostas para a Azenha. E foi o que ocorreu: temos duas propostas habilitadas, uma para o Humaitá e outra para a Azenha. Quem fará a escolha, democraticamente, serão os conselheiros do Grêmio;
- a Carta Convite, elaborada por escritório paulista especializado em projetos como esse, exigiu diversas garantias obrigatórias. Nesse contexto, há seguro previsto em ambas as propostas;
- quanto à Grêmio Empreendimentos gerir os recursos de eventual venda da área onde está o Olímpico, é importante ficar claro que, na proposta existente para seu futuro estatuto, fica definido que qualquer decisão sobre o patrimônio do clube deverá ser aprovada pelo Presidente do Grêmio e, ainda, submetida ao Conselho Deliberativo. No caso específico da proposta para construção da Arena no Humaitá, a área atual do Olímpico estaria inserida no negócio como um todo, não ficando o capital do terreno à disposição da Grêmio Empreendimentos;
- sobre o estádio, quero fazer um comentário importante, de quem conheceu os estádios mais modernos do mundo: o Grêmio terá um Estádio que será uma Arena, ou seja, não são dois conceitos excludentes. Apenas, seguindo o que há de mais moderno atualmente, não teremos pista olímpica, aproximaremos os expectadores do campo de jogo, seguindo os conceitos das diversas Arena existentes no mundo, o que fará nossos adversários sentirem ainda mais o fator local;
- outra questão importante: não há luxo algum no projeto de nossa Arena. Tanto que o Engenhão, citado pelo conselheiro Tolfo, e que não dispõe nem da metada das áreas projetas para multiuso em nosso projeto, e que foi construído, coincidentemente, em parceiria pela duas construtoras que disputam nosso projeto (Odebrecht e OAS, essa associada aos portugueses), teve seus custo mais de 50% superior ao estimado pelas mesmas construtoras para o nossa Arena;
- ser padrão FIFA, não necessariamente encarece o projeto, mas nos habilita a sediar jogos da Copa do Mundo e, principalmente, principalmente, utiliza as melhores práticas de segurança, acessibilidade, conforto e tudo o mais que o nosso torcedor merece e saberá, certamente, usufruir;
- as receitas projetadas pelos dois interessados no projeto estão totalmente compatíveis com a realidade do Grêmio e com o estudo de viabilidade realizados pela Amsterdam Arena. Um dos objetivos desse projeto é planejar o futuro (próximos 30 anos) do Grêmio com maiores e melhores (mais diversificadas) receitas para, justamente, termos condições de apresentar, sempre, um time de primeira linha que orgulhe os gremistas e nos traga ainda mais títulos.
Fico a tua disposição para quaisquer outros esclarecimentos.
Um abraço,
Antonini"
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