A origem do problema já é um problema antigo, as perdas de mando de campo impostas pelo STJD. Inicialmente ficava vetado o estádio. Passou-se a ser necessário jogar a uma distância de 150km da base do time. Depois a medida foi os portões fechados em outro estádio, Mais tarde portões fechados no próprio estádio. Agora voltamos a situação inicial. Na minha opinião, esta confusão se explica pelo fato de não se definir quem se pretende punir: O Clube? A torcida? O estádio?
Na reta final do Brasileirão, Goiás foi punido por uma briga entre alguns de seus torcedores e algumas torcedores do Cruzeiro, nas arquibancadas do Serra Dourada.
Cumpriu a primeira partida da pena, vitória sobre o Botafogo, em Itumbiara (200 km distante de Goiânia).
A CBF interviu, conforme O diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, no blog do PVC:
“O Goiás queria levar o jogo para Itumbiara. O estádio bom, a cidade é boa, mas com todo o respeito a Itumbiara, eu não poderia levar a decisão do campeonato para o interior de Goiás. Considerei Cuiabá, mas o incômodo seria maior. Falaram em Maracanã, mas aí haveria a inversão da região. O Goiás jogaria no Sudeste, região do São Paulo. Aí, sim, haveria inversão de mando de campo. O Mané Garrincha está em obras. Logo, a solução era o Bezerrão. Eu, pessoalmente, tomei a decisão”
Claramente a CBF tomou partido de um dos clubes que disputa o título do Campeonato Brasileiro. Isso não sou causou um desequilíbrio técnico, como lembrou Paulo Sant´ana, como também fere o regulamento do campeonato, conforme denuncia Mauro Cezar Pereira em seu Blog:
"O regulamento do Campeonato Brasileiro especifica no artigo 24 que não é permitida a inversão do mando de campo. No entanto, na prática é o que teremos no domingo. No Distrito Federal o São Paulo tem muito mais torcedores do que seu adversário da última rodada. Um absurdo.
O jogo sequer será no Estado de Goiás, como deveria segundo o artigo 23, que deixa uma brecha para o, digamos, ajuste. Embora o regulamento defina que as partidas devam ocorrer no limite da jurisdição da federação do clube mandante, a CBF pode ignorar tal item em “situações excepcionais”.
Ora bolas, o que tem de excepcional essa situação? Tal argumento só faria sentido se nenhum outro estádio goiano fosse capaz de abrigar a partida. Mas o próprio Goiás recebeu o Botafogo em Itumbiara."
Acuado e sem torcida, o Goiás fixou os ingressos em supostos 400 reais. O diretor administrativo do Goiás, Marcelo Segurado explica:
" Tínhamos outros locais até em Brasília que nos ofereceram para receber o jogo sem cobrar pelo jogo. Foi determinado o local e o Bezerrão tem capacidade de 19.400. Estamos cobrando para jogar em Brasília porque os encargos são elevados. Nos cobraram R$ 135 mil para jogar no estádio, fora outras despesas. O ingresso inteiro custará R$ 400 e a meia R$ 200. Mas quem levar alimentos ou roupas para ajudar na campanha beneficente pagará meia"
Diante de uma perplexidade, O vice-presidente do Goiás, Edmo Pinheiro explica os valores:
"O Goiás não consegue entender o motivo de o jogo ter sido marcado para o Bezerrão. Entendíamos que a CBF poderia ter nos procurado. O jogo foi marcado na segunda-feira passada, antes do julgamento do nosso recurso no STJD, na quinta, em que o clube foi punido por uma briga de torcedores na arquibancada. Estávamos negociando com o Uberlândia e até em Brasília, mas num estádio maior, e a CBF marcou o jogo para um estádio com capacidade para 19. 400 pessoas. Agora, só para entrar nos detalhes dos custos, no Bezerrão nós precisamos pagar R$ 135 mil para jogar. São cobrados 10% da arrecadação, mais 5% para a Federação do Distrito Federal, que nem é a nossa, além do INSS - informa."
Novamente, tomando partida a CBF interferiu, e através de um acordo com o Goiás e o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) os preços foram reduzidos. Paulo Calçade questiona essa redução em seu blog:
"Na prática, os bilhetes iriam custar R$ 200,00 mais um quilo de alimento não perecível. Sem a tal “promoção” e com um “acordo” que teve a participação do governador Arruda, os novos preços vão de R$ 150,00 a R$ 250,00."
No meio de tudo isso, um dos interessados, o Grêmio, ainda que tardiamente se mexeu. Primeiro com uma medida um tanto inócua:
"O Grêmio ingressa hoje no STJD para impedir que São Paulo e Goiás joguem no Estádio Bezerrão, no Gama, em Brasília. A pedido do presidente Paulo Odone, os advogados do clube encaminham liminar para levar a partida para Itumbiara, a 210 quilômetros de Goiânia, ou para o Maracanã." (Zero Hora, 03/12/08)
Outra medida é bem mais eficaz, é mais engraçada também:
"Distante 2 mil quilômetros do Olímpico, gremistas de Brasília pretendem ir ao Bezerrão secar o São Paulo, no domingo.Cerca de mil torcedores aguardam definição sobre a confirmação do local do jogo. A idéia é pedir ajuda oficial do clube para ir à cidade-satélite do Gama torcer pelo Goiás. O grupo vem sendo chamado de camicase pelo consulado gremista.
– Até a pé nós iremos. A gente seca o São Paulo lá e, pelo rádio, torce pelo Grêmio – diz o cônsul-adjunto do clube em Brasília, o auditor do Banco Central Danilo Martins.
Desde o final do empate entre São Paulo e Fluminense, uma legião de gremistas de Brasília se articula para a última rodada por meio de comunidades no Orkut e trocas de e-mails.
Integrantes da torcida Geral DF pediram ingressos para o jogo à similar goiana Força Jovem. O consulado gremista na Capital Federal também pediu uma subvenção oficial ao presidente Paulo Odone.
– Se o Goiás ganhar, faço até churrasco de graça para o time – garante Paulo Telpes, assador de aluguel conhecido em Brasília como Doutor Picanha." (Zero Hora, 03/12/08)
Elogiável a disposição de gremistas como o Dr.Picanha.
Enfim acho que não fui nem um pouco original neste post, mas o assunto valia o registro aqui.
Na reta final do Brasileirão, Goiás foi punido por uma briga entre alguns de seus torcedores e algumas torcedores do Cruzeiro, nas arquibancadas do Serra Dourada.
Cumpriu a primeira partida da pena, vitória sobre o Botafogo, em Itumbiara (200 km distante de Goiânia).
A CBF interviu, conforme O diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, no blog do PVC:
“O Goiás queria levar o jogo para Itumbiara. O estádio bom, a cidade é boa, mas com todo o respeito a Itumbiara, eu não poderia levar a decisão do campeonato para o interior de Goiás. Considerei Cuiabá, mas o incômodo seria maior. Falaram em Maracanã, mas aí haveria a inversão da região. O Goiás jogaria no Sudeste, região do São Paulo. Aí, sim, haveria inversão de mando de campo. O Mané Garrincha está em obras. Logo, a solução era o Bezerrão. Eu, pessoalmente, tomei a decisão”
Claramente a CBF tomou partido de um dos clubes que disputa o título do Campeonato Brasileiro. Isso não sou causou um desequilíbrio técnico, como lembrou Paulo Sant´ana, como também fere o regulamento do campeonato, conforme denuncia Mauro Cezar Pereira em seu Blog:
"O regulamento do Campeonato Brasileiro especifica no artigo 24 que não é permitida a inversão do mando de campo. No entanto, na prática é o que teremos no domingo. No Distrito Federal o São Paulo tem muito mais torcedores do que seu adversário da última rodada. Um absurdo.
O jogo sequer será no Estado de Goiás, como deveria segundo o artigo 23, que deixa uma brecha para o, digamos, ajuste. Embora o regulamento defina que as partidas devam ocorrer no limite da jurisdição da federação do clube mandante, a CBF pode ignorar tal item em “situações excepcionais”.
Ora bolas, o que tem de excepcional essa situação? Tal argumento só faria sentido se nenhum outro estádio goiano fosse capaz de abrigar a partida. Mas o próprio Goiás recebeu o Botafogo em Itumbiara."
Acuado e sem torcida, o Goiás fixou os ingressos em supostos 400 reais. O diretor administrativo do Goiás, Marcelo Segurado explica:
" Tínhamos outros locais até em Brasília que nos ofereceram para receber o jogo sem cobrar pelo jogo. Foi determinado o local e o Bezerrão tem capacidade de 19.400. Estamos cobrando para jogar em Brasília porque os encargos são elevados. Nos cobraram R$ 135 mil para jogar no estádio, fora outras despesas. O ingresso inteiro custará R$ 400 e a meia R$ 200. Mas quem levar alimentos ou roupas para ajudar na campanha beneficente pagará meia"
Diante de uma perplexidade, O vice-presidente do Goiás, Edmo Pinheiro explica os valores:
"O Goiás não consegue entender o motivo de o jogo ter sido marcado para o Bezerrão. Entendíamos que a CBF poderia ter nos procurado. O jogo foi marcado na segunda-feira passada, antes do julgamento do nosso recurso no STJD, na quinta, em que o clube foi punido por uma briga de torcedores na arquibancada. Estávamos negociando com o Uberlândia e até em Brasília, mas num estádio maior, e a CBF marcou o jogo para um estádio com capacidade para 19. 400 pessoas. Agora, só para entrar nos detalhes dos custos, no Bezerrão nós precisamos pagar R$ 135 mil para jogar. São cobrados 10% da arrecadação, mais 5% para a Federação do Distrito Federal, que nem é a nossa, além do INSS - informa."
Novamente, tomando partida a CBF interferiu, e através de um acordo com o Goiás e o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) os preços foram reduzidos. Paulo Calçade questiona essa redução em seu blog:
"Na prática, os bilhetes iriam custar R$ 200,00 mais um quilo de alimento não perecível. Sem a tal “promoção” e com um “acordo” que teve a participação do governador Arruda, os novos preços vão de R$ 150,00 a R$ 250,00."
No meio de tudo isso, um dos interessados, o Grêmio, ainda que tardiamente se mexeu. Primeiro com uma medida um tanto inócua:
"O Grêmio ingressa hoje no STJD para impedir que São Paulo e Goiás joguem no Estádio Bezerrão, no Gama, em Brasília. A pedido do presidente Paulo Odone, os advogados do clube encaminham liminar para levar a partida para Itumbiara, a 210 quilômetros de Goiânia, ou para o Maracanã." (Zero Hora, 03/12/08)
Outra medida é bem mais eficaz, é mais engraçada também:
"Distante 2 mil quilômetros do Olímpico, gremistas de Brasília pretendem ir ao Bezerrão secar o São Paulo, no domingo.Cerca de mil torcedores aguardam definição sobre a confirmação do local do jogo. A idéia é pedir ajuda oficial do clube para ir à cidade-satélite do Gama torcer pelo Goiás. O grupo vem sendo chamado de camicase pelo consulado gremista.
– Até a pé nós iremos. A gente seca o São Paulo lá e, pelo rádio, torce pelo Grêmio – diz o cônsul-adjunto do clube em Brasília, o auditor do Banco Central Danilo Martins.
Desde o final do empate entre São Paulo e Fluminense, uma legião de gremistas de Brasília se articula para a última rodada por meio de comunidades no Orkut e trocas de e-mails.
Integrantes da torcida Geral DF pediram ingressos para o jogo à similar goiana Força Jovem. O consulado gremista na Capital Federal também pediu uma subvenção oficial ao presidente Paulo Odone.
– Se o Goiás ganhar, faço até churrasco de graça para o time – garante Paulo Telpes, assador de aluguel conhecido em Brasília como Doutor Picanha." (Zero Hora, 03/12/08)
Elogiável a disposição de gremistas como o Dr.Picanha.
Enfim acho que não fui nem um pouco original neste post, mas o assunto valia o registro aqui.
2 comentários:
Olá André,venho''bisbilhotando'' o seu blog ultimamente e tenho visto que tu tens muitas informações sobre a história e de titulos do Imortal.Sem pedir muito,gostaria de saber se tu tens alguma coisa sobre a conquista do Trofeu Colombino de Huelva-ESP pelo Gremio em 1997,tá certo que esse titulo não é a nossa''menina dos olhos''mas é mais pra mostrar que nós temos este tradicional torneio amistoso espanhol.Um abraço.
Não tenho muita coisa.
Dá uma olhada nos seguintes links:
http://www.recreativohuelva.com/pag/palmares_colombino3.asp
http://www.cpovo.net/jornal/A102/N322/HTML/default.htm
http://www.cpovo.net/jornal/A102/N323/HTML/default.htm
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