quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Libertadores - Grêmio 0 x 0 U.de Chile


Nas últimas horas da quarta-feira de cinzas o Grêmio estreou na Libertadores. Havia uma grande expectativa no Olímpico, ansiedade nas arquibancadas e até mesmo no campo (que se viu no primeiro chute de Ruy, que tomou o rumo do Ginásio David Gusmão).

Roth surpreendeu com a escalação de Jadílson, o que acabou se mostrando um acerto. O jogo tinha um ritmo bastante acentuado (conforme Roth previu), típico de Libertadores. Tricolor se achou em campo e empilhou chances. Por vezes o time tinha alguma dificuldade em sair jogando, devido a marcação dos chilenos, mas o Grêmio jogou quase a totalidade do jogo no campo do adversário.

Curiosamente, foi no final do jogo, com um jogador a mais, que o Grêmio menos produziu. Um misto de nervosismo acumulado com as chances perdidas e o inevitável cansaço que ocorre quando se busca o gol o tempo inteiro.


Adílson foi o melhor em campo, na minha opinião. Atuação para não pairar dúvidas sobre sua titularidade. Tcheco e Souza foram muito bem também, assim como toda a equipe de um modo geral. Jonas talvez tenha ficado um pouco abaixo, as vezes parece quelhe falta mais a ambição típica dos atacantes. Reinaldo e Fábio Santos pouco puderam fazer. Douglas Costa entrou mostrando muita vontade e disposição, o que pode ter lhe atrapalhado um pouco.

Por favor, não vamos culpar Roth. Time jogou bem e ele fez tudo o que poderia fazer com o que tinha de disponível.

Pelos chilenos, Iturra me decepcionou enquanto Miguel Pinto me supreendeu.

Por um lado o Grêmio não conseguiu o resultado mas jogou muito bem (massacrou o adversário), isso deveria servir de consolo. Por outro, é o segundo jogo na temporada onde a equipe é superior ao seu oponente mas não consegue ver essa vantagem ser reproduzida no placar. (primeiro foi o grenal).


Com exceção de um escanteio, com um minuto de jogo, que levou algum perigo, Victor foi mero espectador da partida.

Mesmo buscando o resultado o jogo inteiro o Grêmio só ofereceu o contra-ataque aos adversários em um lance, onde Rafaek Marques se viu obrigado a fazer a falta e receber o cartão amarelo.

Mesmo desfalcada, Universidad de Chile comprovou algumas das impressões que se tinha sobre ela. Uma equipe copeira, catimbeira, de grande aplicação tática e muito bem treinada por Sérgio Markarian. Teve quase nenhuma ambição ofensiva e inegavelmente contou com a sorte (o que faz parte). No Chile deverá ser diferente, o que é promessa de um grande jogo.


Foi no mínimo curiosa a tentativa de alguns "cronistas" em desmerecer os chilenos antes da partida. É curioso como alguns sujeitos que jamais tiram seus olhos de Porto Alegre viram especialistas em futebol internacional num passe de mágica.

Chances criadas:

Primeiro tempo
6 minutos - Réver cabeceia por cima do gol.
10 minutos - Rafael Marques escora lançamento de cabeça.
11 minutos - Jonas mata no peito e Souza chuta por cima
13 minutos - Jonas cabeceia e Miguel Pinto se estica para defender
13 minutos - Ruy chuta o rebote para fora.
?? minutos - Tcheco chuta cruzado, Miguel Pinto espalma para escanteio.
34 minutos - Alex Mineiro cabeceia no primeiro pau e M. Pinto defende.
44 minutos - Souza chuta da entrada da área e a bola estoura na trave.

Segundo tempo
1 minuto - Rafael Marques cabeceia, a bola passa perto da trave.
3 minutos - Souza bate falta no travessão.
7 minutos - Rafael Marques cabeceia e um chileno salva em cima da linha
7 minutos - Ruy chuta rasteiro de fora da área e acerta na trave.
18 minutos - Corta-luz de Tcheco, Alex M. dribla o goleiro mas não marca.
29 minutos - Souza faz grande jogada e serve Jonas, que chuta fraco.



Incompreensível a não marcação do pênalti sofrido por Jonas (foto acima e abaixo) pelo juiz. Martin Vasquez estava bem colocado e a falta foi claríssima, puxão de camisa por cima e um rapa por baixo.

Houve também um pênalti em Souza na primeira etapa, quando foi derrubado fora do lance, mas pertto da ação. E tenho minhas dúvidas se houve a falta marcada em Miguel Pinto no carrinho dado por Réver. Me pareceu que o goleiro chileno ainda não segurava a bola quando o jogador gremista a tocou. Juiz também deixou de dar um cartão amarelo para Tcheco, em lance que sinalizou vantagem para os chilenos.

Me decepcionei com o público abaixo de 35 mil. Sei que era quarta-feira de cinzas, que o jogo tinha "TV Aberta", mas mesmo assim. Me surpreendi com a grande presença de chilenos no Olímpico, e estavam bastante animados. Importante dizer que eles foram cordialmente recebidos.

Curiosamente, nos anos em que se saiu campeão o Grêmio não venceu na estréia. Um empate em 1x1 com o Flamengo em 83 e uma derrota por 3x2 para o Palmeiras em 95. Lembro isso não por superstição, e sim para mostrar que um tropeço na estréia não é uma tragédia.

Jornais Chilenos destacam a atuação do Goleiro Miguel Pinto:



Fotos: Gremio.net, ClicRBS La Tercera e Final
Grêmio 0 x 0 Universidad de Chile

GRÊMIO
: Victor; Leo (Douglas Costa 33/2T), Réver e Rafael Marques (Fábio Santos 39/2T); Ruy, Adilson, Tcheco, Souza e Jadílson (Reinaldo 35/2T); Jonas e Alex Mineiro.Técnico: Celso Roth.
UNIVERSIDAD DE CHILE: Miguel Pinto; Osvaldo González, Olarra e Rivera; Díaz, Iturra (Contreras 10/2T), Seymour, Angel Rojas (Cuevas 10/2T) e José Rojas; Hernández (José González 30/2T) e Olivera.Técnico: Sergio Markarian.

Libertadores - 1ª Fase - 1ª Rodada
Data: 25/02/2009, quarta-feira, 21h50minLocal: Olímpico, Porto Alegre, RSPúblico Total: 33.431 ( 30.721 pagantes)Renda: R$ 638,572,00Cartão amarelo: Ruy, Alex Mineiro (G), Díaz, Iturra, Angel Rojas (U)Cartão vermelho: Díaz 27 do segundo tempo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito do Grêmio, jogou muito bem. Achei um absurdo as criticas da torcida em cima do time no final do jogo.

Também achei o Jonas um pouco abaixo dos demais, Tcheco muito bem atrás, Souza também muito bem em campo, Adilson saindo bastante. Jadilson foi uma boa cartada.

Alias, o novo uniforme visto de longe lembra o da Libertadores 95

Anônimo disse...

Uma das piores figuras do time, se é que dá pra dizer isso, foi o Alex Mineiro, que se posicionava mal e conseguiu errar um gol fácil (aquele corta-luz do Tcheco).

Mas criticar o time depois da apresentação de ontem é muita idiotice.

Concordo contigo em tudo. Adilson o melhor em campo e o Grêmio teve dois pênaltis sonegados, o último ridículo de tão claro.

Gostei muito da atuação dos dois alas, cruzavam com muita qualidade. Se um centroavante estivesse melhor posicionado, poderia ter guardado algumas das bolas alçadas à área.

"La U" marcava pressão, evitando ao máximo que os gremistas ficassem livres por muito tempo, com a bola. O Grêmio ultrapassou essa barreira com excelente toque de bola, que é um indício muito interessante de um futuro promissor.

Se o Grêmio conseguir duas vitórias nos próximos confrontos fora de casa, esse empate terá sido praticamente compensado.

DJ Aldebaran disse...

André, impressão minha ou a Puma novamente usa a fonte do uniforme de 2007? Por que eles insistem com esta fonte, já que criaram uma nova para a temporada 2008, e que é usada por outras equipes na américa latina. Problema com a PUMA brasileira? Vale lembrar que agora nós somos o único time brasileiro com a PUMA. Como eu queria ver a ADIDAS fazendo o manto sagrado...

André Kruse disse...

Gabriel, também gostei do uniforme visto de longe.

Gustavo, jogos como o de ontem não são o ideal para o Alex Mineiro. Acho que Grêmio vai precisar fazer no minimo 4 dos 9 pontos que vai disputar fora de casa

Aldebaran, pelo que vi a fonte é sim a de 2007 (na verdade é da copa de 2006). Inexplicável

Márcio C. M. disse...

Tcheco jogou demais, deu muitas assistências, desarmou mto. Acho que é ali que ele tem que jogar, sabe desarmar como um volante e sabe passar como um meia, no entanto, tem a velocidade de um volante.

A corneta obriga o Roth a colocar o guri Douglas Costa em fogueiras, ele não está preparado, deu para ver nitidamente.

Jonas e Alex M. devem perder posição para Herrera e/ou Maxi Lopez, apesar de que não culpo Alex M. pelo gol perdido, se observarem, se ele tocasse em direção ao gol ela pegaria diretamente no jogador que se passou correndo pela jogada (não o que tirou a bola pela linha de fundo).

Márcio C. M. disse...

A camisa ficou bonita demais em campo.